AS RAÇAS ADÂMICAS : EMIGRAÇÕES E IMIGRAÇÕES DOS ESPÍRITOS

 

AS RAÇAS ADÂMICAS :

EMIGRAÇÕES E IMIGRAÇÕES
DOS ESPÍRITOS
No intervalo de suas existências corporais, os Espíritos se encontram no estado de erraticidade e formam a população espiritual ambiente da Terra. Pelas mortes e pelos nascimentos, as duas populações, terrestre e espiritual, desaguam incessantemente uma na outra.
Essa transfusão, que se efetua entre a população encarnada e desencarnada de um planeta, igualmente se efetua entre os mundos, quer individualmente, nas condições normais, quer por massas, em circunstâncias especiais. Há, pois, emigrações e imigrações coletivas de um mundo para outro. Novas raças de Espíritos, vindo misturar-se às existentes, constituem novas raças de homens. Ora, como os Espíritos nunca mais perdem o que adquiriram, consigo trazem eles sempre a inteligência e a intuição dos conhecimentos que possuem, o que faz que imprimam o caráter que lhes é peculiar à raça corpórea que vinham animar.
Destes princípios concluímos que existem na Terra, dois tipos distintos de Espíritos, quanto a sua origem: os Espíritos primitivos do planeta que aqui estão já há muitos milênios, e os Espíritos que vinham reencarnando em outros orbes e aqui aportaram recentemente.

RAÇA ADÂMICA

De acordo com o ensino dos Espíritos, foi uma dessas grandes imigrações, ou se quiserem, uma dessas colônias de Espíritos, vinda de outra esfera, que deu origem à raça simbolizada na pessoa de Adão, chamada raça adâmica. Segundo informa-nos Emmanuel [A Caminho da Luz] a população de Espíritos imigrantes que constituíram a raça adâmica veio de outra constelação de nossa galáxia - a constelação de Cocheiro, onde encontra-se uma estrela de nome Cabra ou Capela. De um dos orbes deste sistema solar, vieram, degredados para a Terra, os Espíritos rebeldes, que ficaram conhecidos com o nome de Capelinos.
Mostra ainda, Emmanuel, que há muitos milênios, um dos orbes de Capela, que guarda muitas afinidades com o globo terrestre, atingira a culminância de um dos seus extraordinários ciclos evolutivos. As lutas finais de um longo aperfeiçoamento estavam delineadas, mas alguns milhões de Espíritos rebeldes lá existiam, no caminho da evolução geral, dificultando a consolidação das penosas conquistas daqueles povos cheios de piedade e virtudes.
As grandes lideranças espirituais daquela comunidade, deliberaram então, localizar aquelas entidades, que se tornaram pertinazes no crime, aqui na Terra longínqua, onde aprenderiam a realizar, na dor e nos trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coração e, impulsionando, simultaneamente, o progresso dos seus irmãos inferiores.
Conta Emmanuel, que Jesus, na condição de governador espiritual da Terra, recebeu amorosamente aquela turba de seres sofredores e infelizes, prometendo a eles, contribuir para que retornassem ao orbe de Capela, tão logo se mostrassem acessíveis às transformações morais.
Mais adiantada do que as que a tinham precedido neste planeta, a raça adâmica é, com efeito, a mais inteligente, a que impele ao progresso todas as outras. Desde o seu primórdio, ela se mostra industriosa, apta às artes e às ciências, sem haver passado aqui pela infância espiritual, o que não se dá com as raças primitivas.
Acredita Kardec que:
"A raça adâmica não é tão antiga na Terra e nada se opõe a que seja considerada como habitando este globo desde apenas alguns milhares de anos."
Lembra o Espírito Emmanuel, que além de promover decisivo progresso nas diversas áreas do comportamento humano - ciências, artes, religião, filosofia, etc. - a chegada dessas entidades no orbe, foi responsável pelo nascimento dos ascendentes das raças brancas. As raças adâmicas guardavam vaga lembrança da sua situação pregressa, tecendo o hino sagrado das reminescências.
As tradições do paraíso perdido (doutrina dos anjos decaídos) passaram de gerações a gerações, até que ficassem arquivados nas páginas da Bíblia. Adão e Eva, Caim e Abel, nada mais representam que figuras simbólicas, representando o degredo dessa colônia de capelinos.
Os degredados de Capela, com o passar dos anos, reuniram-se em quatro grandes grupos que se fixaram depois nos povos mais antigos, obedecendo à afinidades sentimentais e lingüísticas que os associavam na Constelação de Cocheiro.
Os quatro grandes grupos de Capelinos eram:- O Grupo dos Árias
Dos árias descende a maioria dos povos brancos da família indo-européia; os latinos, os celtas, os gregos, os germanos e os eslavos.
Eram, segundo Emmanuel, Espíritos bastante revoltados com as condições de seu degredo, pouco afeitos aos misteres religiosos, sem preocupações com a conservação do seu tradicionalismo e sempre em busca de um novo paraíso para serenarem as suas inquietações angustiosas. Caminheiros do desconhecido, erraram pelas planícies e montanhas desertas desarvorados e sem esperança, contando apenas com suas próprias forças, em virtude do seu caráter livre e insubmisso. Suas incursões, entre as tribos selvagens da Europa, datam de mais ou menos dez milênios antes da vinda do Cristo.
Mais revoltados e enriquecidos que todos os demais companheiros exilados no orbe terrestre, suas reminescências da vida pregressa nos planos mais elevados, traduziam-se numa revolta íntima, amargurada e dolorosa, contra as determinações de ordem divina.
A maior virtude deste grupo de capelinos, no entender de Emmanuel, foi o fato de confraternizarem-se com os selvagens, impulsionando-lhes os passos nas sendas do progresso e do aperfeiçoamento.
Enquanto os Hindus se perderam na cristalização do orgulho religioso, as famílias arianas se identificavam com os habitantes primitivos daquelas regiões, formando cidades e povoados afeitos ao progresso.
- A Civilização do Egito
Dentre os Espíritos degredados na Terra, os que constituíram a civilização egípcia foram os que mais se destacaram na prática do bem e no culto da verdade.
Eles eram os que menos débitos possuíam perante o tribunal da Justiça Divina. Em razão dos seus elevados patrimônios morais, guardaram, no íntimo, uma lembrança mais viva das experiências de sua pátria distante. Um único desejo os animava, que era trabalhar devotadamente para regressar, um dia, aos seus penates resplandecentes. Uma saudade torturante do céu foi a base de todas as suas organizações religiosas. Em nenhuma civilização da Terra o culto da morte foi tão altamente desenvolvido.
Foi por esse motivo, que representando uma das mais belas e adiantadas civilizações de todos os tempos, as expressões do antigo Egito desapareceram para sempre do palmo tangível do planeta. Depois de perpetuar nas pirâmides os seus avançados conhecimentos, todos os Espíritos daquela região regressam à pátria sideral.
- As Castas da Índia
Dos Espíritos degredados no ambiente da Terra, os hindus foram os primeiros a formar os pródromos de uma sociedade organizada. As organizações hindus são de origem anteriores à própria civilização do mundo, salientando-se que as suas escolas de pensamento guardavam os mistérios iniciáticos, com as mais sagradas tradições de respeito.
Eram almas resignadas e crentes nos poderes espirituais, e quase todos os povos da Terra foram buscar em sua doutrina os mais diversos elementos para enriquecer a fé e a filosofia. No entanto, eram tremendamente orgulhosos - aliás, foi o orgulho que deu motivo ao seu exílio na Terra - e, em função disto, criaram as tão lamentáveis castas, separando as suas coletividades para sempre.
Pelo orgulho e pela vaidade, os capelinos que se fixaram na Índia, não se misturaram aos primitivos da região, considerando-os como os párias da sociedade, de cujos membros não podiam aproximar-se sem graves punições e severos castigos.
- O Povo de Israel
Dos Espíritos degredados na Terra, foram os hebreus que constituíram a raça mais forte e mais homogênea, mantendo inalterados os seus caracteres através de todas as mutações.
Se grande era a sua certeza na existência de Deus, muito grande era também o seu orgulho, dentro de suas concepções da verdade e da vida. Consciente da superioridade de seus valores religiosos, nunca perderam oportunidade de demonstrar a sua vaidosa aristocracia espiritual, mantendo-se pouco acessível à comunhão perfeita com as demais raças do orbe.
Todas as raças da Terra devem aos judeus o benefício sagrado que consiste na revelação do Deus único, Pai de todas as criaturas e providência de todos os seres.
Informa-nos Emmanuel que grande percentagem dos degredados de Capela, com muitas exceções, só puderam voltar ao país da luz e da verdade, depois de muitos séculos de sofrimentos expiatórios; outros, porém, infelizes e retrógrados, permanecem ainda na Terra, nos dias que correm contrariando a regra geral, em virtude do seu elevado passivo de débitos clamorosos.

Fonte:http://revelandoacienciadedeus.blogspot.com.br/

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