CENTRO DE LUZ
Célia Laborne Tavares
Se
nós queremos fazer um caminho de aperfeiçoamento, em direção aos planos
superiores e divinos, ou se nos julgamos religiosos ou místicos, devemos
observar alguns pontos que caracterizam esse trabalho – trabalho que deveria
ser a meta de todos, conscientemente.
Evoluir
ou ser religado ao nosso núcleo de luz, é antes de mais nada, estar em
constante transformação interna; dissolvendo sombras e imperfeições. Isto
implica num processo dinâmico de harmonização e purificação das energias que
nos chegam a cada dia.
Nesse
trabalho, não se deve estagnar em teorias, em conceitos ou tradições, por mais
belos que eles sejam. Crescemos espiritualmente como uma criança; o que é bom
para um bebê não é o melhor para o adulto. E seria desastroso permanecermos nos
níveis infantis durante toda a vida; como seria errado não respeitarmos os que
estão ainda na infância do caminho.
Buscar
Deus de forma mais real é comunicar-se com Ele, a cada dia de forma
disciplinada e rítmica. É buscá-Lo o mais possível dentro de si mesmo, e
permitir que Ele se manifeste concretamente no exterior.
É
como o desabrochar de um botão de flor que se vai abrindo, se as condições lhe
são favoráveis. Nesse entreabrir é que se percebe que todos à nossa volta têm a
mesma possibilidade de luz e de evolução.
Buscar
Deus é crer no próprio Cristo interno e no Cristo interno do outro, por mais
encoberto que Ele esteja. Ele está ali.
Assim,
vamos abstendo-nos de julgar o outro pela aparência transitória que apresentam
e começamos a acreditar que em todos há o crescimento ou sua possibilidade.
O
Caminho e a Verdade só começam em nós quando damos início a um trabalho real,
dinâmico e ritmado de contato com a Energia Superior em nosso íntimo. E esse
contato só é possível quando estamos em harmonia com os nossos níveis de
expressão humana e com o ambiente em que vivemos.
Nada
externo nos pode atingir se estamos centrados na Luz, e ninguém é culpado se
não estamos fazendo o trabalho devido para nos ligarmos à Luz e irradiarmos luz.
Só nos nossos núcleos de energia superior há vida plena, alegria e abundância.
E somos os únicos responsáveis se não recorremos sempre a esse manancial de
todo suprimento que nos seja necessário.
As
energias da vida passam por nós parecerem trabalhadas, irradiadas e
transmutadas em nossos centros internos melhorando assim, as condições de vida
não apenas pessoais, como, coletivamente,
de todo o Planeta e de toda a humanidade à qual estamos realmente unidos.
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