AL-QUEDA DO IÉMEN, REIVINDICA AUTORIA DE ATAQUES NA FRANÇA E FORAM IDENTIFICADOS OS MORTOS NO ATAQUE AO 'CHARLIE HEBDO' EM PARIS

Al-Qaeda na Península Arábica reivindica autoria de ataques na França

Grupo afirma que país foi escolhido por ‘travar guerra contra o Islã’. Irmãos Kouachi teriam viajado ao Iêmen para receber treinamento

CAIRO — A al-Qaeda na Penísula Arábica (AQAP, na sigla em inglês) assumiu a autoria do ataque contra o semanário “Charlie Hebdo” em Paris, e classificou o ato como “vingança em nome da honra do profeta Maomé”.
— A liderança da AQAP comandou as operações e escolheu cuidadosamente seus alvos na vingança pela honra do profeta — afirmou um membro do grupo a agências internacionais, destacando que a França foi escolhida como alvo por seu “evidente papel na guerra contra o Islã e as nações oprimidas”. — Atingir a santidade dos muçulmanos e proteger aqueles que blasfemam tem um preço alto e a punição é severa. os crimes dos países ocidentais, especialmente Estados Unidos, Reino Unido e França terão repercussões profundas em seus territórios.
Caso a informação se confirme, será a primeira vez que a AQAP, baseada no Iêmen, realiza operações terroristas em países ocidentais, após tentativas frustradas. Relatórios da Inteligência americana afirmam que Saïd Kouachi recebeu treinamento no Iêmen antes de voltar a seu país natal. Em entrevista à TV francesa durante o cerco desta sexta-feira, o irmão mais novo de Saïd, Chérif Kouachi, afirmou ter viajado ao país a convite do clérigo americano Anwar al-Awlaki.
De acordo com o membro da AQAP, o grupo continuará a seguir a política de seu chefe, Ayman al-Zawahri de “atingir a cabeça da cobra até que o Ocidente se retraia”, citando as ameaças do falecido líder da al-Qaeda, Osama bin Laden.
— A França não estará em segurança enquanto combaterem Alá, seu mensageiro e seus fiéis — afirmou Narit al Nadari, uma autoridade da lei islâmica da AQAP.

Fonte:http://oglobo.globo.com/mundo/al-qaeda-na-peninsula-arabica-reivindica-autoria-de-ataques-na-franca-15014394#ixzz3OQ9me6TB 




Al-Qaeda 'congratula' ataques e admite novas ameaças a França


Ligação dos Kouachi à Al-Qaeda da Península Arábica foi admitida por um dos irmãos numa entrevista telefónica antes de morrer. França reforça vigilância.


Um líder da Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA), que junta as células da Arábia Saudita e do Iémen, felicitou o ataque terrorista à redacção do Charlie Hebdo e ameaçou França com novos atentados. Num vídeo de 5 minutos e 37 segundos, divulgado, sexta-feira, pelo SITE, empresa que monitoriza os movimentos jihadistas, Harath Al Nazari não reivindica directamente a autoria do ataque. Nas últimas horas, um responsável da AQPA não identificado veio reclamar a autoria do atentado, uma “vingança em honra” do profeta Maomé, como afirmou à AP.

“A liderança da AQAP dirigiu as operações e escolheu cuidadosamente o alvo em vingança à honra do profeta”, disse a fonte anónima, citada pela agência. França foi escolhida devido ao seu “papel óbvio na guerra contra o Islão”.
Já no vídeo, Harath Al Nazari disse que “alguns filhos de França não respeitaram os profetas de Alá, por isso, um grupo de soldados crentes de Alá marcharam contra eles e ensinaram-nos respeito e os limites da liberdade de expressão”. “Soldados que amam Alá e os seus mensageiros foram ao vosso encontro, não temem a morte e adoram o martírio em nome de Alá”, disse. Os franceses “não estarão em segurança enquanto combaterem Alá, o seu mensageiro e seus crentes”, refere Al Nazari, de acordo com informação veiculada pelo SITE.
A ligação dos irmãos Kouachi à Al-Qaeda da Península Arábica foi admitida pele elemento mais novo dos Kouachi, numa entrevista telefónica à BFM-TV. “Eu, Chérif Kouachi, fui enviado pela Al-Qaeda ao Iémen. Foi o xeque Anouar Al Awlaki que me financiou”, disse, acrescentando que a viagem se realizou antes da morte de Anouar Al Awlaki, na sequência de um ataque de um drone da CIA em 2011. Também o procurador de Paris, François Molins confirmou que Chérif esteve no Iémen nesse ano. “O inquérito deverá provar o financiamento deste ataque”, indicou, citado pelo Le Monde.
No Iémen, as autoridades lançaram uma investigação sobre as ligações possíveis entre a AQPA e os dois irmãos e suspeitam que além de Chérif também Saïd Kouachi terá combatido em nome da organização terrorista na província de Abyan.
Depois de 53 horas de grande tensão, o desfecho das operações policiaisterminou com quatro mortos e quatro polícias feridos no assalto ao supermercado judeu, perpetrado por Amady Coulibaly, que admitiu estar coordenado com os irmãos Kouachi. A companheira de Coulibaly, Hayat Boummedienne, ainda está a ser procurada pela polícia. 
De acordo com o procurador de Paris, citado pelo Libération, os reféns foram mortos por Coulibaly quando entrou no supermercado e não durante a operação policial.
Quase ao mesmo tempo, na gráfica onde se refugiaram os presumíveis autores do atentado ao Charlie Hedbo, Chérif e Saïd Kouachi foram mortos pela polícia. O único refém que tinham em seu poder escapou ileso. Um outro funcionário, com 26 anos, conseguiu esconder-se noutra parte do edifício e foi dando informações às autoridades por telefone.
A justiça francesa anunciou, entretanto, que libertou Mourad Hamyd, cunhado de Chérif Kouachi, que se dirigiu à polícia depois de ver o seu nome a circular nas redes sociais e a ser identificado como um dos potenciais autores do atentado no Charlie Hebdo. Hamyd estava na escola quando o ataque aconteceu.
"Quando há 17 mortes significa que houve erros"
Manuel Valls, primeiro-ministro francês, reconheceu que com 17 mortos em três dias houve falhas na operação policial. “Há uma falha evidente. Quando há 17 mortes significa que houve erros”, disse à BFM-TV. O primeiro-ministro mostrou-se preocupado com as “centenas de pessoas que partem para a Síria ou para o Iraque onde são treinados no terrorismo e que depois regressam”.
Os Estados Unidos admitiram estar preocupados com a ameaça de novos atentados, “manifestações e outros actos de violência” e Barack Obama já disponibilizou a França apoio “para enfrentar este desafio”. O país “continua a enfrentar a ameaça do terrorismo e tem de permanecer vigilante”, disse. Obama sublinhou que França “é o mais antigo aliado dos EUA”.
“Lutamos ao vosso lado para defender os nossos valores, valores que partilhamos, valores universais que nos unem como amigos e aliados. Nas ruas de Paris, o mundo viu de novo o que defende o terrorismo. Não tem mais para oferecer do que ódio e sofrimento humano. Nós defendemos a liberdade e a esperança. É o que representa Paris para mundo e esse espírito vai permanecer para sempre”, afirmou.
Entrentanto, Bernard Cazeneuve,  ministro do Interior francês, anunciou que vai manter o plano de vigilância apertada, no seu nível mais elevado. Haverá um reforço de 320 militares ao dispositivo policial. Domingo na marcha contra o terrorismo são esperadas mais de um milhão de pessoas, inlcuindo dezenas de chefes de Estado.
Fonte:http://www.publico.pt/mundo/noticia/al-qaeda-felicita-ataques-em-franca-e-deixa-no-ar-novas-ameacas-1681776

Identificados todos os mortos do ataque ao ‘Charlie Hebdo’ em Paris

Oito vítimas trabalhavam para o jornal e duas eram policiais.
Um funcionário do prédio e um visitante também morreram.


Entre os mortos no ataque estão Bernard Marris, Georges Wolinski, Jean Cabu, Stéphane Charbonnier,  Bernard Verlhac (Tignous) e Philippe Honoré (Foto: AFP)Entre os mortos no ataque estão Bernard Marris, Georges Wolinski, Jean Cabu, Stéphane Charbonnier, Bernard Verlhac (Tignous) e Philippe Honoré (Foto: AFP)
A identificação das vítimas fatais do ataque ao jornal “Charlie Hebdo” foi encerrada na noite de quarta (7). Os atiradores que invadiram o local mataram 12 pessoas e deixaram 11 feridas, quatro delas em estado grave.

Os primeiros mortos a serem identificados foram quatro renomados cartunistas, Stéphane Charbonnier, conhecido como Charb e também editor do jornal, o lendário Wolinski, Jean Cabu e Bernard Verlhac, conhecido como Tignous.

Além deles, outros quatro funcionários da “Charlie Hebdo” morreram: o também cartunista Phillippe Honoré, o vice editor Bernard Maris, um economista que também escrevia colunas para a publicação, o revisor Mustapha Ourad e a psicanalista Elsa Cayat, que escrevia uma coluna quinzenal chamada “Divan”.

Entre as outras vítimas fatais, segundo o jornal "Le Monde", estão o policial Franck Brinsolaro, morto dentro da redação, e o agente Ahmed Merabet, que morreu já na rua, durante a fuga dos atiradores. No ataque também morreram um funcionário da Sodexo que trabalhava no prédio, Frédéric Boisseau, de 42 anos, e um convidado que visitava a redação, Michel Renaud.

Ainda de acordo com o jornal, o jornalista Philippe Lançon é uma das vítimas gravemente feridas. Crítico literário do jornal "Libération", ele escreve crônicas para a "Charlie Hebdo".

Rua da sede da revista 'Charlie Hebdo' é tomada por ambulâncias após o atentado a tiros à publicação satírica que eventualmente fazia piadas com o profeta Maomé (Foto: François Mori/AP)
Rua da sede do jornal 'Charlie Hebdo' é tomada por ambulâncias após o atentado a tiros (Foto: François Mori/AP)

Fonte:http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/01/identificados-todos-os-mortos-do-ataque-charlie-hebdo-em-paris.html
  

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