DANÇA DAS PLACAS TECTÔNICAS: ESTUDO MOSTRA MOVIMENTOS QUE PROVOCARAM SEPARAÇÃO DOS CONTINENTES EM 1 BILHÃO DE ANOS; VEJA VÍDEO
Dança das
placas tectônicas: estudo mostra movimentos que provocaram separação dos
continentes em 1 bilhão de anos; veja vídeo
Cientistas usaram vestígios de campos
magnéticos preservados em rochas ricas em ferro para determinar com precisão a
antiga posição dos continentes
Por O Globo com agências internacionais —
Nova York
23/09/2024 04h01 Atualizado há 22
horas
Um novo estudo internacional acaba de reconstruir a história geológica da Terra ao mostrar como as placas tectônicas moldaram a superfície do planeta ao longo dos últimos 1,8 bilhão de anos. O resultado é uma simulação que condensa o tempo empregado ao longo da história desses movimentos tectônicos em apenas dois minutos.
A pesquisa, publicada na revista Geoscience Frontiers, combina dados de modelos antigos com novas informações geofísicas, e fornece uma imagem detalhada das mudanças tectônicas que ocorreram no planeta. Ao longo desse vasto período, surgiram e desapareceram supercontinentes, como Nuna, Rodínia e Pangeia, eventos que moldaram a configuração atual da Terra.
Assista ao vídeo abaixo
A teoria das placas tectônicas descreve o movimento de grandes blocos da crosta terrestre sobre uma camada interna mais maleável. Esse movimento é responsável pela formação dos continentes e oceanos ao longo dos bilhões de anos da história da Terra. Movidas por forças como correntes internas do manto e o peso gravitacional, as placas tectônicas se deslocam a uma velocidade comparável ao crescimento das unhas humanas.
Durante o período abrangido pelo estudo, a Terra testemunhou o surgimento e a fragmentação de três supercontinentes: Nuna, que se formou há cerca de 2,1 bilhões de anos; Rodínia, que se desfez por volta de 900 milhões de anos atrás; e Pangeia, o mais recente, cuja separação começou há aproximadamente 200 milhões de anos.
Os cientistas usaram uma combinação de métodos para realizar a reconstrução. Um dos principais recursos foram os vestígios de campos magnéticos preservados em rochas ricas em ferro. Esses vestígios, junto com a datação radiométrica de rochas ígneas e metamórficas, permitiram determinar com precisão a antiga posição dos continentes.
Esses dados foram combinados com informações sobre erupções vulcânicas e a formação de cadeias montanhosas, ajudando os cientistas a mapear o movimento das placas tectônicas e reconstruir os eventos geológicos que moldaram o planeta ao longo dos milênios.
O movimento das placas tectônicas não apenas definiu a geografia do planeta, mas também teve um papel crucial na evolução da vida e nas mudanças climáticas. À medida que os continentes se separavam ou colidiam, eles criavam barreiras geográficas que influenciavam a evolução das espécies, isolando populações de plantas e animais.
Além disso, esses movimentos controlavam o nível dos oceanos e afetavam as correntes marítimas, alterando o clima em uma escala global. Os eventos tectônicos também foram responsáveis pela formação de bacias sedimentares e cadeias montanhosas, que desempenham um papel fundamental na acumulação de recursos naturais como petróleo, gás e minerais raros.
As placas tectônicas também estão intimamente ligadas a eventos geológicos devastadores, como vulcões e terremotos. O atrito entre as placas gera uma enorme quantidade de energia, que é liberada na forma de terremotos. Já os vulcões surgem em áreas onde a crosta terrestre é deformada, permitindo que o magma escape do manto e atinja a superfície.
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