Pular para o conteúdo principal

A MALDADE HUMANA


A MALDADE HUMANA


A maldade humana Uma das características humanas que mais me intrigam é a delícia em se comprazer da morte dos outros homens ou dos animais.
Um exemplo entre mil: as touradas.
Todas as pessoas que se dirigem a uma praça de touros vão movidas pelo prazer de ver sangue, de assistir a um sacrifício.
A maioria dos aficionados, certamente, vai ver o sacrifício do touro. Mas há uns, entre eles inúmeros turistas, que se apiedam do touro e, conseqüentemente, torcem pelo sacrifício do toureiro, não há outra saída.
O indubitável é que todos que vão lá são inspirados para celebrar o espetáculo de uma desgraça alheia.
É esse impulso ancestral do homem que me deixa atônito. Ele é muito eloqüente nas grandes lutas que se travavam na antigüidade, exemplo as liças do Coliseu, onde em uma só tarde morriam às centenas os humanos e os animais.
E quantos mais morressem, mais se satisfazia a turba. E quantos mais morressem, mais se tornavam populares os governantes da época, os imperadores, por terem proporcionado aos seus súditos aqueles jogos de indizível prazer ótico.
É de tal sorte esse sadismo humano, que se inventam lutas entre galos, entre canários, entre cães e entre outros animais como diversão em que são feitas gordas apostas ou se cobra ingresso pelos espetáculos.
E têm sucesso extraordinário em todo o mundo as lutas de todos os tipos que são travadas entre os próprios homens, entre elas o boxe, a luta-livre, o judô, o sumô, ao fim de tais embates muitas vezes saem feridos os litigantes, quando não acontecem as mortes.
Algumas dessas lutas alcançam tal sucesso em todo o mundo que quantias imensas são comercializadas pela televisão para transmiti-las para diversos continentes. Outras apaixonam seus torcedores em vários países, que lotam os estádios semanalmente, sendo também transmitidas preciosamente pela televisão.
Tudo isso com o assistente das platéias ou os telespectadores babando de gozo com o sofrimento dos lutadores. Quanto maior o sucesso de uma agressão, maior o prazer, que vai até a euforia, do espectador.
Isto desde que o mundo foi criado.
Até os dias de hoje, quando nos gabamos de ter ingressado num milênio civilizado.
Qual o impulso que nos leva a ver a luta pela sobrevivência no mundo animal, principalmente nas savanas e selvas africanas, que nos mostra diariamente o canal Discovery, da TV a cabo?
Sem dúvida alguma, o momento mais importante para o espectador, o que mais o atrai a permanecer com o televisor ligado, é o do embate entre o animal presa e o animal predador.
Se há um bando de impalas, veados, gazelas, búfalos, sob a mira de leões, tigres, leopardos, hienas, aproxima-se para o telespectador o instante máximo da transmissão: aquele em que as feras atacarão suas vítimas alimentares.
Quando um leopardo sai correndo atrás de uma gazela, o telespectador nutre até uma compaixão pela presa.
Pode até torcer que ela escape, mas só estará satisfeito como assistente daquela corrida em busca da sobrevivência, embora isso possa se dar no plano do inconsciente, se ela tiver um desfecho que é quase sempre invariável: a vitória da fera sobre o seu petisco.
Essa inclinação do homem em ter prazer com a dor alheia me atormenta.
Porque fico pensando que é traço essencial da nossa natureza humana a maldade, verificada até mesmo em pessoas consideradas boas e decentes.
Se se for verificar a história humana através dos tempos, vai se notar que ela se dá em cima de guerras, destruições e dominações de uns homens sobre os outros.
Mas será que isso nos autoriza a pensar que o homem intrinsecamente é mau? Eu sempre pensei que sim. Mas há teorias que me desautorizam essa conclusão.
Só que essas teorias trombam espetacularmente com os fatos.

Fonte:http://wp.clicrbs.com.br/paulosantana/2012/09/25/


SOBRE A MALDADE HUMANA


Costuma-se dizer que a maldade humana não tem limites. Não temos certeza absoluta de saber se essa afirmação é verídica. Mas de uma coisa da natureza humana temos consciência: a perversidade dos homens é manchete diária nas rádios, nos jornais e nas televisões no mundo inteiro. Abrimos o jornal e encontramos estampadas as notícias de assalto a bancos, de estupro a crianças, de negócios fraudulentos dos governos, das entidades civis, de seqüestros, de brigas entre as pessoas, de mortes etc. Quando as notícias não se revelam funestas ou desabonadoras da conduta ética e moral de alguém, elas se revestem do aparato noticioso das pessoas ricas, influentes e poderosas, que aumentaram seus capitais, construíram mais oportunidades para seus amigos. Por que não lemos nos jornais manchetes do tipo: faz uma década que a poliomielite, as doenças venéreas, o câncer, a malária, e outras enfermidades infecto-contagiosas foram erradicadas da vida da criatura humana. Mas parece que as coisas recrudescem e cada vez mais vemos aumentar os crimes de todas as espécies, a solidariedade humana tornando-se mais rara, a egocentria nos indivíduos intensificando-se, o lado emotivo e sentimental trocando lugar pelos desejos desenfreados na usufruição dos bens materiais. A impressão que temos é a de que, no fundo, como seres espirituais que somos, por melhores que possamos parecer, colocamos sempre em primeiro lugar os nossos interesses de ordem material, ou seja, acreditamos na alma, mas vivemos neste ambiente grosso-material e temos que sobreviver. E essa sobrevivência para uns e outros, isto é, para a maioria, muitas vezes é levada a ferro e a fogo, doa a quem doer. Isso povoa o imaginário humano que não mede conseqüências para atingir seus objetivos materiais. Assim, os mais violentos matam, roubam e seqüestram. Os violentadores menos acerbados o fazem pelo estelionato, pela falsidade ideológica tomam os bens e direitos de seus pares ou pela calúnia e difamação enlameiam a honra e o caráter de seus semelhantes. Porém, tudo isso tem seus limites, pois não estamos neste plano de vida gratuitamente. Algum dia a raça humana perceberá que, ao aniquilar outra ou tentar subjugá-la, estará prejudicando mais a si própria. Nosso conto relata algo semelhante:
*
“Ciosas de seu mel, as abelhas resolveram escondê-lo dos homens. Foram até Zeus e lhe pediram a força necessária para matar a ferroadas aqueles que se aproximassem de seus favos para beber o mel. Mas aquela maldade desagradou a Zeus. Ele as castigou então da seguinte forma: sempre que ferroassem alguém, perderiam o ferrão e a vida. Moral da história: a cada maldade que praticamos, é como um ferrão perdido na recuperação de nossas almas.

Fonte:http://www.jornaldebeltrao.com.br/blogs/moral-da-historia/a-maldade-humana-5912/




Pesquisa detalha como a maldade humana nasce

Contrariando estudos clássicos, pesquisa mostra que pessoas que cometem atos cruéis a mando de autoridades não o fazem por obediência cega, mas por acreditarem estar fazendo a coisa certa


Pesquisa detalha como a maldade humana nasce

 Grande parte da compreensão sobre como pessoas normais se comportam em ditaduras vem de estudos realizados nos anos 1960 e 1970. A Segunda Guerra Mundial ainda estava viva na lembrança e cientistas de todo o mundo tentavam explicar os horrores vistos na Alemanha nazista, onde cidadãos comuns — até mesmo exemplares — cometeram atos de extrema crueldade a mando do governo.

Pesquisas clássicas lideradas pelos psicólogos americanos Stanley Milgram e Philip Zimbardo mostraram que o mais pacato dos seres humanos poderia cometer atos terríveis se assim lhe fosse ordenado pelas autoridades, pois teríamos uma tendência inata à obediência e à submissão.

Um novo artigo publicado na edição desta semana da revista PLOS Biology revisita as conclusões desses estudos e afirma que as pessoas que agiram daquela maneira não eram apenas motivadas pela obediência cega, mas também demonstravam entusiasmo ao realizar atrocidades. Pessoas capazes de cometer atos cruéis não são penas receptoras passivas de ordens; elas também se identificam com autoridades abusivas, e acreditam estar fazendo a coisa certa mesmo quando são violentas.

Essa discussão começou no início da década de 1960, logo após o julgamento de Adolf Eichmann, um burocrata nazista que ajudou a elaborar os planos de extermínio de judeus. Eichmann, que conseguiu se esconder durante dez anos na Argentina, estava sendo julgado por ter ajudado a transportar milhões de pessoas para os campos de concentração. No entanto, o que espantou os pesquisadores da época é que ele parecia ser um sujeito normal, que apenas cumpria ordens de autoridades — mesmo que essas ordens implicassem no genocídio. No livro Eichmann em Jerusalém, a filósofa alemã Hannah Arendt cunhou a expressão "banalidade do mal" para explicar por que grandes crimes da humanidade não foram cometidos por monstros, mas por gente comum que aceita ordens superiores. Nos anos seguintes, a tese de origem a um grande número de pesquisas sobre o assunto.

Autoritarismo de laboratório — Em 1963, Stanley Milgram conduziu um experimento para comprovar a ideia de que pessoas comuns obedeciam de modo cego às ordens das autoridades. Pesquisador da Universidade Yale, ele convocou 40 voluntários para participar do estudo, mas avisou apenas que iriam fazer parte de um teste de memória. Todos foram designados para a posição de "professor" e instados a ajudar um segundo voluntário, que seria o "aluno", a memorizar uma série de palavras. A cada palavra errada, deveriam aplicar um choque elétrico no aluno. Os choques começavam leves, com apenas 15 volts, mas cresciam a cada resposta errada até atingir o valor de 450 volts, que pode ser mortal para um ser humano.

O que os voluntários não sabiam é que o homem respondendo às perguntas era um ator, e os choques não eram reais. Milgram não estava interessado na memória, mas em quão longe os voluntários iriam ao aplicar os choques elétricos. E eles foram longe: todos os participantes deram choques de até 300 V. Desses, 65% não pararam de aplicar os choques até atingir os 450 volts – mesmo com os atores fingindo extremo sofrimento. Segundo o psicólogo, o experimento mostra que pessoas normais estariam dispostas até a matar um completo estranho simplesmente por terem recebido a ordem de uma autoridade.

Já o estudo realizado por Philip Zimbardo na Universidade de Stanford, em 1971, buscou analisar como as pessoas estão dispostas a assumir papéis abusivos se esses lhes forem designados por autoridades. Zimbardo escolheu 24 voluntários, e os separou de modo aleatório em dois grupos: guardas ou prisioneiros. Eles foram colocados dentro de uma falsa prisão construída no Departamento de Psicologia da universidade, e os guardas instruídos a agir do modo que fosse necessário para manter o controle.

Seu objetivo era observar a interação entre os dois grupos, e ver como se comportariam sem uma autoridade por perto. Os resultados foram chocantes. Os guardas começaram a agir de modo tão abusivo e violento que o estudo precisou ser interrompido depois de apenas seis dias. Zimbardo concluiu que os voluntários assumiram um comportamento autoritário porque se adequaram de modo automático ao papel que lhes foi designado, mesmo sem receber ordens específicas para isso. Segundo o psiquiatra, a brutalidade era apenas uma consequência da representação do papel de guarda e da pressão do resto do grupo.

Tanto o estudo de Milgram quanto o de Zimbardo se tornaram referências na área.  Falavam sobre a natureza humana e a submisso do homem à autoridade — e ambos deram origem a filmes, documentários e livros diversos.


Fé na autoridade — No entanto, o novo artigo escrito por Alex Haslam, psicólogo da Universidade de Queensland, na Austrália, publicado na PLOS Biology, questiona o resultado de ambos os trabalhos e nega o fato de a obediência à tirania resultar da submissão cega às regras e aos papéis estipulados. Haslam afirma que esses seguidores não são passivos, mas criativso, e suas ações brotam do fato de eles se identificarem com as autoridades e acreditarem em suas premissas. "Pessoas decentes participam de atos horríveis não porque se tornam funcionários negligentes que não sabem o que estão fazendo, mas porque eles começam a acreditar — normalmente sob a influência de uma autoridade — que estão fazendo a coisa certa", diz o pesquisador.

A tese de Haslam foi formulada a partir de um experimento que ele conduziu em parceria com a rede de televisão inglesa BBC em 2002. Ele replicou o experimento da prisão feito por Zimbardo, mas garantiu que não houvesse nenhuma interferência por parte dos pesquisadores e os guardas não soubessem, a princípio, como deviam agir.

Dessa vez, os voluntários demoraram muito mais tempo para assumir seus papéis. Os prisioneiros foram os primeiros a se identificar como um grupo, e encontraram um modo de resistir à autoridade dos guardas, criando um sistema mais igualitário na prisão. Segundo Haslam, isso mostra que as pessoas não se submetem automaticamente aos papéis que lhes são incumbidos, e que elas podem resistir a esses papéis quando não gostam das consequências.

Com o passar do tempo, no entanto, uma parte dos guardas e dos prisioneiros passou a acreditar que a situação estava fugindo do controle e conspirou para criar uma nova hierarquia na prisão. No final, o experimento desencadeou o mesmo tipo de abusos que o realizado nos anos 1970 por Zimbardo. Mas, segundo Haslam, isso não aconteceu porque os voluntários aceitavam cegamente o papel de guarda. Ao contrário, foi só quando os indivíduos passaram a acreditar no novo papel, e a se entusiasmar com as ações, que a nova ordem autoritária se impôs.

Para o psicólogo, o estudo de 2002 demonstrou que aqueles que obedecem à autoridade não o fazem de modo cego, mas de modo ativo. O fazem por escolha e não necessidade e, por isso deveriam ser vistos como seguidores engajados, e não conformistas cegos. Ao analisar o estudo de Stanley Milgram, Haslam diz que os voluntários só aceitaram aplicar os choques porque acreditavam e se identificavam com os objetivos científicos do pesquisador.

Sob esse ponto de vista, Adolf Eichmann, o burocrata nazista, tinha total conhecimento das consequências de seus atos. "Esses burocratas sabiam muito bem o que faziam, mas acreditavam que isso era a coisa certa. Matar pessoas inocentes é difícil, e requer um grande nível de convencimento. Era a fé no regime nazista que lhes permitia fazer isso", diz Haslam em entrevista ao site de VEJA. Para o psicólogo, o alemão não era apenas um funcionário obediente e passivo, mas um participante ativo no massacre de judeus. A corte que julgava Eichmann concordou com essa visão: ele foi considerado culpado de uma série de crimes, incluindo crimes contra a humanidade, e enforcado em 1962 em Israel.

Fonte:http://www.cenariomt.com.br/

O ÍNDICE DA MALDADE HUMANA SEGUNDO O PSIQUIATRA FORENSE - MICHAEL STONE




O Índice da Maldade é um programa de televisão americano sobre investigaçãoforense do canal Discovery Channel, estrelado pelo psiquiatra forense Michael Stone, da Universidade de Columbia. No programa, Stone classifica assassinos famosos em seu índice da maldade, que ele criou para ajudar a ciência à entender e prevenir esse tipo de comportamento.
O programa apresenta perfis de vários assassinos, serial killers e psicopatas. Stone pesquisou centenas de assassinos, seus métodos e motivos para desenvolver sua hierarquia do mal. A escala varia do nível 1: "Pessoas normais que matam apenas em legítima defesa", até o nível 22: "Psicopatas assassinos e torturadores em série", que representa o máximo que a perversidadehumana pode chegar. Neurologistas,psicólogos e psiquiatras forenses sãoentrevistados para tentar examinar e traçar um perfil das mentes de assassinos notórios. Reconstituições dos eventos são apresentadas junto com imagens de noticiários, evidências e depoimentos dos habitantes locais de onde ocorreram os crimes. Fatores neurológicos, ambientais egenéticos são examinados para ajudar a determinar o que motiva uma pessoa a cometer o mal. Contexto histórico e pré-meditação são considerados ao classificar uma pessoa no índice da maldade. O show indiretamente lida com os conceitos demoralidade e ética.

O Índice
  1. Matam em legítima defesa e não apresentam sinais de psicopatia. (Pessoas normais)
  2. Amantes ciumentos que cometeram assassinato, mas que apesar de egocêntricos ou imaturos, não são psicopatas. (Crime passional)
  3. Cúmplices voluntários de assassinos: Personalidade esquizóide, impulsiva e com traços anti-sociais.
  4. Matam em legítima defesa, porém provocaram a vítima ao extremo para que isso ocorresse.
  5. Pessoas desesperadas e traumatizadas que cometeram assassinato, mas que demonstram remorso genuíno em certos casos e não apresentam traços significantes de psicopatia.
  6. Assassinos que matam em momentos de raiva, por impulso e sem nenhuma ou pouca premeditação.
  7. Assassinos extremamente narcisistas, mas não especificamente psicopatas, que matam pessoas próximas a ele.
  8. Assassinos não-psicopatas, com uma profunda raiva guardada, e que matam em acessos de fúria.
  9. Amantes ciumentos com traços claros de psicopatia.
  10. Assassinos não-psicopatas que matam pessoas "em seu caminho", como testemunhas - egocêntrico, mas não claramente psicopata.
  11. Assassinos psicopatas que matam pessoas "em seu caminho".
  12. Psicopatas com sede de poder que matam quando estão encurralados.
  13. Psicopatas de personalidade bizarra e violenta, e que matam em acessos de fúria.
  14. Psicopatas cruéis e autocentrados que montam esquemas e matam para se beneficiarem.
  15. Psicopatas que cometem matanças desenfreadas ou múltiplos assassinatos em uma mesma ocasião.
  16. Psicopatas que cometem múltiplos atos de violência, com atos repetidos de extrema violência.
  17. Psicopatas sexualmente perversos e assassinos em série: o estupro é a principal motivação, e a vítima é morta para esconder evidências.
  18. Psicopatas assassinos-torturadores, onde o assassinato é a principal motivação, e a vítima é morta após sofrer tortura não prolongada.
  19. Psicopatas que fazem terrorismo, subjugação, intimidação e estupro, mas sem assassinato.
  20. Psicopatas assassinos-torturadores, onde a tortura é a principal motivação, mas em personalidades psicóticas.
  21. Psicopatas que torturam até o limite, mas não cometem assassinatos.
  22. Psicopatas assassinos-torturadores, onde a tortura é a principal motivação (na maior parte dos casos, o crime tem uma motivação sexual, mesmo que inconsciente).
Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/

Comentários