GASTOS DEIXAM RAINHA 'NO VERMELHO' E GERAM PEDIDOS DE ABERTURA DE PALÁCIO DE BUCKINGHAM


Gastos deixam rainha 'no vermelho' e geram pedidos de abertura de palácio

Comissão parlamentar critica Casa Real por rombo de R$ 8,4 mi em contas de Elizabeth 2ª e sugere extensão de abertura de Buckingham a visitantes.


O Palácio de Buckingham deveria ser aberto para receber visitantes pagantes quando a rainha não estiver na residência, sugere um relatório preparado por uma comissão do Parlamento britânico.
O Comitê de Contas Públicas fez a sugestão após analisar os gastos da Casa Real, departamento que gerencia e administra os negócios oficiais da rainha Elizabeth 2ª.
O relatório concluiu que as contas deixaram um rombo de 2,3 milhões de libras (cerca de R$ 8,4 milhões) no Sovereign Grant, fundo de 31 milhões de libras (cerca de R$ 124 milhões) de dinheiro público dado à rainha todo ano para gastar em suas funções oficiais.
O Sovereign Grant financia os deveres oficiais da rainha (Foto: Reuters)O Sovereign Grant financia os deveres oficiais da rainha (Foto: Reuters)
O dinheiro, repassado pelo Tesouro, é usado para pagar os gastos com compromissos oficiais, funcionários e a manutenção dos palácios. O rombo teve que ser coberto com um fundo de reserva.
O comitê criticou a Casa Real pelo rombo. A presidente do comitê, a deputada trabalhista Margaret Hodge, disse que havia 'enorme margem para poupança' nos gastos da monarca.
"Não estamos acusando ninguém de desregramento, o que estamos dizendo é que não achamos que a rainha esteja sendo bem servida pela Casa Real e pelo Tesouro", disse a deputada trabalhista ao programa Today, da Radio 4 da BBC.
Para Hodge, a Casa deveria mostrar "mais firmeza" na elaboração de contingências para lidar com rombos e orçar custos de reformas e consertos, e o Tesouro teria o "dever de estar ativamente envolvido em revisar os planos e a administração financeira da Casa".
Hodge disse que a Casa Real escapou das medidas de austeridade impostas ao setor público, reduzindo os gastos em apenas 5% nos últimos seis anos.
"Eles mantiveram a mesma quantidade de funcionários que tinham há cinco anos, por isso acho que eles podem colocar mais dinheiro, e eles certamente devem lidar com as propriedades do patrimônio histórico."
Ela acrescentou: "A rainha pode atrair renda, com os visitantes do Palácio de Buckingham, mas o Palácio de Buckingham está aberto apenas 78 dias por ano, e recebe apenas cerca de meio milhão de visitantes."
"Compare isso com a Torre de Londres - eles recebem mais de 2 milhões de visitantes."
Ela disse que aumentar o número de visitantes anuais ajudaria a pagar por melhorias para reduzir as contas de electricidade e gás, e serviria para financiar melhorias tanto para o Castelo de Windsor quanto para o Mausoléu da rainha Victoria e do príncipe Albert, que está esperando há 18 anos por reparos.
As "salas de Estado" do Palácio de Buckingham - projetadas para monarcas "receberem, recompensarem e entreterem seus súditos e dignitários em visita'" - são abertas ao público pagante todo ano durante agosto e setembro, desde 1993.
Inicialmente, essa receita ajudou a pagar pela restauração do castelo de Windsor, que foi danificado por um incêndio em novembro de 1992, e hoje vai para a instituição de caridade Royal Collection Trust, que administra a Royal Collection - "uma das coleções de arte mais importantes do mundo".
O Sovereign Grant foi de 31 milhões de libras (R$ 124 milhões) no ano passado e deve subir para 37,9 milhões de libras (cerca de R$ 151 milhões) em 2014-15.
Publicado em 28/01/2014 11h00 



Fonte:http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/01/gastos-deixam-rainha-no-vermelho-e-geram-pedidos-de-abertura-de-palacio.html

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