ESTUDO EXPLICA POR QUE ADOLESCENTE É MAIS IMPULSIVO QUE ADULTO E CRIANÇA

 

Estudo explica por que adolescente é

mais impulsivo que adulto e criança              

 
Um estudo conduzido pelo Weill Cornell Medical College, em Nova York, nos Estados Unidos, aponta que o cérebro de adolescentes tem mais dificuldade em conter impulsos, levando jovens a cometerem mais crimes e infrações de trânsito, por exemplo.
O cérebro teen teria, segundo os autores do estudo divulgado nesta semana, uma peculiaridade funcional em comparação a cérebros de crianças e adultos.
Para chegar à descoberta, pesquisadores submeteram 83 pessoas com idades entre 6 e 29 anos a um experimento que se baseava na resposta impulsiva a imagens exibidas em uma tela.
Os pesquisadores usaram como base o conhecimento de que adolescentes envolvidos em crimes geralmente os cometem em situações de estresse emocional, de conflito.
Assim, aos participantes o experimento consistia em ver rostos com expressões neutras ou ameaçadoras na tela e apertar um botão apenas quando a face exibida fosse neutra.
Os participantes também tiveram sua atividade cerebral monitarada durante o experimento.
Adolescentes apresentaram 15% mais erros do que os adultos e crianças envolvidos no teste, pressionando o botão também ao ver faces ameaçadoras na tela, em atitude impulsiva.

Córtex pré-frontal ventromedial

Segundo os pesquisadores, os adolescentes que conseguiram conter o impulso de pressionar o botão erroneamente demonstraram grande atividade em uma área do cérebro chamada córtex pré-frontal ventromedial (VMPC), diretamente ligada ao auto-controle.
Isso poderia explicar, segundo os pesquisadores, a razão de criminosos teen terem pouca probabilidade de reincidirem em crimes, já que apenas o desenvolvimento natural do cérebro, decorrente da maturidade, permite maior atividade desse córtex.
"A conclusão sugere que o cérebro adolescente é altamente impulsivo ao se deparar com uma situação de ameaça e indica que uma atividade pouco usual do VMPC possa ter uma relação biológica com isso", afirma o cientista do City College of New York Jon Horvitz na divulgação do estudo. "É uma descoberta empolgante."

Fonte:http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2013/11/14/

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