A DEUSA E SUA ORIGEM



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A primeira vez que provei o fruto das Árvores
senti as sementes da Vida e do Conhecimento
queimar dentro de mim
Jurei nesse dia que não voltaria atrás.
A primeira vez que provei a carne da morte
senti o sabor do sangue
e o ranger dos ossos
Jurei nesse dia que não morreria.
A primeira vez que provei o meu próprio sangue
Senti a necessidade e a agitação
de minha própria vida em meus lábios
Jurei nesse dia amar a mim mesma
sobre todas as coisas
A primeira vez que provei a luz da lua
Senti seu brilho em meu ventre
E sua selvagem ternura
Jurei nesse dia que caminharia de
noite.
A primeira vez que provei o amor de um
deus
Senti o cortante alçar de canção e
fogo
Jurei nesse dia que acariciaria a
carne.
A primeira vez que provei o sal do mar
Senti meu sangue transformar-se
em água
Enquanto o céu caía sobre mim
Jurei nesse dia que descenderia e
retornaria com maravilhas.
A primeira vez que provei o amor de um
jovem
Gritei com a alegria de uma nova
vida
E chorei pelo que havia perdido
E ganhado
Jurei nesse dia nutrir a vida
Como antes abraçara a morte.
Juro por três vezes três vezes três
Que estes sete momentos serão
meus
E que nada que transpire,
Nem deus, nem homem e nem
besta, os quitará
O juro por mim mesma.
E pela minha imortalidade.




Desconheço o autor…



A Deusa foi a primeira divindade cultuada pelo homem pré-histórico. As suas inúmeras imagens encontradas em vários sítios históricos e arqueológicos do mundo inteiro representavam a fertilidade - da mulher e da Terra. Por ser a mulher a doadora da vida atribuiu-se à Fonte Criadora Universal a condição feminina e a Mãe Terra tornou-se o primeiro contato da raça humana com o divino.
Por sua conexão com a Lua e a mulher, a Deusa é cultuada em 3 aspectos: a Donzela, que corresponde à Lua Crescente, a Mãe representada na Lua Cheia e a Anciã, simbolizada na Lua Decrescente, ou seja, Minguante e Nova.




Na tradição da Deusa a Donzela é representada pela cor branca e significa os inícios, tudo o que vai crescer, o apogeu da juventude, as sementes plantadas que começam a germinar, a Primavera, os animais no cio e seu acasalamento. Ela e a Virgem, não só aquela que é fisicamente virgem, mas a mulher que se basta, independente e autosuficiente. Como Mãe a Deusa está em sua plenitude. Sua cor é o vermelho, sua época o verão. Significa abundância, proteção, procriação, nutrição, os animais parindo e amamentando, as espigas maduras, a prosperidade, a idade adulta. Ela é a Senhora da Vida, a face mais acolhedora da Deusa.Por fim, a Deusa é a Anciã, que é a Mulher Sábia, aquela que atingiu a menopausa e não mais verte seu sangue, tornando-se assim mais poderosa por isso. Simboliza a paciência, a sabedoria, a velhice, o anoitecer, a cor preta. A Anciã também é a Deusa em sua face Negra da Ceifeira, a Senhora da Morte.
Aquela que precisa agir para que o eterno ciclo dos renascimentos seja perpetuado. Esta é o aspecto com que mais dificilmente nos conectamos, porém, a Senhora da Sombra, a Guardiã das Trevas e Condutora das Almas é essencial em nossos processos vitais. Que seria de nós se não existisse a morte? Não poderíamos renascer, recomeçar... Desta forma, é fácil compreendermos porque a Religião da Deusa postula a reencarnação. Se fazemos parte de um universo em constante mutação, que sentido haveria em crermos que somos os únicos a não participar do processo interminável da vida-morte-renascimento? Essa realidade existe no microcosmo do ciclo das estações, da colheita que tem que ser feita para que se reúnam as sementes e haja novo plantio.


Fonte:http://indraswitch.blogspot.com.br/

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