PSICOLOGIA ESPIRITUAL : A DIMENSÃO ESPIRITUAL DA PSIQUE

“psicologia espiritual é a experimentação pessoal: cada ser humano é seu próprio laboratório para explorar seus próprios estados interiores...”

 

Não destrua seus valores comparando-se com outras pessoas. É por sermos diferentes uns dos outros que cada um de nós é especial. Não estabeleça seus objetivos por aquilo que os outros consideram importante. Só você sabe o que é melhor para você. Não considere como garantidas as coisas que estão mais perto de seu coração.

Dê atenção a elas como à sua vida, pois sem elas a vida não tem sentido. Não deixe sua vida escorregar pelos dedos, vivendo no passado ou só voltado para o futuro. Não desista enquanto você tiver algo para dar.
Uma coisa só termina realmente no momento em que você deixa de tentar. Não tenha medo de admitir que você é "menos que perfeito". É esse tênue fio que nos liga uns aos outros. Não tenha medo de correr riscos. É aproveitando as oportunidades que nós aprendemos a ser valentes.
Não exclua o amor de sua vida dizendo que ele é impossível de encontrar. A maneira mais rápida de perder o amor é agarrar-se demais a ele, e a melhor maneira de conservar o amor é dar-lhe asas. Não despreze seus sonhos. Viver sem sonhos é viver sem esperança. Viver sem esperança é viver sem objetivo. Não corra pela vida muito depressa. A pressa pode fazê-lo esquecer não só onde você esteve, mas também para onde você vai. A Vida não é uma competição, mas uma jornada, e cada passo do caminho deve ser saboreado.

 


 
Esta dimensão é composta por uma matéria que se encontra em outro estado vibracional, ela é extremamente sensível ao pensamento e pode ser moldada de qualquer forma ou aparência, as criações são perfeitas para serem indistinguíveis da realidade; a melhor maneira de explicar isto é fazendo uma comparação entre esta matéria e um filme fotográfico, quando o filme é exposto à luz, enfocado pelas lentes da câmera, uma imagem perfeita da realidade é imediatamente impressa no filme pela reação química deste à luz, quando a matéria que vamos chamar de espiritual é exposta ao pensamento, enfocada pelas lentes da mente, uma imagem perfeita da realidade é criada instantaneamente a partir do campo da mente pela reação desta matéria ao pensamento. A complexidade e a durabilidade de qualquer criação nesta dimensão dependem grandemente da força da mental de quem produz a criação.

O subconsciente cria os sonhos da seguinte forma: visualizando a dimensão espiritual durante o sono, ele pode criar qualquer cenário que deseja e é deste jeito que o subconsciente resolve os problemas e se comunica com o consciente, ele cria uma série de cenários de “formas de pensamento”, projetos complexos no domínio da dimensão espiritual mental, onde eles se tornam sólidos, de certa forma é como um projetor de cinema (subconsciente) projetando seu filme em uma tela (dimensão espiritual). Qualquer um objeto novo no mundo real é assimilado na dimensão espiritual, depois de um tempo uma representação em forma de pensamento começa a crescer, próximo a dimensão física e se tornando mais permanente ao longo do tempo, como em todas as formas de pensamento, quanto mais se presta atenção, mais ela cresce rapidamente.

Alguma vez você já tentou se mover dentro de uma casa estranha no escuro? Você não verá nada! No entanto, quando você se torna mais familiarizado com ela, uma imagem mental é criada nos arredores de sua mente, aí você pode encontrar o caminho com mais facilidade e quanto mais tempo você ficar nesta casa, sua imagem mental será forte, da mesma maneira como as coisas são assimiladas e crescem como formas de pensamento, em outras dimensões. No corpo físico, temos um campo de visão de 220 graus: só podemos ver na nossa frente, mas não para trás, acima e abaixo simultaneamente, com corpo espiritual, temos um campo visual de mais de 360 graus e pode ser visto de todos os lados ao mesmo tempo, é uma visão esférica. Durante a projeção, o hábito leva-nos a focar nossa atenção em uma direção, onde nós assumimos que é a parte da frente da nossa visão. A visão por trás, acima, abaixo, direita e esquerda ainda está lá, mas não pode ser assimilada pelo cérebro de uma vez, isso vai contra o hábito da visão frontal do cérebro. Na visão esférica é como se você fosse um gigantesco olho multifacetado podendo ver em todas as direções, cima, baixo, esquerda, direita, frente, trás, tudo de uma vez! Na dimensão espiritual, se você pensar em uma espada, ela aparecerá na sua mão, do jeito que você quiser, mas em seguida ela pode derreter, portanto, se você se concentrar, ela pode manter a forma por mais tempo; e à medida que a sua concentração diminui, o mesmo acontece com a criação.

Uma vez que a sua concentração diminui, a imagem também atenua. Isso mostra a grande diferença entre os poderes criativos da mente consciente e inconsciente.
www.misteriosdocotidiano.com

 

A dimensão espiritual no cotidiano



Num mundo materialista, em que os apelos de consumo levam tantas pessoas a confundirem estilo de vida com vida, é sempre oportuno lembrarmos da dimensão espiritual da nossa existência.
É comum encontrarmos pessoas que se refugiam das dificuldades naturais da vida em igrejas ou seitas que oferecem falsas garantias de felicidade aos seus seguidores. Há os que se dizem cem por cento omprometidos com a espiritualidade, mas que falam mal de quem não pensa como eles pensam. Que defendem belas teorias, mas mantém o egoísmo arraigado em seu comportamento. São aqueles que se preocupam excessivamente com o que julgam ser suas necessidades e não conhecem a alegria de ajudar o próximo.
Existem, também, aqueles que não falam sobre espiritualidade, alguns mesmo incapazes de discursos sobre o que é, ou não, espiritual. Mas que são pacientes, tolerantes e têm sempre uma palavra de apoio e de consolo diante do sofrimento de alguém. Que compreendem em vez de criticar. Que amparam e acolhem familiares e amigos diante da necessidade dos que os rodeiam. Vivem conectados com a espiritualidade ainda que não saibam disso.
Pessoas que ilustram porque devemos levar em conta ações e não palavras, sempre que houver contradição entre o que alguém diz e faz.
A espiritualidade não deve ser entendida como algo à parte, que necessitae de rituais, ou lugares especiais. Não é preciso conhecer nenhuma teoria para estar conectado com a dimensão espiritual da vida.
Independentemente do que se pensa, de preceitos religiosos, todos nós podemos exercitar a espiritualidade no dia a dia. A natureza, em todos os momentos, nos dá lições da perfeição do universo.
Em vez de seguir cegamente na busca de um estilo de vida, em detrimento da própria vida, cada pessoa pode tomar um momento no dia para se conectar com o amor, a esperança e a idéia de que somos todos parte de uma mesma unidade.
A espiritualidade no mundo se manifesta através de atitudes. Querer bem, não fazer intrigas, calar diante de fofocas, dar um sorriso ao cruzar com alguém, ser gentil com aqueles que fazem parte do seu cotidiano, são formas de cultivar o espiritual.
É preciso mergulhar no que realmente importa, nos valores que nos fazem felizes, no amor que aproxima e nutre. Ao fazer isso, deixamos de nos importar exessivamente com o supérfluo do consumo e passamos a cultivar as sementes do que nos faz feliz.
Todos os dias, a cada momento, temos a oportunidade de escolher crescer internamente.É através do autoconhecimento e do amor nos tornamos o melhor que podemos ser. Esse encontro com a realização do potencial de cada um é o encontro com a felicidade. E o destino espiritual que podemos realizar no planeta.

Que acontece com o espírito, quando morre seu corpo?

PERGUNTA FREQÜENTE
Que acontece com o espírito, quando morre seu corpo?
Muitas pessoas, depois da sua desencarnação, permanecem aqui mesmo na crosta da Terra, nos ambientes onde viveram. Outras conseguem “desligar-se” e são conduzidas ou atraídas para regiões espirituais compatíveis com sua evolução e merecimento. Dessa forma, enquanto algumas seguem para regiões ou faixas vibratórias mais elevadas, outras ficam na Terra ou vão para as zonas do umbral e até mesmo das trevas.
O umbral, ou os umbrais são regiões espirituais mais próximas da crosta da Terra, onde se localizam espíritos mais atrasados ou que não mereceram elevar-se a faixas mais altas por causa de suas culpas e/ou omissões durante a vida. São zonas de sofrimentos, desequilíbrios e aflições, algo semelhante ao purgatório da concepção católica. Quem quiser conhecer mais sobre esse assunto, encontra bibliografia bem variada a respeito.
Já as trevas, pelo que informam alguns espíritos, são zonas ainda mais “baixas” e tenebrosas, das quais pouca notícia se tem. Mas a permanência dos espíritos nas regiões de sofrimento não é eterna. Sempre que algum deles, sinceramente arrependido de seus atos, implora ajuda a Deus, acaba sendo socorrido por falanges de espíritos benfeitores, que trabalham naquelas zonas de purgação, em nome do amor.
Há também as faixas espirituais mais elevadas, ambientes de imensa beleza, paz, harmonia e contentamento. Mas não são como aquele céu que é ensinado pela maioria das religiões.

QUESTIONAMENTO FREQÜENTE
É muito difícil assimilar a idéia da existência de um mundo espiritual.
É muito difícil, enquanto nos manifestamos através do cérebro físico, aceitar a idéia de um mundo espiritual invisível e intangível aos nossos sentidos, no qual são desenvolvidas inúmeras atividades, onde há instituições como hospitais, postos de socorro, residências, governadorias, etc.
Talvez essa dificuldade seja ainda maior porque não nos acostumamos a questionar. As religiões nos falam em céu e inferno, em Deus, em anjos, arcanjos e outros seres que não vemos e cuja presença não percebemos, mas em cuja existência acreditamos. Se eles existem, mas são invisíveis e intangíveis a nós, por que não podem existir outras tantas coisas e seres que não vemos, nem percebemos?
Quando adormecemos, “saímos” do corpo carnal, embora permaneçamos ligados a ele por filamentos fluídicos, conhecidos como o “cordão prateado”. E nessa condição de espíritos fora da matéria, nos manifestamos e vivenciamos inúmeras andanças e experiências no mundo espiritual, durante o sono.

PERGUNTA FREQÜENTE
Que são os sonhos?
Há vários tipos de sonhos. Há aqueles em que ficamos flutuando sobre o corpo físico, mergulhados nas imagens do subconsciente ou do inconsciente, revendo acontecimentos recentes e até mesmo cenas de vidas passadas.
Essas imagens nos aparecem como sonhos.
Há os sonhos produzidos pelas andanças no mundo espiritual. Nessas andanças a nossa ligação com a matéria não nos permite muita lucidez. Por isso, muito do que vemos, a nossa mente ligada ao cérebro carnal, pelo “cordão prateado” (ligação feita por filamentos fluídicos entre o corpo carnal e o espiritual), interpreta de forma distorcida.
Também, ao acordarmos, quando o cérebro do corpo espiritual se justapõe ao carnal, as imagens de nossa memória são re-codificadas pelos arquivos do cérebro do corpo físico. Isto porque as condições espirituais são dimensionalmente diferentes das materiais. Por isso os sonhos de que lembramos, são quase sempre estranhos e até mesmo absurdos.
Mas há também aqueles sonhos produzidos pelos espíritos, bons ou maus, que nos querem passar alguma idéia, avisos, orientações ou nos desejam perturbar.
Muitas pessoas igualmente são levadas a participarem de encontros, cursos, palestras e atividades assistenciais no mundo espiritual, durante o sono. Na maioria dos casos, nenhuma lembrança guardam ao acordar.
Como se pode perceber, essa outra dimensão não é um lugar de repouso eterno, mas um universo paralelo ao nosso, onde a vida se desenvolve com infinitas possibilidades de aprendizado e progresso, muito além dos limites do nosso entendimento.

PERGUNTA FREQÜENTE
Como (de que forma) estaremos nesse mundo espiritual, depois que retornarmos para lá? Seremos assim como um ser flutuante, transparente... ou teremos um corpo... e como será esse corpo?
Os espíritos superiores, na codificação do Espiritismo, explicaram que os seres humanos são constituídos de um princípio espiritual, ou Espírito; de um corpo espiritual, ou perispírito, e do corpo carnal. Somos, portanto, um ser bem mais complexo do que comumente se supõe.
O Espírito seria assim como uma centelha do Espírito divino, que ninguém teria como ver. O perispírito é um corpo intermediário, que permite ao espírito manifestar-se na matéria. Ao que se sabe, há ainda outros corpos como o mental e o etérico, ou energético, mas vamos falar apenas dos três principais: espírito, perispírito (ou corpo espiritual) e corpo carnal.
Centenas de espíritos que têm contado, através da psicografia dos mais diversos médiuns, as suas experiências no retorno ao mundo espiritual, dizem que, para eles, seus corpos e também os novos ambientes lhes parecem tão consistentes e tangíveis quanto antes, aqui na Terra, embora se sintam bem mais leves.
Também as pessoas que se desdobram, ou fazem “viagens astrais”, falam sobre os ambientes que encontram no mundo espiritual, nas faixas mais próximas de nós. Elas dizem que esses ambientes são bastante semelhantes aos nossos, tanto que, por vezes ficam em dúvida se estão na Terra ou na dimensão espiritual.
No livro Devassando o Invisível a médium Ivone Pereira narra inúmeros episódios e fatos que ocorreram com ela em incursões ao mundo espiritual, com explicações sobre vários aspectos dessas dimensões. É um livro que vale a pena ser não apenas lido, mas também estudado.

PERGUNTAS FREQÜENTES
Existe Céu? Existe Inferno? Se existem, como são?
A idéia de um Inferno eterno é absolutamente incompatível com o mais raquítico senso de justiça.
Você atiraria um filho no inferno, pela eternidade afora, para castigá-lo por sua desobediência?
Então, como pode alguém crer que Deus daria tão horrendo castigo a seres criados por Ele próprio?
Explicam os espíritos que céu e inferno não existem, na forma como têm sido mostrados pelas religiões. Existe, sim, o mundo espiritual, com as suas diversas faixas ou dimensões vibratórias. Quanto mais elevadas, mais luminosas e felizes. Quanto mais baixas, mais escuras e tenebrosas.
Mas não foi Deus quem as criou. Elas, na verdade, refletem o íntimo dos seus habitantes.
Dizem os espíritos que a matéria na dimensão espiritual é muito plástica e facilmente influenciável pelos pensamentos e emoções dos que nela habitam. Assim, é fácil entender que os ambientes espirituais onde se reúnem seres da mais baixa condição moral, cruéis e perversos, portadores das mais indignas paixões e vícios, sejam locais desagradáveis e mesmo horríveis, onde os mais fortes dominam os mais fracos, impingindo-lhes sofrimentos sem conta; onde não há justiça; onde a própria natureza se amolda ao horror que ali se vivencia.
Então, vemos que não é Deus o responsável pela existência dessas zonas vibratórias, que o espírito André Luiz chama de Umbral e Trevas.
O Umbral, ou os umbrais, abrigam espíritos endividados com a lei maior, mas mesmo eles não estão condenados a permanecer ali eternamente. Sempre que algum deles pede ajuda a Deus através da prece, sinceramente arrependido dos maus atos que praticou, essa ajuda lhe chega pelas mãos dos bons espíritos que trabalham em nome do amor nessas zonas de sofrimento.
Nessas circunstâncias ele é conduzido para alguma das muitas instituições assistenciais que existem na dimensão espiritual. Ali, ele aprende a dignificar a vida através do estudo e do trabalho, engajando-se em alguma das muitas atividades que são exercidas pelos espíritos. Alguns são logo encaminhados para a reencarnação.
Nas colônias espirituais como Nosso Lar, tão bem descrita pelo espírito André Luiz, através da psicografia de Chico Xavier (no livro do mesmo nome), existem instituições responsáveis pelas reencarnações, onde são estudados e analisados os processos de retorno à matéria, assim como também é feito o acompanhamento dos casos.
Os planos superiores se multiplicam em infinitas graduações, desde as mais próximas à nossa condição, até aqueles muito elevados que escapam ao nosso entendimento, por sua harmonia e profunda beleza. Também eles refletem os valores espirituais já alcançados por seus habitantes.

PERGUNTA NATURAL
Para que tipo de plano espiritual iremos nós, seres de mediana evolução, depois de nossa desencarnação?
Toda a nossa existência é regida por leis muito sábias, perfeitas e justas, que sempre nos levam a colher exatamente aquilo que semeamos. Foi por isso que Jesus afirmou: “A cada um será dado de acordo com suas obras”.
Essas leis geram os mecanismos de causa e efeito, pelos quais toda ação provoca uma reação semelhante. Assim, ao desencarnarmos, vamos encontrar na dimensão espiritual condições boas ou más, de acordo com o uso que fizemos dos bens que a vida nos concedeu, com as ações que praticamos e também com as nossas indevidas omissões.
Há um velho e sábio ditado que diz: “Quem semeia ventos, colhe tempestades”. Esta é uma verdade cósmica. Portanto, quando passarmos para o mundo espiritual através da morte, vamos colher exatamente o resultado de tudo que aqui plantamos. De nada valerão os “pistolões” espirituais, tais como missas, orações, novenas, remissões e outros atos semelhantes, porque toda pessoa responde por suas ações e não há como burlar essa lei; não há como enganar a Deus.
A morte, na verdade, conduz cada espírito para a situação ou faixa vibratória apropriada e merecida. Isto funciona de forma irreversível, pela força da lei das afinidades vibratórias.
As pessoas muito apegadas aos bens terrenos, à casa, aos móveis, ao trabalho, às amizades e curtições geralmente permanecem imantadas aos ambientes onde viveram. Isto lhes gera sofrimento e é prejudicial à sua evolução. O espírito liberto da carne deve libertar-se também de todas as condições materiais e reiniciar suas experiências, atividades e aprendizados no mundo espiritual, visando sempre seu crescimento, sua evolução como ser cósmico que é.
Os espíritos que não conseguem afastar-se dos ambientes em que viveram, também são conhecidos como “sofredores”. As mazelas, problemas e doenças que os perturbaram antes de sua desencarnação permanecem vivos em suas mentes, projetando-se em seus corpos espirituais. Com isso, eles continuam sentindo as mesmas dores e angústias de seus últimos tempos na Terra, e seus sofrimentos repercutem também nas pessoas sensíveis das quais se aproximam, podendo causar-lhes inúmeros transtornos e até mesmo doenças que os médicos não conseguem diagnosticar nem tratar de forma correta.
Da mesma forma, aqueles que praticam suicídio sofrem muito no mundo espiritual. Há inúmeros relatos de espíritos de ex-suicidas narrando seus sofrimentos verdadeiramente atrozes e, regra geral, de longa duração. É claro que as situações variam de um caso para outro, mas sempre o suicídio representa terríveis sofrimentos a quem o pratica, refletindo-se em suas futuras encarnações. Os espíritos de suicidas geram uma vibração tão pesada e hipnótica que a sua simples presença pode até induzir uma pessoa reencarnada a praticar ato idêntico, desde, é claro, que essa pessoa tenha tais tendências e se deixe influenciar por aquela presença. Talvez por isso os espíritos falam sobre zonas espirituais, como o Vale dos Suicidas, onde esses espíritos permanecem, por períodos mais ou menos longos, distantes das comunidades terrenas.
Também as pessoas que vivem em desacordo com as leis de Deus, praticando a violência, a ganância, prejudicando o próximo, vivenciando o orgulho, a prepotência e outros valores negativos assim como vícios e maldades os mais diversos, depois da morte irão situar-se em zonas vibratórias compatíveis com seu próprio estado espiritual.
Depois da morte cada qual recebe exatamente o que fez por merecer durante sua vida na Terra. As posições que ocupou não têm qualquer valor no mundo espiritual. Ninguém chega aos planos mais elevados sem antes aprender aqui mesmo na Terra a perdoar, a ser pacífico, humilde, fraterno, honesto, justo, desprendido dos bens materiais, agir com ética e, acima de tudo, amar. Da mesma forma, ninguém ascenciona espiritualmente sem adquirir os valores da inteligência e da sabedoria, através do estudo, do trabalho e das lutas e dificuldades do cotidiano.

PERGUNTA FREQÜENTE
O que fazer quando se suspeita da presença de “espíritos sofredores”?
Quando se suspeita da presença de “espíritos sofredores” a freqüência a um centro espírita é muito importante, porque, além dos esclarecimentos e orientações que ali são ministrados, eles são também devidamente assistidos e encaminhados.
Também é importante fazer-se preces por eles, pedindo a Deus para aliviar suas dores e aflições, e aos benfeitores espirituais para que os assistam e os conduzam a alguma instituição socorrista no mundo espiritual.

PERGUNTA FREQÜENTE
E os planos superiores, como são?
Há muitos relatos dos espíritos sobre essas regiões vibratórias mais elevadas e mesmo um dos Apóstolos disse que fora até o terceiro céu.
Como a matéria astral é muito plástica e os ambientes espirituais refletem a beleza ou feiúra do que vai no íntimo dos seus habitantes, podemos imaginar quão maravilhosas devem ser as regiões onde habitam seres como Francisco de Assis, madre Tereza de Calcutá, Ghandi e outros espíritos de escol.
E não se trata apenas dos aspectos de beleza, mas da elevada vibração que ali é uma constante. Muitos médiuns e pessoas de grande sensibilidade percebem a presença de espíritos mais evoluídos com tanta intensidade e numa forma tão divinal, que não conseguem reter as lágrimas. São presenças maravilhosas, irradiando tanto amor, júbilo e paz, que as palavras não conseguem registrar.
Mas não se pense que nas zonas superiores se desfruta de repouso. Conforme informações dos espíritos, quanto mais evoluídos, mais eles trabalham e nesse trabalho está o seu prazer, a sua realização.
Nos relatos de espíritos que narram seu retorno ao mundo espiritual, há sempre o componente do trabalho. Logo que tenham se recuperado dos traumas da desencarnação, começam a sentir necessidade de atividades. Muitos voltam a estudar, porque lá também há escolas, universidades, etc.. Outros pedem trabalho que lhes é fornecido de acordo com suas capacidades e aptidões. Mas por lá também há lazeres os mais variados, dependendo também dos gostos e projetos evolutivos dos habitantes.
Assim, aquela idéia de um céu de inativos, cantando glórias a Deus pela eternidade afora... ou sentados no beiral de uma nuvem, tocando harpa... não condiz com a realidade.
A lógica nos diz que uma natureza dinâmica, realizadora, como a do ser humano não iria suportar uma existência de inatividade pela eternidade afora.
Mesmo que o céu fosse como de certas crenças, com rios de leite e mel, e com todos os prazeres possíveis... chegaria um dia em que tudo isso iria cansar.
A natureza humana não suportaria por muito tempo a estagnação.
Deus sabe o que faz. A reencarnação e as infinitas possibilidades de crescimento, aprendizado e realização refletem a lei universal da evolução contínua.
http://www.mundoespiritual.com.br/mundo.espiritual.htm


A Dimensão Espiritual do Meio Ambiente


Nas duas últimas décadas, o movimento ambientalista foi o grande responsável por trazer à tona o tema “meio-ambiente”, colocando-o no cenário mundial de discussão, fazendo a necessidade de preservar a natureza um anseio da população planetária.
São crianças, jovens e idosos, de todos os credos, raças e nacionalidades que, se indagadas pela premência de cuidar do meio ambiente, respondem afirmativamente conscientes de que, se não for cuidado, suas vidas também estarão ameaçadas.
É cada vez mais freqüente a manifestação de grupos a favor da preservação da água, do ar, da terra, como também é freqüente, a luta por uma vida mais saudável, associada ao sentido de “natural”.
Entretanto, nos intriga saber, porque, apesar de tamanha pressão dos ambientalistas, ainda os países, principalmente do Primeiro Mundo, continuam gastando energia e recursos naturais em prol de um processo de desenvolvimento centrado na primazia do econômico, dirigido pela tecnocracia, onde as condições de produção ainda prevalecem sobre as da dignidade do homem?
Para Pe. Josafá C. Siqueira “temos que promover uma revisão de nosso estilo pessoal e social de vida... Somente uma base teórica e prática da ética ambiental é que possibilitaria desenvolver novas relações concretas entre a natureza, o indivíduo e a sociedade.... É necessário criar, reaproveitar e readaptar novos padrões de consumo, libertando-nos dos que são ambientalmente danosos ao espaço sócio-ambiental”...
Mudanças radicais nas diversas dimensões do espaço ambiental já ocorrem, tanto na biológica, quanto social, cultural e econômica, entretanto de forma isolada, fragmentado. A diversidade apesar de rica e abundante, não se faz plena, por ausência de unidade, de sentido.
O resgate do sentido, do significado, reside na dimensão espiritual do meio-ambiente. É através da dimensão espiritual que se dá a integração do particular com o universal.
Afirmam Dorothy e Walter Schwarz: “A sobrevivência humana impõe uma consciência mais profunda do meio ambiente natural”... A consciência tem que ser espiritual, do contrário ainda estaria em questão um produto quantificável, chamado meio-ambiente, que é um segmento da vida, não a vida em si”....
O espiritual a que os autores se referem, “não se identifica com qualquer religião nem se limita ao crescimento religioso, abrange o intuitivo, o que escapa a medida, o estético, abrange a solicitude do amor”
Mesmo que nossa racionalidade nos permita tornar umas das dimensões do meio-ambiente como objeto de estudo, estaríamos equivocados se perdêssemos o sentido de a ele pertencer.
O sentido de pertencer nos faz conscientes de que não há distanciamento entre o nós e a natureza. A natureza somos nós, vivemos em comunhão com ela, por isto a amamos.
Neste sentido não basta cuidar, preservar, regenerar o meio-ambiente é necessário e, é fundamental viver em comunhão com ele e amá-lo.
Compartilhar com o meio-ambiente da nossa parte mais profunda e verdadeira, advinda do coração, toca algo que as palavras podem apontar, porém jamais expressam, pois aí reside a dimensão da espiritualidade.
Estas constantes viagens ao desconhecido, são aventuras do espírito, presentes no ciclo eterno vida-morte-renascimento.
Tal como no Ciclo da Páscoa, em que Jesus crucificado morre para ressuscitar, no ciclo da natureza, é necessário que a semente morra para dar vida à planta. Acreditamos que o planeta para sobreviver, solicita um projeto de resgate da dimensão espiritual do meio-ambiente.
Este projeto requer que as instituições e pessoas se organizem, considerando as necessidades espirituais e materiais. Isto não significa abolir a tecnologia mais subordiná-la, redescobrindo a função social própria do espiritual.
Luiza Helena Nunes Ermel - http://www.fw2.com.br/clientes/artesdecura/REVISTA/eco_humana/dimensao_espiritual.htm


PORQUE UMA DIMENSÃO ESPIRITUAL NAS ESPERE


É importante esclarecer o que se entende hoje em dia por espiritualidade, sobretudo na perspectiva de trabalho com a comunidade e mais especificamente, com as organizações comunitárias de base.
A dimensão espiritual foi definida como o esforço intencional das organizações comunitária de base para recuperar e fortalecer os valores da convivência e a apropriação do espaço público como sagrado, com o fim de dinamizar os projetos de vida dos indivíduos e das comunidades. Por isso, faz-se necessário explicar o significado do espiritual.
“Espiritualidade” é uma palavra que teve um uso infeliz. Pra muitos, espiritualidade indica algo distante da vida real, inútil, cansativo e até talvez odioso. Assim pensam aqueles pessoas que legitimamente querem fugir de velhos e novos espiritualismos, e finalmente, de tudo aquilo que parecer ser contrário à vida real.
A palavra espiritualidade deriva de “espírito”. Na mentalidade mais comum, espírito se opõe à matéria. Os “espíritos” são seres não materiais, sem corpo, muito diferentes de nós. Nesse sentido, é espiritual o que não é material, o que não tem corpo. Diz-se de uma pessoa que é “espiritual” ou “muito espiritual” se ele vive em outro muito, sem se preocupar com o material, nem sequer com o seu próprio corpo e com o seu grupo social.
Estes conceitos limitados de espírito e espiritualidade como realidades opostas ao material e ao corporal provêm da cultura grega. Dela, passou-se à latina e daí à espanhola e a todas as demais línguas latinas e germânicas. Quase tudo que se pode chamar de “cultura ocidental” está contaminado deste conceito grego de espiritual. O mesmo não acontece, por exemplo, em nossas línguas indígenas autóctones, como o Paez, o Huitoto, o Coreguaje e tantas outras.
Tampouco no idioma ancestral da Bíblia, a língua hebraica, o mundo cultural semita entende dessa forma o espiritual. Para a Bíblia, o espírito não se opõe à matéria e nem ao corpo, e sim à maldade (destruição); opõe-se à carne, à morte (à fragilidade do que está destinado à morte); e opõe-se à lei (à imposição, ao medo, ao castigo)[1] Neste contexto semântico, espírito significa vida, construção, força, ação, liberdade. O espírito não é algo que está fora da matéria, fora do corpo ou fora da realidade; pelo contrário, é algo que está dentro, que habita a matéria e lha dá a vida; e enche de força, a move, a impulsiona, a lança ao crescimento e à criatividade com ímpeto de liberdade.
Em hebreu, a palavra espírito, ruah, significa vento, sopro, hálito. O espírito é como o vento, ligeiro, potente, intenso, imprevisível. É como o sopro, o vento corporal que faz com que a pessoa respire e se oxigene, que possa seguir raiva. É como o hálito da respiração; quem respira está vivo; quem não respira está morto.
O espírito não é outra vida senão o melhor da vida, o que a faz ser o que é, suprindo-a de qualidade e vigor, sustentando-a e impulsionando-a. Diremos então que algo é espiritual pela presença do espírito que tenha dentro de si.
O espírito como paixão e fogo
A partir do até aqui exposto, podemos aprofundar alguns conceitos. O espírito de uma pessoa é a parte mais profunda de seu próprio ser: suas “motivações” últimas, seu ideal, seu sonho, sua paixão, a mística pela qual vive e luta e com a qual contagia os demais. Dizemos, por exemplo, que uma pessoa “tem um bom espírito” quando é de bom coração, de boas intenções, com objetivos nobres, com veracidade. Dizemos que “tem um mau espírito” quando nela habitam más intenções, ou é dominada por paixões baixas ou quando algo nela nos faz sentir a desconfiança e a falsidade.
Diz-se também que uma pessoa “tem muito espírito” quando nela nota-se a presença e a força de motivações profundas, de uma paixão que a conduz, de um fogo que a coloca em ebulição, ou de uma riqueza interior que a faz transbordar. E dizemos, em caso contrário, que “não tem espírito” quando é vista sem ânimo, sem paixão, sem ideais; quando fecha-se em uma vida vazia e sem perspectivas. Mais de uma vez, utilizaremos em vez de espírito ou espiritualidade, certos sinônimos relativos (sentido, consciência, inspiração, vontade profunda, domínio de si, valores que guiam, utopia ou causa pelas quais se luta, caráter vital), para manter afastado ou restringido o conceito grego que lamentavelmente vem à nossa mente, uma vez ou outra.
O espírito (a espiritualidade) de um pessoa, comunidade ou moradores, é então um conceito muito mais amplo. Resumindo, é a motivação da vida, o caráter, a inspiração em qualquer atividade, as utopias e sonhos que as pessoas têm e as instituições. Não basta então que se alcance o desenvolvimento material e físico em um Bairro. Uma boa Organização comunitária de base se preocupa por fazer desenvolver este capital social na comunidade. Sem este capital social, a comunidade não pode realmente progredir.
A espiritualidade, patrimônio de todos os seres humanos
Toda pessoa está animada por um ou outro espírito, está marcada por uma ou outra espiritualidade, porque a pessoa é um ser fundamentalmente espiritual. Esta afirmação pode ser entendida e explicada de formas diversas, segundo as distintas crenças ou correntes antropológicas, filosóficas e religiosas.
Essa profundidade pessoal[2] (o fundamento, na linguagem dos místicos clássicos) vai sendo forjada pelas motivações que fazem a pessoa vibrar, pela utopia que a move e anima, pela compreensão da vida que essa pessoa vem construindo através da experiência pessoal, na convivência com seus semelhantes e com os outros seres, nas mística que essa pessoa define como base de sua definição individual e de sua orientação histórica.
Quanto mais conscientemente vive e age uma pessoa, quanto mais cultiva seus valores, seu ideal, sua mística, suas opções profundas, sua utopia, mais espiritualidade tem, mais profundo e mais rico é o seu interior.
A espiritualidade não é patrimônio exclusivo de pessoas especiais, profissionalmente religiosas, ou santos, nem sequer é privativa das pessoas que crêem. A espiritualidade é patrimônio de todos os seres humanos. Mais ainda: A espiritualidade é também uma realidade comunitária; é como a consciência e a motivação de um grupo, de uma comunidade. Cada comunidade tem sua cultura e cada cultura tem a sua espiritualidade.

Conclusão

Esta forma de ver a espiritualidade como entusiasmo interior e como motivações últimas de vida é a que permite se integrar dentre de um programa de desenvolvimento na cidade com motivações naturalmente civis. O objetivo definido pela dimensão espiritual do programa ESPERE busca contribuir para que os indivíduos e as organizações de bairros cultivem um capital espiritual e fortaleçam sua idéia de futuro, a visão de cidade e o entusiasmo para construir convivência e paz.
Neste esforço de convivência, os temas do Perdão e da Reconciliação têm um papel central e indispensável. Através do Perdão e da Reconciliação, as pessoas e as comunidades recuperam o espírito e a espiritualidade.
Pe. Leonel Narváez - http://www.espereniteroi.com/rede/index.php?option=com_content&view=article&id=9:dimensao-espiritual&catid=9:principal&Itemid=169


Dimensões espirituais:


I. Dos que não estão evoluídos
Dimensão zero: estão nessa dimensão aquelas pessoas que: não aceitam Deus; são retardados mentais ou psicóticos (precisando ser conscientizados). Exemplo: deficientes mentais, pessoas de extrema maldade ou ateus.
Dimensão primeira: estão nessa dimensão as pessoas que sabem que existe Deus, o Supremo Criador, mas não estão ligadas na espiritualidade. Exemplo: pessoas que não rezam e não pedem graças.
Dimensão segunda: estão nessa dimensão aquelas pessoas que, às vezes, rezam e pedem graças, de acordo com o sofrimento e as necessidades. Exemplo: pessoas aflitas, necessitadas, que pedem graças várias vezes, somente para si, e não lembram dos outros.
Dimensão terceira: estão nessa dimensão as pessoas que se limitam a cumprir a obrigação espiritual, mas não cumprem a missão. Exemplo: pessoas que pedem graças só para a família e esquecem de pedir para outros e para os seres viventes da natureza.
Dimensão quarta: estão nessa dimensão aquelas pessoas ligadas a uma religião e que só ajudam aqueles que são membros dessa religião e seus familiares vivos e mortos, pedindo graças com amor e verdade.
II. Dos que estão evoluídos
Dimensão quinta: estão nessa dimensão aquelas pessoas que aceitam a divindade e praticam o bem através da oração e da prece para todas as energias.
Dimensão sexta: estão nessa dimensão as pessoas que ajudam os outros a compreender o mundo espiritual e material e dessa forma a se espiritualizarem.
Dimensão sétima: estão nessa dimensão aquelas pessoas que já são instrumentos de Deus, que ajudam no Plano Divino e auxiliam as pessoas da Terra. Já são espíritos consagrados a receber a revelação divina emanando as vibrações para todos os planetas e dimensões.
Missão espiritual
Antes de vir ao mundo, o espírito promete cumprir a missão, mas, quando ainda não abriu a sua luz, não percebe essa missão. Por isso, acaba criando o carma, a dívida para com Deus e o débito para com seus irmãos, na caridade.
Assim, o trabalho missionário dos que estão na Terra e são líderes, precisa ser forte e verdadeiro, para que possam cumprir sua missão.
Para isso, é preciso realizar um amplo trabalho, a fim de abranger todas as energias do planeta Terra e de todos os outros planetas, em vibração constante do pensamento na luz (da mente e do espírito).

Evolução espiritual


A evolução espiritual é dada para aqueles que têm boa vontade e procuram seu próprio desenvolvimento. São pessoas que se dedicam a caridade e à fraternidade. Aqueles que estão em missão, como instrumento, recebem revelações divinas dentro de si e compreendem o mundo espiritual, alcançando a graça de usar os sete potenciais.
Para todos os jovens evoluírem e desenvolverem os sete potenciais.
1. Fazer a limpeza de aura, do espírito, da mente, do pensamento, do coração, da alma e também de todos os sete chacras, cortando, quebrando, queimando e neutralizando.
2. Entrar na corrente cósmica.
3. Contatar todos os espíritos do Cosmo, todos os guias, mentores, anjos guardiões, anjo da guarda e todas as falanges, que estarão fazendo o contato imediato de luz e força cósmica.
4. Fazer o trabalho na energia em vibração constante de pensamento.
5. Fazer a captação através da intuição repetitiva, que é a consciência da verdade, dada através da conscientização da vida espiritual no corpo.
6. Vibrar pelo pensamento, determinando e firmando através da luz.
7. Conscientizar os outros, para abrir sua luz e receber a graça da luz divina, através do pedido de graça.
8. Usar a energia positiva para direcionar a luz e a força cósmica, em todas as direções e para os setores que forem necessários.
9. Fazer a ligação de todos os espíritos do Cosmo com todas as pessoas e energias do planeta Terra.
10. Fazer o trabalho de cura através da luz e força cósmica, para todas as doenças e enfermidades.
11. Desvincular todos os vícios, defeitos e manias de todas as pessoas e todas as energias.
12. Fazer um trabalho de luz e força cósmica, para todo o planeta Terra e todos os outros especiais da Terra.
14. Fazer um trabalho cósmico com todos os espíritos extras especiais, como cantores, músicos, jogadores, cientistas e todos os espíritos que vieram para trazer o progresso para o nosso planeta.
http://www.lyndha.com/tanaka/dimensoes.htm

Dimensão Espiritual da Saúde

A visão dos estados de saúde e enfermidade vem-se modificando através do tempo. Tido, inicialmente, como “um corpo, regulado por leis mecânicas”, o ser humano passa, mais tarde, a ser considerado composição de “corpo e mente”, embora como partes separadas e independentes entre si. Distúrbios da saúde do corpo seriam corrigidos pelo conserto da máquina; os da mente, pelos recursos aplicados ao racional e, mais tarde, às emoções.
Difícil, mas não impossível. “O espírito pode encontrar forças para reagir”
Acrescenta-se, agora, à complexidade do ser humano, a “dimensão espiritual”: mais um aspecto a levar em conta, quando falamos em saúde ou doença.
Mas, o que vem a ser a “dimensão espiritual” do homem ?
As diferentes filosofias religiosas falam de espírito, de alma, ou, sob outras designações, de algo que ultrapassa a vida do corpo – não apenas em prolongamento do tempo da vida, como também um sentido para a vida.
Ao admitir a dimensão espiritual, o homem atribui significado às suas vivências, por mais difíceis que se apresentem. Passa a perceber a dinâmica do espírito – não estático, porém chamado a trilhar caminhos que levam à meta proposta, desde a sua criação: a perfeição, considerada como adesão íntima – não formal – à lei divina. Percebe-se não passivo, mas participante de seu processo de desenvolvimento.
Desenvolver-se é crescer espiritualmente, conforme as relações que mantém no mundo, com os fenômenos da natureza, com os outros seres humanos, com o próprio corpo.
………..
O corpo é o instrumento de contato do espírito com o mundo em que está inserido. Oferece informações de quadros, de sons, de toques, que o espírito decodifica em emoções: sentido do belo, de harmonia, de prazer, na riqueza das variações, para mais e para menos.
Quando o corpo adoece, o espírito se ressente: as impressões se alteram e o próprio equilíbrio espiritual fica abalado. É difícil conviver com o instrumento prejudicado.
Difícil, mas não impossível. O espírito pode encontrar forças para reagir: para vencer o medo natural, que acompanha as primeiras notícias da doença, para mobilizar todas as possibilidades de ação de que dispõe o corpo e para buscar recursos em planos superiores aos quais tem acesso, participando ativamente do processo de recuperação da saúde. E o corpo, embora fragilizado, responde à luta do espírito.
Ao mesmo tempo, o desafio da luta beneficia o espírito, na sua tarefa de crescer: um processo de mão dupla, com vantagem para ambos: corpo e espírito..
Às vezes, embora com o corpo saudável, o espírito pode adoecer: irritação, desânimo, revolta, tédio… Estas manifestações refletem-se no corpo. Instalam-se então processos de somatização das emoções e dos estados de alma.
Ambas as situações – espírito sadio/corpo doente ou espírito doente/corpo sadio -representam desafios educativos. Descobrir o segredo de lidar com os desafios da saúde pode não eliminar as dores provocadas pela doença, mas atribuir-lhes um significado reduz o sofrimento causado pelas dores.
Perceber a rede de interações, ouvindo o recado dos desafios, trabalhando recursos próprios, utilizando os que são postos à disposição – recursos da ciência e da espiritualidade – contribui para o restabelecimento do equilíbrio abalado, quer a doença tenha partido do corpo, quer do espírito. Entendidas, as partes entram em acordo e tudo o que for possível, em termos de saúde, será alcançado.
Não há receitas nem milagres. Nem o simples e superficial “pensar positivo” nem poções milagrosas resolvem a complexidade dos processos. Mais: doenças não são meios de que se vale o Criador para castigar as desarmonias do espírito, mas, apenas, ocorrências naturais da vida humana.
Perante a doença, de qualquer natureza, somos convidados à participação ativa, cuidando do espírito, cuidando do corpo, “assumindo o trabalho de viver”.
http://www.inana.com.br/dimensao-espiritual-da-saude/




 

Reflexões sobre o livro A Dimensão Espiritual do Eneagrama



Peço perdão aos meus visitantes, pois não consta aqui nenhum outro texto sobre o eneagrama e vou fazer referências em “eneagramês”, mas acho que para os que já leram o livro, poderá servir de reflexão. Vou assumir uma postura crítica com relação ao livro, já que os pontos fortes do estudo do eneagrama são muitos, vou me ater aos pontos que considero fracos ou perigosos, uma atitude tipicamente 1 e 6.
Comecei a ler o livro A Dimensão Espiritual do Eneagrama de Sandra Maitri com uma grande expectativa. Uma década atrás o eneagrama tinha sido uma das ferramentas mais poderosas que entrei em contato, junto com homeopatia, florais, budismo e um monte de coisas que aos poucos foram me convertendo de estudante de direito em terapeuta.
A introdução do livro começa com uma idéia de que não é a experiência familiar de cada tipo que vai definir sua tipologia, mas que esse é um problema mais complexo segundo a autora, por exemplo, isso não explica quando irmãos têm experiências parentais completamente diferentes. Ou sejam são filhos dos mesmos pais, mas são tipos diferentes. Vale a célebre frase de Sartre: “não importa o que nos acontece, mas como reagimos a ela.” Ela levanta uma hipótese genética da tipologia que me parece ser possível dentro das pesquisas de psicologia evolutiva e da moderna neurociência. Complicado isso, mas diferente da proposta por Naranjo e me pareceu bem origina. Infelizmente não durou a minha animação, logo depois ela vai e afirma que a personalidade vem na “idéia da mãe sobre o filho” e vem no “leite manterno”, uma pena.
Ela introduz rapidamente, ainda no ínício do livro, a noção de idéia divina, que parece nova, e diz ter vindo do Almaas, pra Idéia divina do Ser parece ainda está dentro do sistema do eneagrama, sendo uma extrapolação das “virtudes do tipo”, é uma visão muito ainda dentro do eneagrama, não é uma superação apenas uma dimensão literalmente idealista do tipo.
modelo eneagrama sandra
Mesmo superando o sofrimento original do tipo, ainda é preciso superar o nível de progamação do eneagrama, partindo para sistemas de leis mais amplas do que as leis que regem o eneagrama. No exemplo do quarto caminho, caminha-se entre os mundos e leis de complexidade, sendo o eneagrama expressão dessas leis numéricas. Quando mais leis, mais restrita a experiência de mundo, ou seja, menos ação livre.
Não vejo nada demais no conteúdo em si, ela simplesmente pegou o que Naranjo ensinou e não publicou, mas a sua experiência no grupo de trabalho do eneagrama com Naranjo e explorou com idéias meio “nova era” do tipo, essência, alma, Ser, idéia, natureza da alma, sem definir o que vem a ser essas coisas. Mas a intenção pareceu-me ser muito boa, embora supeficial.
Uma idéia apresentada no livro que eu não gosto é essa de identificar com a infância os estados transpessoais da experiência. A idéia de paraíso perdido, de queda do ser, que o Naranjo chama de obscurecimento ôntico, ou esquecimento do ser, embora ache que são noções com nuances bem diferentes eu passei a compreender que são bem problemáticas. Eu durante muito tempo cultivei essa idéia de paraíso perdido, (sobre o tema recomendo um livro do Pierre Weil chamado a neurose do paraíso perdido) de perda da essência. Em Freud, por exemplo, a idéia de viver essa experiência do Ser, está ligada a noção de regressão infância, ao narcisismo primário, facilmente confundido com o que a autora apresenta, mas pra Freud, e eu concordo com ele em parte, isso é uma experiência narcisista, ou seja volta-se sobre si mesmo e retorna a experiências pré-egoicas descritas como oceânicas ou uterinas, de indiferenciação. Jung vai pro extremo oposto, considera que todas as imagens emergentes são transpessoais, ou seja, arquetípicas. Enquanto Freud leva todas as experiências para o nível pré-egoico, infantil, Jung as considera trans-egoicas, acho que os dois extremos são precisam ser diferenciados e podem ocorrer durante o estudo do eneagrama ou seu uso na prática clínica.

A idéia do texto, de retorno ao ser perdido, reencontro da criança anímica, do eu verdadeiro perdido em algum momento é muito ingênua. É claro que os níveis transpessoais da experiência são níveis de organização mais complexos e profundos, ou altos se preferir, e não se tratam de regressões narcisistas a estados de indiferenciação. Ao contrário, são processos de diferenciação e integração com o corpo, com emoções com pensamentos e depois com a emergência de um pensamento transverbal e não-dual. Eu reafirmo essa crítica porque anos atrás, eu confundia muito esse tema e não percebia essas nuances.
Outra questão séria, que pra mim é um erro perigoso e “nova era” é querer desintegrar o Ego, essa abordagem é extremamente perigosa e pode gerar graves estados de desequilíbrios psicológico. É praticamente uma proposta e convite a pessoa entrar num estado psicótico, a idéia de destruir o ego, ver o ego como inimigo, como falso eu. Não há porque “desintegrar” o ego, mas colocá-lo a “ser-viço do Ser”, capaz de refletir a dimensão noética, transpessoal, cósmica, ir além do ego. Cuidado com isso de desintegrar o ego, o que pode acontecer de verdade é isso acarretar uma cisão da personalidade, enquanto o caminho da ampliação da consciência é um caminho de reintegração e integração, ou até “entregação”,
Concordo muito com idéia de que o 9 é a porta de entrada e de saída do eneagrama. Embora ela não chegue a afirmar isso, dá pistas nesse sentido. Em geral a apresentação e a importância dada dos tipos triangulares na gênese das fixações é bem interessante, mas fica faltando descrever o caminho pra fora disso que na minha opinião passa também pelo triangulo também.
expulsão do paraíso
Outra percepção equivocada se dá na noção que a “queda” do tipo, se dá por uma perda da idéia divina, no caso do 9 do amor divino. Isso não faz sentido, nós só reconhecemos esses estágios mais complexos e ampliados depois, não há que se perder uma idéia de divina se ainda nem temos algo chamado idéia. No caso do budismo, um mestre reconhecido, não sai ensinando tudo quando é criança (por mais sensibilidade e brilho que ele possa demonstrar), ele precisa educar a mente para se tornar o veículo de manifestação de uma sabedoria transcendental.
Na minha auto-análise, o que define e organiza o tipo 9 na sua percepção equivocada da realidade, sua “queda”, é a idéia de “mudança do mundo” que se opõe a inércia do tipo. A compaixão (no sentido budista do termo) como abertura de sentido radical perante a realidade, ou mesmo o voto do Bodisatva, de que se recusa a sair de Sansara enquanto todos não estiverem libertos e por isso mesmo, abre mão da iluminação, como condição para conquistá-la, é o passo mais nobre do caminho 9 e também o passo para fora do eneagrama em direção a estados mais elevados de consciência que podemos chamar de nirvana, embora não ache que nenhum nome possa descrever essa etapa, pois seja o que for, é apenas mais uma etapa, a evolução da consciência é infinita, não tem essa de dizer, cheguei, estou no topo da montanha, daqui não tenho mais nada o que vivenciar, encontrei a verdade ultima do universo, mesmo os mais iluminados, estão todos em evolução.
Aqui o tipo 9 tem uma outra coisa muito importante pra ensinar, é um equivoco achar que em estados elevados de consciência você sofre menos. É a promessa de todos os profetas, mas o fato é, que quanto mais consciente, mais sensível, mais você sofre, a diferença, que faz toda a diferença é só que não se identifica mais com esse sofrimento.
Acho totalmente desnecessário pegar pessoas com as quais não se convive para fazer uma leitura eneagramática. Claro que existem ícones estereotipados, mas só mesmo a pessoa pode descobrir seu tipo investigando ou se colocando em análise. Essa coisa de dizer fulano é isso ou aquilo é uma bobagem e serve pra que? Eneagrama só funciona olhando pra dentro, não pra fora.
No texto, aparece um mix total de níveis. É minha principal dúvida com relação aos avanços do eneagrama nos últimos tempos é se foi possível organizar por níveis de consciência. Se ficou claro os níveis em que os tipos podem estar, um tema que pra mim ainda está faltando, não encontrei.
O problema desses livros que li, de alunos do Naranjo, é que falta a descrição estrutural do tipo e o insight profundo e detalhado do professor chileno, isto é, se você entende o mecanismo básico de condicionamento do comportamento, não é a exterioridade objetiva desses comportamentos que determina o tipo. Em tese, todos os tipos podem ter todos os comportamentos – em tese – mas a motivação de deficiência que origina esse comportamento é aparece para o agente, seu equivoco, sua fixação, seu tipo, sua estrutura que fica com uma ferida original, para onde sempre volta.
Vale fazer então, para que isso não vire uma monte de comentários desarticulados, uma reflexão sobre estados e estágios. Os “estados” são efêmeros, todos podem experimentar a fé, amor, sobriedade, visão intuitiva, perfeição, coragem, desapego ou mesmo experiências não duais de estar mergulhado no instante e sentir-se um com o universo; pode acontecer com qualquer um.
A questão é, a meu ver, mudarmos o nível ou “estagio” de consciência que se torna então referência para sua visão de mundo mesmo dentro de qualquer tipo. Gosto pessoalmente da dinâmica da espiral para pensar essa questão, principalmente por propor níveis emergentes de consciência e por ofertar pesquisas estatísticas sobre seus estágios.
Sigo minhas críticas com a afirmação da autora de que iluminação é só se desidentificar com o ego, alcançar a idéia divina do tipo, me parece uma noção ainda muito restrita. Infelizmente, com o eneagrama fora da tradição, sufi, budista ou do quarto caminho, não temos como saber o que fazer, na prática, porque não temos um grupo pra nos dizer que o que estamos percebendo não é nada de muito importante, pois no caminho, cada nova emergência que surge é mais um ponto de identificação. Essas idéias “divinas” são um ESTADO superior vividos principalmente pelos próprios tipos dessas idéias, não parece em nenhum momento caracterizar um ESTAGIO superior.
iluminado
Outra problemática com relação a idéia divina, muito comum e perigosamente sedutora é a descrição dos estados “superiores” de consciência dentro do que a autora chamou de idéia divina. O problema com a ênfase nesses estados é uma contradição com noção fundamental apresentada inclusive no início do texto, de que o Ser está pronto que basta retirar o condicionamento que ele emerge.
diagrama_eneagrama
Ora, se isso é verdade, não faz sentido ficar descrevendo essas “idéias divinas”. Pra mim, isso parece uma concepção de influencia religiosa cristã que permeia o estudo do eneagrama. Assim, acabamos por querer esses estágios ou ficar orgulhosos do nosso potencial superior, ou “querer” esses estados superiores, se identificar com eles o que seduz.
Principalmente nesse contexto de que nós devemos todos nos aprimorar, nos tornar melhores, nos aperfeiçoar, essa cultura do “investir em si mesmo é o grande negócio” que permeia o estudo do eneagrama. Pode-se facilmente, principalmente para os tipos 1, ficar achando que dentro do próprio tipo, é possível encontrar a PERFEIÇÃO DIVINA. Parece mesmo um platonismo e o mundo das idéias divinas.
No caso do Naranjo, seu livro cita os pecados capitais, que considero muito preciso a forma como ele faz isso, mesmo porque ele situa dentro de uma tradição que encara o trabalho sobre si, o trabalho de autoconhecimento dentro da tradição ocidental cristã.


Divina Comédia
Tal como na divina comédia, o capítulo sobre o purgatório é muito maior do que as descrições celestiais. Assim também no eneagrama devemos passar mesmo mais tempo encarando o tipo e sua prisão existencial do que querer fugir para paraísos ou estados de narcotização tipicamente 9, mas que se aplicam a todos os tipos. Jung falava que não é olhando para o ouro que se transforma chumbo em ouro, mas olhando para o chumbo e vendo que o chumbo é chumbo. Eis a chave a da alquimia, da transformação interna da energia psíquica.
raven
Uma das coisas que me provocou risos, dentro dessa crença de que podemos exteriormente classificar qualquer pessoa. Esse uso do eneagrama em empresas na área de recursos humanos, do marketing, foi a afimação de que Krishnamurti seria um tipo 6. Imagine que uma figura que se apresentava para além de um pensamento dual, uma radicalidade absoluta da observação de si, poderia estar qualificado como um tipo.
Quero, entretanto, abrir um parêntesis, numa meta-discussão, séria para falar uma coisa sobre o eneagrama. Se me perguntam, você é um tipo 1? Eu digo sim, sou muito perfeccionista e detalhista. Se me dizem, eu te saquei, você é um tipo 7, eu digo, com certeza eu me vejo no 7. Se me acusam de autoritário afirmando que sou um tipo 8 eu também afirmo que sim e se por fim reclamam de mim porque sou nerd e não vou pras farras com os amigos, eu digo, é porque sou um tipo 5, se trato muito bem as pessoas e me perguntam se sou um tipo 2 que ando carente eu digo claro que sim e aproveito todo carinho do mundo.
Se não me perguntam, não digo meu tipo, e nem recomendo que digam fora de um contexto terapêutico, porque a visão que as pessoas tem sobre o eneatipo normalmente é centrado numa posição egoica que não suporta se confrontar com sua condição de prisionairo, isso contamina as relações, estreita o olhar e levanta todos os preconceitos. Pois é muito mais fácil ver o pecado alheio e atirar pedras. Assim, mesmo aqueles que têm pecados, todos atiram pedras nos seus próprios pecados.
O eneagrama se torna uma ferramenta de tortura de si e do outro, uma forma não de facilitar com que o outro se liberte, mas profundamente, uma forma de reforçar os condicionamentos e causar alienação existencial. Por isso, o eneagrama não era ensinado ou transmitido fora de uma tradição oral, nas correntes mais profundas do misticismo pré-islámico. Por isso eu parei há anos de ensinar o eneagrama ou mesmo a pensar com ele sobre as pessoas.
Voltando ao livro, ele só se justifica no contexto onde o eneagrama chega e se populariza. Na hora que o Naranjo decidiu, sob juramento dos membros de não divulgar as idéias, formar o grupo SAT nos Estados Unidos. Daí, em seguida, Helen Palmer e seus outros alunos começaram a publicar seus estudos e livros sobre o eneagrama baseadas no ensinamento do Naranjo e Oscar Ichazo. Na tradição, isso não tem nenhum problema, porque você transmite tal como aprendeu, com seu mestre, e pronto, não tem que ser original, principalmente num símbolo e situado na tradição perene do sufismo, embora nem todos os sufis concordem com isso.
Enfim, quando Naranjo publica seu livro. Os autores que vieram depois e foram seus alunos, tiveram que “inventar” algo novo. O que na tradição seria um absurdo completo! Claro que os discípulos transmitem o seu entendimento e a profundidade que alcançaram dentro da tradição e muitas vezes trazem novos dados, mais atualizados, dentro dos seus “estilos”. Mas no campo do comércio e dos direitos autorais, isso muda muito. Veja um link sobre essa questão escrito por Ichazo que foi o criador dessa leitura toda do eneagrama da personalidade discutindo argumentando direitos autorais com Helen Palmer.
Em termos de psicanálise, a autora claramente não está familiarizada profundamente com nenhum dos pressupostos psicanalíticos no campo da constituição do ego nem mesmo da personalidade. Tudo vira uma coisa só, uma confusão teórica típica. As principais idéias, embora diluídas, são TODAS, trazidas de Naranjo e da escola de Arica. Até mesmo os autores citados como Karen Horney são apresentados como se fossem uma relação feita por ela.
Gosto tanto do eneagrama, é uma ferramenta tão preciosa, que fico triste ao ver que o que eu achava há 10 anos atrás continua valendo para o estudo do eneagrama, mas eu vou continuar buscando. Na época, havia pesquisas bem interessantes no campo da inteligência artificial e outros temas que parecem muito promissores. Mas pelo que andei percorrendo nos sites que consultava nos primórdios da internet, todo mundo criou seu grupinho, escreveu seu livro e vendeu como se fosse algo novo, fiz um passeio pelos sites e realmente, várias novas organizações dizendo ser as fontes do verdadeiro eneagrama.
Bem, outra coisa que me incomoda profundamente é o uso dos anéis e dos buracos. Isso é uma clara referência aos anéis das couraças musculares de Reich que Naranjo mais uma vez já apontava a relação. Aqui eles aparecem como um ente metafísico associado aos tipos. Sério mesmo, o nome disso é “tipo 3”, marketing, maquiagem, roupagem nova pro mercado mais fácil de engolir, tudo bem, tem gente que gosta de andar na moda, eu mesmo quando comecei a ler o livro queria me atualizare ficar “in”.
cadeias-muscularesEu tentei uma vez apresentar o eneagrama pra ser estudado no mestrado em psicologia. Meu projeto não passou apesar de eu ter o orientador certo e tudo mais e por quê? Por causa dessa roupagem de auto-ajuda que os livros sobre o eneagrama ganharam depois de Naranjo. O argumento era exatamente o de não poder legitimar uma coisa “new age pop” na universidade. Claro que não é o melhor agumento, mas pra um ramo da psicologia que já desconstruiu a noção de sujeito e subjetividade, falar de personalidade é uma coisa do século passado. Que só serve mesmo pra esse uso discriminatório que vem sendo feito com eneagrama no ambiente de trabalho. Anos atrás, muitos anos atrás, eu dei cursos em grandes empresas como a Ponte S/A, ensinando o eneagrama, era um esforço tremendo. Alguém vinha me dizer, eu sou um tipo 8, eu virava sério, olhava nos olhos e dizia: Eu não acredito,você não me engana, você é um ser humano!
Aliás, pra mim, foi o capitulo mais interessante o do tipo 3. Termina bem escrito e com um certo grau de inspiração. Talvez porque a sociedade americana esteja tão identificada com o tipo que foi mais fácil para a autora abordar o tema. Essa identificação é tão forte, a ponto de não aparecer como um desequilíbrio, segundo Naranjo, nos manuais psicométricos americanos, enfim, não se consegue enxergar seu próprio estilo como destoante. Nossa percepção parcial da realidade parece sempre ser a mais correta.
O capítulo sobre o tipo 1 tem um equivoco enorme de considerar a virtude do tipo uma noção de perfeição. Isso é péssimo, a idéia que libera o tipo 1 pra mim é a aceitação e não a percepção de que está tudo perfeito que geraria uma enorme inércia perante o mundo. Enfim, eu acho que vou era pra ser um simples resenha e eu vou acabar reescrevendo o livro. [Xiii, tô no tipo 1.:-)]
Entre vários, um exemplo do caos conceitual descrevendo a “idéia divina do tipo 4”:
“Neste caso, não nos vemos como produtos que nascem do Ser, mas como o Ser Mesmo. Não estamos ligados ao Ser — somos o Ser. Somos a Origem. Nesse nível, pois, identificamo-nos com o próprio Ser, e não com a encarnação isolada que o manifesta. Assim como a compreensão da Origem Divina alcança níveis cada vez mais universais, assim também a compreensão que temos do Ser torna-se progressivamente mais profunda. Nossa experiência do Ser começa com a experiência da Essência, da natureza íntima de cada um de nós, e culmina com a experiência do Absoluto, de um estado que está além de todas as possibilidades de concepção e até mesmo da consciência.”
Uma total falta de precisão conceitual. O uso da noção de ser, ser mesmo, origem, próprio ser, encarnação isolada, personalidade, ego, fixação é usada uma pela outra com a mesma imprecisão.
Há referências constantes no texto ao “Caminho do Diamante”, o nome é bom, parece ser algo precioso, mas eu vou ter que ler a fonte. Pois a exposição no texto dos conceitos ficam totalmente sem sentido o que não significa que a fonte dos ensinamentos não possa ser muito boa.
Em síntese.
O livro vale a pena ser lido embora as principais idéias não sejam novas e as áreas que tenta ampliar pra mim faltam profundidade, porém achei a leitura proveitosas e não foi cansativa.
A parte que mais gostei do livro é o epílogo que transcrevo em parte, e acho que deve ser a coisa mais importante pra quem se dispõe a estudar o eneagrama como ferramenta de autoconhecimento.
Para concluir, gostaria de voltar à idéia de Gurdjieff, discutida no começo do livro, de que o eneagrama é um símbolo multidimensional que engloba “tantos significados quantos são os níveis dos homens”. Parece-me importante reiterar esse ponto, para que ninguém fique com a impressão de que as coisas que eu disse no livro são a última palavra sobre as diversas nuances desse símbolo. Muito pelo contrário: meu objetivo terá sido atingido se eu tiver dado aos leitores temas de reflexão e indicado certas vias de investigação pelas quais possam eles mesmos aprofundar a sua compreensão do eneagrama e de si próprios. O eneagrama assemelha-se a um código; precisamos conhecer algumas das chaves para podermos penetrá-lo e decifrá-lo de modo que sua sabedoria possa revelar-se a nós, e foi com esse objetivo que escrevi o livro. Em segundo lugar, como Gurdjieff também dizia, o eneagrama nos dá um grande poder. As informações nele comidas podem nos afetar e até nos abalar profundamente, e por isso quero repetir o que já disse na Introdução: não o use descuidadamente, nem consigo mesmo nem com os outros. Já vi muitas pessoas sentir-se tratadas como objetos enquanto outras discutiam em alta voz as características delas na tentativa de determinar-lhes o tipo. A outra pessoa pode sentir-se ferida se você começar a analisá-la sem que ela lhe peça, ou pode sentir-se atacada se você, sem consideração alguma pelas vontades dela, procurar conscientizá-la de algo que é, por enquanto, subconsciente. Acima de tudo, é absolutamente errado usar o eneagrama como munição para criticar ou julgar outra pessoa. Ao usá-lo consigo mesmo, lembre-se que o objetivo dele não é dar mais força ao superego. É, isto sim, ajudar você a compreender-se de maneira mais profunda e, mediante essa compreensão, abrir o seu coração à compaixão por você mesmo e por todos os outros seres. Em terceiro lugar, o eneagrama não passa de um mapa. Tanto ele quanto as informações que ele nos dá acerca da alma humana e do seu progresso não são fins em si mesmos. Por mais fascinante que se afigure a tarefa de extrair e decifrar mais conhecimentos do eneagrama, essas informações não nos farão bem nenhum se não forem colocadas em segundo plano, atrás da experiência direta, e se não servirem à função de colaborar para o nosso desenvolvimento pessoal. Por si sós, as informações contidas no eneagrama e neste livro não são uma panacéia — não podem, de modo algum, dar respostas a nossas perguntas, solucionar nossos problemas ou fazer-nos entrar de novo em contato íntimo com as profundezas da alma. Não passam de informações cuja função é a de nos orientar no trabalho interior; e, a menos que esse conhecimento seja posto a serviço da prática, de nada nos beneficiará. Se permanecer somente intelectual, poderá até nos estimular a mente e transformar-se num gostoso tema de conversas e diversões, mas nada disso pode ser confundido com a verdadeira obra de transformação. Essa empreitada não é rápida nem é fácil. Não tive dificuldade para resumir em poucas páginas as diretrizes que cada tipo precisa seguir em seu trabalho interior a fim de lograr uma verdadeira transformação pessoal. Porém, a obra concreta de trabalhar e retrabalhar a personalidade, de modo a tornar cada vez menos turva e cada vez mais transparente a nossa alma, leva muitos anos, por maiores que sejam a nossa dedicação e o nosso empenho. Além disso, não é trabalho que se faça sozinho. Como a transformação verdadeira exige a superação da força inercial de identificação com a personalidade, em geral é necessário o apoio de uma fraternidade espiritual ou de um Grupo de Trabalho. E na maioria das vezes a orientação de um mestre é imprescindível para o bom sucesso da Jornada, uma vez que tornar-se consciente significa passar a ver as coisas para as quais somos cegos. Nessa Jornada, cada qual precisa encarar certos aspectos dolorosos de si mesmo, às vezes até aspectos profundamente assustadores, que permanecem escondidos nos recessos da alma. Em definitivo, as coisas parecem piorar antes de melhorar, na mesma medida em que nos aproximamos de algumas faixas mais profundas da personalidade, com seus abismos e energias primitivas que às vezes nos dão a impressão de que vão nos engolir e arrastar. Não é uma caminhada fácil, e exige um grau de franqueza e sinceridade que só é possível para quem se sente pessoalmente motivado a conhecer o seu verdadeiro ser, para quem a revelação da verdade — por mais dolorosa que seja — dá alegria ao coração. Para os que optam por empreendê-la, traz ela recompensas infinitas. Um universo inteiro nos espera dentro de nós, infinitamente vasto, cheio de paradoxos, de requintes e de surpresas.



Eis abaixo um pouco de Krishnamurti, pra mim, a personificação do pensamento integral.Reflexões sobre o livro A Dimensão Espiritual do Eneagrama http://www.blog.mariofialho.com/reflexoes-sobre-o-livro-a-dimensao-espiritual-do-eneagrama/




Fonte:http://psicologiaespiritualgs.blogspot.com/

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