A ESCRAVIDÃO DA MENTE - LUIZ SOARES


Em nossa mente, o inconsciente é que gera os pensamentos. E tudo se opera em milésimos de segundos, com extrema sutiliza. Em contrapartida, o amor é diferente da paixão,
só nasce no terreno da confiança!
Ao longo das nossas inúmeras existências catalogamos muitos e muitos paradigmas. Entretanto, no momento atual, o senso comum pensa que só os loucos conversam sozinhos. Se admitirmos podemos afirmar que o senso comum está doente. No nosso caso, especificamente, as pessoas falam diariamente pelos celulares e se comunicam nas redes sociais, mas calam-se diante de si mesmas. Loucura é não dialogar inteligentemente com você mesma. Loucura é se autoabandonar.
Na maioria das vezes adotamos o processo da autopunição, do ciúme, da ansiedade intensa, da intolerância a contrariedades, fobias, excesso de preocupação, excesso de critica, excesso de cobrança, descompasso entre o pensar e o sentir, sofrimento por antecipação, e muitos outros fantasmas que bloqueiam a nossa capacidade de ser livre.
A mente humana pode nos tornar livres ou nos conduzir a uma vivenda num tipo de escravidão. Se não tentarmos compreender o processo de construção do pensamento ou desenvolver as funções complexas do EU SOU, como pensar antes de reagir, colocar-se no lugar do outro, proteger a emoção, gerenciar o pensamento, expor e não impor ideias, a humanidade estará condenada ao fracasso.
O ser humano não nasce livre; ele precisa conquistar sua liberdade. Ser livre não é o destino natural do ser humano, um exercício da vontade humana, como supostamente alguém tenta assim classificar, mas uma conquista educacional, emocional, intelectual, diária e profunda. Se assim não entendermos, fatalmente haveremos de nos tornar encarcerados no território psíquico vivendo em sociedades livres.
Ah Lembrei-me de uma passagem de um cara que tinha mania de conversar com as flores. Com simplicidade e ternura era considerado louco. De outro que curtia abraçar árvores centenárias e sentir o pulsar da vida dentro dela; e, ainda imaginar o quanto ela foi resistente ao superar tantas adversidades e se mostrar bela e florida. Quando indagados se aquilo era loucura o primeiro respondeu que seria sim, se ele acreditasse que as flores lhes respondiam; enquanto que o abarcador formulava que o sentir da vida é reconhecer a própria vida.
A mente se tornar libertária no instante e no momento que ousamos transpor a barreira da materialidade. A materialidade nos empurra para a ilusão. A ilusão nos provoca o medo. O medo nos coloca na condição de submissos. A submissão reprime ou aniquila toda e qualquer tentativa de nos imaginarmos onipotente e onipresente. Sem tempo e nem espaço; sem eira e nem beira!
De que adianta ganharmos ou nos qualificarmos a transpor a barreira para o inimaginável se não possuímos as devidas habilidades comportamentais. Seria o mesmo que ganhar um avião supersônico e nos situarmos ou agirmos conduzindo uma bicicleta. Por outro lado todos pensam em ter ou se sentir qualificados e contemplados com o algo que muitos dos nossos Anjos nos tem comentado.
Sou e continuarei a ser um ferrenho critico para com todos que adotam uma recomendação, um ensinamento, um conselho, um tratado e agem de forma mecânica. A repetitividade não facilita a interpretação, não abre a consciência para o ilimitado. Seria o mesmo que entender e não compreender; ouvir sem escutar e olhar sem vê o que está a nossa frente ou algo que tenta sair de dentro de cada um de nós.
Um EU maduro é um EU desarmado, que não tem a necessidade neurótica de ser perfeito; portanto, tem maior capacidade de reconhecer erros, pedir desculpas, transformar dificuldades em crescimento. Fica entendido que pior que um ser humano indefeso é um ser humano com falsas defesas, se considerar excluído ou banido da possibilidade de estar, holisticamente dentro de um parâmetro altamente construído e consagrado por sua livre e espontânea vontade.
Um bom exemplo seria nos considerarmos água. Nunca discute com os obstáculos à sua frente, contorna-os. Não reclama das barreiras, eleva o seu nível e as supera. A vida deve ser cheia de perguntas e, neste caso a máxima seria: Pergunto, logo penso. Penso, logo existo.  Pense nisto!
Abraços fraternos do Luiz Soares.

Fonte:http://anjodeluz.ning.com/profiles/blogs/a-escravid-o-da-mente

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