Vamos supor que você seja um médico cheio de compaixão. Quando um paciente vem ao consultório queixando-se de dor e medo, mesmo sendo um bom médico você não precisa sofrer com ele para ser amável.
Temos que saber a diferença entre vontade de amar e capacidade de amar. Talvez você seja motivado pela vontade de amar, mas se essa for sua única motivação, a outra pessoa sofrerá. Neste sentido, a vontade de amar ainda não é amor. Muitos pais amam os filhos. Mesmo assim, fazem com que eles sofram em nome do amor. Raramente conseguem compreender o sofrimento, as dificuldades, esperanças e aspirações dos filhos. Precisamos nos perguntar, "Será que estou realmente amando essa pessoa com base na compreensão que tenho dela ou simplesmente projetando minhas próprias necessidades?"
O amor não é simplesmente a intenção ou vontade de fazer alguém feliz, mas a capacidade de fazê-lo. Essa capacidade de amar é algo que precisamos aprender e cultivar. Olhe para dentro de si e reconheça o sofrimento que existe dentro de você. Se você conseguir reconhecer, abraçar e transformar seu sofrimento e suas dificuldades, estará amando a si mesmo. Com base nessa experiência, conseguirá ajudar o outro a fazer o mesmo, gerando um sentimento de alegria e felicidade." - Thich Nhat Hanh, em "Fidelity: How to Create a Loving Relationship that Lasts". (Trad. Denise Kato)
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