MOTIVAÇÕES ECONÔMICAS DERAM FORÇA À PRIMAVERA ÁRABE,DIZ AUTOR



Motivações econômicas deram força
à Primavera Árabe, diz autor
 

Dentre os motores dos movimentos no norte da África e no Oriente Médio iniciados no fim de 2010, "grande parte das revoltas possui motivações econômicas, que, combinadas com fatores políticos e culturais, dão uma visão mais ampla das complexas razões que fomentaram as manifestações", conta Fernando Brancoli em "Primavera Árabe: Praças, Ruas e Revoltas".

Tema atual e bastante presente na mídia de várias partes do globo, sem dúvida, a chamada Primavera Árabe é um dos principais acontecimentos internacionais da década. Ocorridas no Norte da África e no Oriente Médio, as manifestações derrubaram antigos governantes, fortaleceram ditaduras e modificaram toda a estrutura de poder da região.

Nesta obra,dividida em capítulos temáticos (nos quais são abordados os protestos nos principais países: Líbia, Síria, Egito, Bahrein e Tunísia) e sem perder o rigor acadêmico, o autor apresenta dados exclusivos, que foram coletados diretamente nos países onde ocorreram (e ainda ocorrem) os conflitos, graças às inúmeras viagens que pôde realizar como jornalista e também como analista de questões humanitárias em diversos organismos internacionais.
Essa sua abordagem inovadora faz com que o livro se torne ainda mais interessante não apenas para especialistas, mas também para leitores em geral que queiram saber mais sobre o assunto.


"Não é coincidência que manifestantes no Cairo brandissem bisnagas de pão durante as manifestações, transformando o alimento em um símbolo do levante", escreve.
Para elaborar o texto, o autor usou dados coletados nos países em que ocorreram, e ainda ocorrem, as manifestações que receberam a nomenclatura genérica de Primavera Árabe por similaridade cultural.


Divulgação
Manifestações derrubaram antigos governantes e fortaleceram ditaduras
Aborda os protestos nos países árabes iniciados no fim de 2010
 
Segundo Brancoli, "é preciso tomar distância das perspectivas opostas, em que os protestos eclodidos na região são vistos como 'revoltas exclusivamente democráticas' --em uma perspectiva maniqueísta de 'libertação do povo contra ditadores maléficos'".
"Em muitos casos, as insurreições têm como escopo, simplesmente, a troca das lideranças e do status quo."
O livro se divide em capítulos temáticos nos quais os protestos são analisados e as modificações nas estruturas políticas são examinadas. Questões sobre soberania e intervenção humanitária também receberam a atenção do autor como pontos fundamentais no debate das relações internacionais.
Graduado em jornalismo e mestre em estudos estratégicos, Fernando Brancoli é doutorando em relações internacionais pelo programa interinstitucional de pós-graduação em relações internacionais San Tiago Dantas (Unesp, Unicamp e PUC-SP).
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"Primavera Árabe: Praças, Ruas e Revoltas"
Autor: Fernando Brancoli
Editora: Desatino Editora
Páginas: 144

Fonte:http://livraria.folha.com.br/catalogo/1204766/primavera-arabe?tracking_number=734

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