CORRIDA CONTRA O TEMPO: VEJA COMO SABER A IDADE BIOLÓGICA DO CORPO PARA ALÉM DA IDADE CRONOLÓGICA

 Envelhecimento precoce

Corrida contra o tempo: veja como saber a idade biológica do corpo para além da idade cronológica

Cientistas desenvolveram 'relógio epigenético', que calcula idade biológica

Por El Tiempo

06/07/2024 01h55  Atualizado há 7 horas


Algumas pessoas geralmente não parecem a idade que têm, enquanto outros parecer mostrar mais velhas. Segundo vários cientistas, isso ocorre porque nem todos têm o mesmo processo biológico.


Nir Barzilai, diretor do Instituto de Pesquisa do Envelhecimento da Faculdade de Medicina Albert Einstein, em Nova York, fala um pouco mais sobre esse processo: “Mas não entendem que é um tipo de biologia que estamos tentando descobrir”.


Os cientistas estão trabalhando para quantificar esse fenômeno e atribuir um número à “idade biológica” de uma pessoa por meio da análise da sua saúde celular, sem considerar quantos anos ela viveu.

Os pesquisadores definem a idade biológica como “o acúmulo de danos que podemos medir no corpo”, afirmou Andrea Britta Maier, codiretora do Centro para uma Longevidade Saudável na Universidade Nacional de Singapura. Esse dano é provocado tanto pelo envelhecimento natural quanto pelo ambiente e pelos hábitos.

A influência do envelhecimento se estende praticamente a todos os processos biológicos e foram propostos numerosos biomarcadores como candidatos para medir esse parâmetro.

Alguns são utilizados há algum tempo e se baseiam em características visíveis, como a aparição de cabelos grisalhos, queda de cabelo, declínio das funções cognitivas, perda de visão e audição, dificuldades de mobilidade, atrofia muscular e presença de rugas na pele.

Há outros indicadores que podem ser obtidos por meio de exames médicos, que oferecem uma visão mais completa da idade biológica, como a pressão sanguínea, os níveis de glicose, insulina, colesterol no sangue, entre outros.

Em 2013, o pesquisador Steve Horvath apresentou um inovador relógio epigenético capaz de prever com precisão a idade biológica em diferentes tecidos, através do estudo da metilação de 353 posições específicas do DNA humano, denominados sítios ou ilhas CpG. Desde então, vários pesquisadores desenvolveram relógios similares, oferecendo perspectivas ligeiramente distintas.

Em 2018, Morgan Levine, Horvath e outros cientistas introduziram o DNAm PhenoAge, um novo instrumento que considera não apenas os padrões de metilação, mas também sinais como os níveis de glicose no sangue e marcadores de função hepática e renal. Esta inovação busca prever o deterioro na saúde de um indivíduo e o aparecimento de doenças associadas à idade. Outro relógio destacado, desenvolvido por Horvath e seus colegas, vai além ao prever não só a idade biológica, mas também a expectativa de vida.

David Sinclair, professor de Genética da Escola de Medicina de Harvard, comenta um pouco mais sobre esses relógios: “A idade biológica determina nossa saúde e, em última instância, nossa expectativa de vida. É o número de velas que deveríamos apagar. No futuro, com os avanços da nossa habilidade para controlar a idade biológica, talvez tenhamos menos velas no bolo do que no ano anterior”.

Atualmente, várias empresas como Tally Health, Elysium Health e MyDNAge comercializam testes baseados nessas ferramentas que prometem determinar o grau de decadência orgânica a partir de simples amostras de sangue, urina ou esfregaço bucal.

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