FRANZ LISTZ - O MAIOR PIANISTA DE TODOS OS TEMPOS

Franz Liszt
Franz Liszt (pronuncia-se Lisst), em húngaro Liszt Ferenc, (Doborján, Reino da Hungria, 22 de outubro de 1811Bayreuth, 31 de julho de 1886) foi um compositor e pianista teuto-húngaro do Romantismo. Liszt foi famoso pela genialidade de sua obra, pelas suas revoluções ao estilo musical da época e por ter elevado o virtuosismo pianístico a níveis nunca antes imaginados. Ainda hoje é considerado um dos maiores pianistas de todos os tempos, em especial pela contribuição que deu ao desenvolvimento da técnica do instrumento.
Biografia
 Origem
Franz Liszt nasceu em 22 de outubro de 1811 no vilarejo de Raiding (em húngaro: Doborján) no Reino da Hungria (então no Império Habsburgo, hoje parte da Áustria), no comitato de Oedenburg (em húngaro: Sopron). Foi batizado em latim com o nome "Franciscus", mas seus amigos mais próximos sempre o chamaram de "Franz", a versão alemã de seu nome. Era chamado de "François" em francês, "Ferenc", "Ferencz" ou "Ferentz" em húngaro; no seu passaporte húngaro de 1874, o nome registrado era "Dr. Liszt Ferencz". Seus pais eram Adam e Anna Maria Liszt.
Liszt cresceu em Raiding, parte de Burgenland. A língua tradicional daquela região era alemão, e apenas uma minoria sabia falar húngaro. Oficialmente, latim era utilizado. Seu pai, Adam Liszt, tivera aulas em húngaro no ginásio de Pozsony (agora Bratislava, capital da Eslováquia), mas ele não aprendeu quase nada nelas e sempre tinha notas terríveis. Apenas a partir de 1835 as crianças de Raiding passaram a ter aulas de húngaro na escola. O próprio Liszt era fluente em alemão, italiano e francês; também tinha um pequeno domínio de inglês, mas seu húngaro era muito precário. Nos anos 1870, quando todos os habitantes da Hungria foram forçados a aprender húngaro, Liszt tentou aprendê-lo, mas desistiu depois de algumas aulas.
A nacionalidade de Liszt foi causa de muita intriga e discussão. De acordo com pesquisas, seu bisavô, Sebastian List (o pai de Liszt acrescentou a letra "z" ao sobrenome da família, e esta versão foi adotada pelo avô de Liszt), era um alemão que resolveu morar na Hungria no século XVIII. Como a nacionalidade de uma pessoa nascida na Hungria na época era herdada, seu avô e seu pai, Georg List e Adam List também seriam alemães. Seguindo este raciocínio, Liszt também deveria ser considerado alemão. A mãe de Liszt era austríaca, e a cidade de Liszt hoje pertence à Áustria.
Hoje, ele é considerado alemão por algumas pessoas, mas quando perguntado sobre sua nacionalidade, Liszt sempre respondia com orgulho que era húngaro, mesmo sem sequer falar a língua; durante toda sua vida usou seu passaporte húngaro para viajar. Este fato fez com que ainda hoje a maioria pense que ele era completamente húngaro.
Início da vida
Era sonho do próprio Adam Liszt se tornar músico. Estudara piano, violino, violão e violoncelo. No inverno entre 1797 e 1798, enquanto estudava filosofia na Universidade de Pressburg, estudou instrumentação com Paul Wigler; infelizmente, devido à sua falta de recursos financeiros, teve de desistir dos estudos. Logo no dia 1 de janeiro de 1798, ele passou a trabalhar para o Príncipe Nikolaus II Esterházy. Entre 1805 e 1808, ele trabalhou em Einsenstadt, onde o príncipe Esterházy (que vivia em Viena) tinha uma casa de férias com uma orquestra. Até 1804 essa orquestra foi regida por Franz Joseph Haydn, e a partir desta data até 1811, por Johann Nepomuk Hummel. Em várias ocasiões, Adam Liszt tocou nela como segundo violoncelista. Em 13 de setembro de 1807, a orquestra executou a Missa em Dó Maior de Ludwig van Beethoven, regida pelo próprio. Adam Liszt conhecia Joseph Haydn, Johann Nepomuk Hummel e Ludwig van Beethoven. Para ele, os vienenses clássicos haviam atingido o nível de musicalidade mais alto.
O próprio Liszt, quando adulto e artisticamente maduro, dizia muitas vezes que as experiências musicais mais importantes da sua infância foram as performances de artistas ciganos. Porém, o repertório que ele teve de estudar no Piano era bem diferente da música dos ciganos. Uma carta de 13 de abril de 1820 de Adam Liszt para o Príncipe Esterházy diz que ele comprou cerca de 8800 páginas de partituras dos maiores mestres da música. Durante os 22 meses que se seguiram, Liszt já havia estudado as obras mais tecnicamente complexas de Johann Sebastian Bach, Wolfgang Amadeus Mozart, Beethoven, Hummel, Muzio Clementi, Johann Baptist Cramer, dentre outros. Já que o garoto já havia ficado doente várias vezes, é impressionante saber que ele tocou todas estas obras, mas ele havia começado no verão de 1818, mais ou menos com sete anos. Progrediu extraordinariamente rápido. Em outubro de 1820, no velho cassino de Sopron, ele participou de um concerto do Violinista Baron van Praun, este também um prodígio. Na segunda parte do Concerto, Liszt tocou um Concerto em Mi Bemol Maior de Ferdinand Ries, e uma improvisação dele mesmo, com muito sucesso.
Em novembro de 1820, Adam Liszt teve uma oportunidade ainda maior de mostrar ao público o dom de seu filho. Em Pressburg, a Dieta se encontrou pela primeira vez após um rompimento de 13 anos. Em 26 de novembro, Liszt deu um concerto para uma audiência de aristocratas e membros da alta sociedade. Um grupo de magnatas assegurou um pagamento anual de 600 gulden durante seis anos para que o garoto pudesse estudar no exterior.
Adam Liszt já havia pedido ajuda ao Príncipe Esterházy em 4 de agosto de 1819 para educar seu filho. Nessa petição, ele estimou um gasto anual que ficaria entre 1300 e 1500 gulden. Ele não esperava que o Príncipe fosse pagar essa quantia, mas também pediu uma posição em Viena. Assim, Adam poderia ganhar dinheiro por conta própria enquanto seu filho teria aulas com um grande mestre do Piano. A petição foi apoiada por Hofrat Johann von Szentgály, um oficial. Mas como não havia vagas para o trabalho em Viena, a petição foi negada pelo Príncipe. Os 600 gulden oferecidos pelos magnatas em novembro de 1820 eram insignificantes comparados aos gastos de 1500 anuais. Nada aconteceu pelo próximo um ano e meio. Em 6 de maio de 1822, Adam Liszt pediu em uma petição por um ano de ausência. Quando o Príncipe aceitou esta, Adam Liszt já havia vendido tudo que ele possuía em Raiding. Em 8 de maio de 1822, a família Liszt foi para Viena.
Em Viena, o jovem Liszt frequentou aulas de Piano com o grande Carl Czerny, que fora aluno de Beethoven em sua juventude. Czerny comentou em seu "Lebenserinnerungen" (Memoires) que ficou impressionado com o talento de Liszt ao Piano, mas que o garoto não tinha qualquer conhecimento de dedilhados apropriados, e seu jeito de tocar era caótico. Czerny, de primeira, mostrou a Liszt algumas das Sonatas mais fáceis de Clementi e mandou tocá-las. O garoto tocou-as sem qualquer dificuldade, mas não entendia que tinha de trabalhar nos detalhes da execução e da expressividade. O professor e seu aluno também tinham opiniões diferentes quanto a dedilhados usados para as obras tocadas. Há boatos de que o garoto em uma tentativa de escapar das odiadas aulas escreveu dedilhados complexos e difíceis para as obras e os mostrou ao seu pai, alegando que eles haviam sido escritos por Czerny. Havia se tornado "óbvio" que Czerny não tinha noção do que manda seus alunos fazerem, e Liszt deveria parar de ter aulas com ele. Após isso, Adam Liszt conversou com Czerny e seu filho, e as aulas prosseguiram.
Pouco depois, Liszt foi ouvido em círculos privados. Sua estreia em Viena foi em 1 de dezembro de 1822, em um concerto na "Landständischer Saal". Liszt tocou um Concerto em Lá Menor de Hummel e também uma improvisação numa Ária da Ópera de Rossini "Zelmira" e também o Allegretto da 7ª Sinfonia de Beethoven. Em 13 de abril de 1823, ele deu um concerto famoso na "Kleiner Redoutensaal". Dessa vez, tocou um Concerto em Si Menor de Hummel, variações de Moscheles e uma improvisação dele mesmo. Diz uma lenda que Beethoven ficou tão impressionado com a técnica e o virtuosismo precoce do garoto que o felicitou no palco, dando-lhe um beijo na testa. Porém, algumas fontes dizem que Beethoven nem sequer subiu ao palco, e alguns registros de Beethoven mostram que ele não compareceu ao concerto.
A partir de julho de 1822, Liszt passou a ter aulas de composição com Antonio Salieri. De acordo com uma carta de Salieri ao Príncipe Esterházy que data de 25 de agosto de 1822, até então ele havia introduzido o garoto a alguns elementos da teoria musical. Mais aulas viriam depois destas. Já que os admiradores do garoto o tratavam como um novo Mozart ou Beethoven, Salieri havia aceitado uma tarefa nada fácil.
Na primavera de 1823, quando o ano de ausência concedido a Adam Liszt estava chegando ao fim, este pediu em vão ao príncipe mais dois anos. Adam mais tarde pediu demissão ao Príncipe, e no fim de abril de 1823, a família voltou pela última vez à Hungria. Liszt deu concertos em Pest nos dias 1 e 24 de maio. Também participou de concertos nos dias 10 e 17 de maio no "Königliches Städtisches Theater" e em 19 de maio na "vergnügliche Abendunterhaltung" (uma tarde de música). Neste último evento, Liszt tocou um arranjo para Piano da Marcha de Rackózy, algumas danças húngaras e peças de Csermák, Lavotta e Bihari. No fim do mês, a família voltou a Viena.

Liszt tinha tentado escrever a sua Sinfonia revolucionária já em 1830;mas no início da sua vida adulta centrou os seus interesses principalmente na sua carreira como intérprete. Em 1847, Liszt era famoso na Europa como um virtuoso pianista.[2] A «Lisztomania» percorria toda a Europa, e a carga emocional dos seus recitais converteram os concertos em «algo místico em vez de serem eventos musicais sérios» e a reacção de muitos dos ouvintes poderia ser descrita como histérica.O musicólogo Alan Walker afirma que «Liszt era um fenómeno natural e a gente era dominada por ele… Com a sua cativante personalidade, a sua larga melena de cabelo solto criou uma encenação assombrosa. Havia muitos testemunhos para declarar que a sua interpretação tinha melhorado realmente o estado de ânimo da audiência a um nível de êxtase místico».Os pedidos para realizar concertos «aumentaram exponencialmente» e «cada aparição pública provocava a procura de outra dúzia».Liszt desejava compor música, como trabalhos orquestrais a grande escala, mas acabava por não ter tempo para o fazer devido às suas viagens como virtuoso do piano. Em Setembro de 1847 Liszt deu o seu último recital público como artista contratado, e anunciou a sua retirada do circuito de concertos, instalando-se em Weimar, onde tinha sido Kapellmeister honorífico em 1842, para trabalhar nas suas composições.
Relação com a princesa Carolyne zu Sayn-Wittgenstein
A princesa russo-polaca 'Carolyne zu Sayn-Wittgenstein nasceu em 1819 e morreu em 8 de março de 1887 em Roma, ficou conhecida por sua dedicação a Franz Liszt, o grande sedutor, com quem se reuniu em Kiev em 1847, durante uma de suas turnées. O encontro correspondeu ao desejo de Liszt de parar qualquer composição orquestral.
O Grão-duque de Weimar, tinha oferecido a Liszt um cargo de prestígio de Kapellmeister, e a princesa juntou-se a ele em fevereiro de 1848, vivendo juntos durante muitos anos. Carolyne era, então, independente do seu marido desde há algum tempo.
A Igreja Católica Romana eventualmente quis que a princesa casasse com Liszt e regularizasse a sua situação, mas por ela estar ainda casada e o marido estar ainda vivo, a princesa teve que convencer as autoridades católicas de que seu casamento tinha sido inválido. Depois de um intrincado processo, foi temporariamente bem sucedida (Setembro de 1860). Estava previsto que o casal iria se casar em Roma, em 22 de outubro de 1861, 50.º aniversário de Liszt. Liszt, tendo chegado a Roma em 21 de outubro de 1861, descobriu que a princesa, no entanto, era incapaz de se casar com ele, pois parece que tanto o marido dela como o Czar da Rússia conseguiram revogar a permissão para o matrimónio no Vaticano.
O governo russo também apreendeu várias das suas propriedades (que tinham milhares de servos), o que fez com que o seu casamento eventual com Liszt, ou qualquer outro, fosse inviável. Além disso, o escândalo teria prejudicado seriamente a sua filha, claramente a razão principal pela qual o príncipe pôs fim ao casamento agendado.
Posteriormente, o seu relacionamento com Liszt tornou-se uma companhia platónica, especialmente depois que ele ter recebido ordens menores na Igreja Católica e se tornar abade.
O casal aumentou a influência da música na cidade convidando muitos músicos, incluindo várias vezes Hector Berlioz, que conversou com a princesa em correspondência nos anos 1852-1867. Ela foi especialmente encorajadora para que Berlioz escrevesse Les Troyens, que é dedicada a Virgílio (Virgílio Divo), mas também à princesa Carolyne Sayn-Wittgenstein.
O escândalo causado pelo facto de que Liszt "frequentava" uma mulher casada, ajudou depois a este mudar-se para Itália em 1860. Eles não eram casados, pois a princesa não começou um divórcio. A sua presença durou cerca de quarenta anos. Faleceram com oito meses de diferença, o que fez deles um par lendário, como George Sand e Alfred de Musset.
 Principais Obras
Foi o criador do poema sinfônico, muito popular no século XIX. No campo da música sacra salientam-se as 4 oratórias: S. Isabel, S.Stanislaus (incompleta), Christus, e a vanguardista Via Crucis. Escreveu duas sinfonias, a Sinfonia Dante, inspirada na Divina Comédia de Dante Alighieri, e a Sinfonia Fausto, composta por diferentes quadros que caracterizam as personagens de Fausto, do escritor romântico alemão Goethe.
Liszt também escreveu inúmeros lieder e peças para música de câmara, das quais se devem destacar as para violino e piano.
A sua Sonata em Si menor, apesar de não ter agradado a Johannes Brahms, que diz ter adormecido durante a sua execução, é provavelmente a obra maior do compositor húngaro. Também muito populares são suas rapsódias húngaras para piano. A Rapsódia n.º 2, a mais conhecida delas, tornou-se muito popular até como trilha sonora de desenhos animados. No compêndio de peças para piano Liebesträume ("Sonhos de Amor") produzido a partir de poemas de Ludwig Uhland e Ferdinand Freiligrath, destaca-se a n.º 3, conhecida como Liebestraum (singular "Sonho de Amor") a qual faz parte do repertório de aclamados pianistas como Lang Lang, Richard Clayderman, Evgeny Kissin, e Valentina Igoshina.
Bibliografia
  • Humphrey Searle. The New Grove Dictionary of Music and Musicians: Liszt, Franz. [S.l.]: Macmillan. vol. 20. ISBN 0-333-23111-2
  • François-René Tranchefort. Guia da Música Sinfónica (em português). 1.ª ed. Lisboa: Gradiva, 1998. 903 p. 9-726-62640-4
Fonte : Wikipédia

CURIOSIDADES
Contam que certa vez, durante uma recepção em um palácio, o chapéu de Liszt caiu, rolando escada abaixo. Uma princesa russa, aproximando-se de Lizst, exclamou: "Oh, seu chapeu caiu, senhor!". Ele respondeu: "Deixe! Por cause de seu encanto já perdi a cabeça, de modo que o chapéu não me serve mais".
Assim era Liszt. Amado pelas mulheres, admirado pelos homens, Franz - ou Ferenc, em húngaro - nasceu a 22 de outubro de 1811, em Haiding, na Hungria. Seu pai era administrador da famosa família Esterházy, para que o músico Joseph Haydn trabalhou toda sua vida.
Seu talento precoce ao piano surpreendeu a nobreza local. Ao tentar entrar para o conservatório de Paris, foi impedido pelo diretor "por ser estrangeiro". O diretor era o italiano (?) Luigi Cherubinni... Sem se abater, estuda com professores particulares. Festejado como virtuose, foi para Viena, a fim de aperfeiçoar seus conhecimentos. Estudou com Antonio Salieri e Carl Czerny, este último, por sua vez, aluno de Beethoven.
Decide ficar em Paris, onde seu talento como virtuose destaca-se. Sua técnica ao piano é insuperável. Executa à primeira vista partituras dificílimas. Suas próprias músicas são também de extrema dificuldade. Seu pai morre em Paris, mas Liszt decide ficar na cidade. Em pouco tempo, torna-se presença constante nos meios artísticos e intelectuais da cidade-luz. Entre seus amigos encontramos Chopin, Berlioz, Schumann, Victor Hugo, Lamartine, Heinrich Heine e outros grandes nomes do movimento Romântico, do qual Liszt é um dos expoentes máximos.
Em 1842 vai para Weimar, assumindo o cargo de mestre-capela (uma espécie de diretor musical). Essa mudança é fundamental em sua vida: passa a ter um crescente interesse pela música orquestral e pela ópera italiana. Nessa época conhece um músico que ainda terá grande importância: Richard Wagner
Ao mesmo tempo que o Liszt pianista era amado pelos artistas da europa, o Liszt homem não foi esquecido pelas mulheres. De um encontro na casa de Chopin nasceu a paixão pela condessa Marie d'Agoult, com quem teve três filhos: Blandine-Rachel, Daniel e Cósima - futura esposa de Wagner.
Sob seus auspícios, Weimar destaca-se como centro de peregrinação musical. Inúmeros compositores vêm até essa cidade, sequisos de conhecer o famoso pianista húngaro. Mas nem tudo vai bem. Após alguns anos de convívio comum, Lizst rompe com a condessa d'Agoult. Em 1861, Lizst deixa a corte deWeimar, partindo para Roma, com a intenção explícita de se tornar padre. Recebe as ordens menores em 1865, mas não chega a ser sagrado padre.
Logo está de volta a sua vida normal: turnês de concertos e novos casos amorosos. O último deles, com a princesa Carolina Von Saint-Wittgenstein, termina com a recusa do Papa em legalizar sua união. O "abade" Liszt, como gostava de ser chamado, entra na última fase de sua vida.
Verá ainda sua filha Cosima, após uma série de problemas, abandonar seu marido, o ex-aluno de Lizst Hans Von Bellow em favor de Wagner. Presenciará, em Bayreuth, o triunfo de seu genro. Falece nesta mesma cidade, em 31 de julho de 1886
Obras
As principais composições de Lizst, assim como as de Chopin, estão voltadas para o piano. Todavia, além das incontáveis obras dedicadas a esse instrumento, Liszt foi o criador de uma forma musical que seria adotada por dezenas de outros compositores: o Poema Sinfônico. Todavia, o que garante a fama atual de Lizst e sua divulgação á públicos mais amplos são suas rapsódias húngaras - cuja número dois era muito utilizada em desenhos animados.
Podemos destacar, dessa maneira: o Concerto para Piano em mi Bemol, os poemas sinfônicos Os Prelúdios, Orfeu, Mazzepa, As Rapsódias Húngaras números 2 e 5 - que, embora escritas para piano, são melhores em sua transcrição para orquestra, feitas pelo próprio Lizst -, a Dança Macabra, para piano e orquestra, e a brilhante Fantasia Húngara, também para piano e orquestra.
Infelizmente as duas sinfonias de Liszt não tem o destaque que merecem em sua produção. Tanto a Sinfonia Fausto quanto a Sinfonia Dante são na verdade grandes poemas sinfônicos, inspiradas, respectivamente, no Fausto de Goethe e na "Divina Comédia" de Dante. Essa inspiração sinfônica é descendente direta da Sinfonia Fantástica de Berlioz, obra que Liszt muito admirava. Um detalhe: no Brasil, até onde sei, não existe nenhuma loja que tenha a Dante Sinfonia em CD.
Fonte : http://www.malhanga.com/

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