“O envolvimento com a arte performática, como peças de teatro, musicais e balé, e particularmente a participação na música, está ligado à redução da depressão e da dor e à melhoria da qualidade de vida”, disse Matthew Bell, da Frontier Economics, coautor do estudo, ao The Guardian.
De acordo com a professora Daisy Fancourt, diretora do centro da OMS e também coautora da pesquisa, os resultados mostraram que “o envolvimento nas artes tem efeitos diversos e tangíveis na saúde, desde o apoio ao desenvolvimento cognitivo e a proteção contra o declínio cognitivo, até a redução dos sintomas de doença mental e melhorar o bem-estar, reduzindo a dor e o stress, através das mesmas vias neurológicas e fisiológicas ativadas pela medicação, reduzindo a solidão e mantendo o funcionamento físico, reduzindo assim a fragilidade e o declínio físico relacionado com a idade".
O relatório cita 13 grupos diferentes de pessoas – desde os jovens aos idosos – cuja saúde e bem-estar melhoraram quando frequentaram ou participaram de atividades artísticas. Por exemplo, pessoas com mais de 65 anos que tiveram aulas de desenho todas as semanas durante três meses no museu local, numa iniciativa chamada “Quinta-feira no museu”, criaram um dividendo financeiro de, em média, £1.310 cada (cerca de R$ 10 mil), por irem menos ao seu médico de família e sentirem-se melhor sobre suas vidas.
Da mesma forma, um estudo realizado com 3.333 jovens adultos com idades entre 18 e 28 anos concluiu que aqueles que participavam em atividades artísticas, musicais ou teatrais sentiam-se mais felizes e que, como resultado, as suas vidas tinham mais significado e valor.
A maior parte dos benefícios de £8 bilhões de libras para a sociedade que a Frontier calculou que a cultura e a arte proporcionam provém da melhoria da qualidade de vida das pessoas e a outra é da melhoria da produtividade no trabalho.
As conclusões “sugerem que não só o investimento adicional nas artes poderia ser valioso para os indivíduos e para o serviço de saúde como parte de uma agenda de saúde preventiva, mas também quaisquer cortes no financiamento ou fornecimento de artes devem ser considerados um risco para a saúde pública com ramificações económicas individuais e sociais”, acrescentou Fancourt, que também dirige o grupo de pesquisa biocomportamental social da UCL.
Fonte:https://oglobo.globo.com/saude/bem-estar/noticia/2024/12/28/arte-e-cultura-fazem-bem-a-saude-e-o-bem-estar-diz-estudo.ghtml
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