AWAKE - LINDO DOCUMENTÁRIO SOBRE A VIDA E ENSINAMENTOS DE PARAMAHANSA YOGANANDA JÁ NOS CINEMAS DO BRASIL

Trailer do Documentário “Awake”, sobre a Vida e os ensinamentos de Paramahansa Yogananda

O grande iogue indiano Paramahansa Yogananda (1893-1952) ganhou este ano um documentário sobre sua vida, “Awake – The Life of Yogananda” (87min, CounterPointFilms, 2014) que já está rodando em festivais pelo mundo e cujo trailer segue abaixo, original em inglês. Autor do clássico livro “Autobiografia de Um Iogue” (1946, distribuído no Brasil pela Editora Omnisciência- www.omnisciencia.com.br), Yogananda foi um dos principais mestres de Kriya Ioga e é considerado um precursor da vinda da Yoga para o Ocidente, nos Anos 20, tornando-se uma inspiração fundamental para a vida de vários líderes, artistas e interessados no caminho espiritual.
O documentário tem participações e depoimentos antigos como os de George Harrison e Deepak Chopra, e mistura cenas raras de Yogananda com encenações. O filme é dirigido por dois nomes já indicados ao Oscar e a prêmios do Sundance Festival: Paola de Fiori (Speaking In Strings, 1999) e Lisa Leeman (One Lucky Elephant, 2010), a segunda vencedora de um dos troféus do Sundance em 1990 por “Metamorphosis: Man Into Woman”.

O filme tem um site oficial, em www.awaketheyoganandamovie.com.
O filme também tem uma página no Facebook: https://www.facebook.com/Awake-A-Vida-de-Yogananda-1488696081436480/
Fonte:http://www.culturadapaz.com.br/trailer-documentario-awake-sobre-vida-e-os-ensinamentos-de-paramahansa-yogananda/

Awake – A Vida de Yogananda


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O documentário “ Awake – A Vida de Yogananda” narra a trajetória do líder espiritualParamahansa Yogananda, autor do clássico Autobiografia de um Iogue. Produzido pela CounterPoint em parceria com a Roco Films, o filme traça o percurso realizado pelo indiano, sobretudo no Ocidente, onde teve – por missão – divulgar a milenar ciência da Kriya yoga.
Yogananda foi para os Estados Unidos em 1920, com o intuito de cumprir o que já havia sido previsto pela linhagem de gurus que o antecederam: Mahavatar Babaji resgatou a Kriya yoga e a repassou, nas montanhas dos Himalaias, ao seu discípulo direto Lahiri Mahasaya. Este, por sua vez, transmitiu tais ensinamentos a Swami Sri Yukteswar, o guru que Yogananda encontraria inusitadamente no mercado público de Benares em 1910. Prostrado a seus pés, reverência comum aos indianos, Yogananda seguiria com Yukteswar para o seu eremitério, onde permaneceria por dez anos absorvendo o conhecimento diretamente de seu mestre até que se fizesse cumprir o que já era sabido no passado: a ida à América do Norte para apresentar, em sua linguagem, toda a ciência da meditação.
Quando aportou no efervescente país que à época dava início à vasta produção cinematográfica, sentiu-se impelido a alcançar o coração daquelas pessoas tão absortas nas ilusões dos prazeres mundanos. Com destreza e sensibilidade, logo reuniu multidões para falar sobre meditação, o despertar da consciência divina que habita todo ser, e para ensinar as técnicas científicas de meditação iogue aos ocidentais. Sentindo necessidade de assegurar a pureza desses ensinamentos, Yogananda fundou – em 1920 – a Self-Realization Fellowship, organização que até hoje divulga seus discursos e escritos na forma de livros e por meio de lições que podem ser solicitadas por correspondência para o treinamento em casa.
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A globalização acabou por estreitar os extremos do planeta e as décadas subsequentes do século XX foram marcadas pelo grande interesse pela Yoga e outras práticas orientais no continente americano. Lançado em 1946, o livro Autobiografia de um Iogue – a narrativa da trajetória espiritual de Yogananda, com passagens de profunda devoção mescladas a casos de humor, acabou por tocar inúmeras pessoas, que decidiram se aprofundar em seus ensinamentos e a segui-lo como seu mestre.
Ravi Shankar, respeitável músico indiano, entregou um exemplar ao beatle George Harrison. Ele leu e sentiu de tal forma esta obra que, nas próprias palavras, tornou-se alguém melhor. Quando vivo, George mantinha livros espalhados por sua casa e os entregava a várias pessoas alegando que aquele tal texto era capaz de tocar o coração de todas as religiões. Steve Jobs, fundador da Apple, também costumava declarar apreço pelo mestre indiano. Seu secretário relata no filme que ele tinha, apenas, um livro em seu Ipad: “Autobiografia de um Iogue”. Já em estado terminal, Steve pediu que um exemplar deste best-seller fosse entregue aqueles que comparecessem ao seu enterro. O que aconteceu.

Estes e muitos outros relatos afetivos encontram-se no documentário, que preza pela qualidade da apuração – foram, aproximadamente, três anos colhendo depoimentos e informações para compor este material que, com qualidade técnica, refinado tratamento de imagens antigas (de conferências e outras passagens de Paramahansa Yogananada) e trilha impecável, acabam por despertar no espectador um sincero respeito por esta notável figura e pela ciência da Yoga.
O filme “Awake – A Vida de Yogananda” entra em cartaz nos cinemas do Brasil em 19 de novembro de 2015.
Distribuído pela Espaço Filmes, o documentário que narra a trajetória espiritual do mestre iogue indiano, será lançado – simultaneamente – em dez cidades: Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, São Paulo, Santos, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador e João Pessoa.
Seguem os locais:
São Paulo: Espaço Itaú de Cinema – Augusta, Espaço Itaú de Cinema – Frei Caneca, Espaço Itaú de Cinema – Pompéia, Cinearte | Conjunto Nacional, Cinesala.
Rio de Janeiro: Espaço Itaú de Cinema – Botafogo
Porto Alegre: Espaço Itaú de Cinema – Porto Alegre
Curitiba: Espaço Itaú de Cinema – Curitiba
Brasília: Espaço Itaú de Cinema – Brasília
Salvador: Espaço Itaú de Cinema – Glauber Rocha
Florianópolis: Cinespaço BeiraMar
Belo Horizonte: Cinema Belas Artes
João Pessoa: Cinespaço MAG
Santos: Cinespaço Santos
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Fonte:http://www.culturadapaz.com.br/awake-the-life-of-yogananda/

Awake – A Vida de Yogananda – Entrevista com as diretoras



O filme “Awake – A Vida de Yogananda” chega ao Brasil depois de grande sucesso nos Estados Unidos, onde obteve vários prêmios. O documentário narra a trajetória deste importante mestre iogue indiano que veio ao Ocidente com a missão de difundir a ciência da meditação iogue.
Para assegurar a originalidade de seus ensinamentos, Yogananda fundou, em 1920, a Self-Realization Fellowship, que conta com monges que até hoje divulgam e dão suporte à sua obra por meio de livros e lições – que podem ser solicitadas por correspondência para o exercício da meditação em casa. Veja aqui o depoimento das diretoras do filme, onde contam a trajetória dessa grande experiência que foi fazer o documentário da vida de um dos maiores mestres espirituais contemporâneos.
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DEPOIMENTOS DAS DIRETORAS
Paola di Florio: “Vocês deveriam saber que eu tenho um problema com a palavra Deus”, foi uma das primeiras coisas que saiu da minha boca em uma visita inicial à organização de Yogananda, Self-Realization Fellowship. Eu estava sentada com o meu marido/produtor Peter Rader e com a co-diretora, Lisa Leeman, me dirigindo para uma equipe que incluía monges experientes, que devotaram mais de quatro décadas no ashram, renunciando a desejos mundanos na busca pelo Divino, e eles não ficaram nem um pouco incomodados. Mais do que um mero alívio, eu fiquei intrigada. Mais tarde, descobri que os ensinamentos de Yogananda não tem como premissa uma fé, ou mesmo uma crença em Deus. A Yoga é considerada uma ciência na Índia. “Deus” não tem fronteiras, é pura consciência –“Satchitananda”, o que o indivíduo experiência na meditação. Não está fora, mas sim dentro e ao redor de todos nós. Basta estar aberto e ser disciplinado o suficiente para se engajar na prática, usando o próprio corpo como um laboratório vivo. Eu fiquei fascinada com essa abordagem. Eu não só estava curiosa para pesquisar isso em mim mesma, mas vi quão brilhante e oportuno pode ser um caminho ecumênico para a transcendência, em um mundo onde estamos matando uns aos outros por conta de crenças dogmáticas. Um filme como oAWAKE, de repente, me pareceu urgente. Eu fiquei interessada em encontrar significado, numa organização em que a ciência e a espiritualidade convergem.
Eu sou testemunha dos efeitos transformadores deste caminho pela prática da hatha-yoga, que eu comecei a praticar quando tinha 20 anos. Realizando as asanas, eu percebi meu sistema nervoso “reiniciando” e o meu coração se abrindo, o que naturalmente me incentivou a querer ir mais profundo, aprender a meditar. Inicialmente, eu comecei com uma prática budista chamada Vipassana, mas enquanto estava trabalhando no AWAKE, eu me comprometi a meditar diariamente. Inicialmente isso fazia parte da minha “pesquisa”, ou era o que eu dizia para mim mesma. Mas o que ocorreu comigo foi, nada menos, do que uma transformação total. Em essência, a beleza da Yoga é que ela te encontra onde você está. Isso pode acontecer tanto a nível individual quanto coletivamente, a nível de sociedade.
Quando Yogananda chegou nos Estados Unidos, em 1920, a recém-criada Física Quântica nos dizia que a matéria era ilusória – algo muito similar à noção de “Maya”, dos ensinamentos Védicos da Índia. Parecia que a ciência moderna estava finalmente alcançando o conhecimento dos iogues da Índia. E isso não poderia ter esperado nem mais um minuto. Dado o potencial destrutivo da Era Atômica, Yogananda percebeu que havia chegado a hora das grandes massas adotarem esses ensinamentos de fraternidade e compreensão… pois todos nós emergimos de um mesmo oceano de consciência. Quanto mais eu lia os ensinamentos de Yogananda, mais eu sabia que precisava fazer esse filme. E, ao fazê-lo, as fronteiras entre ciência e espiritualidade começaram a se confundir.
Lisa Leeman: Em 1984, um namorado me deu um exemplar da Autobiografia de um Iogue, dizendo: “você é muito lógica Lisa… leia isto! ”. Ele estava certo – o livro explodiu a minha mente racional. Eu não sabia o que fazer com as histórias de Yogananda sobre iogues levitando, do seu Guru estar em dois lugares ao mesmo tempo, ou de Yogananda prevendo o futuro… e, nem nos meus sonhos mais loucos, eu poderia me imaginar fazendo um filme sobre esse autor!
Eu sempre fui uma buscadora – na faculdade, eu devorei os livros de Alan Watts e clássicos do Zen (sem saber que o mestre de Budismo Tibetano Chogyan Trungpa estava a apenas 45 minutos, em Boulder, ou que décadas mais tarde eu produziria um documentário sobre ele). Eu comecei a praticar hatha-yoga e meditação, e comecei a fazer filmes documentários. Uma coisa levou a outra e, quando percebi, estava na Índia, como cineasta, em um filme sobre iogues ascetas. Alguns anos depois, quando Paola me convidou para co-dirigir esse filme com ela, eu fiquei intrigada a explorar mais profundamente como a biografia de um mestre de meditação poderia transmitir ensinamentos orientais de maneira visceral e cinemática, alcançando mais do que o intelecto, para criar um filme de experiência, para ser mais do que uma biografia.
Foi um desafio realizar esse filme, tanto cinematograficamente quando pessoalmente. Ele me forçou a lidar com algumas das “grandes questões” da vida, as quais eu me esquivava há tempos. Ele alongou a minha noção de Yoga (trocadilho proposital), aprofundou a minha prática de meditação, me ensinou a ver além das formas externas e expandiu a minha compreensão da natureza da realidade. Eu ainda estou lutando com as histórias fantásticas… e eu comecei a aprender de que não há problema nisso. Como um dos monges disse no filme, enquanto estávamos em Calcutá:  “Com muita frequência, as pessoas procuram por ‘experiências espirituais’… quando o que realmente importa é cultivar a experiência do espírito”. Deixo para o público interpretar o que isso significa.
ENTREVISTA COM AS DIRETORAS PAOLA DI FLORIO & LISA LEEMAN
P: Como surgiu o filme?
Paola & Lisa: A organização criada por Yogananda, Self-Realization Fellowship, foi abordada durante décadas por pessoas que queriam fazer um filme sobre o Guru que trouxe a Yoga para o Ocidente. Por uma ou outra razão, o momento ainda não havia chegado. Em 2008, contudo, uma oportunidade se apresentou com um financiamento através de doadores anônimos. Os discípulos diretos de Yogananda estavam falecendo e parecia o momento correto de se fazer um filme. A SRF decidiu encontrar uma equipe de filmagem independente, para permitir que uma visão externa e mentes sem pré-conceitos contassem a história. Foi desejo da SRF fazer um filme para o mundo, e não apenas para os seus membros. Eles fizeram uma pesquisa extensa e nós fomos afortunadas de termos sido escolhidas para fazer o filme. É claro que, logo antes de sermos contratadas, nos olhamos e percebemos que tínhamos uma tarefa desafiadora à nossa frente. Não era apenas uma história épica, mas também uma história que nos desafiaria, como cineastas, a destilar esses antigos ensinamentos em um formato compreensível ao público externo à organização. Por sorte, nós não compreendemos o tamanho desta responsabilidade, pois teria sido muito intimidadora.
P: Qual foi o maior desafio que vocês tiveram para fazer esse filme?
Paola & Lisa: Houveram muitos desafios! Não é fácil fazer um filme sobre um santo. Nós somos contadoras de história, uma boa narrativa requer conflitos, dificuldades e um protagonista com imperfeições humanas. Nós buscamos os esqueletos no armário de Yogananda, e apesar de termos encontrado certas alegações provocativas, elas não tinham sustentação. Conforme nos aprofundamos em sua vida, contudo, nós descobrimos que ele enfrentou grandes obstáculos, muitos dos quais o público desconhecia.
Por ser a própria definição de “peixe fora d’água”, Yogananda, veio para a estranha terra da América, em 1920, para disseminar um antigo ensinamento que tinha paralelos com a Física de Einstein na época. Com certeza, esses ensinamentos de Yoga seriam vistos como ferramentas essenciais para os seres humanos sobreviverem à Era Atômica. Apesar de ser reconhecido com um “gênio espiritiual”, Yogananda sofreu severas críticas, e até racismo no Sul do país, por aqueles que se sentiam ameaçados por ele e por sua mensagem. Perseguição, traições por estudantes e amigos próximos, e até falência financeira se seguiu. Ele era continuamente testado. Mas Yogananda ascendeu como uma fênix através das cinzas de seus fracassos, não apenas para recobrar seu próprio propósito de vida, mas para inspirar outros a seguirem seu exemplo. Contudo, Yogananda algumas vezes quis fugir para ser um eremita em uma caverna dos Himalaias… que é a mesma sensação que tínhamos quando encontrávamos situações desafiadoras, tendo que esmiuçar centenas de arquivos e rolos de filmes, e estudar a volumosa obra de ensinamentos que Yogananda deixou para nós, destilando-os em algo compreensível (primeiro para nós, e depois para um público). Algumas vezes nós literalmente lutamos com isso. Demorou um pouco para digerir e internalizar esses conceitos, e a descobrir como transmiti-los de maneira cinematográfica.
Nós experimentamos criar estados internos de consciência através da metáfora audiovisual, pois era de extrema importância para nós que o filme fosse experiencial, não apenas informativo, e que nós convidássemos os espectadores para uma jornada de expansão de consciência e de possibilidades através do filme.
Decidimos que Yogananda contaria sua história com suas próprias palavras (ao invés de usar um narrador em terceira pessoa), em um esforço de criar mais intimidade. Isso significa que, além de usar algumas gravações da voz de Yogananda, nós tivemos o privilégio de contar com um ator proeminente, estrela de Bollywood, Anupam Kher, para ler suas palavras e, essencialmente, desempenhar este papel. Isso também ajudou a manter viva a sensação de realismo mágico que Yogananda criou ao escrever a Autobiografia de um Iogue, onde ele conta momentos íntimos de uma vida muito além do ambiente mundano. Nós também criamos momentos de tranquilidade, através dos quais os espectadores podem entrar e sair de “meditações cinematográficas”, propiciando a eles uma desassociação do intelecto e permitindo a experiência de apenas “ser”.
P: O que vocês acham que o público apreciará nesse filme?
Paola & Lisa: Nós esperamos que o filme coloque Yogananda no contexto de seu tempo, proporcionando uma maior compreensão da história da Yoga no Ocidente e o que a sua prática realmente significa. Mas, mais importante do que isso, nós queremos que o filme toque as pessoas no “ponto em que elas estão”, nas suas próprias jornadas espirituais individuais e, talvez, ajude a plantar uma semente que os leve ainda mais fundo. Nós queremos inspirar os espectadores a se tornarem “DESPERTOS” (AWAKE)
P: Que tipo de experiência vocês esperam trazer aos espectadores?
Paola & Lisa: Yogananda frequentemente usava o oceano como uma metáfora para a consciência, um conceito que as pessoas que passam muito tempo cercados por água, percebem intuitivamente. Nós usamos muitas imagens com água no filme. Yogananda compara o indivíduo às ondas do oceano, que tomam forma e então se unem de volta ao que nos une a todos, o oceano da consciência.
Leia  a resenha completa do filme: http://www.culturadapaz.com.br/awake/
CRÉDITOS DO FILME
Escrito e Dirigido por
PAOLA DI FLORIO
&
LISA LEEMAN

Produtores
PETER RADER
PAOLA DI FLORIO
LISA LEEMAN

Baseado nos livros e palestras de
PARAMAHANSA YOGANANDA

Diretor de Fotografia
ARLENE NELSON

Trilha sonora original
MICHAEL R. MOLLURA
VIVEK MADDALA
Fonte:http://www.culturadapaz.com.br/awake-a-vida-de-yogananda-entrevistas-com-as-diretoras/

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