O rei Artur e seus cavaleiros da távola
redonda
é um conto clássico sobre um rei que viveu há muito tempo e que era amado pelo seu povo. Havia também os fiéis cavaleiros que foram conhecidos como os cavaleiros da távola redonda. O salão onde se realizavam suas reuniões tinha no centro, uma távola redonda onde somente os mais nobres deles se sentavam. Os cavaleiros que quisessem ter um assento nesta távola tinham que conquistar este assento, conseguido por meio de uma ação nobre. Um dos cavaleiros mais famosos da távola redonda era Sir Lancelot. Um cavaleiro hábil e forte, que embora fosse muito fiel ao rei amava a rainha. Há também, muitos outros cavaleiros bravos que empreenderam muitas proezas audazes apenas por causa de seu querido rei. Há também o personagem famoso Merlin o mágico, que também foi respeitado e amado por todos. O rei Artur tornou-se rei depois que conseguiu tirar a espada chamada Excalibur de dentro de uma pedra onde havia uma inscrição - “ aquele que conseguir tirar esta espada desta pedra será o rei de Inglaterra por direito.” De acordo com a história o jovem Artur com calma tirou fàcilmente a espada da pedra causando perplexidade a todos. É uma história muito interessante para ler, com pequenos toques de tudo incluindo a mágica e muito de ação.
A Lenda
Há muito tempo atrás, as ilhas Britânicas eram uma terra conhecida como Logres, rebatizada para Bretanha, em virtude da chegada dos romanos. Como era comum a seu império, Roma começou o processo de colonização da ilha, e lei e ordem instalaram-se em sua nova colônia. Junto com o progresso, vieram também a religião cristã e seus inevitáveis conflitos com os povos pagãos, cujas crenças acreditavam nos espíritos da terra.
Com a queda do império cerca de 400 anos depois, os romanos abandonaram a ilha, deixando à margem uma ampla vantagem para piratas europeus dominarem o território. Embora líderes se opusessem aos invasores, seu poder de revide não era suficiente. Feudos foram criados, e o povo sentia cada vez mais uma necessidade de alguém, um rei que pudesse unificar as ilhas e trazer novamente a prosperidade e à paz. No meio de todo estes conflitos surgia um jovem de nome Uther, que começava a reunir forças contra o rei Vortigen, que manipulava saxões e dinamarqueses a seu favor em troca da exploração da terra. Sua fama se espalhou e os feudos aos poucos iam juntando-se a seu reinado, e a Bretanha dava sinais de prosperidade futuramente.
Uther era auxiliado por um conselho de reis e cavaleiros, mas Merlin era o principal de todos eles. Ajudou o jovem Uther em muitas ocasiões, inclusive a aproximar-se daquela que seria sua futura esposa, a Duquesa Igraine, do condado da Cornualha. Uther matou o duque com a ajuda de Merlin, para que não caísse em seus ombros a culpa do crime. Embora tudo florescesse como um novo amanhecer para as ilhas, logo após o filho de Uther nascer, Merlin o chamou.
O mago foi direto em sua colocação: sabia que o fim de Uther estava próximo, e temia pela vida do jovem Arthur. Tomado por grande dor, Uther concordou em que Merlin escondesse seu filho, para que pudesse reclamar o trono quando fosse chegada a hora. Não tardou até que Uther fosse acometido de uma febre que ceifara-lhe a vida. Seus homens passaram a duelar entre si, e os saxões, contemplando o novo caos que se instalava, trouxeram seus exércitos, e conquistaram mais e mais postos. Arthur fora entregue sob os cuidados de Sir Hector, um nobre cavaleiro e tomado como filho adotivo.
O tempo passou e cerca de dezoito anos depois, surge Merlin dos vales profundos da região de Gales, fazendo um caminho reto até Londres. Ao chegar, mandou uma mensagem ao arcebispo da Cantuária, que um novo rei estava para surgir, e ele seria ainda mais glorioso que Uther sequer imaginaria ser. Dias de paz se aproximavam e todos os nobres deveriam comparecer à catedral no dia do nascimento de Cristo para saber quem ele seria. E o prestígio de Merlin era tamanho que ninguém, pagão ou cristão era louco o suficiente para desfazer de suas palavras. No dia marcado, todos encontravam-se dentro da catedral quando ao sair encontraram uma espada incrustada numa pedra com os seguintes dizeres:
"Aquele que arrancar da pedra essa espada será o legítimo rei de toda a Bretanha".
E eis que muitos tentaram e nenhum deles conseguiu. Indagavam entre si quem seria capaz de fazê-lo. Merlin sugeriu um torneio, a ser realizado no ano novo, para facilitar a procura. Logo a notícia se espalhou e cavaleiros de todas as localidades convergiam até Londres, na esperança de ser aquele que conseguiria realizar a façanha. Sir Hector também viera para o torneio, e trouxera Arthur, que servia de escudeiro para Kay, seu irmão adotivo. Com o torneio prestes a começar, Kay notara uma falha imperdoável: na pressa de competir, esquecera sua espada na estalagem onde estavam. Pediu a Arthur que fosse buscá-la sem demora, mas qual a surpresa do jovem e encontrar o local fechado, sem ninguém para abri-lo. No caminho de volta, Arthur encontrou a espada enterrada na pedra, e na pressa de ajudar Kay, não pensou muito: desceu do cavalo, puxou a espada sem muito esforço e, sem ter tempo para ler o que estava escrito na pedra, voltou rapidamente para o torneio.
Kay, ao ter a espada em mãos logo a reconheceu, e um tumulto se formou. Ninguém acreditava que Arthur, um menino, conseguiria fazer tamanha façanha. Voltando ao local, depositaram a espada novamente em seu lugar e todos tentaram, mais uma vez, um a um. Somente Arthur foi capaz de fazê-lo, mais uma vez, e quantas vezes foram necessárias até que o povo o aclamasse rei, e os demais, vendo que não poderiam governar com a antipatia do povo, reconheceram como Rei de toda a Bretanha.
Mas, para governá-la, era preciso unificá-la. Arthur, reino após reino, ia juntando aliados, derrotando inimigos e trazendo paz e esperança. Uma ordem formou-se no dia de seu casamento – A Ordem da Távola Redonda – reunindo os melhores cavaleiros de todo o reino. Juntos eles aumentavam ainda mais a popularidade e o senso de justiça do Rei Arthur. Não tardou para que a Bretanha atingisse sua meta de unificação, e o rei só não ousou adentrar mar adentro e conquistar outras terras pois temeu por traição.
Mas, manter a paz é mais difícil que conquistá-la, principalmente com conspiradores dentro do reino. Um de seus opositores era a sua Morgana, sua meia-irmã. Ela, e mais o ócio a que os cavaleiros se submeteram após a unificação das ilhas levou-os a um ostracismo tamanho, no qual intrigas da corte – o amor de Lancelot pela Rainha Guinevere, o desaparecimento de Merlin – contribuíram, para que em algum tempo, cada um tentasse rebuscar uma glória que não existia mais. A busca pelo Santo Graal – o cálice que Cristo usou em sua última ceia – foi uma tentativa nobre pelos fins, mas jamais pelos meios. Incontáveis cavaleiros perderam suas vidas nesta busca, e assim que Galahad, filho de Lancelot conseguiu arrebatá-lo, o reinado de Arthur e a ordem da Távola não passavam de simples fantasmas. A decadência tomou conta da terra que um dia se chamou Logres.
Em batalha com seu filho Mordred, Arthur foi mortalmente ferido, e então, de forma tão majestosa como aparecera, desapareceu dos olhos humanos numa barca em direção à Avalon, uma terra mágica de onde lhe fora confiada Excalibur, a mais poderosa de todas as espadas.
Em seu lábio, uma promessa. A de voltar quando sua terra necessitasse.
Não foi o fim da lenda. Mas o começo.
CAVALEIROS
Quando se vem a mente a era da cavalaria, com nobras cavaleiros em armaduras brilhantes, belas damas, torneios e justas, menestréis e contos de bravura, honra e amor, logo se lembra da lenda de Rei Arthur e seus Cavaleiros da Távola Redonda: Percival, Galahad, Lancelot e outros.
As lendas arturianas são parte da mitologia de origem celta mais tardia, fundida com o cristianismo. Se Arthur foi ou não uma figura histórica real ainda é tema de muito debate, embora provavelmente tenha sido um poderoso e bem sucedido senhor Galês que viveu no período turbulento depois da retirada romana da Bretanha, em cerca de 410 a.C. Porém nas lendas, Rei Arthur, mortalmente ferido em uma batalha devastadora contra seu maligno parente Mordred, agora descansa no mundo de Avalon, aguardando seu retorno triunfante
A Busca Pelo Cálice Sagrado
O cálice sagrado era o que se acreditava ser aquele usado por Jesus Cristo durante a Santa Ceia e que também foi usado para recolher seu sangue quando foi perfurado por uma lança durante sua crucificação. José de Arimatéia, o homem rico que permitiu que sua tumba fosse usada para Cristo, supostamente teria ficado com o cálice e o levada para a Bretanha, aonde o mesmo se perderia. Diziam-no perdido por efeito dos pecados humanos mas muitos acreditavam que estava oculto na Inglaterra e a busca pelo cálice sagrado era para encontrar aonde. Os cavaleiros da távola redonda estavam em contínua busca por este artefato sagrado.
Algumas Figuras Importantes Das Lendas Arturianas:
· Rei Arthur – Além da possibilidade de ter sido baseado em um governante real, Arthur na mitologia tinha vários papéis, principalmente o de defensor da Bretanha, contra forças reais e imaginárias. Portava a famosa espada Excalibur e reinava de seu famoso castelo Camelot.
· Merlin – Mágico, sábio e guia de Arthur e dos cavaleiros, era uma figura enigmática. Algumas lendas contam até mesmo que suas origens seriam da mistura entre humanos e demônios. Tinha poderes mágicos, diziam que podia mudar de forma.
· Guinever – Rainha de Camelot e esposa de rei Arthur, mas que depois se apaixonaria pelo cavaleiro Lancelot, em um caso de amor que causaria a ruína do reino. Quando Arthur parte para a guerra contra Lancelot, Mordred se aproveita de sua saída e tenta tomar a rainha e Camelot.
· Sir Lancelot – Um dos mais famosos e hábeis guerreiros dentre os Cavaleiros da Távola Redonda, foi também um dos causadores da queda do reino ao se envolver com a rainha Guinever. Após a morte de Arthur e um encontro final com sua amada, assim como ela, ele parte para uma vida de reclusão.
· Sir Galahad – O galante e puro Galahad era filho ilegítimo de Lancelot e foi o responsável por alcançar o cálice sagrado, com a ajuda de Sir Bors e Sir Percival. Considerado o mais perfeito dos cavaleiros, ele foi levado para o paraíso por José de Arimatéia, com o cálice.
· Sir Percival – Percival o inocente, foi mantido alheio ao mundo por sua mãe, mas quando criança avistou cavaleiros e devidiu tornar-se um. Seguiu-os a Camelot e depois de testes de bravura se tornou um dos maiores entre os cavaleiros, sendo um dos que acompanhou Sir Galahad na busca pelo cálice.
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