TRATAMENTO E CURA ESPIRITUAL


 A expressão tratamento espiritual é utilizada para abranger um conjunto de ações terapêuticas, de fundamentação religiosa, praticados em centros espíritas, espiritualistas, de umbanda, ou afins, que têm como objetivo um auxílio no tratamento de doenças do corpo ou damente. Apesar de serem estudados desde o final do século XVIII, a eficácia destes tratamentos ainda não pôde ser comprovada através de pesquisas científicas, porque a cura pelo tratamento espiritual, depende da lei do merecimento de cada um, da fé e também da receptividade do irmão doente que é atendido. Embora milhares de provas já foram dadas e como a ciência não consegue explicar e justificar cientificamente a mesma procura se omitir,algo que eu acho que não deveria acontecer, pois o mundo espiritual e material trabalham em conjunto. A mão de um médico do plano material é guiada indubitavelmente centenas de vezes com a acessória do plano espiritual e por milhares de vezes o mesmo não consegue explicar o que vê, sem dúvidas o que vem de Deus nem sempre se explica, pois é merecimento e mundo espiritual não quer louvores e sim ajudar,socorrer .O diálogo entre o Dr. Bezerra e um materialista ilustra muito bem a questão dessas diferenças de visão sobre a vida, sob um foco absolutamente prático - o do resultado; ou seja, onde é que aquilo em que acreditamos nos leva a cura e o que a maioria acredita na realidade é em Deus,nessa força superior que move o universo.
São denominados de espirituais pelo fato de, segundo afirmam aqueles que praticam estes tratamentos, serem realizados - no corpo físico ou no chamado perispírito - por entidades luzeiras que utilizam um médium como aparelho de trabalho . No primeiro caso, no Brasil, por exemplo, ficaram famosas as cirurgias praticadas pela entidade que se denomina Dr. Fritz, através do médium José Arigó.

José Arigó
 

José Pedro de Freitas, dito Zé Arigó, médium brasileiro (Congonhas, MG, 1921 - id., 1971). Conhecido como Zé Arigó, ficou famoso pela cura espírita das mais variadas doenças. Afirmava que recebia o espírito de um médico alemão, Adolf Fritz, e que as curas eram feitas por intermédio desse espírito.
Em Congonhas, desenvolvia suas atividades e era procurado por verdadeiras multidões. Apesar de sua fama, que chegou a atrair a atenção em outros países, Zé Arigó foi preso várias vezes pelo exercício de falsa medicina. Morreu nas proximidades de sua cidade natal em um desastre rodoviário que ele teria previsto, segundo foi publicado nos jornais da época

Dr. Fritz Aran

Uma figura muito controvertida no meio espírita, mas conhecida por todos que freqüentam e são adeptos do Espiritismo. Falo de Adolph Fritz, nascido na República Federal da Alemanha em abril de 1876, na cidade de Munique, formado em medicina, tendo concluído seu curso na Polônia, sendo integrante do quadro de saúde do exército alemão no posto de capitão, e sua especialidade era Clinica Geral.

Um fato curioso e talvez seja do conhecimento de poucos e que o Doutor Fritz, durante a primeira guerra mundial atendeu muitos feridos, no próprio teatro de operações por falta de aparelhos apropriados para a cirurgia, usou toda a sua experiência médica utilizando o que tinha a suas mãos, no caso a baioneta, e outros instrumentos de defesa pessoal, tinha o sangue frio, era corajoso e acreditava em suas potencialidades, denotando pelo exposto ser um excelente profissional e cônscio de suas responsabilidades e por esta determinação, salvou muitas vidas. Mesmo com sua perspicácia e seu conhecimento, notório, pois deixava transparecer nas conversas informais com seus pares, desencarnou novo aos quarenta e dois anos de idade, não se sabe realmente o motivo de sua desencarnação.Afirma somente que ao desencarnar, quando deixou o plano físico, recorda-se da existência de uma parede enorme a sua frente, não conseguia detalhar bem o aspecto dessa parede, porém sentia a presença de muitas pessoas juntas. Afirmou que tentou se apoiar na parede, tocando-a, mas não a alcançou e diz não existem portas nem janelas. Pelas comunicações que fez a diversos médiuns ela fala que os desencarnados sofrem, uma grande perturbação, duradoura ou não.No seu desencarne e chegada ao mundo espiritual passou por tal experiência e viu também um enorme clarão e a sua frente à figura de um padre, que era nada mais, nada menos, do que, o Frei Fabiano de Cristo, que veio a seu socorro.Foi projetado a planos inferiores, mas como tudo é magnetismo, as vibrações ocupam também as regiões inferiores, tornando mais difícil à articulação de pensamentos e idéias equilibradas, as vibrações tem o seu lugar nas regiões inferiores e como Deus a tudo vê e ouve, envia para essas regiões irmãos socorristas, para o resgate das entidades que, manifestam vontade de progredir.

Num plano vibracional ou vibratório menos denso e mais equilibrado, mentores espirituais, com amor e paciência, transmitem seus ensinamentos dignificantes, explicando melhor conceitos importantes da vida espiritual, que os desencarnados não entendiam.
Sua primeira incorporação aconteceu entre os anos de 1918 e 1956, através de uma irmã de caridade, o segundo efetivado através da mediunidade de José Pedro de Freitas, mais conhecido como Zé Arigó. Vale ressaltar que José Arigó não era espírita e sim pertencente à religião católica, por isso afirmamos que a mediunidade não é exclusivade da doutrina espírita. Conta em seus relatos que na primeira guerra mundial que José Pedro de Freitas e ele eram amigos e companheiros encarnados e na Segunda, Fritz do lado de lá e Arigó do lado de cá, no plano físico, veio trabalhar no Brasil a convite de Antonio Francisco Lisboa mais conhecido como Aleijadinho.

Conta que Zé arigó era cabeça dura , como quase todos os médiuns, afirma que são difíceis de serem disciplinados, esquecem acordos assumidos, quando no plano espiritual e às vezes tentam voltar atrás nas responsabilidades. E afirma que nesse caso, tem que agir com bastante energia. Seu trabalho com Zé Arigó foi de 1956 até 1970, ele era muito criticado, porém o livre-arbítrio é inerente aos nossos espíritos.

Somos muito imperfeitos, Jesus foi criticado, julgado e condenado, o médium que cumpre suas obrigações é honesto e Deus é o nosso Grande Juiz. Sobre o desencarne de Arigó num acidente Fritz afirma que aquela foi à hora determinada para o termino de suas atividades no plano físico. Fizeram a seguinte pergunta: Zé Arigó desencarnou velho, ele simplesmente respondeu: Não sou computador celestial.
Afirma também que tudo já estava planejado e Zé já era aguardado para a continuação do trabalho no plano espiritual, de preparação da Doutrina Espírita.É de muita importância se ter conhecimentos de seres que viveram na terra e se encontram em outro plano exercendo atividades em prol dos encarnados, Doutor Fritz reafirma que Arigó faz parte de sua falange e exerce a função de enfermeiro.Depois de Zé Arigó passou a trabalhar com Fritz, Maurício da Silva Magalhães e o quarto, o Dr. Edson C. de Queiroz e afirma que existe um quinto que ele não prefere declinar, pois ainda está sendo burilado pelo mesmo e afirma que na hora certa todos ficarão sabendo. Os que se dizem receber Fritz são pura especulação. Todos essa entidades, aqui relatadas foram companheiros dele na primeira guerra mundial, uns amigos e outros médicos, por isso essa afinidade.Com Maurício trabalhou seis anos antes de sua volta ao plano físico, relata que os mentores não se afastam, os médiuns é que se afastam do trabalho, geralmente por conveniências materiais, ambição, vaidade, irresponsabilidade e acomodação. Aliciados pelas futilidades do plano físico e preguiça de estudar. Pode até acarretar sérios problemas se ele não tiver o equilíbrio necessário. O trabalho é divino e as provações são necessárias para o burilamento e equilíbrio espiritual, somos nós que escolhemos nossas provas, para nossa melhora íntima, vale salientar que nem tudo é transferido para encarnações futuras. A família faz parte da harmonia espiritual o local de atendimento não faz diferença o mais importante é atender os necessitados, trabalhar pela caridade seja lá onde for.A construção do Hospital Francisco de Assis em Casa Branca tem e teve todo apoio do plano espiritual, o compromisso é nosso também. Quanto ao Dr. Edson Queiroz a repercussão de seus trabalhos mediúnicos pela imprensa e a opinião pública tenha como motivo a sua profissão de médico, gozando de um certo prestigio junto aos órgãos de divulgação, Edson, quando encarnado não decidiu se dedicar com profundidade aos estudos da Doutrina espírita e aos trabalhos da espiritualidade tratava sua mediunidade como coisa fenomenalística.

Afirma que tanto Mauricio como Edson eram vaidosos, Não adianta possuir diploma para obter prestígio, Jesus mostrou o caminho do trabalho desinteressado não se incomodando com prestigio, pois toda obra é de Deus. Jornalistas que não são conhecedores da doutrina espírita e aqui insiro outros profissionais e irmãos de outras crenças, apenas para causar sensação e buscar a promoção pessoal, muitas vezes desvirtuam com suas opiniões e publicações os trabalhos de Deus e da espiritualidade que são em benefício dos homens e de seu progresso espiritual e moral. Ajudar a humanidade no seu progresso moral e espiritual, à luz do evangelho de Jesus, o trabalho Como Fritz está condicionado a construção e funcionamento, de um Hospital Psiquiátrico espírita, mas que seja realmente espírita, e deve contar com ajuda de todos.A cura pela fé do paciente está relacionada a um percentual de 92%, o medicamento entra com 6% e o médico com 2%, necessário se faz o estudo sério da Doutrina Espírita, que se sustenta no tripé ciência, filosofia e religião, para se conhecer as realidades da vida, potencialidades do ser humano e sua interação com o plano espiritual. A medicina no mundo inteiro transformou-se em interesse comercial e financeiro, ganância desmedida, onde o agente comerciado é a saúde do corpo e do espírito dos seres humanos. Existem exceções é claro, seria irresponsabilidade afirmarmos o contrário.São 22000 entidades trabalhando juntas com Fritz é dirigida pelos mentores: Frei Fabiano de Cristo, Doutor Bezerra de Menezes e Antonio Francisco de Lisboa o aleijadinho. O Dr. André Luiz também se manifestou interessado na obra do Hospital São Francisco de Assis, orientou que fosse cultivada a harmonia nos lares, exercitando a tolerância e a compreensão em família a luz do Evangelho, isso jamais deixará de fazer, para quem não saber o espírito Fritz pratica a acupuntura que não é conhecida pelos especialistas da terra. Muitos procedimentos foram fotografados e hoje se encontram publicados em livros.

O Benedito é o responsável pelo médium Mauricio no que respeita a “utilização do aparelho” pelas entidades. O acesso ao “aparelho” só é viabilizado com a permissão do Benedito, para se evitar que haja uso do “aparelho” indevidamente por entidades não identificadas com a seriedade e respeito que o objetivo da obra exige. (Dr Fritz).
Sobra à energia sexual ele afirma que é de grande importância, pois está acumulada no corpo físico de várias maneiras tendo em conta a necessidade da vida orgânica. A Irmã Mei-Mei coordena todos os trabalhos e dirige as crianças, através das mães, no plano espiritual. Irmãs que aceitam a desempenhar o papel de mães, nas colônias, aos pequeninos desencarnados, o trabalho, são tão importante, fazendo-o; como se estivessem no plano físico, nos lares, com seus pais, e, prepará-lo para uma nova reencarnação.O que está aqui exposto não é invenção deste que escreve, é fruto de estudo, de leitura e de um aprendizado de irmãos, que estão num patamar mais elevado em termo de cultura espiritual, não nos cabe julgar, devemos confiar nas pessoas que se dispõem, a executar um belo trabalho, que talvez seja totalmente ignorado por irmãos de doutrina e creio que servirá para alertar aqueles que discriminam determinadas figuras que passaram por este orbe, para os mais fanáticos que costumam afirmar que na doutrina espírita existem livros apócrifos e que não merecem confiança e estão aí no seu dia-a-dia repassando seus ensinamentos também através de obras publicadas, muitas vezes ditando normas e pensamentos próprios, o que aconteceu ao Doutor Fritz acontece à mesma coisa com o espírito Ramatís, cuja psicografias foram feitas pelo nosso irmão Hecílio Maues, não julgo, emito opinião muitas vezes em termos de críticas, mas lembremo-nos que a verdade só a Deus
Frei Fabiano de Cristo     
      
Nasceu na pequena aldeia de Soengas, na antiga província do Minho, em Portugal, em 8 de fevereiro de 1676, recebendo o nome de batismo de João Barbosa. Seu pai chamava-se Gervásio Barbosa.Era João, em criança, o encarregado de levar as ovelhas de seu pai ao  pasto e as conduzir ao redil. Como pastor, teve ocasião de desenvolver a natural bondade do seu coração, como mais tarde patenteou, cuidando das suas “ovelhinhas” sofredoras.
Mais crescido saía com o pai ao campo, ajudando-o nas plantações e outros trabalhos da lavoura.Já adolescente compreendeu que, como lavrador, dispondo de poucas terras pouco ou nada conseguiria, mesmo que nesses trabalhos consumisse todas as suas forças.

Dando-se à vida de negociante, podia expandir-se, empreender, arriscar, ganhar e, deste modo, a seu ver, vir a ser grande.Rumou para a cidade do Porto onde entrou em contato com o mundo, que até então ignorava, e se dedicou ao comércio.Nessa cidade muito se falava, como em todo o Portugal, das fabulosas minas de ouro e outros metais preciosos ocultos no solo do Brasil. Uma vez concebido o plano de passar-se ao Brasil, nada o deteve. 

Desvencilhando-se de tudo, disse adeus aos pais e irmãs e, com o cabedal que lhe foi possível angariar, confiou-se às desafiadoras vagas do oceano.Decorridos os meses da travessia, aportou João ao Rio de Janeiro, capital da então vastíssima Capitania desse nome.

Passados os dias necessários para refazer-se da viagem, demandou à zona aurífera do Ribeirão de Nossa Senhora do Carmo (Mariana) e Ouro Preto, após enfrentar inúmeras dificuldades próprias dos caminhos daquela época.Em poucos anos João Barbosa tornou-se senhor de pequena fortuna, mas longe de contaminar-se com a exaustiva lide dos negócios, se lhe aperfeiçoou a generosidade no sacrifício, se lhe deparou enfim a melhor escola para a vida de devotamento que mais tarde levaria.Após alguns anos de comércio ambulante pela "Carreira das Minas", João Barbosa fixou residência na Vila de Parati.Como em Minas, também em Parati, mostrava-se solícito em ganhar, não perdendo ocasião de um bom negócio. Nem por isso, contudo, se engolfou de tal modo nos negócios que não lhe sobrasse tempo para cumprir seus deveres para com Deus e para com a alma.Os pobres sabiam que em sua porta não bateriam em vão. Sua bolsa estava sempre pronta para ajudar a quem dele necessitasse.

A luz sobrenatural da fé o foi iluminando interiormente e conheceu sempre mais nitidamente onde podia encontrar a única verdadeira grandeza.Achegava-se sempre a Deus e quem de Deus se achega forçosamente será iluminado de sua eterna verdade.
Do conhecimento que adquirira das ninharias das riquezas e honras terrestres originou-se-lhe o mais ardente desejo de viver só para Jesus Cristo, a quem, despido, pobre e obediente se propunha servir no estado religioso.Para dar desempenho aos seus propósitos escolheu a Ordem Seráfica de São Francisco de Assis, tendo sido admitido em 8 de novembro de 1704 no Convento de São Bernardino de Sena, em Angra dos Reis, após repartir tudo quanto em anos de contínuo labutar havia conseguido.

Em seu zelo e ardor tudo lhe ia agradando sumamente. Nenhuma dificuldade parecia encontrar em sujeitar-se à observância ou aos atos de penitência.Em 11 de novembro recebeu o hábito, o cordão e capucho franciscanos,começando como Noviço nova vida.Cumpria todas as ordens com a maior exatidão, embora em seu fervoroso espírito nunca lhe parecesse que fazia bastante. Ninguém era mais desejoso de atos de penitência e humilhações.Os superiores viam nele o modelo de todas as virtudes, podendo, ao fim do ano de noviciado, formar dele o juízo certo que "desse Religioso Deus colheria um verdadeiro Servo".Em 12 de novembro de 1705, terminado o noviciado, João recitou solenemente a fórmula da Profissão, "sacrificando-se a Deus em religiosa obediência, pobreza e castidade, com grande júbilo de sua alma."

Foi-lhe dado nesta ocasião, em vez de João, o nome de Fabiano e o nome de Barbosa foi mudado para o de Cristo.
Avaliando-se o Pe. Provincial a sua acrisolada virtude e compreendendo que nele podia depositar ilimitada confiança, transferiu-o em fins de 1705 de Angra dos Reis para o Convento de Santo Antônio no Rio de Janeiro, dando-lhe, aí, como irmão leigo, o difícil cargo de porteiro. Segundo as leis da Província, só deviam exercer esse cargo religiosos de muita prudência, confiança e virtude, após 15 anos de hábito. Incumbia-lhe como tal, de modo particular o cuidado dos pobres e mendigos que em não pequeno número iam bater à porta do Convento. Em Frei Fabiano achavam os pobres um amante Pai.Todos os deveres do porteiro eram cumpridos à risca e com a maior perfeição.Apesar dos excelentes frutos que colhia no seu mister, relativamente pouco tempo aí permaneceu.Essas mesmas exímias qualidades que dele faziam porteiro modelo, recomendavam-no para outro cargo em que iria de então em diante consumir toda a sua vida, o de enfermeiro.Não levava Frei Fabiano consigo nenhuma formação ou preparação para o novo ofício. Acompanhavam-no unicamente boa vontade e admirável prontidão além de uma absoluta confiança na Providência Divina. Com os anos tornou-se mestre no ofício e tratava os doentes com exímia paciência, caridade e paternal solicitude.Companheiro inseparável dos doentes, vivia como que encerrado na enfermaria,acudindo de leito em leito. Aí passava os dias e muitas vezes as noites só se retirando quando os enfermos lho permitiam para prolongadas horas de oração.

Por muitos anos nenhuma cela teve, pois em qualquer canto da enfermaria repousava durante as poucas horas que concedia ao sono.Os anos foram passando e Frei Fabiano de Cristo nesse ministério de enfermeiro ia consumindo quase todo o restante da vida, cerca de 38 anos.
É conhecida verdade em ascese cristã, que Deus faz sofrer àqueles que ama de modo particular. Enviou Deus a Frei Fabiano incômodos físicos mais pungentes, que por mais ou menos 30 anos o cruciaram e consumiram quase sem tréguas. Quis assim o Altíssimo acrisolar a virtude do seu Servo. Consistiam essas doenças, antes de tudo, numa erisipela, ao que parece crônica ou intermitente, que lhe ocasionava cruciantes sofrimentos. Localizava-se o mal nas pernas. Na perna direita se lhe originou uma grande e horrosa chaga, que vertia continuamente copioso pus. Também lhe apareceu um quisto em um dos joelhos, talvez em conseqüência das longas horas que costumava passar ajoelhado. Apesar do seu incessante sofrimento jamais se lhe podia ouvir dos lábios a mais leve queixa a não ser que a doença lhe impedia, às vezes, o desempenho exato de seu cargo.Nos últimos anos começou Fabiano a sofrer honrosamente de hidropisia. Encheram-se-lhe as pernas de serosidades e humores mórbidos com atrozes dores.Suas excelsas virtudes, porém, jamais se arrefeceram e seguia Fabiano as pegadas de Francisco de Assis, esmerando-se com admirável constância e fortaleza no espírito de penitência e na prática da mais inexcedível e inalterável bondade, como na caridade mais pura e sobrenatural. Encontrava em Deus pelo profundo conhecimento que D'Ele adquirira, tudo quanto sua alma podia almejar.Já setuagenário, ia tocando o termo de sua vida, tendo passado a maior parte dela na Religião. Alem de tolerar com insistente paciência os dilatados achaques e dores de suas enfermidades, esforçava-se, ainda a macerar e subjugar o seu pobre corpo por toda sorte de austeridades.Agora, pois, prestes a deixar este mundo, considerando este feliz "martírio" , sua alma podia abrir-se toda à esperança e prelibar ainda em vida a eterna beatitude.Em outubro de 1747, se agravaram os incômodos que já há muito tempo vinha sentindo, provenientes da erisipela. O bom irmão conheceu perfeitamente e, como dizem, por uma revelação divina, que ia chegando o fim do seu desterro e anunciou-o aos seus confrades, precisando o dia e a hora.Tendo-se conformado em vida inteiramente e sempre à Vontade de Deus, também na decisiva hora recebeu a graça não só de resignação perfeita, mas ainda de sincera alegria ante os desígnios divinos. Para ele a vida era Cristo e a morte lucro, anelava para que se lhe dissolvesse o invólucro desta vida e pudesse estar com Jesus Cristo.Amanheceu por fim o dia 17 de outubro de 1747, terça-feira. O Divino Mestre achou por bem dar pausa nesse dia o dilatado tormento do seu Servo. E entre uma e duas horas da tarde, abraçado ao crucifixo, Frei Fabiano de Cristo entregava placidamente sua bela alma nas mãos do criador.Alguns sinais prodigiosos sobrenaturais ocorreram após o falecimento de Fabiano de Cristo, tudo levando a crer que nesses prodígios se revelava o Dedo de Deus, querendo glorificar na Terra o seu humilde Servo: O cadáver de Fabiano manteve flexibilidade por mais de trinta horas, quando o normal é acontecer a rijeza cadavérica de 1 a 24 horas; os seus olhos permaneceram claros, límpidos e cristalinos como em vida, o seu semblante, passadas 2 horas e apesar do rosto lívido e amortecido de antes, devido à idade e os achaques, tornou-se alegre e risonho, com cores tão naturais como se estivesse vivo e assim se conservou até mais 26 horas; aberta uma veia do braço e feita uma cissura nas costas de uma das mãos, saiu sangue tão abundante, que dele se puderam ensopar alguns panos; o sangue líquido que emanava da horrorosa chaga da perna direita, de uma ferida que tinha nas costas e da chaga da cintura, originada do cilício , era copioso e cheiroso como odorífero bálsamo; quando foi aberta a campa da sepultura, dela saiu igualmente um suavíssimo perfume que se espalhou por todo o lugar em volta, de modo que todos os circunstantes o puderam sentir.
(Extraída do Livro Frei Fabiano, do Fr. João José P. Castro)
 

Irmã Memei

 
Espírito altamente amoroso e culto, que se tem dedicado mais particularmente à assistência à infância, manifesta-se, quase sempre, inundando o ambiente em suave e delicioso aroma de flores, mais particularmente rosas.

Seu nome, quando encarnada na terra, era Irma de Castro. Viveu de 22 de outubro de 1922 a 01 de outubro de 1946. Nasceu na cidade mineira de Mateus Leme e desencarnou em Belo Horizonte.

Manifestou precocemente acentuada inteligência, meiguice, modéstia e amor às letras. Era de beleza invulgar.
Tinha quatro irmãos: Ruth, Alaíde, Danilo e Carmem e ficou órfã de pai (Adolfo Castro) com apenas cinco anos. Sua mãe era D. Mariana de Castro.

Apesar de seu enorme amor aos estudos, por motivos de saúde, teve de abandonar o Curso Normal no segundo ano (Escola Normal de Itaúna).

Mais tarde, com sua irmã Alaíde, transferiu-se para Belo Horizonte para trabalhar e lá conheceu Arnaldo Rocha, com quem se casou aos 22 anos de idade. Apesar de muito querer um filhinho que lhe viesse abençoar o lar, isto não foi possível.

Tendo lido um romance, onde o personagem chinês tratava sua companheira pelo nome de Meimei (quer dizer "amor puro"), passou a tratar assim o marido e este também assim a tratava na intimidade.

O problema que muitas vezes antes se manifestara nos rins (nefrite) irrompeu com muita força, a ponto de lhe cegar uma das vistas e ela desencarnou, dois anos após o enlace.

O esposo, bastante abatido, procurou a Francisco Cândido Xavier, e este, que morava na cidade de Pedro Leopoldo, recebeu uma mensagem dela em que assinava Meimei, fato que todos ignoravam, já que este nome carinhoso só era do conhecimento do casal. Arnaldo tornou-se então um colaborador do Chico e fundou o Centro Espírita Meimei.

Muitos são os fatos narrados envolvendo a interferência amorosa de Meimei, que muitas vezes é vista pelos médiuns vestida de noiva, com a invulgar beleza, que lhe é peculiar.

Em 03/08/1977 Meimei psicografou pelo Chico sete páginas apoiando a obra (ainda por editar) do espírito de Monteiro Lobato, recebida pela médium Marilusa, da qual carinhosamente se serviu para ditar o livro Retalho do Morro.

Dado seu carinho com a China, ainda dedicou a forma de ilustrar a obra - Retalho do Morro - com uso de sombras (arte milenar chinesa), e orientou quanto à utilização das figuras para avaliação do aprendizado das crianças.

Existem muitos livros ditados por Meimei através de Chico Xavier. Entre outros: Pai Nosso, Amizade, Palavras do Coração, Cartilha do Bem, Evangelho em Casa, Deus Aguarda e Mãe.

Esse valoroso espírito também está entre nós na FEIG. Meimei abraçou a tarefa como mentora da Evangelização Infantil em nossa Casa, tendo todos nós certeza que vem zelando pelas crianças com muito amor.

Que Jesus possa abençoá-la sempre para que ela continue seu maravilhoso trabalho e que todos nós possamos continuar sendo merecedores de sua companhia e seus ensinamentos.

Biografia de Meimei - Retalho do Morro/Marilusa Moreira Vasconcellos.


Dr Adolfo Bezerra de Menezes

 
Dr. Bezerra de Menezes, conhecido por muitos como “o médico dos pobres”, um dos nomes mais significativos na história do Espiritismo.
Além de grande médico, Bezerra de Menezes sempre foi um homem de reputação ilibada, um político de atitudes dignas e de grande honradez. Mas, fundamentalmente, foi ao abraçar os pobres necessitados e dividir com eles sua vida e trabalho que a pureza desse espírito de escol aflorou, dando exemplos e mais exemplos de amor e dedicação ao próximo.
Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti nasceu em uma pequena localidade do interior do Ceará, Riacho do Sangue (hoje Jaguaretama), em 29 de agosto de 1831. Aos sete anos, ingressou na escola pública, levando cerca de 10 meses apenas para ficar bem instruído. Aos 11, já cursava humanidades e, aos 13, dava aulas de latim, substituindo a ausência do professor. Por questões de ordem política, sua família se mudou para o Rio Grande do Norte, de onde só regressou em 1846, passando a morar em Fortaleza.
Bezerra de Menezes era filho de Antônio Bezerra de Menezes, um tenente-coronel da antiga Guarda Nacional que legou ao filho toda a sua carga de caráter e honradez. Seu pai tinha um coração muito bom, usando sua grande fortuna para ajudar muitas pessoas, mas diante da exploração de amigos e parentes, o velho coronel viu sua riqueza minguar. Acabou por se tornar um administrador de suas próprias posses, como se fossem apenas “emprestadas”, utilizando o suficiente para manter sua família dignamente.
Foi assim que o coronel teve uma conversa com Bezerra de Menezes, pois sabia do sonho do filho de se formar em medicina. Disse-lhe que não podia, por dever de consciência, usar as posses que tinha para custear sua formação, já que cuidava de seus bens como um verdadeiro empréstimo. Foi essa demonstração de probidade que deu mais ânimo para Bezerra de Menezes lutar como nunca para realizar sua vontade e justificar o merecimento de ter um pai com tamanha nobreza de espírito. Com uma quantia razoável, partiu em 1851 para o Rio de Janeiro, pronto para estudar e se tornar médico.
Com a coragem e a honradez herdadas do pai, Bezerra de Menezes fez de tudo para custear seus estudos. Dava aulas particulares para sustentar suas despesas com moradia e taxas do curso, até que, em 1856, conseguiu o diploma de médico com as melhores notas da faculdade em todo o período que lá passou. Um ano depois, entrou no exército graças à indicação de seu professor, o dr. Manuel Feliciano Pereira de Carvalho, sendo nomeado cirurgião-tenente. E, em 1858, casou-se com Maria Cândida de Lacerda, com quem teve dois filhos.
Apesar das recomendações de seu pai para que não entrasse na política, além de estar atarefado com seus doentes, Bezerra de Menezes foi procurado para que fizesse parte da lista de candidatos a vereador do Partido Liberal (o mesmo partido ao qual seu pai sempre esteve ligado ideologicamente) nas eleições de 1860 . Foi eleito, mas teve seu mandato impugnado por ser integrante do exército. Entretanto, ele não pensou duas vezes para abandonar o cargo militar e poder, assim, assumir sua vaga na Câmara.
Como político, sempre se preocupou em trabalhar para trazer benefícios ao povo que o elegeu. Sempre bateu de frente com o poder, atitude que lhe trouxe problemas tanto com o governo como com integrantes de seu próprio partido, mais interessados em fazer ações convenientes politicamente. Em 1867, Bezerra de Menezes foi eleito deputado pelo Rio de Janeiro, quando então seu nome tomou uma projeção nacional. Porém, com a ascensão do Partido Conservador e a dissolução da Câmara dos Deputados, ele se afastou um pouco da política, retornando somente em 1876, novamente como vereador.

O encontro com o Espiritismo

No entanto, o que movia o dr. Bezerra de Menezes era mesmo o trabalho médico, a possibilidade de exercer a caridade e levar a cura para tantos necessitados, sobretudo para aqueles mais pobres e sem condições materiais. Tanto que sua pouca fortuna veio de quando foi detentor da Companhia da Estrada de Ferro Macaé-Campos, o que não durou muito, devido às perseguições governamentais que o levaram a ficar sem recursos financeiros.
Mas Bezerra de Menezes não se preocupava com isso, não era aferrado aos bens materiais. No livro Vida e Obra de Bezerra de Menezes, de Sylvio Brito Soares, temos uma boa idéia de sua vocação para a caridade: “Seu espírito, porém, pairava sempre acima dos bens efêmeros do mundo e tanto isso é verdade que, dispondo de todos os elementos para reconquistá-los, mostrou em todas as horas sua completa indiferença, para se dedicar única e exclusivamente ao exercício de seu sacerdócio médico e repartir a caridade por todos os infelizes”.


Fonte:http://blog.clickgratis.com.br/fratercaminhoverdade/361372/CURA+ESPIRITUAL+I.html#ixzz3OeNjDkq9

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