[...] normalmente estamos preocupados — na verdade, obcecados — com nosso próprio bem-estar, permanecendo totalmente negligentes em relação ao bem-estar dos outros. Quando pensamos nos outros, ou os ignoramos completamente ou simplesmente não estamos interessados. Ou pior, estamos até dispostos a explorá-los para alcançar nossos próprios objetivos. [...] essa é a abordagem incorreta para praticantes espirituais.Dalai Lama (Tibete, 1935 ~)
Devemos tentar reverter essa atitude para que vejamos os outros seres sencientes como preciosos, como jóias que realizam desejos, para nos relacionar com eles com veneração e reconhecimento por sua bondade.
O ponto sobre todos os seres sencientes serem similares a uma jóia que realiza desejos se explica assim: do ponto de vista budista, mesmo renascer nos reinos superiores depende de nossa interação com outros seres sencientes. O fator-chave para tal resultado é seguir a disciplina ética de evitar as dez ações negativas de corpo, fala e mente.
Por exemplo, é impossível seguir a disciplina ética do primeiro dos dez preceitos — não matar — sem a presença de outros seres sencientes. Isso se deve ao motivo óbvio de que matar acontece quando um indivíduo tira a vida de outro. Então, a verdadeira disciplina ética de não matar só pode ocorrer quando alguém tem a oportunidade de matar outro ser, mas deliberadamente evita isso.
O mesmo vale para todas as outras ações éticas, como não mentir, não roubar e por aí vai; para todas, a presença de outros seres sencientes é essencial.
Além disso, muitas das características de nossa existência atual, como nossa aparência física, longevidade, o fato de que nossas palavras tem um peso que as pessoas consideram confiável, e tudo mais; diz-se que elas são resultado de ações éticas positivas anteriores.
Certamente, em relação a alcançar a liberação da existência cíclica, o papel dos outros seres sencientes é indispensável.
“Lighting The Way”
(Dharma Quote of The Week – Snow Lion, 18/04/2010)
Benefício de salvar vidas
Faça todo o esforço para não matar qualquer ser vivo: passáros, peixes, gazelas, vacas e até mesmo pequenos insetos. Ao invés disto, ocupe-se de salvar a vida deles oferecendo proteção em face de todos os perigos. O benefício desta ação está além da imaginação. Está é a melhor prática para a sua própria longevidade. E o mais grandioso ritual para os vivos ou mortos. É a minha principal prática para beneficiar os outros. Ela dissipa todos os obstáculos e adversidades externos e internos. Sem esforço e espontaneamente, traz condições favoráveis. E, quando inspirada pela nobre mente de bodhichitta e selada com preces puras de dedicação e aspiração irá levá-lo à completa iluminação e à realização do seu bem-estar e o dos outros. Disto você não precisa ter qualquer dúvida!Chatral Rinpoche (Tibete, 1913 ~):
de “O Benefício de Salvar Vidas”
do blog quietamente
Fonte:http://samsara.blog.br/
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