A BUSCA DE SENTIDO NOS TORNA HUMANOS

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Embora a felicidade e a vida com sentido se sobreponham, são experiências muito diferentes, de acordo com a pesquisa de Stanford.

A busca do sentido


Um projeto de pesquisa da Universidade de Stanford explorou as principais diferenças entre a felicidade e o sentido. Embora sejam semelhantes, existem diferenças dramáticas – e não se deve subestimar o poder do significado. “A busca de sentido é uma parte fundamental daquilo que nos torna humanos”, concluíram os pesquisadores.


Em um estudo publicado no Journal of Positive Psychology, Jennifer Aaker, da Stanford Graduate School of Business, e pesquisadores associados, encontrou respostas sobre como as pessoas gastam seu tempo e que experiências eles cultivam.
“A vida feliz está mais relacionada a ser um tomador em vez de um doador, enquanto o significado está mais ligado a ser um doador em vez de um tomador”, disse Aaker.
Os pesquisadores entrevistaram 397 pessoas ao longo um mês, investigaram se as pessoas consideram que suas vidas eram significativas ou felizes, bem como suas escolhas, crenças e valores. Encontraram cinco principais diferenças entre significado e felicidade:
• Conseguir o que você quer e precisa: Embora satisfazer desejos seja uma fonte de felicidade, não tem nada a ver com o senso de significado. Por exemplo, as pessoas saudáveis ​​são mais felizes do que as pessoas doentes, mas a vida de pessoas doentes não são desprovidas de sentido.
• Passado, presente e futuro: A felicidade diz respeito ao presente, e o significado diz respeito a conectar o passado, o presente e o futuro. Quando as pessoas gastam tempo pensando sobre o futuro ou passado, mais significativas e menos felizes suas vidas se tornam. Por outro lado, as pessoas que pensam sobre o aqui e agora sentem-se mais felizes.
• A vida social: Conexões com outras pessoas são importantes tanto para o sentido quanto para a felicidade. Mas a diferença está na natureza dessas relações. Relacionamentos profundos – como a família – aumentam o significado; passar tempo com os amigos pode aumentar a felicidade, mas teve pouco efeito sobre o significado. Passar tempo com os entes queridos envolve discutir problemas ou desafios, enquanto passar tempo com os amigos pode promover simplesmente sentimentos, sem muita responsabilidade.
• Esforço e estresse: vidas altamente significativas enfrentam muitos eventos negativos e problemas, que podem resultar em infelicidade. Criar filhos pode ser uma alegria, mas também está ligado a um elevado nível de estresse – e significado – e nem sempre a felicidade. Embora pouco estresse pode fazer com que a pessoa se sinta mais feliz – como quando as pessoas se aposentam e não têm mais a pressão das demandas do trabalho -o senso de significado diminui.
• Ego e identidade pessoal: Se a boa vida diz respeito a conseguir o que se quer, significado diz respeito à possibilidade de se auto-definir. Uma vida de significado é mais profundamente ligada a um propósito no contexto mais amplo da vida e da comunidade.
É possível se ter uma vida plena de significado, de sentido, porém infeliz, ao mesmo tempo.
Aaker aponta que este tipo de vida tem recebido menos atenção nos meios de comunicação, que recentemente têm se concentrado em como cultivar a boa vida. Exemplos de vidas altamente significativas, mas não necessariamente felizes, podem incluir enfermagem, serviço social ou até mesmo o ativismo.
Uma boa vida sem significado é caracterizada por ser relativamente superficial e muitas vezes auto-centrada, em que as coisas vão bem e as necessidades e desejos são facilmente satisfeitos.
E assim, a vida significativa orienta as ações do passado através do presente para o futuro, dando um senso de direção. Oferece formas de valorizar o que é bom e que é ruim, e nos dá justificativas para as nossas aspirações.

Tradução livre de Jeanne Pilli

Fonte:http://equilibrando.me/2014/06/10/abuscadosentido/

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