NÃO QUERO UM AMOR COMPRADO


Não quero um amor comprado. Não quero e não preciso. Que graça tem querer se relacionar com alguém só porque ele curte Coldplay que nem você, gosta de cinema que nem você, passa horas se deliciando num livro que nem você, é fã de café expresso como você, abusa do sarcasmo como você, dorme ouvindo música clássica como você… Por que você acha que tem que amar alguém que é igual a você? Qual a graça e ter uma sósia ao seu lado? Se você é tão narcisista assim, namore o seu espelho. Amor bom é aquele que tem o colo da mamãe, que permite você ser quem realmente é, que permite que você se mostre, que não se intimide e não tenha receio algum de se jogar nessa loucura. É um amor tão protetor que todos os seus medos vão embora! O único medo que fica é o de perder a pessoa amada. Com ela você cresce, amadurece, se permite errar, ter ataques de ciúmes, comprar brigas estúpidas por motivos fúteis e desnecessários, e no final fazer as pazes com um beijo… Como ...
se nada tivesse acontecido. Amor bom é aquele onde a gente sabe que a outra pessoa não vale um pão na chapa, mas ainda assim é o motivo das borboletas no nosso estômago. É quem nos faz feliz, é quem nos traz vitalidade, é quem nos motiva a acordar cedinho numa segunda-feira de cão pra começar mais um dia longo. Longo e cansativo. Amor bom é aquele que irrita, que fecha a cara, que chega atrasado nos compromissos com um sorriso cínico na cara, que faz promessas e as cumpre. É aquele amor que faz a gente reviver a nossa infância, que tem desafios ingênuos mais ou menos como “Quem entrar no carro por último é a mulher do padre!”. Amor bom é aquele que faz você gargalhar até perder o ar e se sentar no chão pedindo pra parar, que faz você ter vontade de se entregar, e que faz planos de casar…

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