PIRÂMIDES DO EGITO : LOCAIS SAGRADOS DE INICIAÇÃO ?



A mais antiga e a maior construção do homem que ainda se mantém de pé. Meditar neste fato é lançar até mesmo os curiosos moderados na busca de respostas a muitos quês, porquês e quandos. A história das pirâmides e, em particular, da Grande Pirâmide é um estudo fascinante, as lendas são ainda mais intrigantes. No entanto, no decurso de um único capítulo, mal podemos oferecer mais do que um esboço dos fatos e acontecimentos mais significativos. Entretanto poderemos apresentar uma espécie de panorama geral para salientar os pontos principais que servirão como fundo para as atuais explorações.
A mística que cerca a Grande Pirâmide não diminui com os conhecimentos que possuímos dela. Pelo contráro, quanto mais sabemos sobre sua história, construção e objetivo, mais o mistério se torna complexo. Vários livros têm sido escritos para tratar adequadamente este assunto, e muitos deles estão relacionados na bibliografia para os interessados em leituras adicionais. Não nos intrometeremos aqui cm suas tarefas, pois isto seria o mesmo que querer gravar um dicionário na cabeça de um alfinete. Pelo contrário, nosso trabalho consiste em tocar o passado aqui e ali, a fim de preparar o palco para as atuais considerações.
Muitos podem perguntar por que a principal preocupação é com a Grande Pirâmide de Gizé, quando existem muitas outras. Na verdade, descobriram-se pirâmides em muitas partes do Inundo, inclusive na América do Sul, na China, nas montanhas do Himalaia, na Sibéria, no México, na América Central, na França, no Camboja, na Inglaterra e nos Estados Unidos, juntamente com as 30 principais e muitas outras menores no Egito. Por que então todo este interesse pela Grande Pirâmide, ou Pirâmide de Queops, como às vezes é chamada? Principalmente porque é a maior, a mais perfeita do ponto de vista matemático e geométrico, e porque possui certos aspectos que faltam nas demais.
Acredita-se que a Grande Pirâmide represente a síntese do conhecimento egípcio e que, se há segredos a serem descobertos, isto ocorrerá dentro dela ou nas imediações de sua entrada. A cultura tradicional situa a Grande Pirâmide em algum ponto do período inicial de construção das pirâmides, na Quarta Dinastia. Segundo o sábio egípcio I.E.S. Edwards, autor de The Pyramids of Egypt (As Pirâmides do Egito), diz-se que ela foi precedida de seis grandes pirâmides e seguida de outras 23. Alguns estudiosos acreditam que as pirâmides erigidas antes da Grande Pirâmide são indicadoras de um período menos sofisticado, e que as que se lhe seguem representam uma deterioração ou corrupção do conhecimento e do artesanato.
A Grande Pirâmide situa-se a dez milhas oeste do Cairo, no platô de uma milha quadrada da Planície de Gizé, nivelado pelo homem, dominando de uma altura de 39 metros os pequenos bosques de palmeiras do vale do Nilo. A base da Grande Pirâmide cobre pouco mais de 13 acres e acha-se nivelada a uma fração de polegada. Mais de 2 600.000 blocos de granito e calcário — pesando de duas a 70 toneladas cada — se elevam à sua atual altura de 135 metros. Os blocos talhados com uma precisão de um centésimo de polegada acham-se tão perfeitamente unidos que as juntas nunca apresentam mais de 1/50 de polegada de espaço. Calcula-se que a Pirâmide contém mais pedra e cal do que todas as catedrais, igrejas e capelas construídas na Inglaterra desde o tempo de Cristo.
Juntamente com a Grande Pirâmide há duas outras, urna ligeiramente menor e atribuída ao sucessor de Queops, Kefren, e a outra, ainda menor, imputada ao sucessor de Kefren, Miquerinos. Estas três, com mais seis pirâmides menores, supostamente construídas para as esposas e filhas de Queops, formam o que se conhece como o Complexo de Gizé.
Originalmente, a Grande Pirâmide era recoberta por uma camada de lápides de calcário polido, que tornavam seus lados lisos em vez de escalonados. Algum tempo depois da primeira parte do século XIII da era cristã uma série de terremotos destruiu grandes áreas no norte do Egito. No decurso de várias gerações todos os 22 acres da espessa cobertura de 100, polegadas da pirâmide foram arrancados para reconstruir o Cairo.
A Pirâmide permaneceu selada durante séculos; com efeito, qualquer conhecimento de uma entrada per-deu-se na, mais remota antigüidade. Então, no ano 280 D.0 , o jovem califa Abdulah Al-Mamum, filho de Harum Al-Rachid, cujos feitos foram celebrados na Mil e Uma Noites, ouviu falar dos grandes tesouros e dos inestimáveis documentos guardados dentro da Pirâmide. Juntamente com um grupo de engenheiros, arquitetos, construtores e pedreiros, Al-Mamum procurou durante dias e dias uma entrada ao longo da superfície de pedra lisa. Não a encontrando, o califa decidiu penetrar a rocha sólida da estrutura. Porém, os martelos e talhadeiras nem conseguiram arranhar as pedras. Recusando-se a abandonar a aventura, Al-Mamum recorreu ao aquecimento da pedra até ela ficar incandescente, e então verter vinagre frio sobre ela a fim de rachar os blocos. Depois foram empregados aríetes para deslocar a pedra. Depois de perfurar um pequeno túnel de 30 metros, Al-Mamum estava prestes a abandonar o projeto quando um operário ouviu o que pareceu ser uma grande pedra se deslocando em algum lugar, não muito distante de onde eles estavam trabalhando. Renovando seus esforços, eles cavaram na direção do som e chegaram a uma pequena galeria que tinha pouco mais de noventa centímetros de altura por noventa de largura.
A galeria se inclinava num ângulo muito pronunciado, mas os árabes perfuraram o túnel e descobriram a entrada secreta original que fora colocada a 49 pés (14,70m) acima da base da Pirâmide. Al-Mamum e seus homens abriram caminho através da baixa e traiçoeira Galeria Descendente, aberta profundamente na rocha platô. Mas, no fundo do local que ficou conhecido como o Poço, nada encontraram senão pó e destroços. No lado oposto mais distante do Poço eles acharam um túnel horizontal, ainda mais estreito, com uma extensão de 15 metros que levava a uma parede nua.
No chão havia o que parecia ser o eixo de um poço. Estava escavado a uma profundidade de 9 metros e não conduzia a lugar algum. Recuando até à grande pedra que havia caído na Galeria Descendente, Al-Mamum e seus homens consideraram que a pedra havia coberto uma grande cunha de granito vermelho, a qual bloqueava uma outra passagem que subia para o interior do corpo da Pirâmide.

A cunha de granito mostrou ser intransponível, e então eles contornaram-na através do calcário mais macio. Mais duas cunhas de granito bloqueavam a passagem e depois delas seguiam-se muitos outros blocos de calcário. Os operários persistiram no trabalho e por fim chegaram a uma galeria ascendente que tinha um teto muito baixo. Arrastando-se sobre os joelhos, os homens subiram 45 metros de rocha escorregadia, passando então para um outro túnel, com o teto igualmente baixo. No fim do segundo túnel eles se encontraram num quarto vazio, com aproximadamente 1,60m2 e com o teto de empena. Como os árabes colocavam suas mulheres em tumbas com teto de empena, o aposento tornou-se conhecido como Câmara da Rainha. Porém, nada se encontrou ali senão um nicho vazio na parede leste.
Os árabes retornaram à Galeria Ascendente e, levantando suas tochas, descobriram um espaço vazio sobre eles. Trepando nos ombros uns dos outros, conseguiram subir o bastante e verificaram que se achavam no fundo de uma galeria estreita, porém alta. Ela se estendia para cima, com a mesma inclinação que a Galeria Ascendente, por aproximadamente 47 metros e tinha 8,50 metros de altura. No fim de seu aclive chegaram a uma enorme pedra com cerca de 90 centímetros de altura, que se viu ser uma plataforma de 1,80 por 2,40 metros. Além da plataforma, o chão era nivelado, porém o teto tinha apenas 1,05m de altura. Formava uma espécie de entrada para uma pequena antecâmara. Seguia-se uma outra passagem curta e baixa, e Ai-Mamum e seus homens se acharam num grande recinto com as paredes, o chão e o teto de granito vermelho polido. Este aposento com 102 metros de comprimento, 51 de largura e 5,70 metros de altura tornou-se conhecido como a Câmara do Rei.Freneticamente os árabes se lançaram à busca de tesouros, porém tudo o que acharam foi um sarcófago vazio, feito de granito cor de chocolate e altamente polido.
Al-Mamum pagou e despediu seus homens — e possivelmente salvou sua garganta — colocando ouro numa das câmaras e providenciando para que ele fosse descoberto, ou pelo menos assim o diz a lenda. De qualquer modo, assim terminou a primeira tentativa de fazer com que a grande estrutura revelasse seus segredos.
E vieram os tremores de terra 450 anos mais tarde; o revestimento de pedra exterior foi retirado, mas ainda se passariam vários séculos antes que alguém entrasse na Pirâmide. A Pirâmide passou a ser cercada de superstições. Dizia-se que ela era habitada por espíritos nefastos e cheia da pragas e serpentes. Um aventureiro do século XII, Rabbi Benjamin Jonah de Navarre, proclamava que a Pirâmide fora construída por meio de feitiçaria. Abdeal-Latif, professor de Medicina e História em Bagdá, teve a coragem de entrar na Pirâmide pouco depois da visita de Benjamin, porém diz-se que desmaiou de medo e, mais tarde, teria saído mais morto do que vivo.
Só em 1638 a Grande Pirâmide iria receber um outro visitante. John Greaves, professor de Matemática e astrônomo inglês, entrou na Pirâmide com a esperança de encontrar um tesouro diferente do de Al-Mamum. Ele buscava os dados que determinariam as dimensões do planeta. Depois de algum esforço ele conseguiu chegar à Câmara do Rei onde, segundo Peter Tompkins em seu livros Secrets of the Great Pyramid (Os Segredos da Grande Pirâmide), ficou "intrigado com o fato de uma estrutura tão incrivelmente imponente quanto a Pirâmide ter sido construída em torno de uma simples câmara, com um simples esquife vazio. Ele não via razão aparente para sua entrada protegida por grades corrediças, ou para a complexidade de sua antecâmara, onde as paredes se alternavam misteriosamente do calcário para o granito. Sendo porém um cientista por natureza, Greaves pôs-se a coletar dados sobre a construção."
Greaves descobriu uma outra parte misteriosa da Pirâmide — uma secão que aparentemente também não tinha nenhum objetivo. Ao longo da rampa da Grande Galeria, Greaves descobriu um bloco de pedra que dava diretamente para as entranhas da Pirâmide. O tunel tinha pouco mais de noventa centímetros de largura, Contudo, haviam sido abertas brechas ao lado, e Greaves desceu 18 metros pelo Poço, até onde ele se alargava numa pequena câmara ou Gruta, como é agora chama-da. O Poço continuava até um pouco mais abaixo da Gruta e ali terminava. Greaves dedicou o resto de sua estada à matemática, medindo cuidadosamente tudo o que havia dentro e fóra da Pirâmide.
As medidas tomadas por Greaves na Pirâmide chamaram a atenção de Sir Isaac Newton que, posterior-mente, escreveu um artigo entitulado "A Dissertation upon the Sacred Cubit of the Jews and the Cubits of Several Nations: In which, from the dimensiona of the Great Pyramid, as taken by Mr. John Greaves, the ancient Cubit of Memphis is determined". (Dissertação sobre o Cúbito Sagrado dos judeus e os Cúbitos de Várias Nações : Na qual, pelas dimensões da Grande Pirâmide, conforme tomadas por Mr. John Greaves, se determina o antigo Cúbito de Mênfis.)
"A preocupação de Newton em determinar o cúbito dos antigos egípcios não era simples curiosidade", declara Tompkins, "nem apenas o desejo de encontrar um padrão universal de medida; sua teoria geral da gravitação, que ele ainda não havia anunciado, dependia de um acurado conhecimento da circunferência da terra. Tudo em que ele se apoiava eram os antigos cálculos de Eratóstenes e seus seguidores, e segundo estes números sua teoria não funcionava com precisão."
As medidas que Greaves fez no exterior da Pirâmide deixaram de ser precisas devido ao entulho acumulado na base, e a teoria da gravitação de Newton teve de se basear, alguns anos mais tarde, nos achados do astrônomo francês Jean Picard. Pouco sabia Newton, seus seguidores e seus, críticos, que a Esfinge podia ser usada como marco geodésico para indicar o equinócio, e que houvera outrora, entre suas patas, um obelisco cuja sombra era usada para computar a correta circunferência da terra e a variação no grau de latitude.
Natheniel Davison, que serviu mais tarde como Cônsul-Geral da Inglaterra na Argélia, desceu ao Poço descoberto por Greaves e à Gruta existente no fim dele, onde só encontrou entulho. Escreve Tompkins: "Davison achou estranho que alguém fizesse um esforço tão grande para cavar um poço de quase 60 metros de profundidade no interior do coração da Pirâmide para, simplesmente, acabar num beco sem saída. Porém, não pôde fazer mais nada. O fundo do Poço era muito apertado e empestiado, e logo sua vela consumiu o pouco ar disponível. Além do mais, um grande número de enormes morcegos impedia Davison de conservar sua vela acesa; assim, laboriosamente, ele retornou à superfície."
Contudo, Davison descobriu outros aspectos da Pirâmide. Localizou uma pequena abertura retangular no alto da Grande Galeria. Com alguma dificuldade conseguiu arrastar-se através desta abertura e encontrou uma câmara tão grande quanto a Câmara do Rei porém, com um teto muito baixo para permitir que ficasse em pé. Verificou que o assoalho da câmara era formado por nove lajes de granito monolítico, cada qual, calculou, pesando mais de 70 toneIadas. A parte inferior das lajes servia de teto à Câmara do Rei. O teto deste recinto, situado por cima da Câmara do Rei, era construído de lajes semelhantes.
Esta câmara, como todas as demais, não tinha nenhum tesouro, nenhum artefato de qualquer espécie, e nem mesmo uma inscrição. Ficaria conhecida como a Câmara de Davison e, mais tarde, serviria como alojamento para o Capitão G. B. Caviglia.
Napoleão, ao conquistar o Egito, levou consigo uma equipe de matemáticos e cientistas franceses, incluindo Edmé-François Jomard e o Coronel Jean Maria Joseph Coutelle, que fariam medidas da Pirâmide muito mais precisas do que as anteriormente realizadas. O que os ajudou em seus esforços foi a limpeza dos destroços situados na base. Eles localizaram a esplanada sobre a qual foi construída a Pirâmide e os receptáculos cavados na rocha, onde tinham sido postas as pedras angulares.
Pouco depois do início do século XIX, o Capitão Caviglia, mestre de um navio maltês, cujas explorações serão descritas noutra parte deste livro, limpou o poço dos destroços e descobriu que ele se ligava com a Galeria Descendente. Em 1836, o coronel Howard-Vyse uniu-se a Caviglia na exploração da Pirâmide, e descobriu três câmaras adicionais por cima da de Davison, mais ou menos do mesmo tamanho. As câmaras eram separadas por lajes de granito e as superiores eram empenadas com enormes blocos de calcário. Howard-Vyse elaborou uma teoria pela qual as cinco câmaras superpostas eram destinadas a aliviar o teto da Camara do Rei da pressão dos 60 metros de material de construção sólido que ficava por cima dela.
Howard-Vyse elaborou uma teoria pela qual as cinco câmaras superpostas eram destinadas a aliviar o teto da Câmara do Rei da pressão dos 60 metros de material de construção sólido que ficava por cima dela. Howard-Vyse descobriu também dois condutores de ar que atravessavam 60 metros de rocha até á Câmara do Rei. Quando estes foram liberados do entulho, o ar fresco manteve o recinto a uma temperatura constante de 20 graus durante todo o ano.

A medida que se tornava cada vez mais evidente que a Grande Pirâmide não abrigava nem ouro, nem jóias, nem artefatos e parecia cada vez mais ser um túmulo, sábios com os mais variados interesses passaram a especular sobre a origem e o objetivo para o qual foi construída. Embora os egiptólogos tradicionais continuem a. sustentar que ela foi erigida como túmulo para Queops, a evidência — graças à erudição de John Taylor, Sir John Herschel, Piazzi Smyth, William Petrie, David Davison, Robert T. Ballard, Mosca B. Cotsworth, Joseph Norman Lockyer, Richard A. Facetar, Livio Stecchini, e outros — se inclina para um objetivo — ou objetivos — muito maiores.
O acúmulo de provas que se tem hoje indicaria que a Grande Pirâmide encerra uma ciência perdida. É ela a última remanescente das sete maravilhas do mundo, criação de arquitetas desconhecidos que possuíam um conhecimento mais profundo do universo do que os que lhes sucederam. Até recentemente, havia poucas provas de que os egípcios de há cinco mil anos fossem capazes de cálculos astronômicos exatos e das soluções matemáticas necessárias para localizar, orientar e construir a Pirâmide.
Em sua introdução Tompkins declara: "Atribuiu-se ao acaso o fato de as fundacões terem sido orientadas, quase perfeitamente, no sentido norte-sul, de sua estrutura ter incorporado um valor para pi (a constante pela qual o diâmetro de um círculo pode ser multiplicado para dar a verdadeira circunferência) com uma aproximação de vários decimais." Ele mostra que a câmara principal da Grande Pirâmide incorporava o famoso teorema de Pitágoras, que Platão em seu Timeo proclamava ser o bloco construtor do universo. "Diz-se que foi o acaso o responsável pelo fato de os ângulos e inclinações da Pirâmide demonstrarem um avançado conhecimento dos valores trigonométricos, e de sua forma apresentar exatamente as proporções fundamentais da Seção Dourada."
Os matemáticos de hoje afirmam que só se começou a empregar, e assim mesmo grosseiramente, o número pi no Egito em 1 700 A.C., ou seja, pelo menos mil anos após a construção da Grande Pirâmide. Supõe-se que o teorema de Pitágoras tenha sido criado durante o quinto século A.C., e a trigonometria foi atribuída a Hiparco no segundo século A.C. Isto é o que lemos em nossos compêndios. Mas agora, toda a questão de quem fez o que, e quando, está sujeita a revisão.
Tompkins diz que "recentes estudos dos antigos hieróglifos egípcios e das lousas cuneiformes matemáticas dos babilônios e sumérios estabeleceram ter florescido uma ciência muito avançada no Oriente Médio pelo menos três mil anos antes de Cristo, e que Pitágoras, Eratóstenes, Hiparco e outros gregos, considerados como criadores da matemática neste planeta, simplesmente colheram fragmentos de uma antiga ciência desenvolvida por predecessores remotos e desconhecidos... A Grande Pirâmide, como a maioria dos grandes templos da antiguidade, foi projetada tendo como base uma geometria hermética, conhecida apenas por um restrito grupo de iniciados, da qual meras informações passaram aos gregos clássicos e alexandrinos.
Estas e muitas outras descobertas, cuja lista continua a crescer, estão exigindo uma nova avaliação da Grande Pirâmide, um estudo mais acurado de sua história; atualmente, parece ser obrigatória uma reformulação de todos os pontos de referência. Estamos agora na posição de meditarmos seriamente se os construtores da Grande Pirâmide realizavam e conheciam muito mais do que lhes creditamos. As implicações da existência deste corpo de conhecimentos são explosivas e de longo alcance. Não é mais sustentável o fato de que a Grande Pirâmide tenha sido construída para servir de túmulo montanhoso, a fim de satisfazer o ego de um faraó.
Deve-se lembrar que jamais foram encontradas múmias na Grande Pirâmide. A controvérsia levantada por alguns egiptólogos de que os sarcófagos e galerias tenham sido  selados a fim de proteger as múmias dos faraós contra os ladrões e pilhadores, mal pode ser defendida depois que se abriu a chamada câmara funerária pela primeira vez, desde que foi selada, e verificou-se que estava vazia.
Alguns estudiosos acreditam que a Grande Pirâmide foi construída como local de iniciação: não somente como lugar de iniciação pela Escola de Mistérios, mas também como instrumento da iniciação. Em outras palavras, segundo este conceito, os campos de energia gerados ou amplificados pela Pirâmide contribuem para uma elevação da consciência.
Em The Secret Teaching of All Ages (O Ensino Secreto de Todos os Tempos) , Manly Palmer Hall considera a Grande Pirâmide como o pacto entre a Sabedoria Eterna e o mundo. Os ângulos representam o Silêncio, a Profundidade, a Inteligência e a Verdade. As faces triangulares são o símbolo do tríplice poder espiritual. A face sul da Pirâmide representa o Frio; a norte representa o Calor; a oeste significa a Escuridão; e a leste, a Luz.
Hall considera a Grande Pirâmide como o "primeiro templo dos Mistérios", um repositório de verdades secretas. Os homens atravessavam os portais da Grande Pirâmide e saíam como os iluminados da antiguidade. O drama da "Segunda Morte" encenava-se, acredita-se, dentro da Câmara do Rei, onde o candidato à iniciação era, simbolicamente, crucificado e colocado no sarcófago. Então o iniciado experimentava a transição do mundo material para os níveis transcendentais da natureza.
Num determinado ponto durante o ritual supõe-se que o sarcófago era golpeado, produzindo um som incomum. No capítulo, "A Voz da Pirâmide", discutiremos as experiências com os sons quanto aos seus efeitos sobre os objetos materiais, o crescimento das plantas, seu emprego na terapêutica e seu uso, antigo e moderno, como ferramenta para influenciar os estados de consciência.
Terminado o ritual dizia-se que o iniciado havia renascido, tinha experimentado o segundo nascimento, e tornava-se um habitante de dois mundos. Passava a ser então um iluminado ou um esclarecido e possuía o conhecimento do mundo.
De acordo com a filosofia iogue o homem possui três níveis de percepção ou experiência : o material, o psíquico e o neoético ou espiritual. A medida que se processa a evolução no homem , ele reage a si mesmo e ao mundo, não apenas com seus sentidos fisicos , mas também com seus receptores psiquicos . Isto é possivel graças à ativação energética dos chacras ou vórtices de energia existentes no interior do envoltório etéreo ou elétrico do corpo.
A medida que se-processa a evolução no homem, ele reage a si mesmo e ao mundo, não apenas com seus sentidos físicos, mas também com seus receptores psíquicos. Isto é possível graças à ativação energética dos chákras ou vórtices de energia existentes no interior do envoltório etéreo ou elétrico do corpo. A amplificação da atividade dos châkras ou centros permite ao indivíduo responder não apenas aos estímulos físicos, mas também aos fenômenos psíquicos. Uma crescente consciência e aumento do nível de funciona-mento acaba por levar à.- ativação simultânea de todos os châkras, descarregando energia por todo o corpo e elevando a consciência ao seu nível mais alto ou despertar espiritual. Este estado é encarado como de esclareci-mento, provocado por um maior ajustamento dos mecanismos psicofisiológicos do homem e a expansão das fontes de energia. Com a ativação de todos os sete chakras o indivíduo irradia maior quantidade de luz ou halo. A energia flui através dos centros, desde sua sede na base da espinha, e a consciência se focaliza nos centros mais altos, por meio de uma interação entre a hipófise e a glândula pineal no cérebro. O fluxo da energia pránica através dos centros é encarado pela filosofia iogue como o acordar do Poder da Serpente, o despertar do Kundalini, ou o Batismo de Fogo.

De acordo com este sistema, o despertar espiritual pode ser provocado de várias formas, embora nenhuma atue isolada ou inteiramente à parte dos outros métodos :
1.) por meio do desdobramento natural de níveis de funcionamento cada vez mais altos, provocados pelos processos de evolução, e que podem ser retardados ou acelerados pelos atos do indivíduo;
2.) por meio da assistência especial de um guru ou mestre que controla, ele mesmo, esta energia, podendo portanto dirigi-la de modo a atuar sobre o indivíduo; e
3.) através do emprego de exercícios, disciplinas e técnicas especiais, destinadas a ativar os châkras e despertar o poder do Kundalini.
Estamos nos entretendo com a hipótese de que a Grande Pirâmide foi projetada para servir como instrumento para ativar níveis de energia mais altos e elevar a consciência. Nossas experiências e a de outros, cuja capacidade psíquica aumentou em conseqüência do tempo passado dentro de pirâmides, pode indicar que foi este o objetivo dos projetistas e construtores da Grande Pirâmide. Este assunto será considerado com mais detalhes no capitulo sobre os estados alterados da consciência. Embora os árabes há muito sustentassem que a Grande Pirâmide foi construída como observatório astronômico, só na passagem do século foi que se admitiu uma solução quanto ao modo de usar as faces polidas e o interior das passagens para observações.
O astrônomo britânico Richard Anthony Proctor encontrou um antigo documento romano sugerindo que a Grande Pirâmide devia ter servido muito bem como observatório quando da construção ao nível da Grande Galeria. Esta devia ter fornecido uma grande plataforma quadrada, de onde os antigos astrônomos poderiam ter registrado os movimentos dos astros. Eles devem ter precisado de um meridiano verdadeiro através da abóbada celeste, para determinar o momento da passagem das estrelas, do sol e da lua por este meridiano. Proctor acreditava que os construtores teriam feito primeiro uma abertura graduada alinhada sobre o meridiano. Dos vários níveis ao longo desta abertura eles podiam observar o movimento das estrelas e seus vários trânsitos.
Em seu livro The Great Pyramidi, Observatory, Tomb, and Temple, (A Grande Pirâmide, Observatório, Túmulo e Templo), Proctor descreve como os arquitetos devem ter procedido para construírem um tal observatório. A fim de obterem um verdadeiro eixo norte-sul para o seu meridiano terrestre, eles teriam usado os cimos de um par de pilares para focalizar a estrela que estivesse mais próxima do pólo norte celeste e determinar os pontos, superior e inferior, de sua trajetória circular. Uma linha traçada entre estes dois pontos facilmente medida com o prumo seria o norte verdadeiro.
Uma vez que os antigos arquitetos transferissem um meridiano verdadeiro do céu para o solo, podiam ter consolidado a linha cavando uma passagem descendente através da rocha, usando a estrela escolhida para guiar o túnel para baixo, obedecendo à exata angulação de seus raios. Este túnel, calculou Proctor, teria proporcionado uma perfeita estabilidade para a linha direcional e quanto mais longa a passagem, mais verdadeira a orientação.
A teoria de Proctor oferece uma explicação para a perfeita verticalidade das paredes da Galeria Descéndente. Conhecendo sua extensão e medido o seu ângulo de descida, os arquitetos teriam usado a trigonometria elementar para localizar um ponto central imediatamente acima da extremidade da Galeria Descendente como centro para construção da Pirâmide. Possuindo um ponto central e um meridiano verdadeiro, os construtores te-riam aberto os buracos para uma base quadrada e começado a estender as fiadas de pedras sobre uma plataforma nivelada. Proctor achava que os arquitetos teriam obtido os níveis verdadeiros empregando canaletas de água em conjunção com os raios luminosos da estrela.
O túnel podia ter sido continuado através de cama-das mais inferiores de pedras, a fim de manter a exata direção destas, até alcançar o exterior da Pirâmide. Para continuarem a dispor com exatidão as camadas restantes, Proctor calculou que os construtores teriam aberto uma passagem ascendente, exatamente com o mesmo ângulo de reflexão (27 graus e 17 minutos) que a Galeria Descendente. Eles teriam enchido esta Galeria de água, podendo assim refletir a estrela polar para cima, para a Galeria Ascendente, mantendo a passagem real-mente alinhada com o nível da Pirâmide.
Proctor observou que, para a Galeria Descendente conservar a água, a obra de cantaria devia ser de rocha dura e cuidadosamente unida. É interessante o fato de que as pedras, neste ponto particular, são muito mais duros que as do resto da Galeria e unidas com maior perfeição. Mas, de repente, a Galeria Ascendente passa para uma galeria superposta com 8,4 metros de largura. Aparentemente não desempenha nenhum papel na orientação das carreiras de pedras, mas deve ter servido a algum objetivo importante, raciocionou Proctor, tão notável fim o projeto arquitetônico e tão cuidadosamente foi construído.
Proctor concluiu que se um astrônomo da antiguidade desejasse uma grande abertura dividida exatamente no meio por um meridiano que passasse pelo pólo norte n fim de observar o trânsito dos corpos celestes, teria solicitado de um arquiteto  que construisse uma fenda muito alta com paredes verticais   ---   uma galeria cuja abertura , usando a reflexão da estrela polar   ---   , destinada a ser dividida  exatamente ao meio por um meridiano verdadeiro.
Espiando através desta fenda, ele poderia observar a passagem de todo o zodíaco e anotar o trânsito de cada estrela através de um meridiano perfeito. É exatamente isto o que faz o astrônomo moderno quando fixa sua luneta em direção aos meridianos. Proctor admite a hipótese de que uma pessoa, colocada na Câmara da Rainha, podia medir o tempo por meio de uma ampulheta ou um relógio d'água, em coordenação com outros observadores na Grande Galeria, e marcar o início ou o fim do trânsito pelo campo visual da Galeria. Olhando para a piscina de água refletora colocada lá embaixo, na Galeria Descendente, o astrônomo poderia ter determinado o momento exato do trânsito de uma estrela, já que aquele era o único instante em que seus raios eram refletidos. Tompkins lembra que este é o mesmo sistema empregado hoje no Observatório Naval dos EUA em Washington D.C., onde o trânsito das estrelas é registrado numa fração de segundo pelas reflexões delas num tanque de mercúrio.

Tompkins refere-se a George Sarton, professor de Ciência em Harvard, como tendo declarado que a habilidade astronômica dos primitivos egípcios "está provada, não somente por seus calendários, tábuas de culminações estelares e tábuas do nascimento das estrelas, mas também por alguns de seus instrumentos, como os engenhosos relógios solares ou a combinação de um fio de prumo com uma vareta em forquilha que lhes possibilitava determinar o azimute de uma estrela."
Pouco depois da passagem do século, uma série de estudiosos da pirâmides tentou provar que a Grande Pirâmide encerrava uma história profética do mundo de 6 000 anos, começando em 4 000 A.C. e indo até o ano 2 045 D.C. Estas profecias foram comparadas com a Bíblia. Elas prefiguravam uma alegoria em pedra, na qual a Galeria Descendente representava a humanidade na sua descida para a ignorância e o mal. No local em que as Galerias Descendente e Ascendente se juntavam, os espíritos do mal continuavam no PoÇo, enquanto que o resto da humanidade, salvo pela Providência Cristã, subia pela Galeria Ascendente na direção da Luz da Grande Galeria. Havendo ultrapassado o Grande Estágio, a humanidade deve continuar curvada em submissão pela Antecâmara do Caos, antes de emergir na Câmara do Rei e na Glória da Segunda Era.
Segundo Tompkins, a cronologia Profética estaria supostamente marcada ao longo das passagens e câmaras, com um ano correspondendo a uma polegada de Pirâmide, começando com a criação do primeiro homem e terminando no dia do Juízo Final. Em seu livro, The Source of Measure, J. Ralston Skinner afirma que a Grande Pirâmide era um templo de iniciação. Ele une a Pirâmide à cabala judaica, um sistema de simbolismo alegórico que supostamente esclarece os ensinamentos secretos da Bíblia e revela os grandes princípios cósmicos da origem do homem.
Quando se consideram hoje os inúmeros seguidores do profeta medieval Nostradamus e dos modernos profetas, como Edgar Cayce e Jeane Dixon, não é difícil para muitos admitir que os antigos profetas deixaram um registro na pedra. Contudo, com as atuais pesquisas sobre a natureza da profecia e os estudos sobre os estados alterados da consciência, a maioria dos interesses acha-se agora focalizada na Grande Pirâmide e, particularmente, em suas pequenas reproduções, como instrumentos para induzir os estados de consciência com uma compreensão profética.
Nunca se determinou quem construiu a Grande Pirâmide, nem quando foi construída. Jamais se encontrou qualquer registro referente à sua construção. Os egiptólogos não estão de completo acordo mas, em geral admitem que ela foi levantada durante a Quarta Dinastia, entre 2 720 e 2 560 A.C. Calcula-se. geralmente o tempo de construção entre 30 e 56 anos.
Há, porém, muitos dissidentes. Um fato que confunde os sábios é que a construção das pirâmides, em particular da Grande Pirâmide, revela um avançado conhecimento da matemática, astronomia, navegação, engenharia, haria, arquitetura, etc., na época em que foi construída, nem que haja provas de um período de tempo suficiente para o aprendizado destas ciências.
Muitos propuseram que seus construtores tenham vindo da adiantada civilização da Atlantida , e que erigiram a Pirâmide como meio de preservar todas as ciências conhecidas, bem como no intuito de estabelecer um templo de iniciação e um instrumento para a geração de poderosos campos de energia.

Esta versão fortaleceu-se com as leituras dos textos de Edgar Cayce. Segundo Cayce, um grupo de novecentas pessoas provindas de uma avançada civilização entrou no Egito por volta do ano 12 000 A.C. Entre elas estava um jovem sacerdote, Ra Ta, que era um verdadeiro condutor para as Forças Criativas. Por que escolheram elas o Egito? A passagem 281-42 afirma : "Este foi escolhido pelo líder ou mestre (não um líder material, mas um guia ou intérprete espiritual) , como centro das atividades universais da natureza e das forças espirituais, e como local de menores perturbações causadas pelos movimentos convulsivos que se abateram sobre a terra com a destruição da Lemúria, da Atlântida e em períodos posteriores —, pelo dilúvio."
A principal realização de Ra-Ta foi a construção da Grande Pirâmide, que viria a ser um arquétipo através dos tempos. Como tal ela foi destinada a incorporar na estrutura de suas passagens e câmaras, e em suas relações matemáticas e geométricas —, o conhecimento adquirido por aquelas pessoas, bem como as profecias para os futuros séculos. Esta monumental estrutura ser-via também, de acordo com a passagem 5748-5 de Cayce, como templo de iniciação "ao que às vezes é referido como a Irmandade Branca", e foi construída por outros meios que não apenas o trabalho físico, pois os Atlantes colaboravam na construção. Como foi construí-da a Grande Pirâmide? "Pelo emprego daquelas forças da natureza que fazem com que o ferro flutue na água e as pedras no ar." (5748-6)
Alguns eruditos como Piazzi Smyth e Joseph A. Seiss acreditavam que a construção da Grande Pirâmide tinha sido possível pelas revelações de Deus. Erich von Daniken e outros propõem que a Grande Pirâmide, assim como várias outras estruturas antigas, foi projetada por seres inteligentes vindos do espaço e que visitaram este planeta há muitos milhares de anos. Autores russos modernos postulam que os construtores vieram da Indonésia, há cerca de dez ou doze mil anos, depois que sua adiantada civilização foi destruída por uma catástrofe natural. Os russos afirmam ter encontrado vários objetos que apóiam esta teoria, inclusive mapas astronômicos e, lentes de cristal de -tal natureza que só poderiam ter sido polidas por meio de processos elétricos. Em Meetings With Remarkable Men (Encontros com Homens Notáveis) , George Ivanovich Gurdjieff relata como conseguiu, certa vez, um mapa completo do Egito, antes de estar coberto pelas areias, com as pirâmides e a Esfinge
Uma das mais antigas datas para a Grande Pirâmide foi dada por um escritor árabe, Abu Zeyd el Balkhy, que declara citar uma antiga inscrição pela qual a Pirâmide foi construída no tempo em que a Lira se achava na constelação do Câncer, o que tem sido interpretado como "duas vezes 36 mil anos antes da Hégira" ( Data da fuga de Maomé de Meca para Iatrib e depois para Medina, em 16 de julho do ano 622 da nossa era, e pela os muçulmanos iniciam a contagem do seu calendário. N. do T), ou cerca de há 73 000 anos. Este período corresponderia aos testes com o carbono-14 a que foi submetida a estrutura, e que teriam dado como resultado 71 000 A.C., não obstante existirem, agora, certas dúvidas quanto à fidelidade do método do carbono-14 para determinação da idade.
Quanto à própria construção das pirâmides reina muita controvérsia. Acredita-se que a maioria dos blocos de calcário para a construção da Grande Pirâmide foi trazida das pedreiras de Mokattam a algumas milhas do Nilo, embora alguns blocos pareçam ter vindo das montanhas de Gizé. A origem mais próxima dos blocos de granito de 70 toneladas usados na Câmara do Rei é a pedreira de Assuã localizada perto de Siena, que se situa 500 milhas acima do Nilo.
Alguns sábios parecem se satisfazer com o fato de que os 2.600.000 blocos de pedra, pesando de duas a 70 toneladas, tenham sido extraídos e finamente talhados com instrumentos de cobre, depois arrastados sobre trenós ou roletas até barcaças, descarregados e novamente arrastados até o local da construção, e colocados em seus lugares por meio de cordas, polias, planos inclinados e guindastes de madeira.
Outros escritores acham difícil acreditar que as primitivas ferramentas tenham conseguido realizar esta tarefa, quando os arquitetos e engenheiros de hoje, com todos os seus recursós técnicos, não poderiam. repetir aquele efeito.
Toth e Nielsen declaram em Pyramici Pawer (O Poder da Pirâmide) : "Os feitos de engenharia realizados pelos egípcios no transporte e descarregamento rivalizam com os conseguidos, hoje, com as técnicas e equipamentos modernos de nossos peritos. Isto tornou-se evidente quando se estava para terminar a Represa de Assuã, em 1960. Reunindo equipamentos sofisticados de todas as partes do mundo, alguns engenheiros juntaram seus esforços no sentido de salvar o maior número possível de templos, palácios e estátuas, antes que Assuã inundasse e cobrisse para sempre aquelas colossais obras-primas. Mas, nem com todo o moderno conhecimento e equipamentos dos engenheiros altamente treinados foi possível levantar muitos dos monólitos. As pedras, na verdade, tiveram de ser quebradas em pedaços a fim de tornar possível sua remoção. Como os especialistas tiveram de cortar os blocos de pedra que, obviamente, os egípcios tinham conseguido manusear intactos, só foi possível salvar uma pequena porcentagem dos edifícios da inundação das águas da Represa  de Assuã.
Quando se estuda a Grande Pirâmide sob qualquer ponto de vista, em qualquer de seus muitos aspectos, parece que nos envolvemos com várias perguntas para cada resposta. Embora muitos tenham se arrastado por sobre a Pirâmide e através dela com fitas métricas, . réguas de cálculo, substâncias químicas e instrumentos de todos os tipos, a Grande Pirâmide ainda permanece um enigma.
 

Extraido  do livro O Poder Secreto das Piramides de  B.Schul e  E. Petit   -   Ed. Record    -  1975

Fonte:http://geocities.ws/

ENTREVISTA COM ADHEMAR RAMOS-
O LADO OCULTO DAS PIRÂMIDES DO
EGITO (VÍDEO)


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