COMO CONCEITOS DE BELEZA MUDARAM AO LONGO DA HISTÓRIA

 

Veja como conceitos do que é belo mudaram com o tempo
Veja como conceitos do que é belo mudaram com o tempo Helô D’Angelo

Como conceitos de padrão de beleza mudaram ao longo da história

Magreza nem sempre foi sinônimo de beleza e juventude. Veja como os conceitos do corpo "ideal" mudaram em diferentes momentos da trajetória humana

Por Marília Marasciulo

25/06/2023 10h35  Atualizado há um dia


Pré-história

As estatuetas de Vênus, encontradas em regiões que vão da Europa à Sibéria, datam de 26 mil a.C. em diante. Elas representam, em sua maioria, mulheres de seios, coxas e quadris largos, gordas ou grávidas.

É impossível saber se essas formas representavam um padrão de estética corporal, mas alguns arqueólogos sugerem que essas características remetem a fertilidade e abundância de alimentos, duas necessidades importantes em uma sociedade caçadora-coletora.

Grécia antiga

A partir da ascensão de Atenas como principal cidade-estado da Grécia, a estética passou a ser um valor explorado pela filosofia e pelas artes. No período, a beleza era um atributo do corpo masculino — afinal, a cidadania era direito exclusivo dos homens. Esculturas costumavam representar corpos másculos, fortes e de proporções simétricas. As mulheres ficavam em segundo plano.

Idade média

No período histórico em que a Europa foi fortemente influenciada pelo catolicismo, o padrão de beleza greco- romano era tido como pagão, inclusive as noções de higiene. Por isso, representações da época costumam mostrar mulheres sem quaisquer traços de vaidade: vestidos longos e volumosos para ocultar a silhueta e cabelos escondidos em toucas. O objetivo era se aproximar ao máximo de uma beleza casta e angelical. Aos homens cabiam a guerra e o trabalho duro.

Renascença

No período renascentista, a nudez voltou a ser representada nas artes, permitindo compreender melhor os padrões corporais da época. O corpo masculino de proporções “perfeitas” era utilizado para representar e ser objeto de estudos de anatomia. Já o corpo feminino se livrou das roupas para ter exibidas a silhueta voluptuosa, a pele branca e os cabelos longos e claros.

Era de ouro de Hollywood

Entre as décadas de 1920 e 1960, os padrões de beleza corporal no Ocidente foram influenciados principalmente por Hollywood e suas estrelas de cinema. O homem ideal era como Gregory Peck ou Clark Gable: alto, olhar sério e aparência asseada. Já as mulheres tinham como arquétipo Marilyn Monroe, a maior de todas as pin-ups, de cintura larga e seios robustos.

Era da supermodelos

Com a indústria da moda tendo como principal público consumidor as mulheres, o padrão de beleza corporal passou a se assemelhar ao das grandes estrelas que figuravam nas passarelas e nas capas de revistas: as supermodelos.

O termo começou a se popularizar nos anos 1980 para designar modelos com cachês milionários, como Claudia Schiffer, Gisele Bündchen e Naomi Campbell. Todas altas, magras e com cabelos lisos.

Body positive

Sports Illustrated é uma das principais revistas esportivas dos Estados Unidos e todo ano tem uma edição temática de moda praia. Estampar a capa dessa edição é como garantir o selo de supermodelo.

Em 2016, a revista surpreendeu o público ao apresentar pela primeira vez uma modelo considerada “plus size”: a estadunidense Ashley Graham. O fato é considerado um marco na “body positivity” e na luta contra os padrões de beleza inalcançáveis.


Fonte:https://revistagalileu.globo.com/sociedade/comportamento/noticia/2023/06/como-conceitos-de-padrao-de-beleza-mudaram-ao-longo-da-historia.ghtml


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