REVISÃO DE VIDA E MEMÓRIA EXTRACEREBRAL


 
 
REVISÃO DE VIDA E MEMÓRIA EXTRACEREBRAL


As pesquisas atuais com Experiências de Quase Morte confirmam, de uma maneira bastante clara, que todos os acontecimentos de nossa vida ficam perfeitamente arquivados em nossa memória extracerebral.

Isso é bem demonstrado em inúmeros casos de pessoas que, após um episódio de morte clínica, relatam ter vivenciado um momento onde toda a sua vida teria passado diante de sua consciência, com todas as cenas e eventos, em detalhes, numa visão retrospectiva e panorâmica.

Há milhares de casos documentados de pesquisadores em todo o mundo que atestam a realidade desse fenômeno, revelando de forma inequívoca que existe um registro preciso de todos os acontecimentos de nossa existência atual.

Numa pesquisa realizada por Jeffrey Long e Paul Perry no livro “Evidências da Vida após a Morte”, os autores pesquisaram o relato de mais de 600 pessoas que passaram por uma EQM.

Verificaram que 22,2% dos indivíduos que tiveram uma EQM, responderam afirmativamente a pergunta sobre a revisão da vida.

Em várias obras que versam sobre EQMs encontraram relatos muito parecidos, e todos convergem para os mesmos pontos fundamentais da experiência.

Um relato pormenorizado sobre a revisão da vida pode ser encontrado no livro “Salvo pela Luz”, também escrito por Paul Perry, que conta a história de Dannion Brinkley, co-autor do livro junto com Perry.

Essas são evidências científicas de que existe uma memória extracerebral e de que essa memória engloba todos os acontecimentos de uma vida inteira, como já haviam assinalado os antigos hipno-magnetizadores.

Aqueles que desejarem se aprofundar não apenas no estudo dessa memória e da revisão da vida, mas também nas Experiências de Quase Morte podem se reportar a autores como Raymond Moody (quem cunhou o termo EQM e também estudou com profundidade a regressão a vidas passadas), Kenneth Ring, Elizabeth Kubler-Ross, dentre outros.

Um bom exemplo de revisão de vida foi o que se passou com Roger, um dos sujeitos que teve a EQM analisada por Paul Perry.

Roger contou que:

“Fui para um lugar escuro sem nada ao meu redor, mas não tive medo. Havia, de fato, muita paz lá. Comecei, então, a ver a minha vida inteira se desenrolando diante de mim como um filme projetado numa tela, desde quando era bebê até a vida adulta. Foi tão real!

Eu estava olhando para mim mesmo, mas melhor do que num filme 3D, uma vez que também fui capaz de sentir as emoções das pessoas com as quais interagi ao longo dos anos.

Pude sentir as emoções boas e ruins pelas quais as fiz passar.

Também fui capaz de ver que quanto melhor as fiz sentir, e quanto melhores as emoções que tiveram por minha causa, [mais] crédito [karma] [eu acumularia] e que as [emoções] ruins extrairiam uma parte dele… como numa conta bancária, mas aquilo foi como uma conta de karma, pelo que entendo”.

Observemos que Roger conta que viu sua vida desde que era bebê. Pessoas que passaram pela EQM e presenciaram esta recapitulação contam como recordaram de eventos em terna infância que há muito já escapara de sua memória consciente.

Esse é um bom indício de que nossa memória está integralmente guardada num arquivo além do cérebro.

Se admitirmos a hipótese das vidas sucessivas, por que desconsiderar a existência de uma memória extracerebral que se mantém intacta, e que a qualquer momento, e ao menor estímulo, principalmente em transe ou em casos de desdobramento dos corpos espirituais, não possa ser recobrada e até reexperimentada em toda a intensidade?

Para aqueles que acreditam que essa revisões de vida, como a de Roger, podem ser apenas um produto de nossa cultura já predisposta a experimentar as revisões pela crença de que é isso que deve ocorrer, como explicar que pessoas do século retrasado já faziam relatos de experiência similar a esta, com revisões e recapitulações muito semelhantes as dos dias de hoje?

Autor: Hugo Lapa

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