Pesquisadores brasileiros investem em tinta orgânica que produz energia solar
15 de Junho de 2015 • Atualizado às 11h14
O Brasil é um país com enorme potencial para a produção de energia solar. De olho nisso, o instituo de pesquisa CSEM tem investido em uma opção que deve baratear e popularizar este tipo de produção alternativa: células solares orgânicas (OPV).
O material criado no Brasil segue modelos já usados no Japão e na Europa. Seu principal diferencial é a praticidade com que pode ser fabricado e a diversidade de usos possíveis. As células solares são impressas em uma tira de plástico, usando uma tinta orgânica com capacidade fotovoltaica.
O captdor é fino e flexível, por isso, ele pode ser aplicado nos mais diferentes tipos de superfície. De acordo com a CSEM, as fitas de plástico podem ser instaladas em fachadas de prédios, janelas e qualquer outro tipo de superfície transparente. A energia produzida também pode ser usada para abastecer equipamentos eletrônicos, sistemas de iluminação, purificação de água, ventilação, entre outras coisas.
Foto: Divulgação
O CSEM é uma instituição sem fins lucrativos, assim sendo, o centro de pesquisas acabou de criar a sua primeira empresa, a Sunew, com o objetivo principal de produzir as tiras fotovoltaicas em larga escala e popularizar a tecnologia no mercado interno e internacional.
Em entrevista à revista Época Negócios, o presidente da CSEM, Tiago Maranhão, explicou que a produção é muito barata, se comparado às placas de silício. Ele também garante que o Brasil domina o processo de produção e, com o auxílio de uma impressora especial, a Sunew deve ser capaz de produzir 400 mil metros quadrados de OPV ao ano, sendo a maior fabricante do modelo no mundo.
Em comparação às placas tradicionais, o modelo orgânico proporciona benefícios econômicos e ambientais, já que o processo de fabricação da OPV consome 20 vezes menos energia do que os painéis de silício.
Redação CicloVivo
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