OLIMPÍADAS 2024: ESTILISTAS EXPLICAM POR QUE UNIFORME DO BRASIL NÃO AGRADOU E APONTAM DESTAQUES PARA ABERTURA; SAIBA QUAIS
Olimpíadas
2024: estilistas explicam por que uniforme do Brasil não agradou e apontam
destaques para abertura; saiba quais
Enquanto uniformes do Time Brasil
seguem sendo criticados, trajes de outras delegações prometem roubar a cena
hoje, na abertura
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26/07/2024 04h00 Atualizado há 5 horas
Ao longo da semana, manifestações contra os looks tomaram conta das redes sociais. “Não é Paris Fashion Week”, rebateu o presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Paulo Wanderley, “esquecendo” que a moda reflete a cultura de um país, além de ser uma indústria potente, que gera milhões de empregos.
Talvez pelo fato desta Olimpíada ser justamente em Paris, a capital da moda, algumas delegações foram na contramão do Brasil e estão sendo celebradas pela linguagem fashion presente nos trajes esportivos. Pensando nisso, convocamos especialistas para indicar os melhores, que farão hoje um desfile digno... da Paris Fashion Week.
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A stylist e multiartista Lulu Novis frisa que “roupa é manifesto”:
— Antes de citar meus favoritos, quero destacar que os uniformes olímpicos contam histórias, precisam ter coerência e consistência e “falar” sobre as tradições de seu respectivo países.
Para Lulu, há uma unanimidade evidente:
— Os da Mongólia, da grife Michel&Amazonka, marca fundada por duas irmãs, em 2015, viraram um case.
Especialista em branding de moda, Fábio Monnerat enumera seus favoritos.
— Mongólia, Haiti, Canadá, Estados Unidos e Holanda — afirma.
O do Haiti é especialmente ovacionado.
— Foi desenvolvido pela estilista italiana Stella Jean, que é de origem haitiana, com a colaboração do pintor haitiano Philippe Dodard. Resgata várias referências do país com a linguagem de moda que esperamos assistir na abertura da Olimpíada — analisa Fábio.
Entre os medalhões, ele cita o veterano designer Ralph Lauren, que assina o traje dos atletas norte-americanos.
— Um dos mais clássicos. A execução das peças e a escolha dos tecidos são muito boas. Os uniformes traduzem a sofisticação e a tradição da grife que tem tudo a ver com os Estados Unidos.
França na relação
O diretor criativo e stylist Lúcio Fonseca faz questão de incluir a França na relação, mencionando os looks idealizados pelo fundador da etiqueta de streetwear Pigalle, Stéphane Ashpool, em parceria com a marca Le Coq Sportif, e os da Cerimônia de Abertura, da Berluti.
— Devemos prestar atenção nos donos da casa.
Se depender da pesquisadora e analista de moda Paula Acioli, muitas delegações farão bonito hoje.
— Estados Unidos, Cuba, Turquia, Haiti, Mongólia, Índia, Sri Lanka, Espanha, República Tcheca e Austrália estão de parabéns. Já o Brasil, deixou a desejar. Em termos de uniformes, os feitos pela estilista Lenny Niemeyer para a Abertura dos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, deram um banho nos confeccionados para Paris — opina.
Paula lembra que a escolha dos uniformes é definida pelo COB:
— Os critérios, ao que parece, são restritos aos membros dos comitês responsáveis. Uma pena que não haja participação pública ou de um conselho formado por especialistas em esporte e moda.
A representação de outros setores nessa decisão, segundo a pesquisadora, evitaria certas inadequações.
Para Fábio Monnerat, o grande mistério a ser desvendado é saber de que maneira o COB escolhe a marca ou o designer que veste os atletas, já que a opção brasileira foi por uma rede fast fashion:
— Parece algo mais político do que estratégico.
Fonte:https://oglobo.globo.com/esportes/olimpiadas/noticia/2024/07/26/olimpiadas-2024-estilistas-explicam-por-que-uniforme-do-brasil-nao-agradou-e-apontam-destaques-para-abertura-saiba-quais.ghtml?
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