O QUE ESTAMOS FAZENDO COM NOSSO CORPO ?





Desde tempos imemoriais, o homem busca a criação do corpo perfeito, entretanto, descobrimos que o corpo perfeito é um conceito equivalente a época, na idade média as mulheres mais gordinhas eram vistas como sensuais, atrentes, independentes de sua beleza facial, na China, mulheres deformavam seus pés, para mantê-los sempre pequenas, pois este era o símbolo de beleza, em outras épocas, eram os bustos enormes que chamavam a atenção, a pele muito branca, ou morena. anéis no pescoço para alongá-lo, mascar na pele feitas por ferro quente, escurecimento dos dentes, alargamento do lábio inferior, das orelhas, prender metais na pele, etc... Entre todo tipo de corpos que o mundo viu aparecer, chegamos ao que é hoje, barrigas magras com seus músculos desenhados, etc... O que isso nos mostra? Que não há corpo perfeito, se ele tomou tantas formas, como saber qual é o perfeito? Ou melhor, como saber o que é o corpo perfeito se não há nenhum para comparar? Vemos que a cultura do corpo perfeito é mais cultural ou social do que escultural. Pode ser que no futuro achemos estranho as mulheres magras com nádegas arredondadas e barrigas performadas por músculos, e comecemos a achar que "falta carne" nelas... Talvez vejamos a beleza em corpos "sarados", corados, nas peles claras, nos corpos cheios, nas mulheres negras ou morenas, mas são conceitos pessoais, os seres humanos formam grupos que escolhem os tipos de mulheres ou homens que mais lhe agradam, daí, temos vários tipos de perfeição, e desta forma, se todos são perfeitos, então não há perfeição. A questão que torna isso preocupante, é quando alguém se vicia em exercícios para esculpir o corpo, não para si, mas para atender aos anseios da sociedade ou de um grupo, muitas vezes essas pessoas declinam para doenças físicas, distúrbios alimentares e distúrbios psicológicos, que podem levar a morte. Alguns distúrbios estão listados e explicados aqui:
A Dismorfofobia, também denominada Transtorno Dismórfico Corporal ou Síndrome da Distorção da Imagem, é um transtorno psicológico caracterizado pela preocupação obsessiva com algum defeito inexistente ou mínimo na aparência física. Esta fobia de ter um aspecto anormal é observada com mais frequência nos adolescentes, de ambos os sexos, estando relacionada com as transformações ocorridas na puberdade. Pode ocorrer também em adultos ( neste caso com mais frequencia em mulheres, embora homens também sejam acometidos). Narcisismo, em psicologia e psiquiatria, o narcisismo muito excessivo é o que dificulta o individuo a ter uma vida satisfatória, é reconhecido como um estado patológico e recebe o nome de Transtorno de Personalidade Narcisista, que é um transtorno de personalidade catalogado no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders – DSM-IV).[1] Quem sofre do transtorno tende a se preocupar obsessivamente com a maneira com que os outros o enxergam, e também com aspectos que possam influir de algum modo na percepção de sua imagem, tais como poder, prestígio, vaidade, e até mesmo martírio. Indivíduos com o transtorno julgam-se grandiosos e possuem necessidades de admiração e aprovação de outras pessoas em excesso.
São apenas alguns distúrbios difíceis. Em termos simples, o que queremos mostrar é que as pessoas não devem seguir padrões de suposta beleza exigida pela sociedade ou um grupo, temos que entender o nosso corpo e saber lidar com ele, sejamos nós, magros, gordos, altos, baixos, etc., é evidente que devemos nos preocupar com a nossa saúde, e apartir disso, nos modificarmos não para apresentar a alguém, e sim para nós mesmos. Quando vestimos algo, ou quando nos olhamos no espelho e decidimos tanto numa situação, quanto na outra, que devemos mudar, temos que entender que não estamos meramente fazendo por nós, mas sim para obter a aprovação dos outros. Daí, os modismos fisicos e nas roupas. O que somos e o que fazemos não é para agradar aos demais, e sim a nós mesmos, temos que nos sentir bem como somos, desde que, com saúde, mas por nós mesmos, e não pelos outros. Alguns distúrbios atingem adolescentes justamente por isso, pois a sociedade adolescente, exige que as meninas sejam lindas, magras, com belos cabelos, roupas etc., os homens também sofrem com isso, pois os gordinhos tornam-se párias dentro desta sociedade jovem, mas a pergunta é: Quem impôs estas regras? Elas nascem dentro destas comunidades de forma aleatória, ou alguém é utilizado como parâmetro de comparação? Não existe o corpo perfeito, existe sim, a moda derivada de uma época específica. Não é difícil vermos que na cultura de muitos países, o conceito da perfeição fisica muda, glúteos e seios grandes (silicone), pés pequenos, barrigas musculosas, coxas grossas, cabelos lisos, lábios grossos (uso do Botox), pele suave e clara (sem manchas), narizes arrebitados, etc. Considerando as mulheres ditas perfeitas que atendam a estes processos, ao juntarmos tudo aquilo que vemos como belo e perfeito numa só, teremos um terrivel Frankenstein. Volto então ao questionamento; Aonde está a perfeição, se não temos com o que comparar? Será que o que buscamos fazer conosco, é por nós, ou exigência imperiosa da sociedade? Adolescentes, jovens, e adultos, tem feito coisas aberrantes para alcançar a beleza física, pois não sabem que estão tateando no escuro e o que podem acabar encontrando é somente doenças e a morte, em todo o mundo, muitas mulheres já foram vitimas da Lipoaspiração, que, quando não gera deformações, mata. É isso que queremos para nós? Vale mesmo a pena se arriscar por um modismo que pode mudar a qualquer momento? O que fizer, faça por voce, não pela força psicológica e escrava da sociedade. Pense nisso antes de tomar uma decisão.

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