Os primeiros rascunhos de O Pequeno Príncipe
Você provavelmente já leu (ou pelo menos já ouviu falar um monte) sobre o clássico escrito por Antoine de Saint-Exupéry,
O Pequeno Príncipe. Mas, mesmo já estando ligado que o “essencial é invisível aos olhos” e que “tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”, é bem possível que não conheça ainda a história da publicação da obra francesa mais lida no mundo. Apesar de ser um orgulho nacional, o livro foi publicado pela primeira vez 70 anos atrás, não na terra da Torre Eiffel, mas em Nova York.
Antoine, que era aviador (e, assim como o piloto que narra o livro, havia sofrido um acidente no deserto do Saara em 1935), trabalhou em rotas de correio aéreo na Europa, África e América do Sul até a Segunda Guerra Mundial, quando se juntou à Força Aérea Francesa. Enquanto o pequeno viajante intergaláctico visita a Terra em busca de compreensão e amizade, o que acabou levando o autor à metrópole americana não foi uma busca singela como a do garoto residente do asteróide B-612, mas sim a aridez da Segunda Guerra Mundial. Após a ocupação da França, o pai d’o Pequeno Príncipe estabeleceu residência temporária em Nova York, com a missão diplomática de ajudar a convencer o governo americano a se engajar rapidamente no combate contra a Alemanha.
Foi durante os dois anos que passou em solo americano que Saint-Exupéry escreveu a sua obra mais aclamada – mas não viveu para entender a dimensão do fenômeno que havia criado. Isso porque, poucas semanas depois da publicação do livro, em 1943, o autor resolveu embarcar em uma missão de reconhecimento no território francês ocupado por alemães. Em 1944, muito antes de ver O Pequeno Príncipe ser traduzido para mais de 250 línguas (incluindo o braille), o escritor desapareceu sem deixar pistas.
Parecendo quase antecipar o destino trágico, pouco antes de partir para aquela que seria a sua última missão, Antoine visitou sua amiga nova-iorquina Silvia Hamilton. “Eu gostaria de te dar algo esplêndido”, teria dito o autor, “mas isso é tudo o que tenho”. Dentro do saco amassado que entregou a ela, estavam nada menos que o manuscrito e desenhos originais de sua obra. Adquiridos pela Morgan Library em 1968, os preciosos documentos – que incluem páginas com marcas de seu processo, como palavras riscadas e manchas de cigarro e café – foram preservados e estão em exibição, até 27 de abril, em Nova York. Confira abaixo algumas das imagens originais do livro que segue vendendo, anualmente, mais de 2 milhões de cópias:
Imagens: Antoine de Saint-Exupéry (1900–1944), O Pequeno Príncipe, The Morgan Library & Museum, New York, © Antoine de Saint-Exupéry. Fotografias de Graham S. Haber, 2013, via.
Por Jessica Soares 14 de março de 2014
Fonte:http://super.abril.com.br/blogs/cultura/tag/ilustracoes/
Desenhos de Saint-Exupéry
Ilustrações do escritor são reunidas em livro
Criador de O Pequeno Príncipe, terceiro livro mais traduzido e um dos mais vendidos no mundo, Antoine de Saint Exupéry (1900-44) é tema do lançamento Rascunhos de uma vida – Desenhos, aquarelas e anotações, da editora Tordesilhas.
Trata-se de uma compilação de 500 desenhos do escritor e ilustrador francês, alguns deles inéditos, encontrados em correspondências, dedicatórias de livros, esboços, bilhetes e até guardanapos. As imagens retratam de logotipos de restaurantes e hotéis a seus companheiros do serviço militar.
O livro conta ainda com prefácio do artista e cineasta japonês Hayao Miyazaki.
Rascunhos de uma vida – Desenhos, aquarelas e anotaçõesAntoine de Saint-ExupéryEd. 34
328 págs.
R$ 89,90
328 págs.
R$ 89,90
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