FALAMOS DE AMOR E DE SERMOS TODOS UM,MAS CONTINUAMOS PRODUZINDO MEDO(VÍDEO)



Eu vejo essa sensação de um eu separado como essencialmente ilusório, embora seja um estágio natural da evolução. Mas aí eu penso que quando você chega a limiar, como muitas pessoas estão agora, elas experimentam essa separação e descobrem que é inerentemente insatisfatória. Não só para si mesmo, como também para o mundo. E aí você sente aquele impulso, de que existe algo além, e é quando você descobre ese medo aterrador, porque é um tipo de morte. Ir além do eu separado significa a morte de uma identidade. No nível do pensamento isso é bastante abstrato e difícil de explicar, mas quando começa a acontecer e você sente, literalmente, que vai morrer… você enxerga o vazio do eu separado. Isso soa bem espiritual, mas quando você realmente enxerga, pode ser realmente assustador. ‘Meu Deus! A pessoa que eu imaginava ser não está aqui’. Muitas das pessoas com as quais eu converso têm esse medo da nao-existência. Isso faz parte da ironia de ter que passar pela porta da não-existência para chegar à verdadeira existência, e isso é muito muito assustador. E aí nos distraímos. O mundo que nós criamos é o mundo perfeito para nos distrairmos, com uma quantidade enorme de diversões e trivialidades. E quando você entende isso, geralmente é um tipo de medo profundo, de inicialmente se dar conta de que ‘nem mesmo sem que eu sou’. A maior parte dos seres humanos não sabe quem são”.

~ Adyashanti

Nessa rica entrevista de 24min, a íntegra que ele concedeu ao Projeto Global Oneness, o “ex”-monge Zen, autor e professor espiritual Adyashanti descreve como as concepções iludidas que os seres humanos ainda mantém sobre si mesmos são o que essencialmente produzem esse momento de crise, e onde se faz necessário o auto-conhecimento e o abandono de nossas falsas identidades por um paradigma mais universal e unificado da existência. Autor de “The End of Your World” e “Falling Into Grace“, Adyashanti confronta conceitos considerados espirituais e “cobra” uma verdadeira vivência deles, ao invés de apenas idéias que continuam a produzir medo e separação. “A idéia de que somos todos um é uma ótima idéia, não é? ‘Somos todos um’, “Somos todos um espírito’… e então dizemos ‘Estamos nos destruindo, temos que fazer alguma coisa!’… Você pode sentir o medo. Na idéia da unidade. Mas a experiência da unidade é sentir, perceber… a ausência do medo”, diz Adyashanti num dos trechos. “Falamos sobre o amor, mas não confiamos muito nele“.
O vídeo dessa entrevista é uma das recomendações de conteúdo vencedoras da promoção “Amit no Brasil“, enviada por Tiago Soares, que recebeu um ingresso para o workshop “Ativismo Quântico e Criatividade“, com o próprio físico indiano Amit Goswami, em São Paulo, em maio. A entrevista abaixo é realmente preciosa e, caso você tenha esses 20 minutos em algum momento desta semana, recomendamos muito incluir esse vídeo na sua programação.

Segue o vídeo integral da entrevista, legendado em português:


Compartilhado por Tiago Soares.

Fonte:Nando Pereira-http://dharmalog.com/

“Um ser humano é parte de um todo chamado por nós de Universo, é uma parte limitada no tempo e no espaço. Ele experiencia-se a si mesmo, aos seus pensamentos e sentimentos, como alguma coisa separada do resto - uma espécie de ilusão de óptica da sua consciência. Essa ilusão é uma forma de prisão para nós. A nossa missão é libertarmo-nos dessa prisão, alargando os nossos círculos, para envolver todas as criaturas vivas e o todo da natureza na sua beleza.”


- Albert Einstein, “Ideas and Opinions”. 1954. (Tradução livre) -

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