O ALQUIMISTA - PAULO COELHO : UMA PODEROSA E MÁGICA FÁBULA DE VIDA

O Alquimista de Paulo Coelho é uma poderosa e mágica fábula de vida. Narrada na primeira pessoa, descreve a viagem interior e exterior de um pastor anónimo desde um pequeno povo andaluz até ao Egipto. Um percurso pelo simbolismo próprio do mundo de Coelho, cheio de misticismo, magia e espiritualidade. Um livro que fala de encontros em paragens fantásticas, de desertos cheios de vida, de pirâmides e alquimistas. De misteriosas mulheres que encerram em si o sentido da vida. Neste livro se reflectem os sonhos e a inspiração que muitos buscamos, a luta constante do ser humano por uma vida mais plena. É uma novela valente, que reflecte em parte a própria busca interna do autor, Paulo Coelho, que aposta com o coração, por decisões tomadas de dentro e não a partir do exterior. Esta obra ensina-nos a ter mais em conta os sinais que a vida nos vai dando, a seguir e saber decifrar os símbolos, como um bom alquimista. Demonstra-nos que a alquimia é o que move o mundo, a alquimia da vida. Fala-nos dos sonhos possíveis, não impossíveis, de como afinal aquilo que procuras está sempre mais perto do que pensas. Sem dúvida, uma grande obra mestra, onde a única coisa que importa é a busca da verdade e da beleza.

Fonte:
http://pt.shvoong.com/books/170489-alquimista/#ixzz27o1zNGMf

Resenha: O Alquimista - Paulo Coelho



                                O Alquimista 
Sinopse: "Há quase vinte anos, quando escrevi O Alquimista, tentava entender um pouco a razão de nossa existência. Ao invés de fazer um tratado filosófico, resolvi conversar com a criança que existia em minha alma. Para minha surpresa, esta criança ainda estava viva em milhões de pessoas no mundo inteiro - o livro foi traduzido em 62 línguas e publicado em mais de 150 países. Com esta nova edição, quero compartilhar com mais leitores as perguntas que, justamente por não terem resposta, fazem da vida uma grande aventura" Palavras do autor Paulo Coelho.


Dados técnicos

Título: O Alquimista (Edição Comemorativa)
Autor: Paulo Coelho
Editora:Planeta
Páginas: 200
Ano: 2008
Conta a história de Santiago, um rapaz que vivia a pastorear suas ovelhas pelos pastos de Andaluzia. Decidiu seguir essa profissão porque adorava viajar.

O rapaz começa a ter um sonho que se repete, e a partir daí sua vida tem uma reviravolta. Para muitos, a decisão que tomou pareceria loucura, mas acaba por encontrar um rei sábio que lhe falou sobre a Lenda Pessoal que as pessoas tem, que é o desejo mais profundo que cada um tem, embora poucos batalhem para realizá-lo. Após esse encontro, o pastor vende suas ovelhas e sai em busca de sua Lenda Pessoal.

A partir daí, muitas surpresas boas, e outras tantas ruins, acontecem durante a viagem do rapaz que busca sua Lenda Pessoal. As dificuldades são grandes e ele fraquejou muitas vezes, mas em seu caminho as pessoas certas estão presentes para lembrar-lhe de seu sonho, e de tudo aquilo que ele já sabia, mas deveria recordar-se para cumprir sua Lenda Pessoal.

É um livro que fala muito de correr atrás de seus sonhos e de ouvir o próprio coração.

Uma coisa que me chamou a atenção é que conhecemos apenas o nome do protagonista e do rei que mudou sua vida, e o nome do protagonista é mencionado apenas duas vezes durante todo o decorrer do livro. Os outros personagens conhecemos apenas por uma característica, que acaba por tornar-se seu nome: o Inglês, o Cameleiro...

É um livro ótimo, de um autor que admiro muito. A maneira como a história ocorre talvez possa ser excessivamente fantasiosa e irreal para alguns, mas eu não considero isso um defeito. Gosto de histórias que fujam um pouco da realidade, e Paulo Coelho faz isso sem ser muito surreal ou coisa do tipo.
Julie Hevellyn de Oliveira
ANÁLISE E CRÍTICA DA OBRA
Paulo Coelho é um verdadeiro fenômeno da literatura brasileira. Não só é de sua autoria o livro escrito em língua portuguesa mais vendido da história – justamente este O Alquimista – como dizem por aí que ele é o único escritor brasileiro com condições de viver exclusivamente da venda de seus livros, que foram traduzidos em 62 línguas e publicados em 150 países.
Paulo Coelho é odiado pela elite intelectual tupiniquim, que o considera um autor de auto-ajuda ou simplesmente um escritor medíocre. Eu, pelo menos, nunca vi uma pessoa que realmente goste de literatura elogiar sua obra, ao mesmo tempo em que vemos o povão alçando-o ao status de gênio. Uma análise de cabeça aberta, contudo, mostra que não precisamos ir a tais extremos.
O Alquimista foi originalmente publicado em 1988 e é o quarto livro do autor, precedido por Arquivos do Inferno (1982), Manual Prático do Vampirismo (1986 – logo recolhido pelo próprio Coelho por considerá-lo péssimo) e O Diário de um Mago (1987).
O Diário de um Mago era uma obra de não ficção inspirada pelo Caminho de Santiago, que o autor havia percorrido naquele ano. Em O Alquimista, Coelho se baseia livremente na própria história real do apóstolo Santiago para contar sobre um pastor espanhol que sonha com um tesouro que o espera nas pirâmides do Egito. A partir daí, ele decide vender suas ovelhas e seguir rumo ao país dos faraós. No caminho, vai aprender sobre assuntos místicos, como a linguagem do mundo, a Lenda Pessoal e até mesmo os famosos Elixir da Longa Vida e Pedra Filosofal da Alquimia.
Apesar de, no decorrer da leitura, o protagonista se tornar um verdadeiro expert em misticismo, pouco ou nada desse conhecimento será repassado ao leitor, a não ser, talvez, alguns nomes e uma noção extremamente básica do que se trata. Isso acontece porque tudo é abordado de forma muito simplificada, com o mínimo de exposição necessária para que a história possa seguir em frente. Até aí, sem problemas, afinal, em nenhum momento O Alquimista finge ser um tratado sobre misticismo ou algo além de uma historinha inofensiva. E analisando por esse prisma, até que se dá bem.
Embora a história contada aqui não seja nada de mais, ela também não é chata e tem seus momentos interessantes. O livro é uma leitura rápida e dinâmica, que nunca chega a se tornar maçante. Os capítulos são curtos, o que é ótimo, pois possibilita que o leitor pare de ler a qualquer momento. Além disso, praticamente não existem descrições, tudo que está lá serve apenas para contar a história. O próprio protagonista é sempre chamado apenas de “rapaz”, tendo seu nome (não por acaso, Santiago) citado apenas no primeiro capítulo e no último. Como em nenhum momento é dito se ele é alto, gordo, feio, loiro ou qualquer outra característica física, é fácil se identificar com ele. Até porque a generalidade da história faz com que seus sentimentos e suas ações sejam sempre as mais básicas possíveis. Afinal, todos nós queremos um tesouro, todos queremos entender o sentido da vida e por aí vai.
No parágrafo anterior, relatei os pontos positivos da redação do autor, mas também existem muitos negativos. O pior deles é que o livro está repleto de erros, tanto de digitação quanto de gramática. Pleonasmos terríveis como “há tanto tempo atrás” ou erros grotescos de aspas e preposições habitam as páginas de O Alquimista com orgulho, o que nos leva a indagar como, após tantas novas edições, tantas traduções e tantos milhões e milhões de leitores, ainda não corrigiram esses erros. Tudo bem que até uma de suas parcerias mais famosas com Raul Seixas exibia o mesmo pleonasmo (Eu nasci há dez mil anos atrás), mas enquanto o nome de uma música fica eternizado uma vez que ela é lançada, o mesmo não se pode dizer do conteúdo de um livro, que deve ser constantemente revisado. Pelo menos quanto a erros de português.
Durante a pesquisa para esta resenha, descobri que Paulo Coelho não permite que seus livros sejam revisados, o que é uma atitude extremamente arrogante, ridiculamente burra e incrivelmente irresponsável. É arrogante, pois isso pressupõe que ele é tão bom que é incapaz de errar. Ora, até grandes escritores podem errar, sobretudo em uma língua cheia de armadilhas como a nossa. Isso não tira o mérito de ninguém, a não ser que eles permitam que sua obra seja publicada com esses erros. É burro porque talvez se tivesse a revisão adequada, o autor seria mais reconhecido em meio à elite intelectual brasileira. Finalmente, é irresponsável, pois o povão que o considera um gênio nunca vai admitir que seus livros tenham erros. E assim perpetua o semi-analfabetismo no nosso país, podendo inclusive levar pessoas que sabiam escrever corretamente a começar a adotar a forma errada. Afinal, “se está em um livro, não deve estar errado”. No final das contas, isso pode até explicar porque o autor tem muito mais moral no exterior do que na sua própria pátria, pois os erros são corrigidos na tradução.
Não é difícil entender o sucesso de O Alquimista. Além da identificação com o protagonista, a história é contada de forma que um leigo pode realmente acreditar estar adquirindo conhecimentos místicos durante a leitura. E o que é melhor, sem fazer mais esforço do que seria necessário para assistir à novela das oito. Essa mesma fórmula foi também utilizada por Dan Brown em seu
best-seller O Código da Vinci (que também lançou mão dos capítulos curtos). Assim como acontece com o livro de Brown, contudo, nenhum dos dois acrescenta nada nem apresenta nenhuma novidade no lamacento terreno místico ou religioso. A não ser, é claro, que você seja completamente leigo no assunto antes da leitura. A seu favor, O Alquimista pelo menos parece mais despretensioso e menos verborrágico que sua contraparte estadunidense.Não foi uma tortura ler O Alquimista, como foi, por exemplo, ler Macunaíma ou A Relíquia, mas é um livro que eu provavelmente nunca terei vontade de reler e que não está nem perto dos meus preferidos. Paulo Coelho não é um gênio e nem o assassino da literatura brasileira. O Alquimista não é uma maravilha e nem é uma porcaria. É simplesmente um livro mediano, de um autor mediano, falando sobre assuntos pelos quais todas as pessoas se interessam, de forma extremamente simplificada e facilmente digerível. Traz nada mais do que um misticismo mastigado para as massas. Em linguagem delfiana, um livro nada. Vale uma lida, nem que seja para desfazer a imagem pré-concebida que temos graças às constantes manifestações de ódio provindas da elite intelectual brasileira.

Texto por Carlos Eduardo Corrales
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