Desde Steve Jobs a Sam Altman: o histórico de CEOs
do Vale do Silício que recorrem a psicodélicos
LSD, cogumelos mágicos e outras
substâncias alucinógenas ganham espaço entre líderes de tecnologia como
ferramenta de criatividade, foco e transformação pessoal
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Redação Época NEGÓCIOS
19/06/2025 11h01 Atualizado há 2
meses
Uma nova onda de interesse por psicodélicos vem se espalhando por trás das cortinas do Vale do Silício e ela não se restringe a startups alternativas ou entusiastas da contracultura. Figuras como Steve Jobs, Sam Altman, Sergey Brin e Bill Gates relataram experiências com LSD e psilocibina que, segundo eles, influenciaram sua visão de mundo e até suas decisões de negócios.
Segundo o Business Insider, que compilou relatos de diversos executivos e fundadores, o uso de substâncias psicodélicas tem sido descrito por muitos como catalisador de criatividade, foco e insights profundos, além de proporcionar alívio contra ansiedade e estresse.
Jobs e Altman: visões ampliadas
O cofundador da Apple, Steve Jobs, chegou a afirmar que tomar LSD foi "uma das coisas mais importantes" de sua vida. “Ampliou minha consciência e reforçou minha convicção de que a tecnologia pode tocar as pessoas profundamente”, disse ele em entrevistas reproduzidas na biografia escrita por Walter Isaacson.
Mais recentemente, Sam Altman, CEO da OpenAI, relatou ter participado de um retiro com uso supervisionado de psicodélicos no México. “Foi muito transformador. Reduziu minha ansiedade e mudou minha maneira de ver o mundo”, disse ele ao BI, ao comentar sua experiência com psilocibina.
Nem todos embarcam
Se por um lado há quem abrace o potencial dos psicodélicos, há também os céticos. Demis Hassabis, CEO do Google DeepMind, deixou claro que evita esse tipo de experiência: “Prefiro explorar a natureza da realidade por meio de livros, IA e ciência. Não quero interferir com o funcionamento do meu cérebro”, afirmou, em entrevista à mesma publicação.
Ainda assim, Hassabis reconhece que colegas próximos já experimentaram substâncias como LSD ou MDMA em busca de inspiração criativa.
Um mercado em expansão (e vigilância)
Por trás dessa tendência, cresce também o número de investimentos em empresas que pesquisam ou regulamentam o uso de psicodélicos. A Journey Colab, por exemplo, voltada para tratamentos baseados em psicoterapia psicodélica, já recebeu aportes de Altman e outros investidores.
Enquanto isso, a prática de microdosagem — o consumo de quantidades muito pequenas dessas substâncias para aumentar o desempenho cognitivo — se dissemina entre executivos do setor, ainda que envolta em controvérsias éticas e legais.
“A ciência está apenas começando a entender como essas substâncias funcionam no cérebro. Mas os relatos dos líderes mais influentes da tecnologia mostram que a busca por estados alterados de consciência não é mais tabu — é estratégia”, conclui o Business Insider.
Fonte:https://epocanegocios.globo.com/tecnologia/noticia/2025/06/desde-steve-jobs-a-sam-altman-o-historico-de-ceos-do-vale-do-silicio-que-recorrem-a-psicodelicos.ghtml
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