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Quando você foca naquilo que o seu parceiro não é, quando você coloca atenção exclusivamente naquilo que está faltando no relacionamento, nas falhas, em como “deveria ser”, o seu contentamento passa a depender da “mudança do outro”, e vocês entrarão em guerra, sutilmente ou não.
Tudo isso passa a ser responsável por sua felicidade agora. Você se expressa a partir de um estado de carência, descontentamento, tensão e stress, e não a partir da paz profunda que você realmente é.
Você não quer o parceiro que está ali na sua frente, você quer uma imagem idealizada do outro. Há uma espécie de tensão ou uma lacuna, entre o que o outro é e o que ele não é, e o seu contentamento reside no futuro, ou algo do gênero. Você se sente desconectado do outro e anseia em se conectar novamente “com o tempo”.
Mas não até que ele mude.
Ele é o culpado por sua falta de conexão, por sua carência, desapontamento, frustração e até mesmo por sua raiva, já que você espera que uma cura ou transformação aconteça!
Só que ninguém muda simplesmente porque que você quer que mude. Alguma vez você mudou quando alguém tentou fazer com que você mudasse?
Você não se sentiu manipulado e ignorado?
Será que você pode, apenas por alguns instantes, encarar o seu parceiro como ele realmente é? Será que você pode deixar o futuro e a expectativa para trás, apenas por alguns momentos? E a partir desse estado de profunda conexão, desse estado de contentamento e clareza, expressar-se de verdade, não almejando mudar algo, mas no intuito de que o outro possa entender como você se sente? Será que você pode ouvir sem preconceito, deixar de lado a “história” do relacionamento de vocês (as demandas, as expectativas, a história, as “regras”) e simplesmente se relacionar, aqui e agora, de igual para igual?
Quando você sente a conexão que há entre vocês, quando há disposição em ouvir, quando há segurança, quando você se sente realmente capaz de se expressar de verdade, quando todas as imagens desaparecem, quando o foco não está naquilo que está faltando ou foi perdido, mas sim totalmente presente aqui mesmo neste momento, você ainda sente a necessidade de que algo mude? Você necessita de algum futuro? Quer você fique ou vá embora amanhã, quer algo mude ou não, será que você consegue estar em paz do jeito que as coisas são, e viver a partir disso? Isso não é passividade, mas sim uma profunda conexão com a vida, a fonte de toda inteligência, criatividade e clara ação, onde todas as decisões devem ser tomadas.
Não precisamos esperar pela mudança de amanhã, se podemos nos conectar profundamente hoje mesmo. É bem provável que mudança não ocorra à força ou sob pressão.
É bem provável que não seja o encontro dos seus sonhos, mas que aconteça aqui mesmo.
Jeff Foster
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