Perdoar é quebrar o ciclo da vingança, de ódio e de ressentimento: o perdão explicado por Matthieu Ricard
Para algumas abordagens psicológicas e visões e escolas
espiritualistas, o perdão é uma das partes mais
importantes do caminho do auto-conhecimento e da busca do fim do sofrimento, não
apenas como prática para as relações humanas no mundo, mas como compreensão
e libertação interior. A visão budista sobre importância de perdoar é explicada
sucintamente pelo monge Matthieu Ricard neste vídeo da
Shining Hope Foundation de 2min
abaixo (legendado em português), onde ele fala gentilmente da inevitabilidade do
resultado das ações de cada um de nós. “O perdão não é um
cheque em branco que você dá a alguém que tenha feito algo errado“, diz
Matthieu, “é sobre quebrar o ciclo de vingança“.
Os ensinamentos budistas tratam do perdão de forma múltipla, como
através do desenvolvimento de metta (amor), de compaixão (karuna), e, talvez principalmente, do trabalho
sobre a raiva. No Bala-Pandita Sutta (e também no Accaya Sutta), o Buda teria dito que no mundo existiam dois tipos
de tolos: “aquele que não vê enxerga sua própria transgressão como transgressão,
e aquele que não perdoa corretamente o outro que confessou sua
transgressão“.
Jack Kornfield, um eminente professor de
meditação budista, disse numa entrevista que “o perdão é
absolutamente essencial“. Uma frase atribuída à Madre
Teresa de Calcutá (1910-1997) diz que “se nós
realmente queremos amar, temos que aprender a perdoar“. A lista de
ensinamentos e menções à importância dessa ação é infindável, e há movimentos
como o do Um Curso em Milagres que colocam o perdão
numa posição absolutamente central do trabalho sobre si mesmo. “O perdão é o ato
radical que diz: isso pára comigo“, diz
Kornfield.
Fonte:http://dharmalog.com/2014/08/11/
Fonte:http://dharmalog.com/2014/08/11/
Abaixo o vídeo com Matthieu Ricard falando sobre o perdão (2min), legendado em português:
Sobre o Monge Budista Mathieu Ricard
Matthieu Ricard (nascido em 1946) é um monge budista que reside no Monastério Shechen Tennyi Dargyeling, no Nepal.
Nascido em Aix-les-Bains, Savóia, ele é filho do renomado filósofo francês Jean-François Revel (nascido Jean-François Ricard), e cresceu em meio às ideias e personalidades dos círculos intelectuais da França de então. Sua primeira viagem à Índia ocorreu em 1967.
Trabalhou para obter um Ph.D. em genética molecular no Instituto Pasteur. Após completar sua tese de doutorado, em 1972, Ricard decidiu abandonar sua carreira científica e se concentrar na prática do Budismo Tibetano. Viveu no Himalaia estudando com Kangyur Rinpoche e outros grandes mestres da tradição, e se tornou o estudante próximo e assistente de Dilgo Khyentse Rinpoche até sua morte em 1991. Desde então, Dr. Ricard tem se dedicado a realizar a visão de Khyentse Rinpoche.
As fotografias de Ricard dos mestres espirituais, paisagens e das pessoas dos Himalaias tem aparecido em numerosos livros e revistas. Henri Cartier-Bresson disse de seu trabalho, "A vida espiritual de Matthieu e sua câmera são uma coisa só, da qual jorra essas imagens, efêmeras e eternas".
Ele é o autor e fotógrafo de "Tibet, An Inner Journey" e de "Monk Dancers of Tibet" e, como colaborador, dos livros fotográficos "Buddhist Himalayas", "Journey to Enlightenment" e, mais recentemente, de "Motionless Journey: From a Hermitage in the Himalayas". É tradutor de numerosos textos budistas, incluindo "The Life of Shakbar".
O diálogo com seu pai, o filósofo Jean-François Revel, "The Monk and the Philosopher", foi um best-seller na Europa e foi traduzido em 21 línguas, enquanto "The Quantum and the Lotus" (co-autoria com Trinh Xuan Thuan) reflete seu interesse em ciência e Budismo. Seu livro de 2003, "Plaidoyer pour le bonheur", publicado em inglês em 2006 com o título de "Happiness: A Guide to Developing Life's Most Important Skill", explora o significado e realização da felicidade e foi um grande best-seller na França.
Ele foi honrado como a "pessoa mais feliz do mundo", pela mídia popular. Matthieu Ricard foi um participante voluntário em um estudo produzido pela Universidade de Wisconsin--Madison sobre a felicidade, atingindo significativamente muito além da média, depois de testes com centenas de outros voluntários.
Membro do Instituto Mente e Vida, que se devota a gerar encontros e pesquisas colaborativas entre cientistas e eruditos e meditadores budistas, suas contribuições apareceram em "Destructive Emotions" (editado por Daniel Goleman)e outros livros de artigos. Ele está engajado na pesquisa dos efeitos do treinamento da mente no cérebro, nas universidades de Madison-Wisconsin, Princeton e Berkeley.
Recebeu a Ordem Nacional Francesa do Mérito por seu trabalho humanitário no Oriente. Nos últimos anos, Dr. Ricard dedicou seus esforços e cedeu parte de seus direitos autorais a vários projetos de caridade na Ásia, incluindo a construção e manutenção de clínicas, escolas e orfanatos. Desde 1989, ele tem sido o intérprete em francês do Dalai Lama.
Nascido em Aix-les-Bains, Savóia, ele é filho do renomado filósofo francês Jean-François Revel (nascido Jean-François Ricard), e cresceu em meio às ideias e personalidades dos círculos intelectuais da França de então. Sua primeira viagem à Índia ocorreu em 1967.
Trabalhou para obter um Ph.D. em genética molecular no Instituto Pasteur. Após completar sua tese de doutorado, em 1972, Ricard decidiu abandonar sua carreira científica e se concentrar na prática do Budismo Tibetano. Viveu no Himalaia estudando com Kangyur Rinpoche e outros grandes mestres da tradição, e se tornou o estudante próximo e assistente de Dilgo Khyentse Rinpoche até sua morte em 1991. Desde então, Dr. Ricard tem se dedicado a realizar a visão de Khyentse Rinpoche.
As fotografias de Ricard dos mestres espirituais, paisagens e das pessoas dos Himalaias tem aparecido em numerosos livros e revistas. Henri Cartier-Bresson disse de seu trabalho, "A vida espiritual de Matthieu e sua câmera são uma coisa só, da qual jorra essas imagens, efêmeras e eternas".
Ele é o autor e fotógrafo de "Tibet, An Inner Journey" e de "Monk Dancers of Tibet" e, como colaborador, dos livros fotográficos "Buddhist Himalayas", "Journey to Enlightenment" e, mais recentemente, de "Motionless Journey: From a Hermitage in the Himalayas". É tradutor de numerosos textos budistas, incluindo "The Life of Shakbar".
O diálogo com seu pai, o filósofo Jean-François Revel, "The Monk and the Philosopher", foi um best-seller na Europa e foi traduzido em 21 línguas, enquanto "The Quantum and the Lotus" (co-autoria com Trinh Xuan Thuan) reflete seu interesse em ciência e Budismo. Seu livro de 2003, "Plaidoyer pour le bonheur", publicado em inglês em 2006 com o título de "Happiness: A Guide to Developing Life's Most Important Skill", explora o significado e realização da felicidade e foi um grande best-seller na França.
Ele foi honrado como a "pessoa mais feliz do mundo", pela mídia popular. Matthieu Ricard foi um participante voluntário em um estudo produzido pela Universidade de Wisconsin--Madison sobre a felicidade, atingindo significativamente muito além da média, depois de testes com centenas de outros voluntários.
Membro do Instituto Mente e Vida, que se devota a gerar encontros e pesquisas colaborativas entre cientistas e eruditos e meditadores budistas, suas contribuições apareceram em "Destructive Emotions" (editado por Daniel Goleman)e outros livros de artigos. Ele está engajado na pesquisa dos efeitos do treinamento da mente no cérebro, nas universidades de Madison-Wisconsin, Princeton e Berkeley.
Recebeu a Ordem Nacional Francesa do Mérito por seu trabalho humanitário no Oriente. Nos últimos anos, Dr. Ricard dedicou seus esforços e cedeu parte de seus direitos autorais a vários projetos de caridade na Ásia, incluindo a construção e manutenção de clínicas, escolas e orfanatos. Desde 1989, ele tem sido o intérprete em francês do Dalai Lama.
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