POR QUE ALGUNS GÊMEOS SÃO IDÊNTICOS E OUTROS NÃO? VEJA O QUE DIZ A CIÊNCIA

 

Cientistas descobrem particularidades no DNA que podem explicar por que alguns gêmeos são idênticos e outros não (Foto: Pexels)

Cientistas descobrem particularidades no DNA que podem explicar por que alguns gêmeos são idênticos e outros não (Foto: Pexels)

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Por que será que alguns gêmeos nascem idênticos e outros não? Embora essa pareça ser uma ocorrência aleatória, um estudo publicado esta semana aponta particularidades no DNA dos gêmeos que poderiam explicar esse "mistério

Pesquisadores da Vrije Universiteit, em Amsterdã, afirmam que gêmeos possuem uma "assinatura" em seu DNA, que persiste desde a concepção até a idade adulta. Essa assinatura permite, por exemplo, que cientistas descubram se uma pessoa foi concebida como gêmea, mesmo que não tenha um irmão gêmeo - cerca de 12% das gestações começam como múltiplas, mas apenas 2% de ambos os bebês são levados a termo, uma condição conhecida como "síndrome do gêmeo desaparecido".

Os cientistas ainda não sabem quando essas assinaturas aparecem e, portanto, precisam investigar mais a fundo se elas são herdadas dos pais ou aparecem aleatoriamente quando o óvulo se divide. A equipe ainda não pode dizer também se os marcadores de DNA são o motivo pelo qual alguém é um gêmeo idêntico ou se eles acontecem após a divisão aleatória de um óvulo fertilizado.

“É um ponto de partida” para resolver “o que é realmente um enigma”, diz Jenny van Dongen, pesquisadora de genética gêmea da Universidade Livre (VU) de Amsterdã, ao site da Science, Sociedade para o Desenvolvimento da Pesquisa Científica.

Gêmeos idênticos ocorrem quando um óvulo se divide logo depois de ser fertilizado, resultando em dois embriões com o mesmo DNA. Já os gêmeos fraternos resultam da fertilização de dois óvulos, o que pode ocorrer quando a mulher produz dois ou mais óvulos de uma vez. Mas os especialistas não entendem realmente quais fatores levam à ocorrência de gêmeos idênticos, que representam cerca de quatro em cada 1000 nascimentos.

Para o estudo, a equipe escaneou o DNA de mais de 3.000 gêmeos idênticos usando amostras de sangue e células da bochecha, e os comparou com os de gêmeos fraternos. Os resultados foram publicados na revista Nature Communications.

Fonte:https://revistacrescer.globo.com/Gravidez/noticia/2021/09/por-que-alguns-gemeos-sao-identicos-e-outros-nao-veja-o-que-diz-ciencia.html

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Gêmeos univitelinos de sexos diferentes? Entenda como a gestação de Camila Monteiro é possível

Até o momento, nenhum outro caso similar no mundo foi identificado. Saiba qual é a teoria dos médicos para o caso

No começo do mês, a influencer Camila Monteiro – que já tinha contado estar grávida de gêmeos univitelinos – surpreendeu ao revelar que está esperando um menino e uma menina! Mas como isso é possível? 

Camila Monteiro revelou, neste domingo, que está à espera de um casal - apesar de gêmeos serem univitelinos (Foto: Reprodução/Instagram/Camila Monteiro)

Camila Monteiro revelou, neste domingo, que está à espera de um casal - apesar de gêmeos serem univitelinos (Foto: Reprodução/Instagram/Camila Monteiro)

A gestação de gêmeos univitelinos (também conhecidos como gêmeos idênticos) acontece quando apenas um óvulo é fertilizado por um único espermatozoide, e o embrião se divide em dois. Por isso, na esmagadora maioria dos casos, os gêmeos são do mesmo sexo.  

Em seu Instagram, Camila contou que a princípio acreditou que sua gestação fosse de gêmeos semi-idênticos (quando dois espermatozoides de gêneros diferentes fertilizam um único óvulo e se dividem, explicou a mãe). Mas como ela passou por um processo de fertilização in vitro, isso não seria possível. “Os embriologistas apenas fertilizam um espermatozoide em cada óvulo”, completou a influencer.

Para a CRESCER, a mãe disse que chegou a pensar que pudesse haver alguma mal formação com seus bebês, mas ainda durante o processo de fertilização in vitro uma análise dos embriões demonstrou que ambos são perfeitamente saudáveis. “Depois do que aconteceu, até pensamos ‘será que aconteceu alguma mutação?’, mas não. No ultrassom está tudo muito claro, não é caso de genitália que não desenvolveu normalmente, é realmente um menino e uma menina. Aparentemente não tem nada de diferente do que uma gestação de gêmeos idênticos. Os dois dividem a mesma placenta”, explicou a mãe.

O que os médicos dizem?

Para entender o que pode ter acontecido, a CRECER conversou com Daniella Castellotti, médica especialista em reprodução assistida responsável pelo tratamento da Camila, e com Cristina Valletta de Carvalho, geneticista do grupo Igenomix Brasil, que foi consultada pela influencer assim que ela soube que esperava um casal de gêmeos. 

Dra. Cristina explica que, no caso de Camila, foram transferidos dois embriões, um de cada sexo, e eles provavelmente se implantaram juntos. “O que aconteceu com ela foi uma situação em função da fertilização in vitro. A Camila tinha dois embriões de sexos diferentes a serem transferidos. Esses embriões normalmente têm membranas que aderem e, quando foram colocados no cateter, eles acabaram ficando juntos e entraram no útero dela coladinhos um no outro”, explicou Cristina. 

Os dois embriões estão em um saco gestacional único provavelmente porque se implantaram simultaneamente, reforçou a Dra. Daniella. “Nas imagens dos ultrassons iniciais, parecia uma gestação de um único embrião que tinha se dividido, já que eles estão no mesmo saco gestacional. Mas a partir do momento em que vimos que são sexos diferentes, percebemos que podiam ser dois embriões”, ressaltou.

Apesar de não ser possível confirmar essa teoria, a Dra. Cristina disse que essa hipótese é a mais aceita pelos médicos envolvidos no tratamento da Camila. “Ela faz acompanhamento com outros médicos da medicina fetal, e todos nós temos uma visão muito parecida do que pode ter acontecido”, disse.

A geneticista contou ainda que, em um ultrassom feito recentemente, foi encontrada uma membrana fina entre os dois bebês. “Hoje nós dizemos que a gestação é univitelina dicoriônica, por causa dessa membrana que está separando”, explicou Cristina.  

As duas médicas relataram que não conhecem outros casos em que o mesmo tenha acontecido. “Eu nunca tinha visto isso acontecer. Já fiz muitas transferências de embriões nessa mesma situação e sempre fica um em cada saquinho gestacional”, disse a Dra. Daniella. 

Há mais riscos para mãe e bebê?

Daniella explicou que a gestação “fora do comum” não representa nenhum risco a mais para a mãe ou para os bebês. “Os bebês estão em bolsas diferentes, o que é mais tranquilo para a evolução da gestação. Então, essa gravidez não traz mais riscos do que outras gestações comuns”, disse a médica. 

“Geneticamente, os dois bebês estão se desenvolvendo muito bem. Os cuidados a serem tomados pela mãe são os mesmos de qualquer outra gestação de gêmeos”, complementou Cristina.  

Fonte:https://revistacrescer.globo.com/Gravidez/noticia/2021/09/por-que-alguns-gemeos-sao-identicos-e-outros-nao-veja-o-que-diz-ciencia.html

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Gêmeos nascidos de um único óvulo e dois espermatozóides (Foto: Thinkstock)

A cada dia, a natureza surpreende até os mais conceituados cientistas. Dessa vez, trata-se do fenômeno conhecido como gêmeos semi-idênticos ou sesquizigóticos, extremamente raro. Normalmente, nesses casos, os embriões não sobrevivem. No entanto, contrariando a ciência, os irmãos de Brisbane, na Austrália, estão fortes e saudáveis e já completaram 4 anos de idade.

O caso, relatado no New England Journal of Medicine, é o primeiro a ser identificado ainda durante a gravidez. Segundo os médicos, a mãe, que tinha 28 anos na época, concebeu naturalmente. O professor Nicholas Fisk, que liderou a equipe que cuidou da mãe e dos gêmeos no Royal Brisbane e no Women's Hospital em 2014, disse que a descoberta foi feita por meio de um exame de rotina. "A ultrassonografia da mãe de seis semanas mostrou uma única placenta e posicionamento de bolsas amnióticas que indicavam que ela estava esperando gêmeos idênticos. No entanto, um ultrassom em 14 semanas mostrou que os gêmeos eram do sexo masculino e feminino, o que não é possível para gêmeos idênticos. É provável que o óvulo da mãe tenha sido fertilizado simultaneamente por dois espermatozóides do pai antes de se dividir", explica.

Geneticamente, eles estão entre gêmeos fraternos e idênticos. Gêmeos idênticos é quando as células de um único óvulo fertilizado por um espermatozóide se dividem em duas - então elas são do mesmo gênero e compartilham DNA idêntico. Já os gêmeos fraternos ocorrem quando cada gêmeo se desenvolve a partir de um óvulo separado e o óvulo é fertilizado por seu próprio espermatozóide.

O doutor Michael Gabbett, da Universidade de Tecnologia de Queensland, que trabalhou ao lado de Fisk, explica que, se um óvulo é fertilizado por dois espermatozóides, ele resulta em três conjuntos de cromossomos, um da mãe e dois do pai. "Três conjuntos de cromossomos são geralmente incompatíveis com a vida e os embriões não costumam sobreviver. No caso dos gêmeos sesquizigóticos de Brisbane, o óvulo fertilizado parece ter dividido igualmente os três conjuntos de cromossomos em grupos de células, que então se dividiram em duas, criando os gêmeos. Algumas das células contêm os cromossomos do primeiro espermatozóide, enquanto as células restantes contêm cromossomos do segundo espermatozóide, resultando em gêmeos compartilhando apenas uma proporção de 100 por cento do mesmo DNA paterno", diz.

O primeiro caso de gêmeis semi-idênticos 

Os primeiros gêmeos sesquizigóticos foram relatados nos Estados Unidos em 2007. Eles chamaram a atenção dos médicos na infância depois que um deles foi identificado com genitália ambígua. Na investigação de cromossomos mistos, os médicos descobriram que o menino e a menina eram idênticos do lado materno, mas compartilhavam metade do DNA paterno.

Fisk disse que uma análise de bases de dados de gêmeos em todo o mundo apontou o quão raros são os gêmeos sesquizigóticos. "Primeiro, questionamos se havia outros casos que haviam sido erroneamente classificados ou não relatados, então examinamos dados genéticos de 968 gêmeos fraternos e seus pais", finaliza.

Fonte:https://revistacrescer.globo.com/Curiosidades/noticia/2019/03/mulher-engravida-de-gemeos-raros-nascidos-de-um-ovulo-e-dois-espermatozoides.html?status=500

A gravidez de gêmeos pode ser confirmada com semanas após o primeiro ultrassom (Foto: ThinkStock)

(Foto: ThinkStock)


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Gêmeos univitelinos terão sempre o mesmo tom de voz e a chance de desenvolver as mesmas doenças?

Francine Oliveira, via Instagram


– Gêmeos univitelinos são geneticamente idênticos. Por isso, eles se assemelham muito. No entanto, é possível distinguir quem é quem por características físicas sutis e específicas. Isso significa que não necessariamente eles serão iguais em tudo. E o mais importante: hoje sabemos que o ambiente pode ter uma influência decisiva na expressão de nossos genes. Então, por exemplo, se um dos gêmeos decide fazer exercícios físicos rotineiramente e o outro prefere ler ou tocar um instrumento, eles podem ter desenvolvimento corporal e mental com características diferentes. Os genes, portanto, são importantes, mas não são determinantes de quem somos.


Fonte:https://revistacrescer.globo.com/Colunistas/Ana-Maria-Escobar/noticia/2018/10/gemeos-univitelinos-tem-chance-de-desenvolver-mesmas-doencas.html


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Mãe explica que a tatuagem serve para diferenciar o gêmeos que necessita de medicamento diário (Foto: Getty)

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Eles até parecem clones, mas um novo estudo afirma que gêmeos idênticos — aqueles derivados de um único óvulo fertilizado — não são tão iguais assim! Cientistas da Islândia sequenciaram o DNA de 387 pares de gêmeos idênticos, seus pais, filhos e cônjuges. Isso permitiu que eles encontrassem "mutações precoces que separam gêmeos idênticos", disse Kari Stefansson, geneticista da Universidade da Islândia e da empresa deCODE genetics, e co-autora do artigo publicado nesta quinta-feira (7), na revista Nature Genetics.

Uma mutação significa uma alteração em uma sequência de DNA — uma pequena mudança que não é inerentemente boa ou ruim, mas pode influenciar características físicas ou suscetibilidade a certas doenças. Isso pode  ocorrer quando uma célula se divide e comete um pequeno erro na replicação do DNA. Em média, gêmeos idênticos têm 5,2 dessas diferenças genéticas iniciais, descobriram os pesquisadores. Mas cerca de 15% dos pares de gêmeos idênticos têm mais diferenças genéticas, alguns deles até 100, disse Kari Stefansson. Essas diferenças representam uma pequena porção do código genético de cada gêmeo, mas podem influenciar por que um dos gêmeos é mais alto ou por que um dos gêmeos corre maior risco de desenvolver certos tipos de câncer. 

Em outras palavras, o novo estudo permitiu aos pesquisadores identificar quando as mutações genéticas ocorreram em dois tipos diferentes de células: aquelas presentes em apenas um indivíduo e aquelas herdadas pelos filhos dessa pessoa. Eles também encontraram mutações que ocorreram antes de o embrião em desenvolvimento se dividir em dois, preparando o terreno para gêmeos. Stefansson disse que sua equipe encontrou pares de gêmeos onde uma mutação está presente em todas as células do corpo de um dos gêmeos, mas não foi encontrada no outro gêmeo. No entanto, "às vezes o segundo gêmeo pode mostrar a mutação em algumas células, mas não em todas as células", disse ele.

OPINIÕES

Anteriormente, muitos pesquisadores acreditavam que as diferenças físicas entre gêmeos idênticos estavam relacionadas principalmente a fatores ambientais, como nutrição ou estilo de vida. Jan Dumanski, um geneticista da Universidade de Uppsala, na Suécia, que não esteve envolvido no novo artigo, elogiou-o como "uma contribuição clara e importante" para a pesquisa médica. "A implicação é que devemos ter muito cuidado ao usar gêmeos como modelo para separar as influências da natureza e da criação", disse ele.

Nancy Segal, psicóloga que estuda gêmeos na California State University, Fullerton, e não também esteve envolvida no artigo, chamou a pesquisa de "heróica e realmente significativa". "Isso forçará os cientistas a refinar nosso pensamento sobre as influências da genética e do meio ambiente", disse ela. "Os gêmeos são muito parecidos, mas não é uma semelhança perfeita", finalizou.

Fonte:https://revistacrescer.globo.com/Saude/noticia/2021/01/gemeos-identicos-nao-sao-geneticamente-iguais-diz-pesquisa.html

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