AGORA NÃO TEM MAIS VOLTA! ORGANIZAÇÃO METEREOLÓGICA MUNDIAL DECLARA OFICIALMENTE EL NINÕ, FENÔMENO QUE AQUECE OCEANOS E REGIÕES DO MUNDO

Ilustração do fenômeno climático El Niño no mapa mundi

Fenômenos como El Niño podem contribuir com variações temporárias da temperatura média global (Imagem: Divulgação)

 Agora não tem mais volta! Organização Meteorológica Mundial declara oficialmente El Niño, fenômeno que aquece oceanos e regiões do mundo

Nesta segunda-feira (10) o porta-voz da AEMET (Agência Estatal de Meteorologia da Espanha) afirmou que o El Niño já está presente e continuará por um tempo, assim como outros especialistas dos EUA, como a Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) na semana passada.

"Pela primeira vez em sete anos, condições características do El Niño prevalecem no Pacífico tropical." Conforme a Organização Meteorológica Mundial alertou, parece que se tornou algo inevitável.

A WMO, porta-voz oficial da ONU sobre tempo, clima e água, diz que o El Niño já está aqui e existe 90% de chance de contnuar até o segundo semestre de 2023 e é esperado que se fortifique gradualmente entre os próximos seis a nove meses.

O que é o El Niño? Como atinge o Brasil?

Fonte da foto: Leon Simons

El Niño stá sendo citado nas mídias com frequência e se trata de um fenômeno aumentará significativamente a probabilidade de quebra de recordes de temperatura e de calor mais extremo em muitas partes do mundo e nos oceanos.

Em maio a OMM afirmou: "“Há 98% de chance de que pelo menos um dos próximos cinco anos, assim como os cinco anos como um todo, seja o mais quente já registrado”. Para deixar claro, pela primeira vez desde se tem registros, a temperatura média do planeta ultrapassou os 17 graus.

O evento pode causar aumento das chuvas em algumas áreas do sul da América do Sul, no sul dos Estados Unidos, no Chifre da África (Nordeste Africano ou Península Somali) e na Ásia Central". Por outro, causa “secas severas na Austrália, Indonésia, partes do sul da Ásia, América Central e norte da América do Sul, segundo a OMM.

De modo geral o Brasil pode ter sua região norte afetada (secas na Amazônia e no Nordeste), assim como a pesca, além de aumento de chuvas na região sul, mas isso não é tudo, já que o evento climático vai gerar prejuízos severos para a economia.

Fonte:https://br.ign.com/tech/111095/news/agora-nao-tem-mais-volta-organizacao-meteorologica-mundial-declara-oficialmente-el-nino-fenomeno-que

Super El Niño: novo relatório é preocupante

O segundo semestre deste ano deve ser marcado pelo El Niño em uma versão turbinada chamada informalmente de “super”. Agora, um novo relatório da NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional, dos EUA) reúne informações preocupantes.

Primeiramente, o El Niño não deve ser fraco. O fenômeno deve ter intensidade de moderada para forte. Além disso, outro ponto de destaque é a duração, que deve ter no mínimo um ano.

Isso mostra um avanço do fenômeno já que apenas em maio deste ano a formação do El Niño era considerada uma possibilidade distante. 

Agora, segundo a NOAA, existe 80% de chance de que as temperaturas aumentem em 1,0ºC (com um fenômeno moderado), 50% de chance de ao menos 1,5ºC (com um fenômeno forte) e 20% de chance de ultrapassar 2,0ºC (com o fenômeno muito forte).

Pode não parecer muito, já que as chances de um El Niño extremamente intenso é de 20%. Entretanto as autoridades consideram esse número preocupante e ele pode mudar nos próximos meses. 

Apenas nas últimas semanas registramos os dias mais quentes da história, o que mostra o caminho perigoso que o mundo está entrando no segundo semestre.

Entenda o Super El Niño

O El Niño deixa a atmosfera mais quente, o que o conecta a outros fenômenos naturais, piorando questões relacionadas ao aquecimento global. Some isso ainda à atual onda de calor, que, entre 1998 e 2017, mataram mais de 166 mil pessoas no mundo todo, segundo dados da OMS – e seguem “atacando” nos EUA e Europa, por exemplo.

Por aqui, o El Niño deve provocar chuvas intensas na região sul. Isso se deve porque oceanos mais quentes auxiliam na injeção de mais água na atmosfera, estimulando a formação de mais chuva.

No inverno, a condição já é esperada nos estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, e o aumento pluvial decorrente do fenômeno pode agravar o risco de enchentes e deslizamentos.

Fonte:https://olhardigital.com.br/2023/07/22/ciencia-e-espaco/super-el-nino-novo-relatorio-e-preocupante/

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