A ALMA DA BORBOLETA - CONTO SEGUNDO A VISÃO BUDISTA E XINTOÍSTA

 
 
A Alma  da Borboleta

Este conto combina a virtude budista do amor filial,com a crença xintoísta de que todas as coisas, animadas e inanimadas, possuem um espírito.
Um homem e uma mulher jovens, que partilhavam uma grande paixão pela jardinagem, eram casados. Viviam juntos no meio de grande felicidade, sendo o amor que sentiam pelas plantas apenas suplantando pelo prazer que tinham na companhia do outro. Mas tarde numa idade avançada, tiveram um filho que , felizmente, herdou o interesse dos pais pelas plantas. O casal morreu de velhice quando o filho ainda era jovem. O rapaz se responsabilizou-se pelo jardim, cuidando deste com carinho e devoção que aprendera com os pais. Na Primavera que se seguiu suas mortes, via todos os dias borboletas no jardim.
Uma noite sonhou que a mãe e o pai vagueavam pelo jardim que tanto amavam inspecionando as plantas que tão bem conheciam, para ver como tinham sido tratadas pelo rapaz . Repentinamente o idoso casal se transformou-se em duas borboletas, prosseguindo o seu passeio pelo jardim, pousando em cada flor, uma de cada vez. Na manhã seguinte, o par de borboletas ainda se encontrava no jardim, tendo o rapaz percebido  que elas encerravam as almas dos pais que continuavam a tirar prazer do trabalho de suas vidas.
 
 

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