Apesar de sentirmos amor e afeição pela nossa família e amigos, no momento da morte embarcamos sozinhos para um lugar desconhecido. Temos repetido a mesma experiência em todas nossas vidas passadas, deixando para trás todos conhecidos e abandonando nossas posses.
Não importa quanta felicidade e abundância tenhamos reunido neste tempo de vida, isso é tão insubstancial quanto o que sonhamos na noite passada. Entender que nada dura, que tudo passa como um sonho, é entender a impermanência e a morte.
Se simplesmente fosse o caso de que nossa vida acaba no nada, como água que secou ou uma chama se extinguindo, seria perfeito. Não haveria nada para se preocupar. Mas sinto muito em dizer que não é assim; porque nossa consciência não é algo que pode morrer.
Após a morte, somos forçados a vivenciar o efeito de nossas ações cármicas passadas. Devido à ignorância, temos vagado infinitamente no samsara, incapazes de nos libertarmos, continuamente circulando entre os três reinos inferiores e os três superiores, um após o outro. Para nos libertarmos dos seis reinos da existência samsárica, temos que praticar o Dharma sagrado agora, enquanto temos a chance.
Tulku Urgyen Rinpoche, em “Repeating the Words of Buddha“.
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