Foto: DINO
Sagrado Feminino: como
as mulheres estão resgatando seu papel na sociedade
Na Antiguidade, devido sua
capacidade cíclica, de reprodução e de criar a vida do próprio corpo, a mulher
possuía um papel sagrado na sociedade.
No decorrer dos séculos, a
figura feminina foi rebaixada ao trabalho doméstico e cuidados do lar por conta
do patriarcalismo. Atualmente, graças às lutas contemporâneas e mudanças
sociais, elas vêm conquistando, pouco a pouco, maior reconhecimento e
autonomia, em casa e no mercado de trabalho.
Mesmo assim, segundo
Morgause Lisetta, psicóloga e guardiã do Sagrado Feminino, as mulheres precisam
adotar uma postura masculina para possuir um lugar em uma sociedade injusta.
"Ao
mesmo tempo ressurgiu na mulher a necessidade de mostrar que é tão competente
quanto os homens, mas que existe energias diferentes, a Yin e a Yang, e com
isso vem o resgate a mulher feminina, a curadora, a amorosa, a filha, mãe e
avó", diz a especialista. "Um resgate aos saberes ancestrais, mas com
o poder de escolha da mulher para ela ser o que se tem vontade e, com isso, ser
respeitada".
É a partir desse
pensamento que surge o Sagrado Feminino, que busca honrar a energia feminina,
suas ancestrais e a irmandade entre as mulheres, reconhecer os ciclos femininos
e lunares e despertar a feminilidade e sexualidade sagrada.
"Quando
dizemos que algo é sagrado, estamos dizendo que aquilo é muito respeitado e
honrado por nós. O Sagrado Feminino é isto: honrar os nossos ciclos, nossa
feminilidade e espiritualidade", comenta a especialista.
Localizado no
bairro do Morumbi, em São Paulo, o Espaço Inanna é responsável por oferecer as
reuniões do Sagrado Feminino, sendo um mais novo ambiente de terapias, cursos e
vivências, que busca o empoderamento e autoconhecimento da mulher, a partir de
terapias holísticas (compreender os fenômenos na sua totalidade e globalidade),
psicológicas, atividades de lazer e espirituais.
Mulheres de todas as idades, profissões, religiões e grupos sociais podem participar do grupo, onde podem compartilhar suas vivências e experiências com outras mulheres. Através de cantos, danças, contos de histórias, a mulher se identifica, aumenta sua autoestima e se permite identificar suas vontades e se posicionar no mundo, da maneira que deseja.
Mulheres de todas as idades, profissões, religiões e grupos sociais podem participar do grupo, onde podem compartilhar suas vivências e experiências com outras mulheres. Através de cantos, danças, contos de histórias, a mulher se identifica, aumenta sua autoestima e se permite identificar suas vontades e se posicionar no mundo, da maneira que deseja.
No Sagrado
Feminino, as mulheres também aprendem a lidar com a sexualidade e sensualidade
a partir do estudo dos arquétipos das deusas, que representam diversos aspectos
femininos esquecidos ou bloqueados.
Por exemplo: a Jovem que ensina a termos pureza e espontaneidade, a Amante que ensina a lidar com nossa sexualidade e sensualidade, a Mãe que ensina a acolher e cuidar, a Guerreira que ensina a nos defender e lutar por nossos objetivos, a Velha que ensina a sabedoria do tempo, a Sombra que ensina a trazer luz para a nossa escuridão interior e aceitar nosso lado mais oculto.
Por exemplo: a Jovem que ensina a termos pureza e espontaneidade, a Amante que ensina a lidar com nossa sexualidade e sensualidade, a Mãe que ensina a acolher e cuidar, a Guerreira que ensina a nos defender e lutar por nossos objetivos, a Velha que ensina a sabedoria do tempo, a Sombra que ensina a trazer luz para a nossa escuridão interior e aceitar nosso lado mais oculto.
Não importa o
nome das deusas, independente da religião e da nomenclatura, elas representam o
feminino no mundo, permitindo que as mulheres resgatem sua essência.
O estudo do
temperamento e dos ciclos femininos, a ligação entre a mulher e a natureza,
também faz parte das discussões do grupo. A mulher percebe que possui o poder
de controlar seu corpo a partir das fases da lua e de entender a variabilidade
de emoções, que acompanha seu ciclo. A mulher passa a entender sua menstruação
como sagrada e não como algo sujo.
"O
Sagrado Feminino é um movimento de cura, cura da mulher e de todas as suas
relações", afirma Morgause Lisetta.
É necessário
entender que o Sagrado Feminino é um movimento voltado para dentro, para
autoconhecimento e empoderamento interno. Enquanto o feminismo é um movimento
externo e social, pois traz uma luta social de igualdade de direitos, reformula
padrões impostos e lida com comportamentos. Em alguns pontos ambos podem se
conectar e com isso a mulher ter uma visão mais ampla, tendo assim consciência
do seu poder.
Tanto o Sagrado Feminino
e o feminismo defendem a igualdade de gênero ao integrar as energias masculino
e feminino, reconhecendo que nenhum é pior ou melhor.
Morgause
Lisetta diz que, aos poucos, surgem casais que acreditam que o Masculino
Sagrado caminha lado a lado com o Feminino Sagrado, o que gera famílias mais
harmoniosas, amorosas e cooperativas, pois todos os membros familiares se
respeitam independente de gêneros e dividem as atividades cotidianas de acordo
com as habilidades e vontades de cada um.
O Sagrado
Feminino, além de proporcionar autoconhecimento e cura, é um movimento que
permite a ligação entre as mulheres, o compartilhamento e empoderamento,
tornando-se algo benéfico para o desenvolvimento de segurança e construção do
eu feminino.
Espaço Inanna
Rua Nilza Medeiros Martins, 187, Morumbi, São Paulo/SP
Tel.: (11) 98546-2800
https://www.espacoinanna.com.br
Rua Nilza Medeiros Martins, 187, Morumbi, São Paulo/SP
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