Três Marias na luta pelos direitos das mulheres
Cada uma à sua maneira, a atriz Maria Paula, a biofarmacêutica Maria da Penha e a militante Maria Amélia Teles defendem causas femininas.
Fazendo comédia, pedindo justiça e investigando documentos secretos do tempo da ditadura militar do País, essas três Marias brasileiras, cada uma à sua maneira, desenharam o universo feminino no centro de suas bandeiras.
No Dia Internacional da Mulher, celebrado no mundo todo neste 8 de março, o Delas reuniu três entrevistas especiais: com a atriz Maria Paula Fidalgo, 42 anos; a biofarmacêutica Maria da Penha Maia, 68 anos; e a militante pelos Direitos Humanos Maria Amélia Teles, 67 anos.
>> Leia as entrevistas:
Maria da Penha: “As meninas começam a reproduzir o que vivenciam em casa e utilizam a violência”
Maria Amélia Almeida Teles, a Amelinha:
“A mulher está mais rebelde e a desigualdade fica mais exposta”
Em todas as entrevistas, as Marias encontram progressos e diferenças a serem celebradas. “A rebeldia atual frente à submissão antiga”, resumiu Maria Amélia, a Amelinha, que teve a família torturada (inclusive os filhos pequenos) e hoje está na Comissão da Verdade em São Paulo procurando justiça paras as vítimas da ditadura que vigorou entre 1964 e 1985.
“A consciência de usar os mecanismos do Estado para denunciar companheiros violentos”, citou como marca favorável Maria da Penha, que, vinte anos após ficar paraplégica em consequência de ser alvejada pelo marido em 1986, deu nome à lei que imputa penas mais severas aos agressores de mulheres.
“A segurança de imprimir a delicadeza como marca e pedir apoio para realizar as milhares de funções”, completou o ranking Maria Paula – a única mulher entre os humoristas do Casseta e Planeta e coadjuvante de Ingrid Guimarães na comédia “De Pernas para o Ar 2”, que trata do quanto a rotina feminina pode ser estafante, a ponto de as mulheres abrirem mão do prazer. O filme teve 5 milhões de ingressos vendidos.
Mas elas sabem que nem tudo são flores e as desvantagens de gênero permanecem contrastando com o fato do século ser o 21. Por isso, continuam com a bandeira erguida. Seja para pedir urgência na reversão da estatística permanente de uma mulher assassinada a cada duas horas no Brasil – 80% delas mortas por assassinos conhecidos (segundo o Mapa da Violência divulgado no ano passado). Seja para combater a resistência, muitas vezes endossadas pelas próprias mulheres, de fazer das funções domésticas uma obrigação também masculina.
Fonte:http://delas.ig.com.br/comportamento/2013-03-08/tres-marias-na-luta-pelos-direitos-das-mulheres.html
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