O SANTO GRAAL E A LINHAGEM SAGRADA



The Holy Blood and the Holy Grail (O Santo Graal e a Linhagem Sagrada em português) é um controverso livro de Michael Baigent, Richard Leigh e Henry Lincoln [1]
O original foi publicado pela primeira vez em 1982 por Jonathan Cape em Londres. A continuação do livro, chamado The Messianic Legacy [2] foi publicado em 1987. Um dos livros, de acordo com os autores, influenciou o projeto L'Or de Rennes (mais tarde publicado como Le Trésor Maudit), escrito em 1967 por Gerard de Sede, com a colaboração de Pierre Plantard.[3][4]
Neste livro, os autores apresentam a hipótese de que o Jesus histórico se casou com Maria Madalena, tiveram um ou mais filhos, e que as crianças ou os seus descendentes emigraram para a atual região sul da França. Uma vez lá, eles se envolveram com as famílias nobres que acabariam por tornar-se a dinastia merovíngia, cuja pretensão especial para o trono da França é defendida hoje por uma sociedade secreta chamada Priorado de Sião.
Desde a sua publicação tornou-se um bestseller internacional, The Holy Blood and the Holy Grail despertou o interesse de um número de idéias relacionadas com a sua tese central. A resposta dos historiadores profissionais e acadêmicos de áreas afins foi universalmente negativa. Argumentaram que a maior parte dos créditos antigos, mistérios e teorias conspiratórias apresentadas como fatos são pseudo-históricas. No entanto, essas idéias foram consideradas blasfemas suficiente para que o livro fosse proibido em alguns países de maioria católica como as Filipinas.
Vinte e um anos depois, o tema de O Santo Graal e a Linhagem Sagrada seria ficcionado com muito sucesso por Dan Brown em seu romance de ficção de conspiração O Código Da Vinci de 2003 [5], chegando mesmo a utilizar os sobrenomes de Richard Leigh e Michael Baigent (Baigent mexido) para o personagem Leigh Teabing.

 Conteúdo

No livro, Baigent, Leigh e Lincoln apresentam mitos como fatos apurados para sustentar suas hipóteses:[6]
Os autores reinterpretam os Dossiers Secrets à luz de seu próprio interesse ao pôr a leitura institucional da história judaico-cristã, a Igreja Católica Romana.[7] Contrariamente à afirmação inicial de Plantard que afirmou que os merovíngios seriam descendentes apenas do tribo de Benjamim,[8] afirmam que:
  • O Priorado de Sião protege a dinastia merovíngia, que seriam os descendentes de sangue de Jesus e sua suposta esposa Maria Madalena, que remonta ao rei Davi.
  • A Igreja tentou matar todos os membros da dinastia e seus supostos guardiões, os cátaros e os cavaleiros templários, de modo que os Papas mantiveram o trono através da sucessão apostólica de Pedro, sem medo de foi usurpado por um antipapa de uma sucessão hereditária de Maria Madalena.
Os autores, concluiram que as metas moderna do Priorado de Sião são:
  • A revelação pública do Santo Graal, que facilitaria a restauração merovíngia na França.
  • O estabelecimento de um Estados Unidos da Europa de natureza teocrática como uma vinculação de redes que ligam a monarquia merovíngia, que voltaria institucionalizar a cavalaria, e para ser politicamente e religiosamente unificada através do culto imperial de um rei merovíngio sagrado, que ocuparia dois tronos tanto na Europa como na Santa Sé.
  • A transferência da gestão da Europa e da sua esfera de influência para o Priorado de Sião, através de uma Europa Federal.
Os autores também incorporaram panfleto anti-semita e anti-maçônico conhecido como Os Protocolos dos Sábios de Sião para a sua história, concluindo que na realidade se referem às atividades do Priorado de Sião. Foi apresentado como a prova mais convincente da existência e das atividades do Priorado.

 Referências

  1. Baigent, Michael; Leigh, Richard; Lincoln, Henry. The Holy Blood and the Holy Grail. [S.l.]: Corgi, 1982. ISBN 0-552-12138-X
  2. Baigent, Michael; Leigh, Richard; Lincoln, Henry. The Messianic Legacy. [S.l.]: Henry Holt & Co (ed.), 1987. ISBN 0805005684
  3. Pierre Plantard de Saint-Clair, L’Or de Rennes, mise au point (La Garenne-Colombes, 35 bis, Bd de la République, 92250; Bibliotheque Nationale, Depot Legal 02-03-1979, 4° Z Piece 1182).
  4. Jean-Luc Chaumeil, Rennes-le-Château – Gisors – Le Testament du Prieuré de Sion (Le Crépuscule d’une Ténébreuse Affaire) Editions Pégase, 2006
  5. Brown, Dan. The Da Vinci Code. [S.l.]: Doubleday, 2003. ISBN 0-385-50420-9
  6. You must specify title = when using {{cite paper}}.
  7. Conspiracies On Trial: The Da Vinci Code(Discovery Channel); transmitió el 10 de abril de 2005.
  8. Pierre Jarnac, Les Mystères de Rennes-le-Château: Mèlange Sulfureux (CERT, 1994).
Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Santo_Graal_e_a_Linhagem_Sagrada

O Cálice Sagrado e a Linhagem Sagrada - uma resenha


Ao final do século XIX a pequena cidade de Rennes-le-Château, no sul da França, recebeu um novo pároco, Bérenger Saunière. Dando início a obras de reforma na nave da igreja precisou escavar mais fundo e encontrou alguma coisa que o projetou internacionalmente dando-lhe incríveis poderes sobre seus pares e superiores da época, além de lhe granjear espantosa fortuna. Desenvolveu um sistema de crenças peculiar e foi tratado com calmo desdém pelo Vaticano. Já em seu leito de morte pediu um sacerdote. Após a confissão o padre chamado estava aos prantos, não lhe concedeu absolvição e deixou a batina pouco tempo depois.
Tudo isto é história. Fato concreto. A partir daí, Michael Baigent, Richard Leigh e Henry Lincoln fazem profunda, bem documentada e demorada investigação buscando pistas ao que não ficou formalmente registrado nos anais da história: o que teria o pároco encontrado? Um tesouro? Pergaminhos? De que natureza?  Como aquela descoberta lhe granjeou tamanha fortuna?
Quando em busca de respostas, frequentemente nos deparamos com questões ainda maiores e mais profundas. Foi o que ocorreu com os pesquisadores ingleses.

Os Cátaros

No século XIII desenvolveu-se no sul da França um cristianismo diferente. Acreditava que Jesus de Nazaré tinha uma natureza primordialmente humana e a interpretação das Escrituras era feita de maneira independente do Vaticano que, intolerante, ordenou o massacre dos desobedientes. A história dos Cátaros, riquíssima e bem tratada no livro, leva-nos quase a ver pessoas desenvolvendo uma estrutura societária diferente e, por isso, pagam com a vida. O papa ordenou que se passasse a todos os hereges a fio de espada. “Como discernir os católicos fiéis dos hereges?” – ao que o papa teria respondido: “matem a todos. Deus reconhecerá os dele!” Foi o maior genocídio bem documentado da história da Europa. Os Templários tinham simpatias com as crenças dos Cátaros e, mesmo por isso, não participaram do massacre.
Mas... Como essa fé se desenvolveu naquela região? Baigent, Leigh e Lincoln discorrem sobre a tradição ligada à vinda de Maria Madalena e muitos dos primeiros cristãos àquela região, cheia de Igrejas e esculturas a Santa Maria Madalena num período em que, para se contrapor a uma tendência a equipará-la a Maria, mãe de Jesus, o Vaticano difundiu a extravagante idéia segundo a qual Madalena teria sido uma prostituta. Nada exista nas Escrituras a corroborar esta versão que, contudo, ganhou o imaginário popular.
Com quem mais veio Madalena ao sul da França? Que documentos ou que idéias portava consigo? Há inúmeros vestígios – todos criteriosamente arrolados nesta Obra – e uma rivalidade entre o cristianismo paulino e aquele desenvolvido pelo núcleo de que Madalena fazia parte e que, quase com toda a certeza, estava na raiz dos primeiros lustros da fé cristã. A consideração da mulher, não apenas como “vaso sagrado”, mas como indivíduo humano com os mesmos direitos que os de sexo masculino, suprema ofensa para o machismo que imperou na tradição do Vaticano. Se entre os cátaros as mulheres podiam ser sacerdotes e debatiam as Escrituras em igualdade com os homens, para o Vaticano isto era supremo escândalo.
Mas... Como compreender a devoção dos Templários a Maria Madalena e a São João? Por que se recusaram ou, de qualquer forma, encontraram meios de não participar do infame massacre de cristãos no sul da França no genocídio que entra para a história como Cruzada Albigense? Para isto foi necessário visitar a história dos Templários e, nela, os pesquisadores encontraram referências a uma Ordem que precederia os Templários e teria mesmo sido uma com a Ordem do Templo até o corte do olmo.

O Priorado de Sião

Como rastrear uma Organização Secreta milenar que, sobretudo, luta por manter-se secreta? De novo, há inúmeros vestígios e, mesmo relutando em aceitar esta teoria os Autores precisaram arrolá-la e registrá-la pelo menos até que surja uma explicação mais convincente aos fatos descobertos.
A obra dos britânicos é uma investigação pioneira que Dan Brown utilizou em seu romance “O Código Da Vinci”, escrevendo de maneira mais fascinante mas sem o compromisso investigativo de Baigent e companheiros.
Fato é que, partindo de premissas diferentes e abordando aspectos distintos, um número cada vez maior de Autores concorda em alguns pontos:
_ Os Templários fizeram escavações nas ruínas do Templo de Salomão e encontraram pergaminhos preciosos;
_ 9 cavaleiros iniciais estiveram por 9 anos na Terra Santa dedicados mais à escavação do que propriamente à proteção de peregrinos;
_ A Ordem foi organizada em teoria antes de existir na prática;
Lázaro Curvêlo Chaves - 14/09/2006

Fonte:http://www.culturabrasil.org/calicelinhagem.htm

JOSÉ DE ARIMATÉIA LINHAGEM SAGRADA


 
A história de Merlin começa com ninguém menos do que José de Arimatéia, ou Yossef Rama-Thea. José de Arimatéia aparece nos quatro Evangelhos, era oriundo de Arimatéia (Armathahim, em hebreu), um povoado de Judá — a atual Rentis — situado a 10 km a nordeste de Lida, que por sua vez é o provável lugar de nascimento de Samuel (1Sam. 1,1). Homem rico (Mt. 25,57) e membro ilustre do Sinédrio (Mc. 15,43; Lc. 23,50), José tinha em Jerusalém um sepulcro novo, cavado na rocha, próximo do Gólgota. Era discípulo de Jesus, mas mantinha isso em segredo, tal como Nicodemos, por temor às autoridades judaicas (João 15,38).

Lucas afirma que ele esperava o Reino de Deus e que não tinha concordado com o Sinédrio na condenação de Jesus (Lc. 23,51). Nos momentos cruéis da crucificação não teme expor-se e pede a Pilatos o corpo de Jesus (o apócrifo “Evangelho de Pedro”, do século II, diz que esse pedido foi feito antes da crucificação. [2,1; 6,23-24]). Uma vez concedida a permissão pelo governador, José desprega o crucificado, envolve-o num lençol limpo e, com a ajuda de Nicodemos, deposita Jesus no sepulcro de sua propriedade, que ninguém antes havia utilizado. Até aqui, os dados históricos/bíblicos.

A partir do século IV começaram a aparecer tradições essênias envolvendo a figura de José. Em um texto apócrifo do século IV — as “Atas de Pilatos”, também chamadas de “Evangelho de Nicodemos” — narra que os judeus reprovaram o comportamento de José e de Nicodemos em favor de Jesus, e que por isso José foi mandado para a prisão. Libertado milagrosamente, aparece primeiro em Arimatéia e de lá se dirige a Jerusalém, onde conta como foi libertado por Jesus. Mais impressionante ainda é a obra “Vindicta Salvatoris” (“A vingança do Salvador”, também provavelmente do século IV), que teve grande difusão na Inglaterra e na Aquitânia. O livro narra a marcha de Tito à frente das suas legiões para vingar a morte de Cristo. Ao conquistar Jerusalém encontra José preso numa torre, onde fora posto para morrer de fome, mas que sobrevivera graças a um alimento celestial.

Na França e nas Ilhas Britânicas, a lenda sobre José de Arimatéia foi ganhando novos e coloridos detalhes ao longo dos séculos XI a XIII, inserindo-se no ciclo do Santo Graal e do Rei Arthur. Segundo uma dessas lendas, José lavou o corpo de Cristo, recolheu a água e o sangue num recipiente e depois dividiu o conteúdo com Nicodemos. Outras lendas dizem que José, levando consigo esse relicário, evangelizou a França (segundo alguns relatos, desembarcou em Marselha junto com Marta, Maria Madalena e Lázaro), a Espanha (onde foi sagrado bispo por São Tiago), a Inglaterra e Portugal. Na Inglaterra, a figura de José tornou-se muito popular: a lenda atribui a ele a fundação da primeira Igreja em solo britânico, em Glastonbury Tor.

Nesse lugar, o cajado de José teria lançado raízes e florescido enquanto ele dormia. A Abadia de Glastonbury converteu se, então, em um importante lugar de peregrinação até a sua dissolução pela Reforma Protestante em 1539. Na França, uma lenda do século IX refere que, nos tempos de Carlos Magno, o Patriarca de Jerusalém Fortunato fugiu para o Ocidente, levando os ossos de José de Arimatéia, e ingressou no mosteiro templário de Moyenmoutier, do qual chegou a ser abade.
Da história de José de Arimatéia começa a Linhagem dos Reis do Graal

Segundo a lenda, José de Arimatéia casou-se com uma sacerdotisa chamada Ayuba(ou Elyab em alguns textos) e tiveram dois filhos: Anna, a profetisa de Arimatéia e Joshua, além de Josefes de Arimatéia, o primeiro Rei do Graal, muito provavelmente o filho de Yeshua e Maria Madalena).

Josefes tornou-se o primeiro protetor do Graal. Seu filho, Alain “Le Gros” (construtor do Castelo de Corbenic e casado com uma rainha celta chamada Elis), tiveram um filho, Joshua (considerado o terceiro rei do Graal).
A linhagem segue através de casamentos reais

Alphanye 
4º Rei do Graal

Aminadab

Cathaloys
6º Rei do Graal
fundador da Ordem religiosa de Castellor, em 200 DC.

Emmanuel

Titurel
fundou a Ordem Militar do Graal, por volta de 250 DC

Boaz ou Anfortas
que ficou conhecido como Rei-Pescador
Sua lenda mescla-se com a do próprio Jesus
dizendo que foi ferido por uma lança
e foi levado á presença do Graal,
enquanto aguardava o Verdadeiro Buscador (Percival)
que faria a pergunta correta e conseguiria curá-lo.

Esta lista enorme de Árvores Genealógicas documentadas que vem lá dos tempos do Rei Yeshua e Maria de Magdala é muito importante para a última etapa da nossa matéria, quando fizermos a Associação desta linhagem com a Linhagem de Salomão, através de LANCELOT, que é descrito explicitamente como descendente direto do Rei Salomão nos textos do século XI.
 
 
 

O Santo Graal e a Linhagem Sagrada

(Aprofundamento Simbólico)



Na Semana anterior começamos finalmente uma das séries mais empolgantes aqui no Teoria da Conspiração: Os Mitos do Rei Arthur e suas relações com a Mitologia, o Ocultismo, a Alquimia e com os Cavaleiros Templários.
Semana passada falamos sobre Excalibur e o simbolismo da Espada dentro da Alquimia e ocultismo, bem como das origens de uma das mais famosas armas mágicas de todos os tempos. Esta semana, nos aventuraremos na origem e significado do Cálice Sagrado.


A Cornucópia
Um dos amuletos mais comuns e conhecidos no mundo são os pedaços de chifres e cornos (ou metais e corais moldados à forma de um chifre). Este amuleto é também chamado de Cornucópia de Amaltea e sua origem data das celebrações gregas.
E quem era Amaltea?
Amaltea era uma cabra descendente do Sol que vivia numa gruta no monte Ida, em Creta. Ou segundo outras fontes, era uma ninfa, filha de Meliseo, que alimentou Zeus com o leite de uma cabra.
Segundo as lendas, quando Zeus era pequeno e estava escondido de seu pai, Saturno (Chronos) e era tratado por Amaltea, num ataque de ira, o deus menino agarrou com força o corno da cabra, puxou-o e arrancou-o, produzindo uma enorme dor à sua cuidadora. Quando Zeus ficou adulto, ele concedeu ao chifre arrancado o dom da abundância; a partir desse momento o chifre estaria sempre cheio de alimentos e bens que o seu dono possa desejar.
Quando Amaltea morreu, foi levada a Zeus, que a transformou na constelação de Capricórnio. O chifre ficou conhecido como “a cornucópia” ou “o corno da abundância”. Desta maneira, ao mesmo tempo, este símbolo representava o poder fálico dos deuses criadores e o ventre gerador da vida feminino. Traçando um paralelo com a Kabbalah hermética, temos o Caminho de Daleth, entre Hochma e Binah.

Cornu Copiae
Já na mitologia romana, a cornucópia deriva do latim “Cornu copiae”. A cornucópia ou corno da abundância é um dos cornos do deus-rio Aqueloo, metamorfoseado em touro, que lhe foi arrancado por Hércules, quando lutava contra ele.
Segundo outros textos romanos, a lenda segue a original grega: é um chifre da cabra com cujo leite, a ninfa Amaltea, amamentou Júpiter na sua infância, quando se escondeu de seu pai, Saturno, para que este não o devorasse. Diz-se que Júpiter arrancou o corno à cabra enquanto brincava, e ofereceu-o a Amaltea, asseguran-do-lhe que o corno se encheria de frutos cada vez que ela o desejasse. A cornucópia é um atributo muito mostrado nas moedas romanas, nas mãos de divindades benéficas, como Ceres e Cibeles, ou de alegorias como a Abundância e a Fortuna.
Como curiosidade, a cornucópia é usada atualmente como símbolo do Mestre de Banquetes em algumas ordens cavaleirescas e na maçonaria.

O Chifre de Epona e o Unicórnio
Entre os povos gauleses, a principal divindade relacionada com os equídeos é a deusa gaulesa, ou melhor, galo-romana, chamada Epona (ou Epona Regina), cujo nome deriva do gaulês epo, que significa cavalo. O seu culto difundiu-se até à Bretanha e ao leste da Europa, especialmente na região de Borgonha. Na Península Ibérica foram documenta dos alguns vestígios epigráficos que testemunham o seu culto.
Epona possui diversas referências e numerosas imagens da deusa, geralmente montada sobre um cavalo. A deusa era representada muitas vezes com uma série de atributos, como a cornucópia ou a patera (espécie de bacia de cerâmica onde eram feitas as oferendas, semelhante a um caldeirão raso), que a relacionam com a abundância e a prosperidade. Também estava vinculada com as fontes e ao mundo espiritual.
Da fusão destas duas características da mesma deusa surgem os primeiros relatos medievais de uma criatura encantada que vocês já devem estar imaginando quem seja: o Unicórnio. O Cavalo Branco, símbolo sagrado para a Deusa Epona, associado ao chifre mágico que tudo produz. Claro que esta criatura não existe no Plano Físico, embora muitos picaretas ao longo dos milênios tenham tentado forjar unicórnios com esqueletos de cavalos e narvais, além de rinocerontes e de uma criatura particular chamada Orix.
Até então, o Unicórnio estava associado a um BOI de um único chifre, não a um cavalo. Na Bíblia, em Números 23:22 e no Deuteronômio 33:17, é citado o unicórnio como um animal de força extraordinária. Nos ritos antigos, era costume cortar um dos chifres do maior e mais viril touro do rebanho para ser usado como taça cerimonial para beber o vinho sagrado ao final dos rituais egípcios, junto com o Pão (e qualquer semelhança com a Santa Ceia e o Cálice Sagrado NÃO é mera coincidência!).
O Touro, agora considerado sagrado, era chamado de Uni-corno. Somente com os gauleses e com Epona esta associação passou a ser feita com cavalos. Uma curiosidade é que durante todo este tempo, na história grega, o unicórnio não aparecia em textos de Mitologia, mas sim em textos de biologia, pois os gregos estavam convencidos de que era uma criatura real.
E desta relação surgem as lendas a respeito da pureza necessária para se tocar o chifre de um unicórnio. Embora o primeiro escritor a descrever que “somente uma virgem poderia cavalgar um unicórnio” foi o Grão Mestre Leonardo DaVinci, em suas anotações datadas de 1470, para o quadro “Jovem sentada com unicórnio”.

Mimisbrunnr
Um dos chifres que também é famoso na mitologia é o Gjallarhorn, narrado nas Prosas Eddas do século XIII, que originalmente é o chifre usado por Odin para beber a água da sabedoria da fonte que fica debaixo de Yggdrasil, a Árvore da Vida. De acordo com a história, qualquer um que seja capaz de beber deste chifre terá vida eterna e abundância material. Para vocês terem uma idéia de como este conhecimento é valioso, de acordo com a lenda, Odin sacrificou um de seus olhos em troca da oportunidade de beber destas águas (a razão pela qual Odin sempre é retratado com um tapa-olhos nas imagens nórdicas).
Este chifre acaba se tornando a posse de maior valor de Heimdall, o guardião da Ponte do Arco-Íris que liga Aasgard à Terra (que simbolicamente representa o caminho de Tav na Kabbalah, unindo Yesod a Malkuth, com todas as simbologias associadas a este caminho). O Gjallahorn é a trombeta que será tocada no dia do Juízo Final para anunciar o Ragnarok.

O Caldeirão de Cerridwen
O Caldeirão de Cerridwen era um caldeirão enorme, de ferro e extremamente útil para exércitos: conta-se que, por estar intimamente ligado com o Reino dos Mortos, quando guerreiros mortos em combate eram colocados em suas águas mornas eles retornavam á vida, porém perdiam a capacidade de falar. Estes guerreiros podiam voltar para o campo de batalha até serem mortos novamente, quando não mais poderiam retornar ao mundo dos vivos. Minha opinião pessoal (e não embasada por nenhum livro, que eu saiba) é que esta lenda retrata algum tipo de iniciação semelhante ao Taubólio romano, nas quais os soldados mais indicados para a iniciação aos mistérios passavam por uma morte simbólica no sangue do touro e renasciam abençoados por Hades. O silêncio tem paralelos muito marcantes com os votos de silêncio templários, o voto de Harpocrates e outros votos também realizados pelos que passavam pelo “batismo de sangue”, mas estou começando a entrar em áreas que não posso comentar aqui…

O Caldeirão de Dagda
O deus supremo do panteão celta é chamado de Dagda (esposo da deusa da natureza e prosperidade, Danu). O Dagda é uma figura paternal, protetor da tribo e o deus “básico” do qual outros deuses masculinos podem ser considerados variantes. Também associado com Cernunnos e outros deuses “chifrudos” tanto do panteão celta quanto do panteão grego. Os Contos irlandeses descrevem Dagda como uma figura de força imensa, armado de uma clava e associado a um caldeirão (o Caldeirão de Sangue, que continha diversas propriedades mágicas).
E adivinhem o que este caldeirão fazia?
O Caldeirão de Dagda estava sempre cheio de sopa, vegetais e frutas, providenciando abundância e alimentos para todos a seu redor, sem nunca se esgotar. Poderia servir a toda uma tribo durante um banquete e nunca estaria vazio. O Caldeirão de Dagda é considerado um dos quatro tesouros da Irlanda (os outros são a Espada de Nuada, a Lança de Lugh e a Pedra de Fal). Note que, mais uma vez, fazem-se referências aos quatro elementos da Alquimia e aos quatro naipes do Tarot, quase seiscentos anos antes do tarot aparecer “oficialmente” na forma de cartas. Mas falarei sobre isso depois que acabar esta série sobre o Rei Arthur.

O Mabinogion
Nas lendas posteriores, o Caldeirão de Cerridwen passa a ter sua localização nos Reinos Subterrâneos, mas mantém suas propriedades de sabedoria, vidência e prosperidade, culminando no famoso poema “The Spoils of Annwn”, onde o conhecemos como o “Caldeirão do rei Odgar”. Este caldeirão mágico é roubado do rei Odgar pelo Rei Arthur e seus homens, no poema “Culhwch and Owen” (onde estavam os celtas quando distribuíram as vogais?).
Neste poema, temos o primeiro contato com uma “jornada aos reinos Subterrâneos” em busca de um “Caldeirão Mágico”. O caldeirão é, então, levado por Arthur para a casa de Llwydeu, filho da deusa Rhiannon. Até ai tudo bem, mas Rhiannon é outro nome para Epona, “A Grande e Divina Rainha”, que se torna, então, proprietária do tal caldeirão mágico (que em algumas pinturas é retratado como uma espécie de vasilha rasa usada para oferecer comida aos deuses, a já mencionada patera). A mesma deusa Epona dos chifres mágicos, etc, etc etc.
Estas histórias acabam entrando em uma coletânea de livros galeses, que se tornaram famosas a partir do século XIII e traçam as bases das lendas mais conhecidas do rei Arthur.
A Jornada ao Reino Subterrâneo eu já descrevi em colunas anteriores, quando falei sobre Yesod e o Reino dos Mortos simbólico.

O Caldeirão e o Sangreal
A partir das cruzadas e dos Templários agindo mais abertamente, algumas destas lendas acabaram sendo recontadas sob o ponto de vista dos cavaleiros e dos cátaros, os protetores da linhagem Sagrada, que aproximaram as narrativas a respeito do Graal.
Para entender a próxima etapa, recomendo a leitura dos seguintes textos, na seguinte ordem:
- Perceval, de Chrétien de Troyes
- Lancelot ou le chevalier de la charrette, versos de Chrétien de Troyes
- Yvain ou le chevalier au lion, versos de Chrétien de Troyes
- Perceval ou le Conte du Graal, versos de Chrétien de Troyes
- Parzival, de Wolfram von Eschenbach
- Joseph d’Arimathie de Robert de Boron
- La Mort D´Arthur, de Thomas Malory

Eles foram publicados em um espaço de tempo relativamente curto e formataram a lenda do Rei Arthur e da Távola Redonda tal qual a conhecemos hoje. Sei que, como os 4 elementos da narrativa fluem juntos (o Graal, Excalibur, o Cajado de Merlin/Lança do rei Pecador e a Távola Redonda/Cavaleiros), talvez algumas partes deste texto ainda vão gerar dúvidas. Eu recomendo a vocês relerem cada matéria novamente antes de avançar para as próximas, e tudo vai fazer mais e mais sentido a cada novo elemento, ok?
Perceval ou Lê Conte du Graal
Nesta série de poemas, estamos finalmente dando uma forma para o Graal, da maneira como ele é mais conhecido pelo público leigo: A forma de um cálice ou, mais precisamente, o Cálice usado na Santa Ceia.
Perceval ou le Conte du Graal (Perceval, o Conto do Graal) é um romance inacabado de Chrétien de Troyes escrito provavelmente entre 1181 e 1191, dedicado ao patrono do escritor, Filipe da Alsácia, conde de Flandres e cavaleiro Templário. Chrétien havia trabalhado na obra a partir de escrituras iniciáticas fornecidas por Filipe e relata as aventuras do jovem cavaleiro Perceval.
O poema é iniciado com o jovem Perceval encontrando cavaleiros e percebendo que também gostaria de ser um. Sua mãe o havia criado fora dos domínios da civilização, nas florestas do País de Gales, desde a morte de seu pai. A contragosto de sua mãe, o garoto parte para a corte do Rei Artur, onde uma garota prevê grandes conquistas na vida dele. Ele é caçoado por Kay, mas torna-se cavaleiro e parte para aventuras. Perceval salva e apaixona-se pela jovem princesa Brancaflor, e treina com o experiente Gornemant.
Em um momento de sua vida conhece o Rei Pescador, que convida Perceval a permanecer em seu castelo. Enquanto estava lá, o cavaleiro presenciou uma procissão em que jovens carregam objetos magníficos entre cômodos, passando por ele em cada fase do evento. Primeiro aparece um jovem carregando uma lança coberta por sangue, e depois dois jovens carregando candelabros. Por fim, uma jovem aparece trazendo consigo um decorado cálice (o Graal). O objeto contém uma alimento que miraculosamente sustém o pai ferido do Rei Pescador.
Tendo sido aconselhado para tal, o jovem cavaleiro permanece em silêncio durante todo a cerimônia, apesar de não entender seu significado. No dia seguinte, ele volta para a corte do Rei Artur.
Antes de se manifestar no local, uma dama furiosa com trejeitos celtas entra na corte e clama a falha de Perceval em perguntar sobre o Graal, já que a pergunta apropriada curaria o Rei Ferido. Ela então anuncia que os Cavaleiros da Távola Redonda já haviam se prontificado a buscar o Cálice.
E o poema termina ai, sem um final…

O Rei Pescador aparece originalmente neste poema. Nem sua ferida nem a ferida de seu pai são explicadas, mas Perceval descobre posteriormente que os reis seriam curados se ele perguntasse sobre o Graal. Percival descobre que ele próprio é da linhagem dos Reis do Graal através de sua mãe, que é filha do rei ferido. Entetanto, o poema é terminado antes que Perceval retornasse ao castelo do Graal.
A associação entre “Pescador” e “Pecador” (no original Pêcheur e Pécheur respectivamente) é proposital, pois faz diversas associações entre o símbolo do Pescador, da linhagem de Yeshua e sua associação com a multiplicação dos peixes e com os apóstolos “pescadores” em diversas passagens do Novo Testamento.

Chrétien não chegou a usar o adjetivo “sagrado” para o Graal, assumindo que sua audiência (templária) já estaria familiarizada como o termo. Neste poema, Chrétien deixava implícito que havia uma dinastia descendente direta de Jesus, isso mais de 700 anos antes do Dan Brown!
Associação direta do Graal ao Sangue de Jesus
O próximo trabalho sobre o tema “Linhagem Sagrada” foi apresentado no poema Joseph d’Arimathie de Robert de Boron, o primeiro a associar diretamente o Graal à Jesus Cristo. Nesta obra, o “Pescador Rico” chama-se Bron, e ele é dito ser cunhado de José de Arimatéia, que havia usado o Graal para armazenar o sangue de Cristo antes de o deitar na tumba. José então encontra uma comunidade religiosa que viaja para a Bretanha, confiando o Graal à Bron (falarei sobre a relação entre José de Arimatéia, ou Yossef Rama-Teo e Merlin na próxima coluna).

Segundo a lenda, José de Arimatéia teria recolhido no Cálice usado na Última Ceia (o Cálice Sagrado), o sangue que jorrou de Cristo quando ele recebeu o golpe de misericórdia, dado pelo soldado romano Longinus, usando uma lança, depois da crucificação. Boron conta ainda que, certa noite, José é ferido na coxa por uma lança (perceba também, sempre presente, as referências às lanças, símbolos do fogo, tanto nas histórias de Jesus como de Arthur). Em outra versão, a ferida é nos genitais e a razão seria a quebra do voto de castidade (este fato mais tarde dará origem ao desenvolvimento literário do affair entre Lancelot e Guinevere, que precisa ainda ser mais detalhado).
Somente uma única vez Boron chama a taça de Graal (ou SanGreal). Em um inciso, ele deduz que o artefato já tinha uma história e um nome antes de ser usado por Jesus: “eu não ouso contar, nem referir, nem poderia fazê-lo (…) as coisas ditas e feitas pelos grandes sábios. Naquele tempo foram escritas as razões secretas pelas quais o Graal foi designado por este nome”.
Em outra versão do poema, teria sido a própria Maria Madalena, segundo a Bíblia a única mulher além de Maria (a mãe de Jesus) presente na crucificação de Jesus, que teria ficado com a guarda do cálice e o teria levado para a França, onde passou o resto de sua vida, dando origem à já conhecida “linhagem Sagrada”.

O cavaleiro e escritor Wolfram von Eschenbach baseia-se na história de Chrétien e a expande em seu épico Parzival. Ele re-interpreta a natureza do Graal e a comunidade que o cerca, nomeando os personagens, algo que Chrétien não havia feito; o rei pai é chamado de “Titurel” e o rei filho de “Anfortas”.
Sarras e São Corentin
Outro aspecto muito importante a respeito do Santo Graal é Sarras, a cidade mítica para onde o Graal é levado ao término do poema. A Cidade mítica de Sarras. Sarras é a “Cidade nos confins do Egito, onde está armazenada toda a sabedoria antiga”, que está associada às terras bíblicas de Seir. Porém, ao analisarmos o nome do rei de Sarras, Sir (Es)corant, chegamos a um personagem muito importante do século VI, chamado São Corentin.
Corentin, ou Corenti em alguns textos, foi um monge da Cornualha cujo monastério ficava justamente na península de Sarzeu Uma das lendas a respeito de Corentin é a de que ele teria vivido durante um período na floresta sendo alimentado apenas por um peixe. Ele comia um pedaço do peixe e, no dia seguinte, o peixe estava vivo e inteiro novamente. É muito simples perceber a associação entre Sarras/Sarzeu, Es-Corant/St Corentin e o rei pescador/monge pescador neste poema.

O Graal-pedra
Em “Parzifal”, o cavaleiro alemão Wolfram Von Eschenbach coloca na mão dos Templários a guarda do Graal que não é uma taça, mas sim uma pedra: o poema fala sobre uma gema verde esmeralda.

Ela trazia o desejo do Paraíso: era objeto que se chamava o Graal!
(Parzifal)

Para Eschenbach, o Graal era realmente uma pedra preciosa, pedra de luz trazida do céu pelos anjos. Ele imprime ao nome do Graal uma estreita dependência com as força cósmicas. A pedra é chamada Exillis ou Lapis exillis, Lapis ex coelis, que significa “pedra caída do céu”.

É a referência à esmeralda na testa de Lúcifer, que representava seu Terceiro Olho. Quando Lúcifer, o anjo de Luz, se rebelou e desceu aos mundos inferiores, a esmeralda partiu-se pois sua visão passou a ser prejudicada. Uma dos três pedaços ficou em sua testa, dando-lhe a visão deformada, que foi a única coisa que lhe restou. Outro pedaço caiu ou foi trazido à Terra pelos anjos que permaneceram neutros durante a rebelião. Mais tarde, o Santo Graal teria sido escavado neste pedaço.

Façamos agora uma comparação entre o Graal-pedra de Eschenbach com a não menos mítica Pedra Filosofal, que transformava metais comuns em ouro, homens em reis, iniciados em adeptos; matéria e transmutação, seres humanos e sua transformação. O alemão têm como modelo de fiéis depositários do cálice sagrado os Cavaleiros Templários (de novo!).
Seria Wolfran von Eschenbach um Templário? Certamente que sim. Era a época em que Felipe de Plessiez estava à frente da ordem quase centenária. O próprio fato de ser a pedra uma esmeralda se relaciona com a cavalaria. Os cavaleiros em demanda usavam sobre sua armadura a cor verde, sinônimo de vitalidade e esperança. Malcom Godwin, escritor rosacruz, refere-se a Parzifal da seguinte maneira: “Muitos comentadores argumentaram que a história de Parzifal contém, de modo oculto, uma descrição astrológica e alquímica sobre como um indivíduo é transformado de corpo grosseiro em formas mais e mais elevadas”.
Nesta obra, que é um retrato da Idade Média – feito por quem sabia muito bem sobre o que estava falando – reconhece-se uma verdadeira ordem de cavalaria feminina, na qual se vê Esclarmunda, a virgem guerreira cátara, trazendo o Santo Graal, precedida de 25 cavaleiros segurando tochas, facas de prata e uma mesa talhada em uma esmeralda (mais para a frente, voltarei a este assunto quando for falar de Joana D´Arc).

Na descrição do autor da cena de Parzifal no castelo do rei-pescador (que, assim como Jesus, saciara a fome de muitas pessoas multiplicando um só peixe) lemos:
“Em seguida apareceram duas brancas virgens, a condessa de Tenabroc e uma companheira, trazendo dois candelabros de ouro; depois uma duquesa e uma companheira, trazendo dois pedestais de marfim; essas quatro primeiras usavam vestidos de escarlate castanho; vieram então quatro damas vestidas de veludo verde, trazendo grandes tochas, em seguida outras quatro vestidas de verde (…). “Em seguida vieram as duas princesas precedidas por quatro inocentes donzelas; traziam duas facas de prata sobre uma toalha. Enfim apareceram seis senhoritas, trazendo seis copos diáfanos cheios de bálsamo que produzia uma bela chama, precedendo a Rainha Despontar de Alegria; esta usava um diadema, e trazia sobre uma almofada de achmardi verde (uma esmeralda) o Graal, ‘superior a qualquer ideal terrestre’”.
As histórias que fazem parte do chamado “ciclo do Graal” foram redigidas de 1180 até 1230, o que nos inclina a relacioná-las com a repressão sangrenta da heresia cátara (mas terei de fazer um post paralelo só sobre a Cruzada contra os Cátaros para explicar como tudo isto está intimamente relacionado).
Conta-se que durante o assalto das tropas do rei Filipe II de França à fortaleza de Montsegur, apareceu no alto da muralha uma figura coberta por uma armadura branca que fez os soldados recuarem, temendo ser um guardião do Graal. Alguns historiadores admitem que, prevendo a derrota, os cátaros emparedaram o Graal em algum dos muros dos numerosos subterrâneos de Montsegur e lá ele estaria até hoje.
A “Mesa de Esmeralda” evocada pelas histórias de fundo cátaro relacionam-se de maneira óbvia com outra “mesa”: a Tábua de Esmeralda atribuída a Hermes Trimegistos. A partir daí o Graal-pedra cede lugar ao Graal-livro.
O Graal-livro
O Graal-taça é tido como um episódio místico e o Graal-pedra como a matéria do conhecimento cristalizado em uma substância. Já o Graal-livro é a própria tradição primordial, a mensagem escrita. Em “José de Arimatéia”, Robert de Boron diz que “Jesus Cristo ensinou a José de Arimatéia as palavras secretas que ninguém pode contar nem escrever sem ter lido o Grande Livro no qual elas estão consignadas, as palavras que são pronunciadas no momento da consagração do Graal”. De fato, em “Le Grand Graal”, continuação da obra de Boron por um autor anônimo, o Graal é associado – ou realmente é – um livro escrito de próprio punho por Jesus, o qual a leitura só pode entender – ou iluminar – quem está nas graças de Deus. E por conta disso temos uma noção de que “segredos Templários” o Vaticano estaria atrás todo este tempo.


“As verdades de fé que este contém não podem ser pronunciadas por língua mortal sem que os quatro elementos sejam agitados. Se isso acontecesse realmente, os céus diluviariam, o ar tremeria, a terra afundaria e a água mudaria de cor”.

Fonte:http://www.deldebbio.com.br/2011/03/04/o-santo-graal-e-a-linhagem-sagrada/

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