O QUE É A MAÇONARIA E AS TEORIAS CONSPIRATÓRIAS



Maçonaria, forma reduzida e usual de francomaçonaria,[1] é uma sociedade discreta e por discreta, entende-se que se trata de ação reservada e que interessa exclusivamente àqueles que dela participam.[2][3][4] De carácter universal, cujos membros cultivam o aclassismo, humanidade, os princípios da liberdade, democracia, igualdade, fraternidade[5][6] e aperfeiçoamento intelectual, sendo assim uma associação iniciática e filosófica.
A maçonaria é, portanto, uma sociedade fraternal,[7] que admite todo homem livre e de bons costumes, sem distinção de raça, religião,[7] ideário político ou posição social. Suas principais exigências são que o candidato acredite em um princípio criador, tenha boa índole, respeite a família, possua um espírito filantrópico e o firme propósito de tratar sempre de ir em busca da perfeição,[7] aniquilando seus vícios e trabalhando para a constante evolução de suas virtudes.
Os maçons estruturam-se e reúnem-se em células autônomas, designadas por oficinas, ateliers ou (como são mais conhecidas e correctamente designadas) lojas, "todas iguais em direitos e honras, e independentes entre si."
Existem, no mundo, aproximadamente 6 milhões de integrantes espalhados pelos 5 continentes. Destes 3,2 (58%) nos Estados Unidos, 1,2 -(22%) - no Reino Unido e 1,0 (20%) no resto do mundo. No Brasil são aproximadamente 150 mil maçons regulares (2,7 %) e 4 700 Lojas.

Origens da maçonaria

O nome "maçonaria" provém do francês maçonnerie, que significa "construção", "alvenaria", "pedreira". [8] O termo maçom (ou maçon), segundo o mesmo Dicionário, provém do inglês mason e do francês maçon, que quer dizer 'pedreiro', e do alemão metz, 'cortador de pedra'. O termo maçom portanto é um aportuguesamento do francês; maçonaria por extensão significa associação de pedreiros.
Estudiosos e pesquisadores costumam dividir a origem da maçonaria em três fases distintas.[9]:[10]
  • Maçonaria Primitiva [10]
  • Maçonaria Operativa [11]
  • Maçonaria Especulativa [12]

 Maçonaria Primitiva

A Maçonaria Primitiva, ou "Pré-Maçonaria",[10] é o período que abrange todo o conhecimento herdado do passado mais remoto da humanidade até o advento da Maçonaria Operativa. Há quem busque nas primeiras civilizações a origem iniciática. Outras buscam no ocultismo, na magia e nas crendices primitivas a origem do sistema filosófico e doutrinário. Tantas são as controvérsias, que surgiram variadas correntes dentro da maçonaria. A origem mais aceita, segundo a maioria dos historiadores,[13] é que a Maçonaria Moderna descende dos antigos construtores de igrejas e catedrais, corporações formadas sob a influência da Igreja na Idade Média.[11]
É evidente que a falta de documentos e registros dignos de crédito,[14] envolve a maçonaria numa penumbra histórica, o que faz com que os fantasistas, talvez pensando em engrandecê-la,[14] inventem as histórias sobre os primórdios de sua existência.[14] Há vertentes afirmando que ela teve início na Mesopotâmia, outras confundem os movimentos religiosos do Egito e dos Caldeus como sendo trabalhos maçônicos. Há escritores que afirmam ser o Templo de Salomão o berço da Maçonaria.[15][16]
O que existe de verdade é que a Maçonaria adota princípios e conteúdos filosóficos milenares,[14] que foram adotados por instituições como as "Guildas" (na Inglaterra), Compagnonnage (na França), Steinmetzen (na Alemanha). O que a Maçonaria fez foi adotar todos aqueles sadios princípios que eram abraçados por instituições que existiram muito antes da formação de núcleos de trabalho que passaram à história como o nome de Maçonaria Operativa ou de Ofício.[17][18]

Maçonaria Operativa

A origem se perde na Idade Média, se considerarmos as suas origens Operativas,[11] ou seja associação de cortadores de pedras verdadeiros, que tinha como ofício a arte de construção de castelos, muralhas etc.


Na Idade Média o ofício de pedreiro era uma condição cobiçada para classe do povo. Sendo esta a única guilda que tinha o direito de ir e vir. E para não perder suas regalias o segredo deveria ser guardado com bastante zelo.

Após o declínio do Império Romano, os nobres romanos afastaram-se das antigas cidades e levaram consigo camponeses para proteção mútua para se proteger dos bárbaros. Dando início ao sistema de produção baseado na contratação servil Nobre-Povo (Feudalismo) [19]
Ao se fixar em novas terras, Os nobres necessitavam de castelos para sua habitação e fortificações para proteger o feudo. Como a arte de construção não era nobre, deveria advir do povo e como as atividades agropecuária e de construção não guardavam nenhuma relação, uma nova classe surgiu: Os construtores, herdeiros das técnicas romanas e gregas de construção civil.[20]
Outras companhias se formaram: artesão, ferreiro, marceneiros, tecelões enfim, toda a necessidade do feudo era lá produzida. A maioria das guildas limitava-se no entanto às fronteiras do feudo.[19]
Já as guildas dos pedreiros [21] necessitavam mover-se para a construção das estradas e das novas fortificações dos Templários. Os demais membros do povo não tinham o direito de ir e vir,[21] direito este que hoje temos e nos é tão cabal. Os segredos da construção eram guardados com incomensurável zelo, visto que, se caíssem em domínio público as regalias concedidas à categoria, cessariam.[21] Também não havia interesse em popularizar a profissão de pedreiro, uma vez que o sistema feudal exigia a atividade agropecuária dos vassalos[19][20]
A Igreja Católica Apostólica Romana encontra neste sistema o ambiente ideal para seu progresso. Torna-se uma importante, talvez a maior, proprietária feudal, por meio da proliferação dos mosteiros, que reproduzem a sua estrutura. No interior dos feudos, a igreja detém o poder político, econômico, cultural e científico da época.[19]

 Maçonaria Especulativa

A Maçonaria Especulativa [12]A partir dessa data, a maçonaria começou a ser denominada de "Maçonaria Especulativa". Corresponde a segunda fase, que utiliza os moldes de organização dos maçons operativos[11] juntamente com ingredientes fundamentais como o pensamento iluminista, ruptura com a Igreja Romana e a reconstrução física da cidade de Londres, berço da maçonaria regular.[22]
Com o passar do tempo as construções tornavam-se mais raras. O feudalismo[23] declinou dando lugar ao mercantilismo. Com consequência o enfraquecimento da igreja romana. Havendo uma ruptura da unidade cristã advindas da reforma protestante.[24]
Superada a tragédia da peste negra que dizimou a população mundial, particularmente da Europa, teve início o Iluminismo no século XVIII, que defendia e tinha como princípio a razão,ou seja,o modo de pensar,de ter "luz']].[25]
A Inglaterra[26] surge como o berço da Maçonaria Especulativa[12] regular durante a reconstrução da cidade após um incêndio de grandes proporções em sua capital Londres em setembro de 1666 que contou com muitos pedreiros para reconstruir a cidade nos moldes medievais.
Para se manter foram aceites outras classes de artífices e essas pessoas formaram paulatinamente agremiações que mantinham os costumes dos pedreiros nas suas reuniões, o que diz respeito ao reconhecimento dos seus membros por intermédio dos sinais característicos da agremiação.[24]
Essas associações sobreviveram ao tempo. Os segredos das construções não eram mais guardados a sete chaves, eram estudados publicamente.Todavia o método de associação era interessante, o método de reconhecimento da maçonaria operativa era muito útil para o modelo que surgiu posteriormente. Em vez de erguer edifícios físicos, catedrais ou estradas, o objetivo era outro: erguer o edifício social ideal.[12][24]

Maçonaria e religião

A Maçonaria Universal, regular ou tradicional, é a que professa pela via sagrada, independentemente do seu credo religioso, trabalha na sua Loja sob a invocação do Grande Arquitecto do Universo, sobre os livros sagrados, o esquadro e o compasso. A necessária presença de mais do que um livro sagrado no altar de juramento, reflecte exactamente o espírito tolerante da maçonaria universal e regular.
Grande Arquiteto do Universo, etimologicamente se refere ao principal Criador de tudo que existe, principalmente do mundo material (demiurgo) independente de uma crença ou religião específica.
Assim, 'Grande Arquiteto do Universo' ou 'G.A.D.U.' é uma designação maçônica para uma força superior, criadora de tudo o que existe. Com esta abordagem, não se faz referência a uma ou outra religião ou crença, permitindo que maçons muçulmanos, católicos, espíritas e outros, por exemplo, se reúnam numa mesma loja maçônica. Para um maçom de origem católica, por exemplo, G.A.D.U. o remete a Deus, enquanto que para um muçulmano se referiria a Alah. Assim as reuniões em loja podem congregar irmãos de diversas crenças, sem invadir ou questionar seus conteúdos.

 Judaísmo e Maçonaria



Logo após a ascensão de Adolf Hitler ao poder, ficou claro que a maçonaria alemã corria o risco de desaparecer

Muitos dos princípios éticos maçônicos foram inspirados pelo judaísmo[27] ou melhor pelo Antigo Testamento.[28] Os ritos e símbolos da maçonaria e outras sociedades secretas recordam: A reconstrução do Templo de Salomão,[29] a estrela de David,[29] o selo de Salomão, os nomes dos diferentes graus, como por exemplo: cavalheiro Kadosh ("Kadosh" em hebraico significa santo), Príncipe de Jerusalém, Príncipe do Líbano, Cavalheiro da Serpente de Airain etc.[29]
A luz é um importante símbolo tanto no judaísmo como na maçonaria.
"Pois o preceito é uma lâmpada, e a instrução é uma luz",
Provérbios 6, 23.
Um dos grandes feriados judaicos é o Chanukah ou Hanukkah, ou seja o Festival das Luzes, comemorando a vitória do povo de Israel sobre aqueles que tinham feito da prática da religião um crime punível pela morte ali pelo ano 165 a. E. V. (Os judeus substituem o antes de Cristo e o depois de Cristo pelo antes e depois da Era Vulgar). A Luz é um dos mais densos símbolos na maçonaria, pois representa (para os maçons de linha inglesa) o espírito divino, a liberdade religiosa, designando (para os maçons de linha francesa) a ilustração, o esclarecimento, o que esclarece o espírito, a claridade intelectual.[30]
A luz, para o maçom, não é a material, mas a do intelecto, da razão, é a meta máxima do iniciado maçom, que, vindo das trevas do Ocidente, caminha em direção ao Oriente, onde reina o Sol. Castellani diz que graças a essa busca da Verdade, do Conhecimento e da Razão é que os maçons autodenominam-se Filhos da Luz; e talvez não tenha sido por acaso que a Maçonaria, em sua forma atual, a dos Aceitos, nasceu no "Século das Luzes", o século XVIII. de Nordhausende, Alemanha, 4 de Dezembro de 1945 [30]
Outro símbolo compartilhado é o tão decantado Templo de Salomão.[30] Figura como uma parte central na religião judaica, não só, por ser o rei Salomão uma das maiores figuras do panteão de Israel, como o Templo representar o zênite da religião judaica. Na maçonaria, juntou-se a figura de Salomão, à da construção do Templo, pois os maçons são, simbolicamente, antes de tudo, construtores, pedreiros, geómetras e arquitetos. Os rituais maçônicos estão prenhes de lendas sobre a construção do Templo de Salomão. Para os maçons existem três Salomões: o Salomão maçônico, o bíblico e o histórico.[30]
Outro aspecto comum, têm-se os esforços positivos na maçonaria e no judaísmo para encorajar o aprendizado. A cultura judaica tem uma larga tradição de impulsionar o maior número de judeus a se notabilizar pelo conhecimento nas artes, na literatura, na ciência, na tecnologia, nas profissões em geral.[30] Durante séculos, os judeus têm-se destacado nos diversos campos do conhecimento humano e o seu empenho em melhorar suas escolas e seus centros de ensino demonstram cabalmente isto.[30] Digno de notar-se é que as famosas escolas talmúdicas - as yeshivas vem do verbo lashevet, ou seja sentar-se. Deste modo para aprender é necessário sentar-se nos bancos escolares. Assim, também, na maçonaria, nota-se uma preocupação constante, cada vez maior, com o desenvolvimento intelectual dos seus epígonos, no fundo, não só como um meio de melhorar a sua escola de fraternidade e civismo como também para perpetuar os seus ideais e permanecer como uma das mais ricas tradições do mundo moderno.[30]
No início de 1934, logo após a ascensão de Adolf Hitler ao poder, ficou claro que a maçonaria alemã corria o risco de desaparecer.[31] Segundo as estimativas do Museu Alemão da Maçonaria em Bayreuth, esta literatura constituía o núcleo da investigação maçônica. Uma biblioteca que crescia de forma exponencial. Em 1930, na Alemanha, a colecção maçônica situar-se-ia nos 200.000 livros..[32] Os nazistas saquearam, a Grande Loja da Holanda e a Grande Loja da Noruega. Ocorreu o mesmo na Bélgica e em França.[32]
Os judeus eram vistos pelos nazistas como uma "ameaça" por seu suposto poder econômico e pelas ideias que pregavam, como o liberalismo democrático.[28] A Maçonaria,liberal e democrática, pregando a fraternidade entre os homens, assustava aos déspotas e fanáticos religiosos e políticos de todas as correntes.[28]
Cronologia
  • 10 de Dezembro de 1934 - A Grande Loja Simbólica da Alemanha, dissolvida por Hitler, suspende seus trabalhos na Alemanha e prossegue-os em Jerusalém e Sarrebrucken.
  • 8 de Agosto de 1935 - Adolfo Hitler decreta a dissolução da Maçonaria na Alemanha.
    • Os Templos maçônicos são saqueados, e muitos maçons alemães são presos e assassinados.
    • A Grande Loja de Hamburgo recebe asilo da Grande Loja de Chile onde continua seu trabalho maçônico.[33]
  • 1 de Janeiro de 1938 - O partido nacional socialista de Hitler lança um manifesto contra à maçonaria

Catolicismo e Maçonaria



Papa Leão XIII, foi um adversário ferrenho da maçonaria

A Igreja Católica historicamente já se opôs radicalmente à maçonaria, devido aos princípios supostamente anticristãos, libertários e humanistas maçônicos. O primeiro documento católico que condenava a maçonaria data de 28 de abril de 1738. Trata-se da bula do Papa Clemente XII, denominada In Eminenti Apostolatus Specula.[34]
Após essa primeira condenação, surgiram mais de 20 outras, sendo que o papa Leão XIII foi um dos mais ferrenhos opositores dessa sociedade secreta e sua última condenação data de 1902, na encíclica Annum Ingressi, endereçada a todos os bispos do mundo em que alarmava da necessidade urgente de combater a maçonaria, opondo radicalmente esta sociedade secreta ao catolicismo.
Apesar disso, há acusações sobre Paulo VI e alguns cardeais da Igreja relacionarem-se a uma loja..[35] Entretanto, todas as acusações carecem de provas. A condenação da Igreja é forte e não muda ainda que membros do clero tenham de alguma forma se associado à sociedade secreta.
No Brasil Império, havia clérigos maçons e a tentativa de alguns bispos ultramontanos de adverti-los causou um importante conflito conhecido como Questão Religiosa.[36][37] O principal dos bispos antimaçônicos desta época foi Dom Vital, bispo de Olinda. Recebeu forte apoio popular, mas foi preso pelas autoridades imperiais, notadamente favoráveis à maçonaria. Após ser liberto, foi chamado a Roma onde foi congratulado pelo papa, SS Pio IX, por sua brava resistência, e foi recebido paternalmente e com alegria (o Papa, comovido, só o chamava de "Mio Caro Olinda", "Mio Caro Olinda").
Até 1983, a pena para católicos que se associassem a essa sociedade era de excomunhão. Com a formulação do novo Código de Direito Canônico que não mais condenava a Maçonaria explicitamente, muitos pensaram que a Igreja havia aceitado a mesma, no entanto a Congregação para Doutrina da Fé tratou de esclarecer o mau entendido e afirmar que permanece a pena de excomunhão para quem se associa a maçonaria.[38]

 Protestantismo e Maçonaria



Catedral luterana em Helsinque, Finlândia. Traços evidentes da arquitetura maçônica

A Maçonaria Especulativa surgiu durante o período da reforma protestante e é negada pela mesma até os dias de hoje sendo que a biblía é a única regra de fé e conduta dos protestantes. Notadamente, James Anderson, o autor da Constituição de Anderson, era um pastor presbiteriano.[39][40]

 Espiritismo e Maçonaria

O homem sério e prudente é mais circunspecto; não somente quer ver tudo, mas ver muito e muitas vezes.[41]
(Allan Kardec)
Hippolyte Léon Denizard Rivail (Lyon, 3 de outubro de 1804Paris, 31 de março de 1869) mais conhecido pelo seu pseudônimo Allan Kardec, teria sido iniciado na Grande Loja Escocesa Maçônica de Paris.[42] Suas obras teriam, principalmente na parte inicial, introdutória, muitos termos do jargão maçônico e da doutrina maçônica.[43]
León Hippolyte teve formação acadêmica em matemática e pedagogia, interessando-se mais tarde pela física, principalmente o magnetismo. Como escritor, dedicou-se a tradução e a elaboração de obras de cunho educacional. Sob o pseudônimo de Allan Kardec,[44] notabilizou-se como o codificador[45] do Espiritismo, também denominado de Doutrina Espírita.
Segundo alguns biógrafos,[46] depois de alguns anos de preparatórios, Hippolyte Rivail teria deixado por algum tempo o castelo de Yverdon para estudar medicina na faculdade de Lyon. Vivia a França o período da restauração dos Bourbons, e então é agora em sua própria pátria, realista e católica, que ele se sentiria desambientado.[46]Lyon ofereceu em todos os tempos asilo às ideias liberais e as doutrinas heterodoxas.[46] Martinismo e Franco-Maçonaria, Carbonarismo e São-Simonismo vicejam entre suas paredes.[46]
O pseudônimo "Allan Kardec", segundo biografias, foi adotado pelo professor Rivail a fim de diferenciar a Codificação Espírita dos seus trabalhos pedagógicos anteriores. Segundo algumas fontes, o pseudônimo foi escolhido pois um espírito revelou-lhe que haviam vivido juntos entre os druidas, na Gália, e que então o Codificador se chamava "Allan Kardec".[47]
Então León Hippolyte ao assumir o pseudônimo de Allan Kardec e assumir a tarefa de codificação da doutrina espírita, fez a opção pelos diversos elementos básicos da nova revelação apresentados pelos espíritos superiores.[43]

 Budismo, Hinduísmo e Maçonaria

"O ódio não termina com o ódio, mas com amor"
Buda

 Imagem que ilustra Siddhartha Gautama passando suas palavras a seus seguidores, após ter atingido o Nirvana, à sombra de uma figueira.

A Maçonaria, como escola iniciática, tem muitos pontos de contato com o budismo.[48] Ela, da mesma maneira, pugna pelos bons costumes, pela fraternidade e pela tolerância, respeitando, todavia, a liberdade de consciência do homem, a qual não admite a imposição de dogmas. Embora com algumas ligeiras modificações, as Quatro Nobres Verdades e os Oito Nobres Caminhos estão presentes em toda a extensão da doutrina maçônica, que ensina, aos iniciados, o desapego às coisas materiais e efêmeras e a busca da paz espiritual, através das boas obras, da vida regrada, do procedimento correto e das palavras verdadeiras.[48]
O conceito de Grande Arquiteto do Universo, como o entende a Maçonaria, não existe no budismo, pois, para este, não existe começo nem fim, criação ou céu, ao contrário do hinduísmo e do bramanismo (forma mais requintada do hinduísmo), que são as religiões mais antigas da Índia, ambas originárias da religião védica (baseada nos Vedas, seus livros sagrados). Para o Rig Veda, o texto máximo do hinduísmo, existia, no começo dos tempos, o mundo submerso na escuridão, imperceptível, sem poder ser descoberto pelo raciocínio.[49]
Para explicar a presença de budistas na Ordem maçônica, já que para ser maçom, é condição essencial a crença num Ser Supremo Criador[49] de todos os mundos e para o budista, não existe um Deus criador.[49] É preciso entender que na realidade o conceito de G\A\D\U\ como entendemos na Maçonaria não existe no Budismo.[48] Para o qual não há princípio nem fim, ao contrário do hinduísmo e do bramanismo (forma mais requintada do hinduísmo), que são as mais antigas religiões da Índia e originárias da religião védica.[49]
Além disso, há, no budismo, um profundo respeito por todas as criaturas vivas, fazendo com que os adeptos da doutrina considerem como obrigação fundamental dos seres humanos, viverem em paz, harmonia e fraternidade com seus semelhantes.[48][49]

 Maçonaria e Sociedade



Prédio do Fórum Trabalhista de Porto Alegre/RS, com muitos traços maçônicos em sua arquitetura.

A maçonaria teve influência decisiva em grandes acontecimentos mundiais, tais como a Revolução Francesa e a Independência dos Estados Unidos. Tem sido relevante, desde a Revolução Francesa em diante, a participação da Maçonaria em levantes, sedições, revoluções e guerras separatistas em muitos países da Europa e da América. No Brasil, deixou suas marcas, especialmente na independência do Brasil do jugo da metrópole portuguesa e, entre outras, a inconfidência mineira e na denominada "Revolução Farroupilha", no extremo sul do país, tendo legado os símbolos maçônicos na bandeira do Rio Grande do Sul, estado da Federação brasileira. Vários outros Estados da Federação possuem símbolos maçônicos nas suas bandeiras, como Minas Gerais, por exemplo.
A Revolução Americana (1776) e Revolução Francesa (1789) despertaram nos povos do mundo um sentimento de liberdade nunca antes experimentado.
A divulgação dos direitos do homem e da ideia de um governo republicano inspirou a Maçonaria no Brasil, em particular depois da Revolução Francesa, quando os cidadãos derrubam a monarquia absolutista secular. As ideias que fermentaram o movimento (século XVIII) havia levedado o espírito dos colonos americanos, que emigraram para a América em busca de liberdade religiosa e política. A Maçonaria é caracteristicamente universalista por ser uma sociedade que aceita a afiliação de todos os cidadãos que se enquadrarem na qualificação "livres e de bons costumes", qualquer que seja a sua raça, a sua nacionalidade, o seu credo, a sua tendência política ou filosófica, excetuados os adeptos do comunismo teorético porque seus princípios filosóficos fundamentais negam ao homem o direito à liberdade individual da autodeterminação.[50][51]
Potências e Lojas são autônomas somente em sentido administrativo, Grão–Mestres e Mestres das Lojas não podem jamais se pronunciar em nome da Maçonaria Universal. No entanto se autorizados por suas assembleias, podem se pronunciar oficialmente sobre desenvolvimento dos seus trabalhos, na escolha da forma e do direcionamento de suas atividades sociais e culturais.[50]

 Iluminismo



Voltaire, retratado por Nicolas de Largillière, 1718.

Iluminismo é um conceito que sintetiza diversas tradições filosóficas, sociais, políticas,correntes intelectuais e atitudes religiosas. Pode-se falar mesmo em diversos micro-iluminismos, diferenciando especificidades temporais, regionais e de matiz religioso, como nos casos de Iluminismo tardio, Iluminismo escocês e Iluminismo católico.[52]
O Iluminismo é, para sintetizar, uma atitude geral de pensamento e de ação.[52] Os iluministas admitiam que os seres humanos estão em condição de tornar este mundo um mundo melhor - mediante introspecção, livre exercício das capacidades humanas e do engajamento político-social.[53]

Devido a formação intelectual e a autonomia que cada loja tem para pronunciar-se e decidir em assembleia conforme a deliberação de seus associadas, não podemos falar em influência da Maçonaria Universal sobre determinado aspecto, mas sim de uma ou grupos de lojas. Como aconteceu no Brasil quando haviam lojas ou grupos de Lojas a favor da República e outras lojas ou grupos de Lojas a favor de reinos constitucionais durante o Segundo Império. Essas posições, aparentemente divergentes atendem às aspirações da liberdade maçônica porque ambos os mencionados sistemas políticos limitam os poderes de seus governantes máximos, o presidente ou o rei.[51]


Retrato de Immanuel Kant.

Iluministas se filiaram às Lojas Maçônicas[51] como um lugar seguro e intelectualmente livre e neutro, apropriado para a discussão de suas ideias, principalmente no século XVIII quando os ideais libertários ainda sofriam sérias restrições por parte dos governos absolutistas na Europa continental.[51] e por isso certamente a Maçonaria teria contribuído para a difusão do Iluminismo e que este por sua vez também possa ter contribuído para a difusão das lojas maçônicas.[51]
O lema, ou o símbolo, "Liberdade, Igualdade, Fraternidade" se constitui de um grupo de palavras que supostamente exprime as aspirações teóricas do povo maçônico[54] e que, se atingidas, levariam a um alto grau de aperfeiçoamento de toda a Maçonaria,[54] o que é evidentemente utópico, como a nosso ver o são todos os lemas.[54] A trilogia seria de origem revolucionaria e que se introduziu na cultura maçônica através do Imperador Napoleão a partir do início do período napoleônico.[54]

 Principais iluministas maçons

 Revoluções

Revolução Francesa

Revolução Francesa era o nome dado ao conjunto de acontecimentos que, entre 5 de Maio de 1789 e 9 de Novembro de 1799, alteraram o quadro político e social da França. Ela começa com a convocação dos Estados Gerais e a Queda da Bastilha e se encerra com o golpe de estado do 18 Brumário de Napoleão Bonaparte. Em causa estavam o Antigo Regime (Ancien Régime) e a autoridade do clero e da nobreza. Foi influenciada pelos ideais do Iluminismo e da Independência Americana (1776). Está entre as maiores revoluções da história da humanidade.
A Revolução é considerada como o acontecimento que deu início à Idade Contemporânea. Aboliu a servidão e os direitos feudais e proclamou os princípios universais de "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" (Liberté, Egalité, Fraternité), frase de autoria de Jean-Jacques Rousseau. Para a França, abriu-se em 1789 o longo período de convulsões políticas do século XIX, fazendo-a passar por várias repúblicas, uma ditadura, uma monarquia constitucional e dois impérios.
A França tomada pelo Antigo Regime era um grande edifício construído por cinquenta gerações, por mais de quinhentos anos. As suas fundações mais antigas e mais profundas eram obras da Igreja, estabelecidas durante mil e trezentos anos.

 Independência do Brasil

Dom Pedro I - Grão Mestre do GOB


Deodoro da Fonseca - Grão Mestre do GOB


Duque de Caxias - Grão Mestre Honorário do GOB

A Independência foi feita por muitos, nem todos eles eram maçons, mas certamente a ordem maçônica contribuiu de maneira intensa e de forma muito qualitativa para a formação do quadro daqueles que levaram a contento este importante feito.
À frente do movimento, agindo de maneira enérgica e participativa, achavam-se muitos Pedreiros Livres de primeira hora, são citados frequentemente nos livros de história os nomes de José Clemente Pereira, Cônego Januário da Cunha Barbosa, José Joaquim da Rocha, Padre Belchior Pinheiro de Oliveira, Felisberto Caldeira Brant, o Bispo Silva Coutinho Jacinto Furtado de Mendonça, Martim Francisco, Monsenhor Muniz Tavares, Evaristo da Veiga dentre muitos outros.
No entanto, estes nomes mencionados não incluem os daqueles que foram realmente os grandes arquitetos do Sete de Setembro. Estes são dois e respondiam por Joaquim Gonçalves Ledo e José Bonifácio de Andrada e Silva.
Estes dois homens lideraram os maçons divergindo principalmente com relação à forma como a Independência deveria ser conduzida. Havia, sem sombra de dúvida, uma luta ideológica entre os grupos de José Bonifácio e de Ledo. Enquanto o primeiro defendia a independência dentro de uma união brasílico-lusa perfeitamente exequível o segundo pretendia o rompimento total com a metrópole portuguesa, o que poderia tornar difícil atransição para país independente. E essa luta não era limitada, evidentemente, às paredes das lojas maçônicas, assumindo caráter público e se estendendo, inclusive, através da imprensa.
Embora ambos os grupos sempre tenha trabalhado pelo objetivo principal, a disputa entre eles persistiu por tão período longo que, após a Independência, face aos conflitos, D. Pedro mandou, como Grão Mestre e como imperador, que o Grande Oriente fosse fechado. Só em 1831 é que a Maçonaria renasceria no país depois da abdicação de D. Pedro através de dois grandes troncos: o Grande Oriente Brasileiro, que desapareceria cerca de trinta anos depois e o Grande Oriente do Brasil. Passamos agora a um breve relato biográfico destes dois grandes maçons:
 Joaquim Gonçalves Ledo


Joaquim Gonçalves Ledo. São Paulo.

Gonçalves Ledo nasceu no Rio de Janeiro em 11 de dezembro de 1781. Em 1795, foi para Portugal, onde ingressou na Universidade de Coimbra para estudar Direito. Com a morte do pai, interrompeu o curso, retornando ao Brasil em 1808. Liberal e constitucionalista, sonhava com a libertação do Brasil, nos moldes dos princípios adotados pela Revolução Francesa. Aqui no Brasil continuou a estudar, tendo desenvolvido seus conhecimentos na ciência jurídica a tal ponto que chegou a ser advogado de sucesso. Era orador vibrante e eloquente. Teve atuação firme, destemida e inteligente na condução e envolvimento da Maçonaria na preparação e consecução da Independência.
Alguns fatos de destaque em sua vida
  • Juntamente com o Padre Januário da Cunha Barbosa, um mês após a reabertura da Loja Comércio e Artes, fundou o jornal "Revérbero Constitucional Fluminense" para divulgar as ideias liberais e libertárias. Foi este o órgão doutrinário da Independência brasileira;
  • Quando da fundação do Grande Oriente Brasiliano foi eleito por aclamação Primeiro Grande Vigilante, juntamente, com o Grão-Mestre, José Bonifácio de Andrada e Silva;
  • Em conjunto com José Bonifácio e seus irmãos Antônio Carlos e Martim Francisco, todos maçons e amigos de D.Pedro, foram os principais articuladores do ingresso deste na Maçonaria;
  • Em 20 de maio de 1822 dirigiu ao Príncipe a seguinte exortação: "Quando uma nação muda seu modo de existir e pensar, não pode, nem deve tornar a ser governada como era antes da mudança. O Brasil, elevado à categoria de reino, reconhecido por todas as potências (…), tem inquestionável jus a reempossar-se da porção de soberania que lhe compete, porque o estabelecimento da ordem constitucional é um negócio privativo de cada povo. "A natureza não formou satélites maiores que os seus planetas. A América deve pertencer à América, a Europa àEuropa; porque não debalde o Grande Arquiteto do Universo meteu entre elas espaço imenso que as separa. O momento para estabelecer-se um perdurável sistema, e ligar todas as partes do nosso grande todo, é este. Desprezá-lo é insultar a Divindade, em cujos decretos ele foi marcado, e por cuja lei apareceu na cadeia do presente. "Tu já conheces os bens e os males que te esperam e à tua prosperidade … Queres? ou não queres? Resolve, Senhor".
  • No dia 1 de agosto de 1822 envia a D.Pedro o seguinte manifesto: "Não temais as Nações Estrangeiras: a Europa que reconheceu a Independência dos Estados Unidos da América, e ficou neutra na luta das colônias espanholas, não pode deixar de reconhecer a do Brasil, que com tanta justiça e tantos meios, e recursos, procura também entrar na grande família das Nações. Do Amazonas ao Prata não retumbe outro eco, que não seja de Independência. Formem todas as nossas províncias o feixe misterioso, que nenhuma força pode quebrar".
  • Ignorando o que havia se passado no Ipiranga em 7 de setembro, pois de São Paulo ao Rio gastavam-se cinco dias, o Grande Oriente Brasiliano, em sua 14ª Sessão, realizada no dia 9 de setembro de 1822 (20º dia do 6º mês), e não 20 de agosto, presidida por Joaquim Gonçalves Ledo, aprovou por unanimidade a moção deste que exigia que fosse proclamada nossa Independência.
José Bonifácio de Andrada e Silva


José Bonifácio, primeiro grão-mestre do Grande Oriente do Brasil

José Bonifácio, como Ministro do Reino, foi a figura principal do Gabinete do Príncipe Regente, D. Pedro. Foi o primeiro brasileiro a ocupar um Ministério. Tinha 59 anos então. Nascido em Santos, foi educado em Coimbra, onde se tornou professor de sua famosa universidade e secretário da Academia de Ciências de Lisboa. Respeitado nos círculos cultos da Europa, havia viajado por quase todos os países do Velho Continente e mantinha relações pessoais com seus mais notáveis cientistas. Era poderosa sua influência sobre o Príncipe D. Pedro e a Princesa Dona Leopoldina.
Embora não fosse tão virulento e manifesto quanto o era Gonçalves Ledo, vários fatos históricos justificam plenamente o título de Patriarca da Independência com o qual Bonifácio é lembrado. Os acontecimentos de 7 de setembro de 1822 foram, comprovadamente, premeditados e conduzidos por José Bonifácio. Em suas Memórias, Antônio de Menezes Vasconcellos Drumond, emissário da Maçonaria nas províncias de Pernambuco e da Bahia relata detalhadamente os acontecimentos que precederam o Grito do Ipiranga e como José Bonifácio os havia conduzido.
Fatos entre os inúmeros que contaram com a participação de José Bonifácio
  • Foi o primeiro Grão-Mestre do Grande Oriente Brasiliano eleito por aclamação na data de sua fundação;
  • Foi o propositor da iniciação do Príncipe Regente;
  • No episódio do Fico, escreve uma vigorosa representação conclamando D.Pedro a permanecer no Brasil. Nesta é possível ler: V. Alteza Real deve ficar no Brasil, quaisquer que sejam os projetos das Cortes Constituintes, não só para o nosso bem geral, mas até para a independência e prosperidade futura do mesmo. Se V. Alteza Real estiver (o que não é crível) deslumbrado pelo indecoroso decreto de 29 de setembro, além de perder para o mundo a dignidade de homem e de príncipe, tornando-se escravo de um pequeno grupo de desorganizadores, terá que responder, perante o céu, pelo rio de sangue que, decerto, vai correr pelo Brasil com a sua ausência....
  • Assim como Gonçalves Ledo, às vésperas da Independência, Bonifácio encaminha um manifesto a D. Pedro. Neste ressalta sem nenhuma inibição a revolta brasileira contra o que houve de mais opressivo nos três séculos de dominação colonial. Convidava todas as nações amigas do Brasil a continuarem a manter com este as mesmas relações de mútuo interesse e amizade. O Brasil estava pronto a receber os seus ministros e agentes diplomáticos e a enviar-lhes os seus.

Estrutura e objetivos

Colunas.jpg
A maçonaria exige de seus membros, respeito às leis do país em que cada maçom vive e trabalha.[56] Os princípios Maçônicos não podem entrar em conflito com os deveres que como cidadãos têm os Maçons. Na realidade estes princípios tendem a reforçar o cumprimento de suas responsabilidades públicas e privadas.[56]


Indumentária utilizada pelos franco-maçons em suas lojas.

Induz seus membros a uma profunda e sincera reforma de si mesmos, ao contrário de ideologias que pretendem transformar a sociedade, com uma sincera esperança de que, o progresso individual contribuirá, necessariamente, para a posterior melhora e progresso da Humanidade.[56][57] E é por isso que os maçons jamais participarão de conspirações contra o poder legítimo, escolhido pelos povos.[57]
Para um maçom, as suas obrigações como cidadão e pai de uma família devem, necessariamente, prevalecer sobre qualquer outra obrigação e, portanto, não dará nenhuma protecção a quem agir desonestamente ou contra os princípios morais e legais da sociedade.[56][57]
Em função disso, os objectivos perseguidos pela maçonaria são:
A maçonaria universal utiliza o sistema de graus para transmitir os seus ensinamentos, cujo acesso é obtido por meio de uma Iniciação a cada grau e os ensinamentos são transmitidos através de representações e símbolos.[58]
Aspectos da Moral[59]

O Candidato deve:[59]O Maçom deve:[59]O Buscador deve:[59]A Potência deve:[59]
Princípios Legais[59]Ser um homem íntegro, ligado e atualizado em relação ao seu tempo; Ser empreendedor e capaz de assumir responsabilidades; Ter emprego, residência e domicílio fixos, no Oriente pleiteado; suas atividades profissionais devem ser lícitas; não importando o metier;Cumprir seus princípios 24 horas por dia e zelar pela liturgia e pela ritualística, no âmbito da Loja; Pensar com caridade, tolerância e espírito progressista, para beneficiar e mudar o mundo para melhor, em todos os minutos e segundos da vida;Agir como maçom, ampliar seus estudos em relação à prevalência do espírito mormente no que tange à realização material do espírito; Ascender aos níveis absolutos, adequando e trabalhando nas características da alma, como rito de passagem;Dar provimento ao relacionamento entre as Lojas e os obreiros da Obediência; Adequar as leis aos costumes e prover para que elas não conflitem nem atrapalhem a tradição. Agir em prol de uma identidade universal para toda a Maçonaria, independente da existência de Potências;
Princípios Doutrinários[59]Ter religiosidade, crer em Deus, acima de tudo (para os "regulares"), outras obediências (os chamados de "irregulares") basta que o Grande Arquitecto Do Universo (GADU) seja um principio ético ou moral porque se guiem; Ter uma ideia clara da virtude e do vício, adotando aquela e rejeitando este; Estar apto a aprender conhecimentos litúrgicos e filosóficos; Distinguir entre religião e MaçonariaAcatar os princípios ditados anteriormente, para o CANDIDATO. Cuidar do edifício social, promover sua alma e seu espírito como fonte irradiadora de conhecimentos e exemplos vivificadores de tolerância, caridade e amor;Atuar no campo das ideias, sem se deixar corromper pela velidade ou pela vaidade do conhecimento. Atuar filosófica e academicamente empregando veículos de divulgação disponíveisAlavar o trabalho das Oficinas com simpósios, seminários e congressos. Manter-se leve e transparente, no que tange à burocracia para liberar a maior parte do tempo possível, nas Oficinas, ao estudo e à pesquisa;
Princípios Práticos[59]Apresentar bons costumes, Ter boa família e seguir as leisComo o CANDIDATO, ser justo e honesto no trabalhoSer estudioso, sempre; Estar preocupado com a realidade à sua volta, dentro ou fora da Loja, sempre; Trazer novos ângulos, para o âmbito dos irmãos.Administrar bem, com lisura, a Obediência e seu patrimônio; Agir como facilitadora da vida corporativa do Oriente;
Princípios Metafísicos[59]Ser receptivo às ideias; Estar ideologicamente alinhado com a ideia de Deus.Ter fé. Estar permeado pelos princípios esotéricos que compões a liturgia da Oficina;Buscar a ascese; Melhorar e egrégora; buscar meios práticos para desenvolver esse lado;Registrar/divulgar conhecimentos no âmbito da Obediência; Promover o conhecimento interior ou autoconhecimento;
Princípios da Tradição[59]Estar apto; ou pronto, disposto e capacitado;Cultivar ideais de Liberdade, Fraternidade e Igualdade; Perseguir sempre o Progresso;Especular sobre os princípios antigos, tradicionais ou recente; Cultivar a visão teológica, integradora em relação a todas as ciências existentes;Garantir o império da Regularidade e da Tradição
Princípios Iniciáticos[59]Creditar respeito ao processo. Manter espírito receptivo("nada lhe será cobrado; tudo lhe será dado")Cultivar a Liturgia e a Ritualísitca; Respeitar os símbolos, seus significados e as práticas ritualísticas derivadas.Trazer luzes e bases para os símbolos, promover estudos sobre a Liturgia. Dar vez aos fenômenos esotéricos; Buscar a formação e a caracterização de egrégoras.Garantir transparência; Manifestar-se liturgicamente, sempre, por intermédio da figura do Grão-Mestre.

Obediências maçônicas

A Maçonaria Simbólica, aquela que reúne os três graus da Maçonaria antiga, tradicional e legítima, se divide em Obediências Maçônicas designadas de Grande Loja, Grande Oriente ou Ordem, que são unidades administrativas diferentes, que agrupam diversas Lojas, mas que propagam os mesmos ideais.[60]
Além da Maçonaria Simbólica, e conforme o Rito praticado (sistema de práticas e normas que englobam os Rituais adotados nas Lojas Simbólicas e acrescentam ainda graus para estudos filosóficos), existem os Altos Graus,[58] que se subordinam a outras entidades, assim são por exemplo, os Altos Graus do Rito Escocês Antigo e Aceito [58] estão sob a égide tutelar de um Supremo Conselho, geralmente um por país, sendo comum que os Supremos Conselhos mantenham relações de reconhecimento entre si, bem como celebrem tratados com os corpos da Maçonaria Simbólica, mas limitando-se apenas a administrar os seus ditos graus "superiores", que no caso do R.E.A.A. compreende os graus 4º ao 33º, sendo que o conteúdo de muitos destes graus não possuem qualquer ligação direta com a Lenda tradicional que fundamenta a Maçonaria Universal no mundo (ver Landmarks de A. G. Mackey).

 No mundo



Implantação da maçonaria no mundo.[61]


Desde a sua criação, a Maçonaria viu o paradoxo de lançar uma pesquisa para o universalismo, enquanto existentes em maneiras muito diferentes e em diferentes épocas e países. Em 2005, a maçonaria tinham entre 2 e 4 milhões de membros em todo o mundo[62] contra os 7 milhões em 1950. Esta redução de efectivos, foi principalmente na maçonaria Anglo-Americana, cujo número quase dobrou nos dez anos seguintes à Segunda Guerra Mundial e, em seguida, diminuíram gradualmente com mais de 60% sobre os próximos cinquenta anos.[63] Na Europa continental, os números diminuíram significativamente após a Ocupação e não tinha conhecido um aumento semelhante nos anos 1950. Eles são atualmente um pouco mais elevados.
Na maioria dos países da América Latina, predomina a maçonaria dogmática. É tão presente na Europa (que é a essência da maçonaria europeia) e na América Latina. No Canadá, é bastante marginalizada e é quase inexistente nos Estados Unidos, onde as lojas são pouco "liberais" (no estilo europeu), onde são frequentado, na sua maioria, por residentes e visitantes.
Todo o resto do mundo, a tendência é seguir o "mainstream" das Lojas Anglo-Americanas.
Em alguns países, porém, os dois movimentos existem lado a lado ou em um relacionamento amigável de compreensão mútua (especialmente em certas regiões onde a maçonaria de todas as tendências, tem sido particularmente perseguido), ou com relações mais tensas.

No Brasil



Sede do Grande Oriente do Brasil em Brasília, DF
No Brasil são reconhecidas as seguintes federações/confederações:
Gob-br.jpg
Logo cmsb 2.jpg
Comab.png
Grande Oriente do BrasilConfederação da Maçonaria Simbólica do BrasilConfederação Maçônica do Brasil - COMAB
Fundada em 1822Fundada em 1927Fundada em 1973
Iniciou com três lojas no Rio de JaneiroSurgiu na cisão com Grande Oriente do Brasil.Surgiu na cisão com Grande Oriente do Brasil.
Possui federações em todos os estados brasileiros, conhecidos como Grandes Orientes estaduaisReúne uma Grande Loja autônoma e independente de cada estado brasileiro.Reúne os Grandes Orientes Independentes e congrega Grandes Orientes Estaduais autônomos em cada estado da Federação.
Reconhecida pela UGLE
Tratado de amizade com as Grandes Lojas do Brasil
Tratado de amizade com o Grande Oriente do Brasil
Algumas de suas Grandes Lojas são reconhecidas pela UGLE
Em sua maioria possuem ótimas relações fraternais com as Lojas filiadas ao GOB e CMSB, mesmo sem que haja tratados de Reconhecimentos em todos os Estados, pois se trata de Maçonaria Regular (COMAB).

Em Portugal



Entrada principal do Grande Oriente Lusitano em Lisboa.
Em Portugal são reconhecidas as seguintes federações/confederações:
Grande oriente lusitano.gif
GLRP Oficial.jpg
GLRP-armsportugal.jpg
Grande Oriente LusitanoGrande Loja Regular de PortugalGrande Loja Legal de Portugal
Fundada em 1802Fundada em 1991Fundada em 1996
Iniciou com várias lojas em LisboaCriada pela Grande Loja Nacional FrancesaCisão com a Grande Loja Regular de Portugal


reconhecida pela UGLEhalis

 Regularidade maçônica


São os regulamentos consagrados na Constituição de Anderson, considerados o fundamento e pilar da maçonaria moderna que obrigam à crença em Deus. Consequentemente, o não cumprimento deste critério fica desde logo designada a actividade maçônica como irregular.
Para ser membro da maçonaria não basta a autoproclamação, por isso é necessário um convite formal e é obrigatório que o indivíduo seja iniciado por outros maçons. Mantém o seu estatuto desde que cumpra com os seus juramentos e obrigações, sejam elas esotéricas ou simbólicas, e esteja integrado numa Loja, regular, numa Grande Loja ou num Grande Oriente, devidamente consagrados, segundo as terminologias tradicionais, ditadas pelos Landmarks da Constituição de Anderson [64]
Na Maçonaria regular é exigida para que seus membros professem uma religião ou apenas crêem em um ser supremo, chamado pelos maçons de Grande Arquiteto do Universo, título dado a Deus. Que está para além de qualquer credo religioso, respeitando toda a sua pluraridade. A crença num ser supremo é ponto indiscutível nos landmarks, para que se possa ser iniciado na maçonaria, uma realidade filosófica mas não um ponto doutrinal.

Mulheres e Maçonaria

Cquote1.svgSe o sexo é proibido, ele não tem nenhum dos alarmes,Este, não é um insulto a sua lealdade;Mas há temores de que o amor caindo com seus encantos,Façam esquecer a fraternidade.Nomes de irmãos e amigos serão armas de pequeno portePara assegurar o coração da rivalidade.Cquote2.svg

Houve alguns casos relatados de uma mulher ingressar em uma Loja maçônica regular. Esses casos são excepções ainda debatidas pelos historiadores maçônicos.
GOB, CMSBm COMAB e os Grandes Orientes e Grandes Lojas Regulares espalhados pelo mundo não reconhecem Lojas Mistas.
 Elizabeth Aldworth

Conta-se apenas como um das poucas mulheres, sendo admitida pela Maçonaria, no século XVIII, é o caso de Elizabeth Aldworth (nasceu em St. Leger), que relatou ter visto o sub-repticiamente processo de uma reunião realizada na Loja Doneraile House, número 44[68] - a casa privada de seu pai , primeiro pelo Visconde Doneraile - residente em Doneraile, County Cork, na Irlanda. Após a descoberta da violação do seu sigilo, a Loja resolveu admiti-la e abrigá-la, e depois, ela apareceu em público com orgulho no vestuário maçônico.[69] No início do século XVIII, era muito habitual para Lojas, serem realizadas em casas particulares. Esta loja foi devidamente justificada como a Loja número 150, na lista da Grande Loja da Irlanda.

 Obediências maçônicas consideradas "irregulares"

Existem também Obediências Maçônicas que não seguem a directiva adoptada pela Constituição de Anderson e os princípios que orientam a Maçonaria Regular, optando por não querer obter o reconhecimento internacional da Grande Loja Unida da Inglaterra, ou por não se enquadrarem no espírito dos mesmos, ou por terem outros critérios maçônicos de reconhecimento.
Esta "irregularidade" não significa de todo que estas Obediências não desempenhem um sério trabalho de filantropia, de engrandecimento do ser humano, e da própria sociedade em que se inserem. As mesmas inserem-se nas seguintes Organizações inter-maçônicas:
Grandes lojas consideradas 'Irregulares'
NomeAdmissãoLevantamento de colunasNacionalidade
Grande Loja Arquitetos de AquárioAdmite homens e mulheres1986Flag of Brazil.svg
Federação Brasileira da Ordem Maçônica Mista Internacional "Le Droit Humain"Admite homens e mulheres1923Flag of Brazil.svg
Grande Loja Feminina de PortugalAdmite somente mulheres1996Flag of Portugal.svg
Federação Portuguesa da Ordem Maçônica Mista Internacional "Le Droit Humain" - O Direito HumanoAdmite homens e mulheres1923 (suspende entre 1933 e 1980)Flag of Portugal.svg
Grande Loja Tradicional de PortugalAdmite homens e mulheres2004Flag of Portugal.svg
Grande Loja Nacional Portuguesa;Admite somente homens, tratado de amizade com o GOdF(Irregular)2000Flag of Portugal.svg
Grande Oriente Maçónico de PortugalAdmite homens e mulheres2005Flag of Portugal.svg
Ordem Maçônica Internacional do Rito Antigo e Primitivo de Memphis Misraïm em PortugalPertence a Grande Loja Francesa Masculina2008Flag of Portugal.svg

Ritos maçônicos

A maçonaria é composta por Graus Simbólicos e Filosóficos, variando o seu nome e o âmbito de Rito para Rito.[58] A maçonaria simbólica compreende o seguintes três graus[58] obrigatórios, previstos nos landmarks da Ordem: Aprendiz; Companheiro e Mestre. O trabalho realizado nos graus ditos "superiores" ou filosóficos é optativo e de caráter filosófico.[58] Os ritos compostos por procedimentos ritualísticos, são métodos utilizados para transmitir os ensinamentos e organizar as cerimônias maçônicas.[58]
Cada rito tem suas características particulares, assemelhando-se ou divergindo do outro em aspectos gerais, em detalhes, mas convergindo em pelo menos um ponto comum: a regularidade maçônica, isto é, o reconhecimento internacional amparado pela Constituição de Anderson[70]
Ritos maçônicos
Principais ritos praticadosSistema
Rito Escocês Antigo e AceitoFlag of Brazil.svg Brasil [71] [72]Flag of Portugal.svg Portugal33 graus
Rito BrasileiroFlag of Brazil.svg Brasil [73]
33 graus
Rito de York (York Americano)Flag of Brazil.svg Brasil [74] [75]Flag of Portugal.svg Portugal13 graus
Rito de Emulação (York Inglês)Flag of Brazil.svg BrasilFlag of Portugal.svg PortugalOrdens Paralelas
Rito SchröderFlag of Brazil.svg Brasil
3 graus
Rito ModernoFlag of Brazil.svg Brasil [76]Flag of Portugal.svg Portugal9 graus
Rito AdonhiramitaFlag of Brazil.svg Brasil [77]Flag of Portugal.svg Portugal33 graus
Rito Escocês RetificadoFlag of Brazil.svg BrasilFlag of Portugal.svg Portugal9 graus
No mundo, já existiram mais de duzentos ritos, e pouco mais de cinquenta são praticados actualmente.[78] Os mais utilizados são o Rito de York, o Rito de Emulação, o Rito Escocês Antigo e Aceito e o Rito Moderno (também chamado de Rito Francês ou Moderno na Europa). Juntos, estes três ritos detém como seus praticantes mais de 99% dos maçons especulativos.[78]

Loja Maçônica

Na maior parte do mundo, os maçons juntam-se, formando lojas maçônicas ou maçónicas de modo a trabalhar nos graus simbólicos da Maçonaria. As Lojas não são os edifícios onde se reúnem, mas a própria organização; podem também ser cedidas pelos maçons a ordens patrocinadas pela Maçonaria, como a Ordem DeMolay e a Ordem dos Escudeiros da Távola Redonda.
As diversas maçonarias nacionais estão divididas por "oficinas" que podem ser constituídas por lojas (com mais de seis "maçons perfeitos") ou triângulos maçônicos (pelo menos até seis maçons) ou ainda, no Rito Escocês Antigo e Aceito, com no mínimo sete maçons, dos quais três mestres maçons.
Cada loja maçônica é composta pelo
Cargos de uma loja maçônica
Venerável Mestre,que preside e orienta as sessões.
Primeiro Vigilante,que auxilia nos trabalhos, trata da organização em geral e instrui os companheiros.
Segundo Vigilante,que auxilia nos trabalhos e instrui os aprendizes.
Orador,que sumariza os trabalhos e apresenta conclusões antes das votações e garante o fiel cumprimento da legislação maçônica. Equivale a um representante do Ministério Público, dentro da Loja; Pode se dizer em suma que é o guardião das leis maçônicas.
Secretário,que redige as actas e trata da sua conservação e é responsável pelas relações administrativas entre a loja e a obediência e junto com o ' 'Venerável Mestre.
Experto,responsável pelas cerimônias de iniciação, em alguns ritos e obediências este é responsável por toda a condução das cerimônias maçônicas e é ajudado pelo Mestre de Cerimônias
Mestre de Cerimônias,responsável por toda a condução das cerimônias maçônicas, introduz os irmãos na loja, conduz aos seus lugares os visitantes, e ajuda o Experto nas cerimônias de iniciação,
Tesoureiro,que recebe as quotizações e outros fundos da loja e vela pela sua organização financeira.
Guarda do Templo(que alguns Ritos e lojas é só externo noutros é externo e interno e ainda noutros ambos são ocupados por irmãos diferentes) e que vela pela entrada do Templo são outros oficiais igualmente importantes.
Os cargos do Venerável Mestre ao Segundo Vigilante são chamados as luzes da oficina, os demais cargos são chamados de oficiais.

Ficheiro:Masonic Lodge Jersey 1.jpg

Templo Maçônico

Um Templo Maçónico é um lugar onde se reúnem os Franco-Maçons, a fim de celebrar os seus rituais, no âmbito do que eles chamam de "comportamentos". A sua concepção, disposição e a sua decoração, obedecem à regras simbólicas precisas, que podem variar mais ou menos de acordo com os ritos e graus maçônicos. Muitas vezes, é bastante extensa a referência feita ao Templo de Salomão, como descreve o primeiro livro de Reis, na Bíblia (Capítulo 5-6-7) e o II Crônicas - ( no Livro de Crónicas) (Capítulo 3 e 4).[79]
A decoração do templo também é codificada. Uma parte é fixa, mas alguns elementos o mudam, dependendo de quem ocupava o lugar, o seu ritual e seu grau maçônico. Uma corda a nós, o ramalhete serrilhada, ao redor do templo abaixo do limite ao das longas paredes do lado leste, o norte e o sul. Ela simboliza a união da cadeia..[80] Pelo leste, e na parede, por detrás da plataforma do Venerável, se encontra representado por um triângulo isósceles chamado delta luminoso Sol e uma Lua, chamado luminárias. Segundo grau maçônico, situada na parte ocidental, a parede no lado norte da porta, se encontra uma estrela brilhante de cinco estrelas nomeado flamboyante em forma de ramos. Este é um pentagrama. Em níveis mais elevados, cortinas pretas ou vermelhas, e raramente, outras cores mais, podem ser colocadas nas paredes. Ao mudar a partir do posto de companheiro para o Mestre, o Templo se torna sala ambiente ou Hekhal, para os Maçons do terceiro grau, onde, de acordo com o mito de Hiram Abiff, onde os Mestres receberam o seu salário. Segundo a tradição maçônica, o acesso a este "espaço", se dá por uma escada em forma de parafuso, por três séries sucessivas, respetivamente 3, 5 e 7 etapas. Na Bíblia, o Hekhal, ocupa uma posição intermediária entre o pórtico e a do santo dos santos..[81]

Referências

  1. Maçonaria, que é também conhecida como Franco-maçonaria
  2. [1]
  3. Dentro da realidade atual entretanto, a instituição não poderá ser considerada senão como sendo uma sociedade discreta.[2]
  4. Loja São Paulo - Conheça a Maçonaria
  5. Dicionário Priberam da Língua Portuguesa - Significado de maçonaria. Priberam. Página visitada em 5 de maio de 2010.
  6. Maçonaria. dicionário online de português. Página visitada em 5 de maio de 2010.
  7. a b c O ensinamento que capacita homens de diversas crenças religiosas a se reunirem e permanecerem juntos em uma sociedade fraternal. [3]
  8. Dicionário da Maçonaria de Joaquim Gervásio de Figueiredo,verbete Franco-maçonaria
  9. Grande Loja Maçônica da Paraíba
  10. a b c como entende André Chedel, citado por Vanildo Senna em "Fundamentos Jurídicos da Maçonaria Especulativa [4]"
  11. a b c d Academia superior - Organizaçaõ Maçonica
  12. Erro de citação Tag <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadas espe4
  13. [5]
  14. a b c d Site da Grande Loja de São Paulo - História sobre os primórdios da maçonaria [6]
  15. COSTA, Frederico Guilherme. "Maçonaria na Universidade-2". Londrina: "A TROLHA", 1996.
  16. HUTIN, Serge. "Les Francs-Maçons". Paris: Éditions du Seuil, 1976.
  17. PETERS, Ambrósio. "O Manuscrito Régio e o Livro das Constituições". Londrina: "A TROLHA", 1997.
  18. VAROLI FILHO, Theobaldo. "Curso de Maçonaria Simbólica". 1º Tomo (Aprendiz). São Paulo: "A Gazeta Maçônica", 1976.
  19. a b c d A maçonaria Antiga (Operativa), era uma associação de profissionais que se reuniam basicamente, com dois propósitos: Intercâmbios/aprimoramento dos conhecimentos técnicos e assistência/proteção mútua.[7]
  20. a b O mais antigo documento que se conhece da chamada Maçonaria Antiga, ou Operativa, ou de Ofício é o Poema Régio, que é de 1390, portanto, século XIV. Tudo o que se disser anterior a essa data não passa de pressuposição.[8]
  21. a b c Com o desenvolvimento das construções promovidas pela Igreja Católica, viu-se a necessidade do deslocamento (antes proibido) dos artífices, de um feudo para outro. A Igreja usou seu poder, obrigando os Reis a permitirem que os pedreiros (mason) mais qualificados, se deslocassem pelo continente, tornando-os "franc-mason".[9]
  22. Maçonaria Ortodoxa, Editora Madras
  23. a Itália dividiu-se em Feudos, dando origem ao Feudalismo, que se espalhou por toda a Europa. Dividida em muitos Feudos, a Itália era, então, dominada por diversos senhores feudais, que tinham autonomia total sobre seus súditos.[10]
  24. a b c As origens da maçonaria especulativa
  25. Para Patrick Négrier trata-se de um reflexo da crise europeia do fim do séc. XIV e início do séc. XV ligada à Guerra dos Cem Anos e à Peste Negra, a qual teria provocado o fechamento dos grandes canteiros de obras de catedrais e o desemprego de muitos trabalhadores do setor [11]
  26. A fundação da Grande Loja de Londres, determina, portanto, o fim da Maçonaria Operativa e marca o início do terceiro período da história da maçonaria, a Maçonaria Especulativa ou Maçonaria dos Aceitos ou, ainda, como disse Nicola Aslan, "da Maçonaria em seu aspecto atual de associação civil, filosófica e humanitária".[12]
  27. Judaica -A maçonaria é uma universidade de crescimento permanente
  28. a b c Maçonaria brasileira - A Falsa Conspiração do Judaísmo e da Maçonaria
  29. Erro de citação Tag <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadas judeumaconaria
  30. a b c d e f g monografias maçônicas - Maçonaria e Judaísmo
  31. Hittler e a Maçonaria
  32. a b Grande Loja Nacional Portuguesa - Maçonaria e Hittler
  33. (Fonte: Livro dos Dias - 1999)
  34. [13]
  35. Orlando Fedeli. João XXIII, Paulo VI e a maçonaria - MONTFORT. Associação Cultural Montfort. Página visitada em 6 de maio de 2010.
  36. Vitor Amorim de Angelo. Igreja e Estado entram em conflito. UOL Educação. Página visitada em 6 de maio de 2010.
  37. Pedro Paulo Filho (14 de dezembro de 2006). A Questão Religiosa. Grandes Advogados, Grandes Julgamentos. Departamento Editorial da OAB-SP. Página visitada em 6 de maio de 2010.
  38. Site o Vaticano - Congregação para a doutrina da fé. Declaração sobre a maçonaria. [14] of Quaestum Est
  39. Abel Tolentino de O. Junior. Constituição de Anderson. Loja Maçônica Luz no Horizonte. Página visitada em 6 de maio de 2010.
  40. freemasons - freemasonry -As origens da Maçoanria
  41. Frases de Allan Kardec
  42. Cronologia maçônica -
  43. a b Portal do Espírito - Allan Kardec Maçom ?
  44. PENSE - Allan Kardec
  45. Diz-se codificador pois o seu trabalho foi o de reunir, compilar e sistematizar textos recebidos por diversos médiuns naquela época.
  46. a b c d HEMMERT,Danielle.ROUDENE Alex.História da magia, do ocultismo e das sociedades secretas" tomo VII: No século de Allan Kardec
  47. Esboço biográfico e curiosidades
  48. a b c d Budismo e Hinduísmo há incompátibilidade?
  49. a b c d e Maçonaria e Astrologia/ José Castellani – São Paulo: Landmark, 2002 Brasil 2a. Edição[Fonte: http://www.webartigos.com/articles/7844/1/Maconaria-E-Astrologia/pagina1.html#ixzz0rVCn8bvb]
  50. a b PETERS, Ambrósio. Loja "Os Templários" – GOB/Paraná – Curitiba – PR
  51. a b c d e PETERS, Ambrósio. Loja "Os Templários" – GOB/Paraná – Curitiba – PR
  52. a b Review of FreeMassonary - O Iluminismo Francês
  53. Reill, Peter Hanns (2004) "Introduction". In: Encyclopedia of the Enlightenment. Editada por Peter Reill and Ellen Wilson. New York: Facts on File, pp. x-xi ISBN 0-8160-5335-9
  54. a b c d Portal Maçônico - Liberdade, Igualdade e Fraternidade
  55. a b c d e Pietre-Stones - Review of Freemasonry - Iluminismo Francês
  56. a b c d e f g A maçonaria exige de seus membros, respeito às leis do pais em que cada maçom vive e trabalha [15]
  57. a b c d e f Os princípios Maçônicos não podem entrar em conflito com os deveres que como cidadãos têm os Maçons. [16]
  58. a b c d e f g Os 33 Graus da Maçonaria
  59. a b c d e f g h i j k GUIMARÃES, João Francisco. Aprendiz - Conhecimentos básicos da Maçonaria. 2008. São Paulo. Editora Madras.[17]
  60. a Maçonaria Simbólica compõe-se de três Graus universalmente reconhecidos e adotados desde seus primórdios em tempos imemoriais: Aprendiz, Companheiro e Mestre.[18]
  61. Segundo o « Les francs-maçons », dans L'Histoire, vol. 256, 2001 ISSN 01822411 fontes da fr-wp
  62. 4 milhões em 2007, de acordo com o jornalista e filósofo Francis De Smet no DVD "A Peça Escocesa" fontes da fr-wp
  63. Fonte Masonic Service Association of North America (em inglês) fontes da fr-wp
  64. Maconaria.net - A questão dos Landmarks. Artigo sobre a regularidade maçônica.[19]
  65. Anderson, James. In: Paul Royster. The Constitutions of the Free-Masons. Philadelphia ed. Philadelphia, PennsylvaniaBenjamin Franklin, 1734. p. 49.. Página visitada em 2009-02-12.
  66. Paul Naudon, Histoire générale de la franc-maçonnerie, Editora: Presses universitaires de France, 1981, Pág. 225, ISBN 2-13-037281-3
  67. Este discurso está disponível na íntegra na Wikisource Francesa
  68. Agora nº 150 nos livros da Grande Loja da Irlanda.
  69. The Hon. Miss St Leger and Freemasonry Ars Quatuor Coronatorum vol viii (1895) Págs. 16-23, 53-6. vol. xviii (1905) Pág. 46
  70. MINGARDI, Cezar Alberto. Sois maçom? Pág 45. São Paulo. Madras Editora. ISBN 978-85-370-0400-5
  71. Supremo Conselho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito da Maçonaria para a República do Brasil
  72. Supremo Conselho do Brasil do Grau 33 para o Rito Escocês Antigo e Aceito
  73. Supremo Conclave do Brasil - Rito Brasileiro para Maçons Antigos, Livres & Aceitos
  74. Supremo Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil
  75. Grande Conselho de Maçons Crípticos do Brasil
  76. Grande Conselho Kadosh Filosófico do Rito Moderno para o Estado do Rio de Janeiro
  77. Excelso Conselho da Maçonaria Adonhiramita
  78. a b Algumas palavras sobre maçonaria
  79. Encyclopédie de la franc-maçonnerie, fr:Le livre de poche, article "Temple", p.850
  80. Encyclopédie de la franc-maçonnerie, fr:Le livre de poche, article "Chaîne d'union", p.134
  81. Encyclopédie de la franc-maçonnerie, fr:Le livre de poche, article "Chambre du milieu", p.134-135

Bibliografia

 Geral

  • BOUCHER, Jules. La Symbolique maçonnique, Editeur Dervy, 1990, ISBN 2-85076-510-4;
  • BESOUCHET, Lídia. José Maria Paranhos: Visconde do Rio Branco: ensaio histórico-biográfico/ Tradução de Vera Mourão - Rio de Janeiro:Nova Fronteira;[Brasília]: INL, 1985;
  • COLUSSI, Eliane Lúcia. A maçonaria brasileira no Século XIX. São Paulo:Saraiva, 2002. - (Que historia é esta?), ISBN 85-02-03816-8.
  • PIGEARD, Alain e outros. Os Franco-Mações, 2003 (1.ª Ed.), Editora Pregaminho, ISBN 972-711-429-6 (Traduzido da edição original: Les Francs-Maçons, Éditions Tallandier, Paris, 1998).
  • COSTA, Frederico Guilherme. "Maçonaria na Universidade-2". Londrina: "A TROLHA", 1996.
  • HUTIN, Serge. "Les Francs-Maçons". Paris: Éditions du Seuil, 1976.
  • PALOU, Jean. "A Franco-Maçonaria Simbólica e Iniciática". trad. do Francês. São Paulo: Pensamento, s/d.
  • PETERS, Ambrósio. "O Manuscrito Régio e o Livro das Constituições". Londrina: "A TROLHA", 1997.
  • RIPA MONTESANO, Domenico Vittorio. "Vademecum di Loggia", Edizione Gran Loggia Phoenix – Roma Italia 2009 ISBN 978-88-905059-0-4
  • VAROLI FILHO, Theobaldo. "Curso de Maçonaria Simbólica". 1º Tomo (Aprendiz). São Paulo: "A Gazeta Maçônica", 1976.

 Em Portugal

 Ligações externas

Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/




O olho que tudo vê, alegoria do poder oculto atribuído a Maçonaria.


Teorias conspiratórias maçônicas

Teorias conspiratórias maçônicas são teorias conspiratórias envolvendo a Maçonaria; centenas de tais teorias conspiratórias têm sido descritas desde o final dos anos 1700.[1] Geralmente, essas teorias podem ser classificadas em três categorias distintas: políticas (normalmente envolvendo alegações de controle do governo, especialmente nos EUA e Reino Unido), religiosas (normalmente envolvendo acusações de anticristianismo ou crenças e práticas satânicas) e culturais (normalmente envolvendo o entretenimento popular). Muitos escritores de teorias conspiratórias têm ligado os maçons (e os Cavaleiros Templários) com a adoração do diabo, essas idéias foram baseadas em interpretações erradas das doutrinas das referidas organizações.[2]
Entre as alegações de que Maçonaria exerce controle sobre a política, talvez o exemplo mais conhecido é a teoria da Nova Ordem Mundial, mas existem outras. Estes envolvem principalmente aspectos e agências do governo dos Estados Unidos, mas também eventos reais fora dos EUA (tais como o escândalo na Itália da Propaganda Dois) são frequentemente utilizados para dar credibilidade a essas reivindicações.
Outro conjunto de teorias tem a ver com a maçonaria e religião, nomeadamente no que diz respeito ao envolvimento da Maçonaria com o "oculto". Estas teorias têm suas origens na Fraude de Taxil.[3][4] Para além destas, existem várias teorias que incidem sobre a incorporação de símbolos em outros itens ordinários, tais como padrões de rua, selos nacionais, etc.
Existem teorias conspirativas maçônicas que lidam com todos os aspectos da sociedade. A maioria destas teorias são baseadas em um ou mais dos seguintes pressupostos:
  • Que a Maçonaria é a sua própria religião e requer uma crença no "deus" maçônico que é diferente dos principios da crença cristã.
  • Que o 33o grau do Rito Escocês é mais do que um grau honorário, juntamente com a crença de que a maioria dos maçons não têm conhecimento dos segredos ocultos ou corpos prejudiciais dentro de sua organização que governam eles, conduzem-os ao ritual oculto, ou o controle de vários cargos de poder governamentais.[5]
  • Que existe um órgão centralizado a nível mundial que controla todos os maçons das Grandes Lojas, e assim, todos os atos da Maçonaria mundial em uma forma unificada.
Lista de teorias de conspiração associadas com a Maçonaria
As teorias de conspiração mais notáveis que envolvem a Maçonaria incluem:

Políticas

Religiosas



A Igreja Católica acusou a Maçonaria de praticar o satanismo e adorar Baphomet.

Cultural

Filiação

  • Os membros da maçonaria fazem um pacto de sangue na cerimônia de iniciação onde também são presenciados supostos ferimentos provocados com armas brancas. Há também relatos de tiros de armas de fogo. Os templos maçons são construídos sob sigilo absoluto e com isolamento acústico para evitar que gritos e cânticos entoem para o ambiente externo da loja.
  • Os membros da maçonaria são vigiados e tem suas famílias vigiadas; sigilos telefônico e postal são quebrados pela loja.
  • Evitam entrar numa Igreja ou templo de adoração a Cristo e só se retiram andando de costas (nunca dar as costas ao inimigo).
  • Não são aceitos pobres na maçonaria, para ser candidato é preciso ter uma ficha limpa, boa imagem e sobretudo já estabelecido socialmente e financeiramente; Tendem a ser escolhidos homens de cargos gerenciais, profissionais liberais e que exerçam funções chave na sociedade (delegados, médicos, juízes, governantes).
  • Se um Maçon revelar segredos da Maçonaria a outras pessoas ou até membros de sua família ele padece misteriosamente de uma doença até a morte rápida; pessoas que sabem dos segredos passam a ser perseguidas e chantageadas, há relatos de esposas e filhos que enriqueceram após a morte do marido/pai maçon que teriam supostamente feito um acordo com a loja.

Outras



Coruja de Minerva; suposto símbolo maçônico (também considerado símbolo da bruxaria) que a Maçonaria é acusada de adorar.

Alegações de infiltração maçônicas

Na Igreja Católica

Pier Carpi, em seu livro As profecias de João XXIII, diz que no ano 1935 o futuro Papa João XXIII, Angelo Roncalli, foi convidado para participar de uma sociedade iniciática herdeira da maçonaria com ensinamentos tipo Rosacruz a que pertenceu, no passado Louis Claude de Saint-Martin, o Conde de Cagliostro e do Conde de St. Germain. Além disso, menciona a existência de provas documentais da iniciação na Turquia de Angelo Roncalli.[43] Jacques Duchaussoy escreveu em seu livro Mystère et Mission des Rose+Croix que Pier Carpi provocou reações de medo em alguns círculos por que na semana seguinte após a sua saída de venda, o livro foi retirado de todas as bibliotecas da França e o editor respondeu que não estava disponível na venda.[44] O Professor Maçon Alfonso Sierra Partida explica em seu livro La Masonería Frente al Mundo Contemporáneo, que tentou publicar, em jornais da Cidade do México, uma cópia de um alegado ato administrativo de iniciação em uma Loja Maçônica, em Paris, onde é dito que Angelo Roncalli (João XXIII) e Giovanni Montini (Paulo VI) "tinham sido levados no mesmo dia para serem iniciados em agosto nos Mistérios da Maçonaria." [45] O autor Franco Bellegrandi indica a existência de uma discussão entre os cardeais na época do Concílio Vaticano II, onde apareceu uma publicação circunstancial acusando de ilegitimidade a eleição de João XXIII, porque ele tinha sido querido pela Maçonaria, e indicando Roncalli como pertencente à Maçonaria a partir do ano da sua nunciatura na Turquia.[46] Piers Compton, em seu livro "The Broken Cross", afirma que existe uma infiltração da Igreja Católica pelos maçons e pelos Illuminati.[47] O Marquês de Franquerie indica em um livro que o Cardeal Pietro Gasparri tinha feito uma política perto dos círculos maçônicos e lhe delatou em vários artigos e na hierarquia católica.[48] Algumas revistas católicas tradicionalistas indicaram estas alegações [49][50] e também foram mencionadas, como por exemplo, num artigo do Journal de Genève de 1966, quando o Papa João XXIII citou uma frase de tendência maçônica.

Nas Testemunhas de Jeová

Charles Taze Russell fundador das Testemunhas de Jeová foi acusado de pertencer a Maçonaria pelos escritores Lady Queenborough (Edith Star Miller) no seu livro "Occult Theocrasy" e Fritz Springmeier em 1990. Em seguida, foi indicado que seu túmulo com uma pirâmide com o símbolo da cruz e da coroa, é a prova da filiação maçônica.[51] As fontes com relação à maçonaria não colaboram com esta tese [52] assim como fontes com relação às testemunhas.[53] Um estudo de CESNUR (Centro Studi sulle Nuove Religioni com sede em Turim) [54] concluiu que a adesão da Maçonaria por Russell não foi provada.

Nos Mórmons

Desde o início do movimento Santo dos Últimos Dias, notou-se alguma ligação entre a maçonaria e o mormonismo. A Maçonaria desempenhou um papel considerável no estabelecimento de alguns rituais e na doutrina de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, e consequentemente nos rituais e doutrinas de outras igrejas que, em um momento ou em outri vieram a separar-se desta. Em 6 de abril de 1840 foi fundada a Grande Loja Maçônica de Illinois, pelo juiz e patriarca mórmon James Adams, com sede em Nauvoo. A nova Grande Loja imediatamente estabeleceu laços estreitos com a comunidade religiosa fundada por Joseph Smith Jr., profeta e presidente da Igreja Mórmon. Em pouco tempo, a cidade de Nauvoo, então sede da Igreja, teve três alojamentos maçons, além de mais dois no estado de Iowa, onde, devido à grande adesão e membros da Igreja à maçonaria, passaram a ser conhecidas como "as lojas mórmon". A loja de Nauvoo cresceu rápidamente, passando a ter cerca de 1.550 irmãos afiliados em poucos meses. O próprio profeta Joseph Smith Jr. foi iniciado como um aprendiz maçon em 15 de março de 1842. Seu pai, Joseph Smith Sr., então Patriarca da Igreja, e seu irmão, Hirum Smith, futuro Patriarca da Igreja, eram ambos maçons. O episódio de filiação do profeta Joseph Smith à maçonaria foi documentado na ata da Loja de Nauvoo nessa mesma data, onde é dito que Joseph Smith Jr. e Sidney Rigdon "foram devidamente iniciados como aprendizes maçons no mesmo dia." [55] Os primeiros cinco presidentes da Igreja, Joseph Smith, Jr., Brigham Young, John Taylor, Wilford Woodruff e Lorenzo Snow foram todos iniciados como Maçons na Loja de Nauvoo. Alega-se que alguns ritos de A Igreja de Jesus Cristo dos Últimos Dias ajustam ou são baseados em rituais maçônicos. Joseph Smith provavelmente usou símbolos e sinais maçonicos para ilustrar passagens da ordenança (ritual) mórmon da Investidura (ou Endowment, em inglês), a fim de facilitar o aprendizado dos membros da Igreja dos ensinamentos a serem aprendidos nesse ritual. Por algum tempo, especulou-se que entre aqueles que compunham a turba que assassinou Joseph Smith e Hirum Smith, estavam proeminentes maçons não-mórmons de Illinois, alguns iniciados na Loja de Nauvoo. Essa especulação fez com que membros da Igreja Mórmon não pudessem se unir à maçonaria e maçons não pudessem batizar-se na Igreja Mórmon por muitos anos (Brigham Young, após ter discutido com o então Grão-Mestre da Loja Maçônica de Salt Lake City, teria lhe dito que nenhum mórmon seria admitido na maçonaria, fazendo com que o Grão-Mestre dissesse que nenhum maçon poderia ser mórmon). Por muitos anos, era comum interpretar que membros da Igreja Mórmon que se unissem à maçonaria uniam-se a organizações não compatíveis com a vida de um membro da Igreja. Nos anos 2000, Gordon B. Hinckley, 15º Presidente da Igreja visitou a Grande Loja de Utah e, após conversar com o Grão-Mestre, afirmou que não há problema em um mórmon ser maçom. Desde então, os maçons não mais discriminaram os mórmons que pertenciam a seu meio ou que desejassem juntar-se a eles. Nos últimos quinze anos, é cada vez mais notória a participação de mórmons na maçonaria, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil e em outros países lusófonos.

Na Revolução

Há relatos que maçons se infiltraram em partidos revolucionários de esquerda no Brasil durante a Ditadura Militar e entregaram a identidade de membros. É atribuido aos maçons o vazamento de planos de ação ao DOPS e a consequente emboscada à Carlos Lacerda. Também há indícios que a Maçonaria se infiltrou em Cuba e planejou o assassinato de Fidel Castro.

Outras

As seguintes organizações foram fundadas por maçons e reconhecidas e denunciadas como tal:

"Supostas" intervenções da Maçonaria na história

Supostos crimes maçônicos

Tese de uma conspiração judaico-maçônica

A expressão "conspiração judaico-maçônica" foi cunhada no famoso panfleto anti-semita Os Protocolos dos Sábios de Sião publicado no começo do século XX, alegando uma conspiração judaico-maçônica para alcançar a dominação mundial. Foi usado como propaganda pelo regime nazista e do regime de Vichy que combinou em uma expressão dois princípios: o antissemitismo e a antimaçonaria.

Tese de uma conspiração visando uma Nova Ordem Mundial maçônica

Em 1912, Émile Flourens, Ministro dos Negócios Estrangeiros francês, rejeitou a premissa da criação da Liga das Nações e do Tribunal Permanente de Justiça Internacional, em um livro,[56] indicando a influência maçônica para criar um governo mundial, a justiça global e uma religião em uma Nova Ordem Mundial onde o papado seria excluído.[57] Ele expressou a suposição de que os círculos maçons queriam eliminar o direito à auto-determinação dos povos e substituí-lo com o direito internacional.[58]
Hoje, Gary H. Kah considera que a Maçonaria é a força que organiza a agenda para a Nova Ordem Mundial com um governo único mundial.[59]

Supostos símbolos secretos maçônicos em ruas e monumentos



Mapa do complexo dos terrenos do Capitólio, com a coruja no topo da pirâmide formada pelas ruas ao redor do Capitólio
  • Aeroporto de Denver: O Aeroporto Internacional de Denver tem sido apontado por seus símbolos maçônicos e gárgulas por vários teóricos de conspiração.[69][70] após a publicação do livro de Alex Christopher [71] sobre o assunto.
  • Paris: Dominique Setzepfandt afirma em seus livros que em vários monumentos inspiração maçônica e imitação da arquitetura religiosa utilizando a geometria sagrada na cidade de Paris, como na pirâmide do Museu de Louvre.[72]
  • Bruxelas: Os livros de Paul de Saint-Hilaire [73] e de Adolphe Cordier [74] indicam um caráter urbanístico maçônico em vários locais da cidade belga de Bruxelas, o que foi criticado por Jean van Win, autor belga sobre a maçonaria.[75]
  • Barcelona: O peixe dourado de Frank Gehry no Porto Olímpico de Barcelona foi identificado como parte do simbolismo hermético. De fato tem sido sugerido que a loja maçônica de Barcelona poderia estar por trás da construção do Porto Olímpico.[76]
Vários autores [31][77] , por exemplo David Icke,[78] sugerem que as empresas utilizam um simbolismo e numerologia maçônicas discreta ou secretamente em seus logotipos. A bandeira da Organização das Nações Unidas contem 33 segmentos, o número de graus no Rito Escocês Antigo e Aceito.[31]

Teorias de conspiração maçônicas na cultura popular

  • No filme A Lenda do Tesouro Perdido da Disney.
  • No romance de Matthew Reilly Seven Ancient Wonders.
  • Na música de Marilyn Manson King Kill 33 ° do álbum Holy Wood (In the Shadow of the Valley of Death) que é uma referência a um livro antimaçônico de conspiração de James Shelby Downard e Michael A. Hoffman King-Kill 33° .
  • Em Farabato, o mágico um romance esotérico que Franz Bardon alega que algumas lojas maçônicas praticam rituais de homicídio e de satanismo.
  • No livro de Dan Brown O Símbolo Perdido.

Ver também

Referências

  1. Hodapp, Christopher; Alice Von Kannon. Conspiracy Theories & Secret Societies For Dummies. [S.l.]: For Dummies, 2008. 174,178 p. ISBN 0470184086
  2. Addison, Charles G.; David Hatcher Childress. The History of the Knights Templars: The Temple Church and the Temple. [S.l.]: Adventures Unlimited Press, 1997. 19-20 p. ISBN 0932813402
  3. S. Brent Morris, The Complete Idiot's Guide to Freemasonry (2006), pp. 171-172; ISBN 1592574904
  4. Christopher Hodapp, Freemasons for Dummies (2005), pp. 160-161; 298-299; ISBN 0764597965
  5. Freemasonry - Conspiracy Within
  6. Why the NSA tried to recruit me by James Casbolt in St Ives, UK – October 31 2006
  7. "The Road to Heart Mountain? Rumors, FEMA and the Future"
  8. [1]
  9. United States Presidents and The Illuminati / Masonic Power Structure
  10. United States Presidents and The Illuminati / Masonic Power Structure Pt.4
  11. Freemasons at Freedomdomain.com
  12. World Order at Freedomdomain.com (hosted at Internet Archive)
  13. Berlet, Chip; Matthew Nemiroff Lyons. Right-wing Populism in America: Too Close for Comfort. [S.l.]: Guilford Press, 2000. p. 258. ISBN 1572305622
  14. a b Pugh, Joye Jeffries. Eden: The Knowledge of Good and Evil 666. [S.l.]: Tate Publishing,, 2006. p. 244. ISBN 1598862537
  15. Hitler, Adolf. Mein Kampf: Volume One - A Reckoning. Chapter XI: Nation and Race.
  16. Hitler, Adolf. Mein Kampf Volume Two - The National Socialist Movement. "Chapter XIII: German Alliance Policy after the War", 1924, trans. 1943.
  17. 'The Covenant of the Islamic Resistance Movement (HAMAS)-Palestine', articles seventeen, twenty-two and twenty-eight, 18 Aug 1988.
  18. Bohemian Grove Exposed!
  19. Freemasons, Illuminati and Associates
  20. Robinson, John. A Pilgrim's Path: Freemasonry and the Religious Right. M. Evans, 1993. ISBN 087131732X
  21. Erro de citação Tag <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadas Hodapp2008
  22. Freemasonry The worship of Lucifer, SATAN Part 1 of 5
  23. DO FREEMASONS WORSHIP SATAN/LUCIFER ?
  24. The Masonic Fairy Tale Known As The Leo Taxil Confession
  25. Freemasonry: Midwife to an Occult Empire
  26. G.A.O.T.U.
  27. Freemasonry is a Non-Christian Occult Religion
  28. Islamic Party of Britain: What then is Freemasonry
  29. Satanic Voices: UNMASKING JEHOVAH JAH-BUL-ON
  30. Name of Deity (MasonicInfo.com)
  31. a b c Corporate Logos
  32. George Washington
  33. Masonic Symbols in Washington
  34. Hodapp, Christopher L., Solomon's Builders: Freemasons, Founding Fathers and the Secrets of washington D.C., Ulysses Press, 2007, ISBN 1569755795
  35. United States Presidents and The Illuminati / Masonic Power Structure.
  36. "NASA Masonic Conspiracy - Apollo Missions Masonic Symbols"
  37. Jack the Ripper, Masonic conspiracy
  38. Freedomdomain.com
  39. Trosch - Masonry exposed
  40. "Who's the Enemy: -- The End of Days Begun?" "What is not commonly known is that the roots of modern Freemasonry extend far beyond the mid-eighteenth Century, all the way back to ancient Egypt, and more importantly; through a Middle Ages movement commonly known as the "Knight's[sic] Templar. It is, we now suspect, the remnants of this Templar/Masonic/American axis that were the true target of these attacks -- in other words, September 11th was a direct thrust at the heart of the American Revolutionary Experiment … in the critical year of 2001."
  41. United States Presidents and The Illuminati / Masonic Power Structure. Pt3
  42. Unfolding the Masonic Bombing of Christian Nagasaki – 1945 A.D., por Lowell Ponte
  43. Pier Carpi, Las Profecías de Juan XXIII, ediciones Martínez Roca (España)
  44. Jacques Duchaussoy, Mystère et Mission des Rose+Croix
  45. Alfonso Sierra Partida, La Masoneria Frente al Mundo Contemporáneo, México: Editorial Masónica Menphis, 1972. Wraps. 222 p. 3000 ejemplares
  46. Franco Bellegrandi, Nichitaroncalli. Controvita di un papa, Editions Eiles, Roma, 1994, p. 176)
  47. Piers Compton, The Broken Cross
  48. Marqués de la Franquerie, Lucifer et le pouvoir occulte, p.16, 1984. Texto en línea en francés
  49. Revista Medio Día en Punto, marzo-abril 1978
  50. Sous la Bannière, nº 22, marzo-abril 1989 pp. 23-24
  51. Argumentos en francés en el sitio web de M. Leblanc
  52. Buscar "C.T. Russel" en el artículo en inglés Anti-masonry Frequently Asked Questions de la Grand Lodge of British Columbia (consultado el 15 de marzo 2008)
  53. Argumentos en francés en el sitio web de M. Chasson
  54. La massoneria e le origini dei testimoni di Geova de Don Ernesto Zucchin Massoneria e religioni, y Massimo Introvigne, CESNUR, Elle Di Ci, Leumann (Torino) 1994
  55. Mervin B. Hogan, Mormonism and Freemasonry: The Illinois Period, Springfield, Illinois, 1980, p. 308-13
  56. Émile Flourens, Un fiasco maçonnique à l'aurore du vingtième siècle de l'ère chrétienne, (1912), Texte en ligne
  57. Émile Flourens, Un fiasco maçonnique à l'aurore du vingtième siècle de l'ère chrétienne, p.33, (1912), Texte en ligne
  58. Émile Flourens, Un fiasco maçonnique à l'aurore du vingtième siècle de l'ère chrétienne, p.55, (1912), Texte en ligne
  59. Gary H. Kah, En Route to Global Occupation, Huntington House Publishers, diciembre 1996
  60. D'où la signification du phallus, ou de son inoffensif substitut, l'obélisque, dressé comme un emblème de la sortie du tombeau et de la résurrection de la Divinité Albert Pike, Morals and Dogma, p. 393
  61. Michael Baigent y Richard Leigh, The Temple and the Lodge, 1989.
  62. Charles L. Westbrook Jr. Ph.D America’s Oldest Secret: The Talisman of the United States - The Mysterious Street Lines of Washington D.C. - Signature Of The Invisible Brotherhood, 123 p., 1990.
  63. Sitio internet Wake Up America, Artículo Secret Societies
  64. Sitio internet The Forbiddenknowledge, Artículo por Robert Howard United States Presidents and The Illuminati / Masonic Power Structure
  65. David Ovason, The Secret Architecture of our Nation's Capital : The Masons and the Building of Washington, D.C., 1999
  66. David Ovason,THE SECRET ZODIACS OF WASHINGTON DC : WAS THE CITY OF STARS PLANNED BY MASONS, 1999
  67. http://anti-masonry.info - Washington, DC A secret satanic plot revealed? - Sandusky, Ohio
  68. California Freemason, Summer 1972, Volume 19 No, 3. ed. Dewey H. Wollstein. p. 105.
  69. En un sitio internet conspiracionista: What on earth is going on at Denver International Airport? Or should we be asking what is going on UNDERGROUND there ?
  70. Denver Airport, En un sitio internet masónico
  71. Alex Christopher, Pandora's box: The ultimate "unseen hand" behind the new world order
  72. Dominique Setzepfandt, Paris maçonnique : à la découverte des axes symboliques de Paris, Paris, Faits & Documents, 1996. ISBN 2-909769-04-6
  73. Paul de Saint-Hilaire, Histoire secrète de Bruxelles, Albin Michel, 4.11.1981, ISBN 2226013057
  74. Adolphe Cordier, Histoire de l’Ordre maçonnique en Belgique, Mons, 1854
  75. Jean van Win, Bruxelles maçonnique, faux mystères et vrais symboles, éditions Cortext, 2008, ISBN 978-2-87430-047-9
  76. Más allá de la Ciencia, n° 234, Barcelona Hermética, por Olga Canals y Carlos G. Tutor, p.20
  77. Reptilian Watch, a repository of images related to Reptilian/Masonic symbolism
  78. David Icke, The Biggest Secret: The Book That Will Change the World, UK, Bridge of Love Publications, 1999. ISBN 0-9526147-6-6

Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/

Comentários