O HOMEM MAIS SOLITÁRIO DO MUNDO


Acham que ele tem pouco mais de 40 e vive no estado de Rondônia. Ninguém sabe seu nome, mas é conhecido como "homem do buraco". É o último sobrevivente de uma tribo desconhecida e seu primeiro avistamento data de 1996. Onze anos depois, a Funai decretou que ninguém se aproximasse a menos de 31 quilômetros dele. Mas antes de ser um "forever alone" por lei, o homem do buraco escolheu sê-lo por vontade própria.

Em meados dos anos noventa várias expedições tentaram estabelecer contato com o indígena, mas ele sempre reagia com medo e hostilidade. A última tentativa resultou em um ferimento de flecha no peito. Após este incidente o Governo decidiu deixá-lo finalmente em paz e estabeleceu um "perímetro de segurança" para assegurar-se de que ninguém se aproximasse. De uma das últimas expedições conservam-se as únicas imagens do homem do buraco, que foram gravadas pelo cineasta Vincent Carelli que foram incluídas em seu documentário Corumbiara.


Fonte: http://www.ndig.com.br/category/meio-ambiente/blog/

SOBRE VINCENT CARELLI

Vincent Carelli (França, 1953) é um antropólogo e documentarista, fundador do Projeto Vídeo nas Aldeias, criado em 1987 e que forma diretores cinematográficos indígenas. Atualmente vive em Pernambuco.
Vincent Carelli estudou Ciências Sociais na Universidade de São Paulo. Desde 1973 está envolvido com projetos de apoio a grupos indígenas no Brasil.
Foi indigenista da Fundação Nacional do Índio. Foi jornalista e repórter fotográfico free-lancer das revistas Isto é, Repórter Três e do Jornal Movimento. Foi editor fotográfico e pesquisador do Projeto Povos Indígenas no Brasil do Centro Ecumênico de Documentação e Informação. No final de 1979, fundou, com um grupo de antropólogos, o Centro de Trabalho Indigenista (CTI), uma organização independente, sem fins lucrativos, destinada a apoiar projetos voltados aos indígenas. Foi Diretor do Programa de Índio da TV Universidade (co-produção do CTI com a UFMT). Em 1987 iniciou, no âmito do CTI, o projeto Vídeo nas Aldeias, que promoveu, ao longo de mais de vinte anos, o encontro dos indígenas com suas imagens, tornando o vídeo um instrumento de expressão da sua identidade e refletir suas visões de mundo. Além treinar e equipar as comunidades indígenas com equipamento de vídeo, o projeto estimulou a troca de informações e de imagens entre as nações, discutindo juntos a maneira de apresentar sua realidade para o resto do mundo.[1]
Em 2009, seu documentário Corumbiara obteve o prêmio de melhor filme do 37º Festival de Cinema de Gramado. Carelli ganhou também o prêmio de Melhor Diretor, dividido com Paulo Nascimento.[2]

 Filmografia e prêmios [3]


  • A festa da moça, 1987, 18 minutos
  • Pemp, 1988, 27'.
  • Vídeo nas Aldeias 1989, 9'. Documenta como quatro grupos indígenas da Região Norte do país (nhambiquara, gavião, ticuna e caiapó) incorporaram o uso do vídeo a seus projetos artísticos e culturais.
  • O espirito da TV, 1990, 18'. Reportagem sobre o impacto que a televisão trouxe à tribo Waiãpi, no Amapá. Não há repórter, nem narrador. A edição é feita de modo a interferir o menos possível nos depoimentos. O título veio da declaração de um índio, que se sentiu mal ao ver nas telas imagens de um ritual de evocação dos espíritos. Também é abordada a questão dos garimpeiros, que chegaram à região a partir dos anos 1970. Premiado no 9° Videobrasil
  • Mieko e Kimiko, 1991, 14'.
  • Antônio Carelli, 1991, 10'.
  • Ninguém come carvão, 1991, 15'. Prêmio de Melhor documentário na XIV Jornada de Cinema e Vídeo do Maranhão, 1991.
  • Qual é o jeito, Zé?, 1992, 15'. Luis Vila Nova, líder camponês de Buriticupu, no Maranhão, explica o movimento de ocupação das matas improdutivas por milhares de trabalhadores sem terra e os confrontos com jagunços e policiais federais. Co-direção: Murilo Santos
  • Boca livre no Sararé, 1992, 27'
  • A Arca dos Zo’é, 1993, 22'. Waiwai, um dos chefes Waiãpi, relata na sua aldeia a viagem que empreendeu para encontrar e filmar os índios Zo’é (Pará), grupo contactado na década de 1980.
  • Eu já fui seu irmão, 1993, 32'. Melhor Vídeo (juri popular), Troféu São Luís (vídeo) e Troféu Jangada (Juri OCIC) no 17° Guarnicê de Cine-vídeo do Maranhão, 1994.
  • Antropofagia Visual, 1994, 17'
  • Placa Não Fala, 1996, 27'.
  • Yãkwa - O banquete dos espíritos, 1996, 54'. 18º Tokyo Film Festival. Prêmio Pierre Verger (concurso de vídeo etnográfico da Associação Brasileira de Antropologia, 1996), Melhor Documentário (RioCine Festival, 1996), Prêmio Júri Popular (TVE Rio Cine Festival, 1996),
  • Segredos da Mata, 1998, 37'.
  • Ou Vai, Ou Racha! Vinte Anos de Luta, 1998, 31'. Prêmio Al valo Testimonial y Documental no VI Festival de Cine e Vídeo dos Povos Indígenas, Guatemala, 1999.
  • Dia 26 de novembro de 2009, em cerimônia prestigiada pelo presidente da República, o Vídeo nas Aldeias foi agraciado com a Ordem do Mérito Cultural 2009.

Referências

  1. National Film Board of Canada. The imagineNATIVE Film & Media Arts Festival
  2. Folha Online, 15 de agosto de 2009 "Corumbiara", de Vincent Carelli, vence Festival de Gramado.
  3. Vincent Carelli. Filmografia.

 Ligações externas

Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Vincent_Carelli


DOCUMENTÁRIO CORUMBIARA (Filme)


Em 1985, o indigenista Marcelo Santos denuncia um massacre de índios na Gleba Corumbiara, no sul de Rondônia. Vincent Carelli filma o que resta das evidências. Bárbaro demais, o caso passa por fantasia, e cai no esquecimento. Marcelo e sua equipe levam anos para encontrar os sobreviventes. Duas décadas depois, Corumbiara revela essa busca e a versão dos índios...

Fonte:http://www.youtube.com/watch?v=sWu-qzkI0Cs

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