A HISTÓRIA MILENAR DA ÍNDIA

 

Quando a Terra estava se formando, a Índia era uma ilha e ao chocar com o continente deu-se a formação do Himalaia. É incrível pensar que esta cadeia de montanhas tenha sido praia um dia, mas foram encontrados fósseis de animais marinhos e conchas em suas terras. Isto ocorreu há vinte ou trinta milhões de anos atrás, antes do aparecimento de humanos na Terra.
Os três rios principais da Índia: Indus, Ganga (Ganges) e Brahmaputra nascem no Himalaia. O Indus começa no Tibet, perto do lago Mansarovar, e corre por 2880 km até encontrar o Mar da Arábia no leste de Karachi. É o mais longo dos três rios. O Ganga nasce no Himalaia em Uttar Pradesh. O Brahmaputra também nasce no Tibet, na região conhecida como Tsang Po. O Ganga e o Brahmaputra se encontram antes de desaguar na Baía de Bengala. Na planície entre o Ganga e o Indus há o Deserto Thar e as colinas Aravalli.
Os mais antigos sinais de vida humana na região foram encontrados em Rawalpindi (no atual Paquistão). Ferramentas de 2 milhões de anos foram achadas neste sítio e no estado de Maharashtra, em Bori. Nas colinas Shivalik, no Himalaya, foi encontrado o esqueleto de um "homem macaco" do tipo Ramapitecus de 10 a 14 milhões de anos. Um sítio arqueológico interessante do período mesolítico é Bagor, no Rajastão. Nas cavernas de Bhimbekta, em Madhya Pradesh, podemos ver pinturas rupestres.
Até este estágio da vida humana, os povos de todo o mundo viveram uma vida simples, caçando animais e colhendo frutos e sementes para comer. Todos viviam da mesma maneira, até o período neolítico, quando mudaram o modo de vida para um modo mais seguro, passando a cultivar a terra e domesticar os animais.
Isso ocorreu por volta de 10 000 anos AC.
Apesar da multiplicidade étnica e cultural que caracteriza a Índia, ela sempre possuiu uma tendência essencial à unidade, tendência essa que a manteve uma cultura viva até nossos dias. O grande acontecimento histórico que fundamentou a cultura indiana foi a invasão dos ários que penetraram pelo noroeste da Índia, região do Punjab, entre 1500 e 800 A.C., ou mesmo antes disto. Eles encontraram no Paquistão, no vale do Indus, uma das primeiras civilizações do mundo, maior que a do Egito e Mesopotâmia juntas, com uma organização social grandemente desenvolvida.
Provavelmente num período aproximado de 3000 a 2000 anos AC, floresceu no vale do Indus a civilização do mesmo nome. De 1921 a 1931, escavações realizadas por John Marshal e sua equipe desenterraram as ruínas das cidades de Moenjodaro e harappa. A civilização do Indus foi notadamente urbana e um ápice de cultura no mundo da época.
Toda dividida em bairros cortados por ruas formando quadras, geometricamente exatas, Moenjodaro é chamada de "cidade moderna da antiguidade". As casas eram simples, mas com infraestrutura como cisternas, banheiros e andares superiores e inferiores. Havia também edifícios públicos e supõe-se, pelo que foi encontrado, que havia um sistema de troca de gêneros e uma administração central, composta principalmente por autoridades religiosas.
Harappa é também considerada outra "capital" do Império do Indus, mas tinha algumas diferenças, como o fato de o celeiro estar localizado fora da cidade, pois a proximidade com o rio Ravi permitia que toda a vizinhança transportasse por via fluvial os gêneros para serem estocados. O tradicional banho ritual dos hindus é refletido pelos intrincados sistemas de fornecimento de água de Harappa., assim como um organizado sistema de coleta de lixo.
Vemos nesta civilização pré-védica, anterior à invasão dos ários, obras importantes de arquitetura. Situada na margem esquerda do agora seco rio Ghaggar, no Rajastão, Kalibangan revela o mesmo padrão das cidades citadas acima, mostrando grande desenvolvimento, assim como Lothal, situada não muito longe do Golfo de Cambay, e Surkotada, a 270 km de Ahmedabad, no Gujarat.
A cerâmica é muito presente nestes sítios todos, e além da utilitária, temos também objetos artísticos, como figuras de terracota delicadas mostrando o grau avançado da civilização. O povo do Indus desenvolveu também a tradição de esculturas em pedra, como a bela representação de um homem em estado de meditação em Mohenjo-daro e as esculturas representando jovens dançarinas em Harappa. O trabalho em metal é significativo, como a figura feminina de Mohenjo-daro com seus adornos finamente representados.
A fertilidade do vale proporcionava uma vida de abundância, provavelmente trabalhndo na agricultura, usando a bacia do Indus como meio de transporte, negociando por terrra e, segundo indícios, também por via marítima com a Asia Central, o Sul da Índia, com a Pérsia e o Afeganistão.
As causas do declínio e desaparecimento desta civilização podem ter sido enchentes, epidemias e secas. Mas a hipótese mais possível é de que sucessivas incursões de arianos vindos do Noroeste tenham, aos poucos, dizimado a população.
Os arianos viviam provavelmente na Ásia Central, no planalto que é hoje o deserto de Gobi. Segundo vários achados arqueológicos e também segundo as narrações Históricas budistas pensa-se que neste deserto havia um mar interior e que numa ilha deste mar existia uma cidade. Era desta ilha que partiam os arianos, migrando em várias direções e subjugando outros povos. Eles foram empurrados provavelmente por cataclismos naturais tornando-se assim invasores que impunham facilmente sua inteligência e força. Eles possuíam elevada estatura e pele clara e muitos excursionaram para o oeste, tornando-se antepassados dos gregos, celtas e latinos.
As origens do Hinduísmo podem ser traçadas desde esta precoce civilização. A sociedade era dirigida mais pelos sacerdotes do que pelos reis, pois aqueles intercediam com os deuses, ditavam as regras sociais e também assuntos legais, como posse de terras.
Figuras de barro foram encontradas representando a Deusa Mãe, mais tarde personificada como Kali, e também uma representação masculina, com três faces sentada em atitude de yoga, rodeada por quatro animais, uma das mais antigas representações do deus Shiva. Pilares de pedra preta (adoração ao falo de Shiva como princípio criativo) também foram encontrados. Estas são as mais antigas formas de adoração, mostrando rituais ainda simples, que depois foram substituídos pelos rituais dos brâamanes que passaram a ter exclusividade neste papel.
Talvez a civilização do Indus já estivesse em declínio quando da invasão ária, e isso somente acelerou a derrocada. Isso pode explicar o porquê de os Vedas considerarem os dravidas como bárbaros e primitivos. Sabemos, entretanto que a língua dos dravidas do sul era falada antes da invasão, indicando a coexistência pré-ariana da escrita dravidiana e do Indus. Talvez com a invasão ária, muitos drávidas tenham migrado para o sul, explicando a presença de tal língua fora do vale do Indus. Hoje a língua dravidiana é falada no sul da Índia e no Beluquistão Central, e tem o brahmi como um de seus ramos.
A civilização Védica foi criação dos ários, que elaboraram uma série de hinos religiosos que foram organizados e são conhecidos como os "Vedas". Essas escrituras são o fundamento do Hinduísmo, absolutamente intrínseco à própria história da Índia.
A ordem social que reflete a assimilação dos Ários e a supremacia dos sacerdotes se consolidou no sistema de castas, que sobrevive até hoje de certa forma. O controle sobre a ordem social foi mantido por regras estritas destinadas a assegurar a posição dos Brãmanes, os sacerdotes. Foram elaborados tabus concernentes a casamentos, dietas, e convívio social.
Durante um curto período de tempo (séculos V a.C. a III a.C.) os persas tomaram o noroeste da Índia. Um jovem príncipe iniciou uma dinastia (o Império Mauna).e seu neto, Ashoka, acabou sendo o governante que mais marcou a India antiga, pois viajou por toda ela, tornando-se muito popular.
Nos séculos seguintes, vários reinos se formaram, todos independentes, e com características culturais e línguas diferentes.
Povo
O número e a variedade de habitantes constituem o principal recurso da Índia.
Cultura e Religião
Uma das civilizações mais antigas do nosso planeta, a Índia é um país de contrastes. A diversidade de línguas, hábitos e modo de vida não impedem que haja uma grande unidade na cultura do país.Ao mesmo tempo que cada estado tem seu próprio modo de expressão, como na arte, música, linguagem ou culinária, o indiano é profundamente arraigado ao sentimento de amor à sua nação e tem orgulho de sua civilização ancestral, o que mantém vivas até hoje muitas tradições.
Talvez pela profusão de deuses adorados por diferentes segmentos da sociedade, a tolerância religiosa é algo inerente aos indianos acostumados a conviver com a diversidade, como as línguas diferentes faladas muitas vezes por vizinhos. Nos dias de hoje ocorrem conflitos religiosos, mas isso não pode ser considerado característico.
Muita coisa causa estranheza no ocidente, pois são muitos símbolos, muitas deidades, muitos rituais. A maioria é relativo ao Hinduísmo, que ainda é a religião com mais seguidores na Índia, seguido pelo Islamismo e o Budismo. O Hinduísmo é tão antigo quanto a civilização da Índia, tanto que a palavra "hindu"é erroneamente usada para dizer " indiano", e toda a simbologia é vista pelos outros países como se representasse a própria Índia.
"Por quê Ganesha tem cabeça de elefante? Como o ratinho tão minúsculo pode ser o seu veículo? Porque algumas pinturas mostram os deuses e deusas com tantos braços? "Não podemos entender a Índia sem entender o significado de símbolos como o Om , a swastika, o lotus que revelam fatos sobre a cultura do país, desenvolvidos por centenas de milhares de anos. Apenas aqueles que estudaram a cultura intensamente podem entender o significado intrínseco desses símbolos, mas é uma obrigação moral de todo indiano se dedicar ao conhecimento da simbologia cultural da Índia.
SÍMBOLOS
A principal mensagem dessa cultura é a aquisição de conhecimento e a remoção da ignorância. Enquanto a ignorância é como a escuridão, o conhecimento é como a luz.
A lamparina, chamada de deepak tem muita importância como símbolo pois, tradicionalmente feita de cerâmica, representa o corpo humano porque assim como o barro, também viemos da terra. O óleo é queimado nela como um símbolo do poder da vida. Uma simples lamparina quando imbuída desta simbologia chama-se deepak e nos dá a mensagem de que toda e qualquer pessoa no mundo deve remover a escuridão da ignorância fazendo o seu próprio trabalho.Nos templos, sempre se oferece uma chama, significando que tudo que fizermos é para agradar a Deus.
Outro símbolo que causa curiosidade para os ocidentais é o Om, que representa o poder de Deus, pois é o som da criação, o princípio universal, entoado começando todos os mantras. Diz-se que os primeiros yoguis o ouviram em meditação, e esse som permeia o cosmos. É o número um do alfabeto, é o zero que dá valor aos números, é o som da meditação.
A flor de lótus, presente em muitas imagens, devido ao fato de crescer na água pantanosa e não ser afetada por ela representa que devemos ficar acima do mundo material apesar de viver nele. As centenas de pétalas do lótus representam a cultura da "unidade na diversidade".
A swastica, que causa estranheza quando é vista, pois para o ocidente é relacionada com o nazismo, é na verdade um símbolo de auspiciosidade, bem estar e prosperidade.Acima de tudo é uma bênção.
As divindades, com seus muitos braços, cada um deles carregando objetos ou armas, símbolos em si, como o lotus, livro, indicam as direções, a maioria representa os quatro pontos cardeais: norte, sul, leste e oeste. Qualquer poder do espírito supremo é chamado deus ou deusa, apesar de Deus ser Uno e Absoluto. Por isso são tantos, pois são muitas as manifestações de Deus.
RELIGIÃO
Outra coisa que é absolutamente importante para entendermos a cultura indiana é a crença na reencarnação, que para os hinduístas, assim como para muitas outras religiões, é um preceito básico e incontestável. Sómente considerando isso é que um ocidental pode entender o sistema de castas. Na filosofia indiana a vida é um eterno retorno , que gravita em ciclos concêntricos terminando no ceu centro, coisa que os iluminados atingem. Os percalços do caminho não são motivo de raiva , assim como os erros não são uma questão de pecado , mas sim uma questão de imaturidade da alma.. O ciclo completo da vida deve ser percorrido e a posição da pessoa em cada vida é transitória. Essa hierarquia implica em que quanto mais alto se chega na escala maiores são as obrigações.
A roda da vida cobra mais de quem é mais capaz. Um Brâmane, por exemplo, que é da casta superior, dos filósofos e educadores, tem uma vida dedicada aos estudos e tem obrigações com a sociedade.
As outras castas são: Kshatriya, administradores e soldados, Vaishya , comerciantes e pastores e Sudras , artesãos e trabalhadores braçais. Antigamente esse sistema de castas era seguido como lei, mas depois que Mahatma Gandhi, o grande personagem da libertação da India, contestou isso em nome dos direitos humanos, hoje na India a mobilidade social já se faz presente.
Mas nem tudo é hinduísmo na India.

Taj Mahal
O seu maior cartão postal, o Taj Mahal, é uma construção muçulmana, um monumento ao amor, pois foi construido pelo rei para sua amada que morreu prematuramente. É uma das maravilhas do mundo, feito com mármore branco e ricamente decorado com pedras preciosas.
O Islamismo é fundamentado sobre a crença de que a existência humana é submissão (Islãm) e devoção a Allah, Deus onipotente. Para os muçulmanos, a sociedade humana não tem valor em si, mas o valor dado por Deus. A vida não é uma ilusão, e sim uma oportunidade de bênção ou penitência. Para guiar a humanidadde, Deus deu aos homens o Corão, livro revelado através do Anjo Gabriel, ao seu mensageiro, o Profeta Maomé, por volta do ano 610 DC. Um século depois, houve a grande invasão a Sind, que hoje está fora da India, na região do Paquistão, onde a língua Urdu , introduzida naquela época na região, permanece até hoje .Devido a fatores políticos, o Islamismo se espalhou pelo norte e hoje temos um grande crescimento dos seguidores do Islãm por toda a India.
Por volta do século XV o Islam estava dominando o norte da India e se tornou muito intolerante, não admitindo a existência daqueles que não acreditavam na sua religião. Os hindus estavam vivendo em condições desumanas, sendo reprimidos e até massacrados e as mulheres eram maltratadas. Por outro lado os hindus , com suas divisões de classes, suas superstições e parafernália de rituais, depois de séculos de invasões e dominação, passaram a ser humilhados em seu próprio país, proibidos de construir seus templos e até velar seus mortos.
Nesse contexto surgiu o Guru Nanak , que mostrou que ambas as religiões estavam se distanciando dos princípios de Deus, de paz e amor na humanidade e inaugurou o Sikhismo, uma religião baseada em valores universais: amor, liberdade, dignidade, tolerãncia, harmonia, amizade, realização pessoal , auto confiança, serviço, caridade e sacrifício. Para um Sikh a geração de riqueza não é irreligioso, se for em benefício da sociedade e não apenas para si próprio. È uma fé baseada na realização de Deus dentro de cada um neste mundo e não depois da morte. .
O Budismo também se faz presente, já que a India é a terra onde nasceu Buda, e onde tudo começou. No tempo do Imperador Ashok, o grande rei unificador da Nação indiana, a maior parte se converteu ao Budismo, que alguns chamam de filosofia e não religião, pois não existe adoração a Deus e o ser humano é levado a conquistar a paz interior pelo caminho do meio, ou seja, o equilibrio. O sofrimento é causado pelo desejo e a prática da meditação é usada para aquietar a mente e procurar atingir o Nirvana, o estado de perfeita paz. As mais impressionantes representações do Budismo da época áurea se encontram nas cavernas de Ajanta e Ellora ,em Aurangabad. Esta última consiste em templos e monastérios erguidos pelos monges budistas , hinduístas e jainistas e contam a história das três religiões.
A vida do indiano é dividida em quatro fases, e essa divisão se chama Ashrama: a infãncia , a juventude, que é absolutamente devotada aos estudos, (não existe namoro nesta fase) , o tempo de se constituir familia, que é pela tradição arranjada pelos pais (este hábito está caindo em desuso com os tempos modernos) e na velhice a vida é dedicada à realização espiritual. Tal modo de vida mostra a grande importância dada ao conhecimento, e um grande número de indianos , apesar do alto índice populacional do país, e da pobreza que é conseqüencia disso, tem escolaridade e fala mais de uma língua.
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Quase tudo na India é espiritualidade, mas na verdade o grande propósito da cultura indiana é o conhecimento, e toda essa importância dada às religiôes se deve ao pricípio de que o propósito da vida na terra é sair da escuridão da ignorância e chegar à luz do conhecimento. O que muita gente não sabe é que o conceito do Zero nasceu na India, e também que a primeira Universidade , com o significado que a palavra deve ter, existiu em Nalanda, no estado de Bihar ,nos tempos ancestrais.
A matemática do modo como entendemos hoje em dia deve à India todo o seu fundamenrto,pois todo o sistema de numeração é indo-arábico, ou seja, os árabes buscaram na India e difundiram os algarismos que usamos até hoje. A fórmula de Bhaskara que foi criada na India é usada para resolver todas as equações de segundo grau.
A grande contribuição para o mundo além da filosofia , que faz parte da vida e todos os indianos, são os avanços na tecnologia da informação , pois a Índia hoje tem exportando Phd's na área de Softwares principalmente para a Europa e EUA. No Brasil, o Departamento de Microeletrõnica da Universidade de São Paulo, USP, o nosso Instituto de Pesquisas Espaciais, INPE, e o IPEN, Instituto de Pesquisas Nucleares contam com profissionais indianos em cargos importantes. No campo da pesquisa espacial, o telescópio Chandra, da NASA, que leva o nome do físico indiano, é superior em tecnologia ao Hubble, mais conhecido por ser responsável por telecomunicações.Outra área importante é a biotecnologia, campo que a India domina sobre muitos países.
ATUALIDADE
A contribuição da Inglaterra, país que colonizou a India, foi principalmente a introdução da lingua inglesa, que permite que haja uma língua comum falada em todos os estados, cada qual com sua lingua nativa. Mas, além disso, introduziram o sistema de trens , que cobre todo o país, o telégrafo e toda a modernização nas comunicações. A independência foi conquistada em 1947, após a célebre resistência pacífica liderada por Mahatma Gandhi, o grande personagem do século XX, que deu o exemplo para o mundo, ensinando que a paz é possível. Ele mobilizou a população a produzir os próprios tecidos, para mostrar que não precisavam depender da Inglaterra, por isso vemos sempre seu retrato com uma roca. Isso tornou-se um símbolo e hoje a produção e tecidos é um dos setores mais prósperos . A marcha do sal foi com a mesma intenção, provar que a India podia ser autosuficiente.
A auto-suficiência é uma realidade, principalmente com relação a alimentos. O fato de ter uma população em grande parte vegetariana, e mesmo os não vegetarianos não comerem carne de vaca porque ela é sagrada, faz com que os espaços não sejam ocupados com pasto, propiciando assim maior incentivo `a agricultura. Mesmo que muitas pessoas na India não tenham teto, talvez sapato, sempre existe comida fácil e barato, além da disposição de ajudar uns aos outros ser uma coisa natural no indiano.
Da mesma forma , a população cuida de sua própria segurança.É muito raro assaltos à mâo armada, situações de risco desta natureza, pois o povo religioso como todos sabem, tem uma atitude diferente da ocidental perante a miséria , talvez por ter uma cultura que não é baseda no "ter".Mas quando ocorre algo, os próprios cidadãos se encarregam de punir o delinqüente. Todos os templos exigem que se tirem os sapatos e estes são deixados do lado de fora. Mesmo com grande número de pessoas sem poder aquisitivo para comprar um sapato, estes não são roubados.
Outro aspecto da auto suficiência é o sistema de conselho municipal, chamado panchayati; cinco membros, geralmente mais idosos, portanto mais sábios, que cuidam dos assuntos da comunidade. Isso vem dos tempos ancestrais, decorrente dos clãs, que são chamados gotra, e foi caindo em desuso, mas a autoridade legal desses conselhos foi restaurada oficialmente em 1989 por Rajiv Gandhi. Não há melhor meio de se exercer uma educação em direitos democráticos do que a chance de exercitar eles mesmos. Dois milhões e meio de habitantes das vilas são eleitos para posições no panchayat e o governo exercido por pessoas comuns fazem da democracia um fenômeno genuínamente de massas
A democracia da India é a maior do mundo pela sua população, e o sistema político é parlamentar. Há duas câmaras, a câmara baixa ou "Câmara do Povo" (Lok Sabha) com 544 membros e a câmara alta ou "Conselho de Estados" (Rajya Sabha) co 245 membros . esta última não pode ser dissolvida. Há um Chefe de Estado e um Chefe de Governo, diversos partidos políticos e sindicatos.
CINEMA E ARTE
A Índia moderna, como todos os outros países, absorveu a cultura ocidental, mas talvez devido ao orgulho de sua identidade própria, sem perder as características culturais. Um grande exemplo é a indústria cinematográfica, que é a maior do mundo. O número de filmes feitos na India é maior que em qualquer outro país. A indústria cinematográfica surgiu em Bombay em 1913. Sete anos mais tarde produziu-se em Calcutá o primeiro filme em língua bengali e em 1934 foram inaugurados em Madras os estúdios destinadoss à produção de filmes em tâmil e telugo. Essa é a maior paixão do indiano. Os cinemas vivem lotados, eles adoram seus astros, e o estilo "bollywood" (Bombay é o pricipal centro cinematográfico) se faz presente nas ruas, com músicas que são presentes em alto e bom som em todos os lugares, o colorido que os indianos tanto gostam saindo dos saris, que ainda são uma constante, para as roupas ocidentalizadas, pelo menos nos grandes centros. Mas tudo tem a cara da India, não se vê uma invasão cultural como ocorre em outros países, que perdem a sua identidade em nome de serem modernos.
Esta diversidade colorida, esta mistura de línguas, religiões, saris e turbantes, além de arquiteturas diferentes, é o que o fazem da India este "Caldeirão Cultural".A princípio o ocidental acha que um sari é sempre igual ao outro, mas um olhar mais atento vai mostrar que conforme a região o modo de amarrar difere do outro, assim como dependendo da religião vemos os diferentes modos de se amarrar um turbante.
As religiões são o fator mais determinante nas expressões do povo, como podemos ver em todas as manifestações da arte. A literatura e a poesia nasceram como mais uma maneira de se conectar com o divino, assim como toda pintura ou escultura. Os poemas de Tagore e Kabir são lidos até hoje, e muitos quadros contemporâneos que podemos ver no Museu de Arte de Delhi fazem referência às tradições e mitos.
Apesar de tudo, quem imagina a India um país místico, com cheiro de insenso e cheio de guirlandas e santos vagando pelas ruas, deve saber que é tudo verdade, mas convivendo lado a lado com um povo extremamente progressista, que gosta da modernidade e com uma identidade cultural única no mundo.
Culinária
O incompáravel aroma da Índia, não consiste só na fragrância do jasmim, das rosas frescas ou do sândalo. É também, o aroma das especiarias, que são tão importantes na culinária local, sobretudo na preparação do famoso "curry".
O cozinheiro indiano possui mais de vinte e cinco tipos de especiarias em pó para preparar seus prato, que servem também como propriedades medicinais. Você poderá saborear vários pratos com verduras, dos quais existem várias receitas para poder prepará-los. Os pratos de carne são igualmente excelentes. O Rogan Josh ( cordeiro ao curry ), o Gushtaba ( almôndegas com especiarias ao molho de iorgute ) e o deliciosos Biryani ( Frango e cordeiro com arroz, com sabor de laranja, temperado com açúcar e água de rosas ). A culinária indiana é rica, cremosa e possui uma deliciosa mistura de especiarias. O sempre popular Tanduri ( frango, carne ou peixe temperados com ervas aromáticas e assados em forno de barro ) e os Kababs são especialidades do norte. No sul, você não pode deixar de experimentar o "chutney" de coco, nem o "sambar" com "idli"ou o "masala dosa" ( feitos com arroz fermentado e lentilhas ). Há também pratos extraordinários como o "vadasambar", o "bajji", o "raitas" ( iorgute com pepinos e menta ). O coco é um ingrediente importante da cozinha do sul da Índia.
Na costa oeste, há uma grande variedade de peixes e mariscos: o pato de Mumbai ( peixe conhecido como Bombloe, frito ou com curry ) e o "pomfret" ( salmão indiano ) são algumas entre as muitas especialidades.
Outras são o Dhan Sak ( cordeiro ou frango feito com lentilhas, ao curry ), o Parsi e o Vindalu na salmoura. O peixe também é importante na cozinha de Bengala, um exemplo é o Dahi Mach ( peixe ao curry com iorgute, comsabor de curcuma e gengibre ) e o Mailai ( lagostins ao curry, com coco ). No sul da Índia, a base da alimentação é o arroz, e no norte, são as tortas, como os Puris, os Chapatis e o Nan. Também é muito comum, o iorgute acompanhado de curry ou de uma variedade de "Lassi", açucarado ou com "masala".
Os principais doces são pudins feitos com leites, torytas e crepes. Em toda a Índia, pode-se saborear o Kulfi ( um sorvete típico indiano ), Rasgullas ( bolas de creme de queijo com sabor de água de rosas ), Gulan Jamuns ( farinha e leite com xarope doce ) e Jalebi ( lentilhas fritas, banhadas em caramelo ). Além disso, há uma grande quantidade de frutas tropicais e da zona temperada Também existem sobremesas ocidentais. É costume indiano comer coma as mãos ; mas, lembre-se que é somente com a mão direita.
Há também uma grande variedade de petiscos irresistíveis em cada esquina, como os Samosas, frituras, Dosa e Vada. Os turistas mais conservadores podem conseguir comida ocidental, em qualquer restaurante. O chá é a bebida favorita dos indianos, e suas variedades são famosas em todo o mundo. Geralmente, são preparados com açúcar e leite. O café é muito popular no sul. Existem bebidas refrescantes como o Nimbu Pani ( refresco de limão ), o Lassi ( creme de leite mesclado ) e a água de coco, bebida diretamente na fruta. Em todas as partes, você encontrará refrigerantes, agua mineral e bebidas alcoólicas ocidentais. A cerveja e a genebra indianas podem ser comparadas às melhores do mundo, e nào são caras Porém, você deve ter uma autorização para consumir álcool, em Tamil Nadu e em Gujarat.
A culinária indiana é imensa. Você encontrará comidas picantes ou não, conforme o seu gosto, e elas não são caras, mesmo nos hotéis de luxo. Não é de se surpreender que a culinária indiana é a terceira mais popular do mundo, e não será uma surpresa se ela vir a ser primeira.
Música
Música Clássica Indiana
A evolução da Música Indiana começa com os Vedas. Esta literatura datada aos milhares de anos foi composta na forma de poesia e era cantada com ritmo.
Essas melodias com o tempo integraram a vida inteira do ser humano desde o nascimento até a cremação e assim a música colocou o mito perto da criação e da natureza. Convivendo junto com a natureza o homem começou a aprender o efeito das notas nas estações do ano e isto o ajudou a transformar o trabalho em prazer, pois o canoeiro, o vaqueiro, o pastor, todos tem suas canções que pulsam no ritmo de seus trabalhos.
VEDAS - As sementes da Melodia
Entre os quatro vedas, o Samveda é considerado o melhor, inclusive no Bhagavad-Gita, onde Krishna diz: "Vedanam Samvedosmi" "Nos Vedas eu sou Samveda". Os mantras do Rigveda se chamam Ritcha. Quando estes mantras são cantados sem melodia ainda são chamados Ritcha, mas quando são cantados com notas são chamados Sam. Sa significa Ritcha ou Mantra, e Am significa Alap. Mantras cantados com Alap chamam-se Sam.
Os sábios escreveram o Sam, pensando no objetivo da música. O Mahamuni Bharat retirou do o Rigveda a partitura ou as letras do Samveda, do Yajurveda retirou a expressão corporal e do Atharvaveda os extratos, e assim, escreveu o Natya Shastra (o tratado sobre música e teatro).
Os Rágas
Milhares de anos atrás começou-se a desenvolver o conceito de Rágas. Através de profunda meditação e vivência com a natureza, percebeu-se que certo conjunto de notas deveriam ser invocadas a certas horas, e em certas estações. Esta correspondência é feita entre rágas e os períodos do dia (manhã, tarde e noite), e as estações do ano (primavera, verão etc.). Isto impulsiona a criatividade do músico na direção correta, pois lhe dá a consciência criativa necessária para todas as improvisações que são requisições fundamentais para a música indiana. Foi percebido também que a vibração de certas notas ou conjunto de notas e melodias provocam alterações nos chacras catalisando ou diminuindo suas funções. Estas alterações psicofísicas e energéticas modificam o estado de consciência do músico e do ouvinte.
A ciência moderna está chegando a conclusão de que, a maioria das doenças são psicossomáticas ou resultado de desequilíbrio de energias vitais que fluem dentro do corpo. Na antigüidade os sábios, sabendo o poder do som, usavam a música para restabelecer o equilíbrio energético.
A vibração das 22 artérias é representada por 22 shrutis, determinadas freqüências ou microtons, e os 12 principais shrutis representam doze notas. Cada um dos sons e combinação destes tem um certo efeito sobre a psique humana. Por exemplo, para todo tipo de expansão física e material são usadas os sampoorna rága (os arranjos de 7 notas), e para todo o tipo de redução, das doenças, comportamento violento, etc., são usados os shádava rága (os arranjos de 6 notas). Para um comerciante mal sucedido, serviria um rága diferente do que para um empresário, que queira expandir seus negócios; e para restabelecer o bom funcionamento dos rins não serviria o mesmo rága indicado para um tratamento de emagrecimento.
A música não só afeta aos seres vivos, mas altera o ambiente, o local, inclusive o clima. Existem rágas que tanto podem provocar o fogo, aparentemente trazendo-o do nada, como a chuva. E também mudar o comportamento de uma multidão violenta, para calma ou vice-versa. Na Índia, a música clássica também é utilizada para maiores obtenções na produção do leite de vaca, e para maiores colheitas, dando uma safra rica. Assim a música tem o poder de influenciar os três reinos e os cinco elementos.
Religião e Música Indiana
O Hindu Dharma (hinduísmo) na Índia é conceituado como uma filosofia da vida que esta baseada numa teosofia muito profunda e holística. Esta filosofia trata de todos os aspectos da vida humana como espiritual, social, moral, cultural, econômica, intelectual, etc.. tendo como base o karma e reencarnação e como objetivo o nirvana. Não tendo dogmas, doutrinas e mandamentos, esta filosofia deu uma grande liberdade de pensamento que por sua vez deu origem a diversas interpretações espalhadas por toda Índia, na forma de religiões e seitas. A maioria dos indianos que são hindus aceitam os princípios e disciplina originária dos vedas. Os vedas têm uma afinidade muito forte com música, por isto estabeleceu uma relação também muito forte entre religião e música.
Até hoje a Música Clássica está seguindo as tradições filosóficas milenares que é dar a cada músico a liberdade de improvisações em cima da disciplina rígida dos rágas. Essa liberdade inspirou a formação de clãs (gharanas) cada um criando seu próprio estilo, e o dever do discípulo é levar adiante o estilo do clã.
Música como lazer e divertimento
Música em principio é considerado como prece ou oração e alimento para alma. É um meio de atingir a consciência suprema. Mas nada impede a utilização deste meio para satisfazer os instintos a nível físico e serve para lazer e divertimento. Ao contrário do ocidente, a música popular e apreciada ouvindo, não em bailes e clubes de dança. A dança coletiva é reservada para festas religiosas e acontece nas ruas e praças nos ritmos de música folclórica. Nas apresentações de música clássica a sincronização entre músico e público provoca a tal concentração que todos perdem até a noção de tempo.
Música - Dança - Teatro - Cinema
Conforme a definição tradicional a música engloba o quadro vocal, instrumental e a expressão corporal que pode ser traduzida como dança e teatro. A dança clássica e popular (folclórica) tem seu próprio espaço na cultura indiana. Geralmente estas peças estão baseadas na mitologia.
A indústria cinematográfica indiana que anualmente produz aproximadamente 800 filmes quantidade igual a Hollywood, também tem grande participação em promover a música. Geralmente todos os filmes tem em média 7 canções baseados na música semi-classica e popular.
Estudo da Música
Existem escolas especializadas onde pode ser adquirido o ensinamento básico da música entre outras matérias. No nível universitário muitas universidades mantém os cursos de música. O curso de graduação geralmente dura quatro anos que da o titulo de bacharel e depois mais dois anos de estudo pode ser adquirido o titulo de mestrado. O tempo para obter o doutorado depende muito da competência de cada um.
Mas todos estes títulos e conhecimento teórico não garantem o sucesso na platéia como vocalista ou instrumentista. Para qual é necessário muita dedicação, prática e orientação e aprendizado com um competente guru.
Modalidades
A música indiana está dividida nas seguintes modalidades:
Clássica
Semi-clássica
Devocional
Folclórica
Popular
Música Clássica Tradicional nos tempos atuais
A Música Tradicional Clássica Indiana possui um amplo espaço no cotidiano. A música popular ocidental não tem profunda penetração na Cultura Indiana.
Como prova disso não existe nenhuma emissora, tanto de rádio como de televisão, que a transmita.
O que acontece na verdade, é uma fusão no sentido de adaptação instrumental, como exemplo: a guitarra, o sintetizador, o piano, etc.
Fonte: www.indiaconsulateorg.br
Índia
A Índia situa-se na Ásia e é limitada a norte pela China, Nepal e Butão, a leste por Myanmar, a sul e leste pelo Bangladesh e pelo Golfo de Bengala, a sul pelo Estreito de Palk, onde faz fronteira com o Sri Lanka, pelo Oceano Índico e pelo Mar das Laquedivas, a oeste pelo Mar da Arábia e a oeste e norte pelo Paquistão. É o segundo país mais populoso do mundo, com mais de 1 bilhão de habitantes. A sua capital é Nova Deli.
Tendo sido colonizada pela Inglaterra, a Índia tem como língua comum falada em todos os estados, o inglês. A introdução do sistema de linhas férreas e a modernização das comunicações devem-se também à presença inglesa no território.
Em 1947 a Índia conquistou a independência, após a célebre resistência pacífica liderada por Mahatma Gandhi, que provou que a índia era auto-suficiente.
A democracia da India é a maior do mundo pela sua população, e o sistema político é parlamentar. Existem duas câmaras, a câmara baixa ou "Câmara do Povo" (Lok Sabha) com 544 membros e a câmara alta ou "Conselho de Estados" (Rajya Sabha) com 245 membros. A câmara alta não pode ser dissolvida. Existe um Chefe de Estado e um Chefe de Governo, diversos partidos políticos e sindicatos.
Na atualidade, os avanços na tecnologia da informação devem-se em grande parte à Índia que exporta Phd's na área de Softwares principalmente para a Europa e EUA. Também a biotecnologia é uma área em que a Índia domina sobre muitos países. A produção e tecidos é um dos setores mais prósperos.
A Índia é uma das civilizações mais antigas do nosso planeta. Apesar da diversidade de línguas, hábitos e modos de vida existentes, este país mantém uma grande unidade no que respeita à cultura. O povo indiano é profundamente ligado ao sentimento de amor à sua nação e tem orgulho na sua civilização ancestral, motivo que contribui para manter vivas até hoje muitas tradições.
A existência de vários deuses adorados por diferentes segmentos da sociedade faz com que a tolerância religiosa seja algo inerente aos indianos acostumados a conviver com a diversidade, como as línguas diferentes faladas muitas vezes por vizinhos.
O Hinduísmo é a religião prevalecente na índia na medida em que tem muitos seguidores, seguindo-se o Islamismo e o Budismo. O Hinduísmo é tão antigo quanto a civilização da Índia. A palavra "hindu" é utilizada de forma incorreta para dizer "indiano", e toda a simbologia é vista pelos outros países como se representasse a própria Índia.
A principal mensagem desta cultura é a aquisição de conhecimento e o afastamento da ignorância. A ignorância representa a escuridão e o conhecimento a luz.
A religião ocupa um papel central na vida dos indianos. Para compreender a cultura indiana é fundamental compreender a sua crença na reencarnação, que para os hinduístas, assim como para muitas outras religiões, é um princípio básico e incontestável, só assim poderemos compreender o sistema de castas. Na filosofia indiana a vida é um eterno retorno, que gira em ciclos terminando no centro, atingido apenas pelos iluminados, ou seja, os que atingem o conhecimento. O ciclo total da vida deve ser caminhado, sendo o posicionamento da pessoa em cada vida transitória. De acordo com esta hierarquia, quanto mais alta a posição que se atinge, maiores são as obrigações.
As castas existentes são:
Brâmane (casta superior), filósofos e educadores.
Kshatriya, administradores e soldados.
Vaishya, comerciantes e pastores.
Sudras, artesãos e trabalhadores braçais.
Antigamente esse sistema de castas era considerado uma lei, mas após a presença de Mahatma Gandhi, o grande nome da libertação da Índia, que contestou isso em nome dos direitos humanos, hoje na Índia a mobilidade social já se faz presente.
A vida do indiano é dividida em quatro fases, que ilustram bem a sua procura de conhecimento de aperfeiçoamento espiritual:
A infância.
A juventude (completamente dedicada aos estudos).
O tempo de se constituir família (pela tradição o casamento é arranjado pelos pais, mas esta tradição está caindo em desuso com os tempos modernos).
A velhice (dedicação à realização espiritual).
A cultura indiana atribui grande importância ao conhecimento, e um grande número de indianos tem escolaridade e fala mais de uma língua, apesar da grande pobreza existente, consequência do elevado número populacional.
A Índia é um país devoto à espiritualidade e ao conhecimento e a importância atribuída à religião deve-se ao fato de que o propósito da vida na terra é sair da escuridão da ignorância e chegar à luz do conhecimento.


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