PORNOGRAFIA ON-LINE LEVA JOVENS A NATURALIZAR VIOLÊNCIA SEXUAL, DIZ ESTUDO

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O delicado tema do acesso à pornografia é trazido à discussão. Acessar pornografia na internet traz algum problema sexual ou outro tipo de problema? Trata-se mesmo de um vício? Por que é tão difícil parar de acessar pornografia? Como se libertar desse comportamento que parece tão apetitivo? 

Fonte:https://inpaonline.com.br/palestra/pornografia-na-internet/

Pornografia on-line leva jovens a naturalizar violência sexual, diz estudo

Pesquisa feita na Inglaterra mostra que metade das meninas espera que relações sexuais contenham agressões físicas. Twitter é a principal plataforma citada como meio para achar o conteúdo.

Por France Presse

31/01/2023 13h03  Atualizado há um mês

 

De acordo com quase metade dos jovens na Inglaterraas meninas "esperam" que as relações sexuais resultem em agressões físicas, segundo um relatório publicado nesta terça-feira (31) sobre o impacto da pornografia em crianças e adolescentes.

O anúncio "põe em evidência a necessidade urgente de proteger as crianças dos prejuízos da pornografia on-line", afirmou Rachel de Souza, comissária para a Infância e dirigente de um órgão público que protege os direitos das crianças no Reino Unido.

"Me preocupo profundamente com a normalização da violência sexual na pornografia on-line e no papel que ela desempenha na formação da sexualidade e dos relacionamentos das crianças", acrescentou.

Segundo esta pesquisa, realizada com 1.000 adolescentes na Inglaterra entre novembro e janeiro, um em cada 10 jovens havia visto pornografia aos nove anos de idade, e um em cada dois, aos 13 anos.

Antes dos 18, quase oito em cada 10 jovens viram pornografia violenta, envolvendo atos sexuais coercitivos, degradantes, ou dolorosos, observa o relatório, alertando que "os usuários frequentes de pornografia têm maior probabilidade de se envolver em atos sexuais fisicamente agressivos".

A partir destes dados, 47% das pessoas entrevistadas acreditam que as meninas "esperam" que as relações sexuais envolvam agressões físicas. Já 42% acham que a maioria delas "gosta" destes atos.

Quase 40% dos jovens de 16 a 21 anos afirma ter encontrado pornografia nas redes sociais por acidente, porém, metade dos entrevistados (58% meninos e 42% meninas) diz ter buscado por conta própria na Internet.

Twitter é a principal plataforma citada, com 41%, seguida dos sites pornográficos (37%), Instagram (33%), Snapchat (32%) e buscadores (30%).

Quase um em cada dois jovens de 18 a 21 anos já sofreu algum ato sexual violento definido como agressivo, coercitivo ou degradante. Segundo o relatório, "as meninas são muito mais propensas a serem vítimas do que os meninos".

"Representações de degradação, coerção sexual, agressão e exploração são comuns e dirigidas de forma desproporcional às adolescentes", alertou De Souza.

"Nunca vou me esquecer de uma menina que me contou do seu primeiro beijo com o namorado, de 12 anos, que a estrangulou. Ele viu em filmes pornográficos e achou que fosse normal", completou.


Fonte:https://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2023/01/31/pornografia-on-line-leva-jovens-a-naturalizar-violencia-sexual-diz-estudo.ghtml


As sequelas da violência sexual


NãH Hà regras específicas que determinem o que é normal ou anormal na sexualidade. Há casais que sentem prazer ao infringir dor física um no outro. A chave está justamente no fato de que eles sentem prazer, no plural. Ocorre entre adultos, a partir de um acordo, e não dá lugar para nenhuma consequência negativa.

A violência sexual, por sua vez, não tem relação com expressões agressivas dentro de uma atividade sexual. O que a define de fato será, por um lado, a imposição a uma das partes de sofrimento emocional e físico que este não deseja experimentar, e, por outro, a não consideração de seu desejo de não desejar viver esse tipo de experiência. Ou seja, há uma imposição.

Tipos de violência sexual

A violência sexual pode ocorrer de várias maneiras diferentes. Muitas vezes ocorre na rua, a partir do comportamento de estranhos. Muita vezes acontece dentro da família, de um casal, no próprio lar. Não há cifras exatas, mas a julgar pelo dados já conhecidos, o fenômeno é bastante presente na nossa sociedade.

Os principais tipos de violência sexual são os listados a seguir:

  • O assédio sexual. É uma forma de violência psicológica na qual uma pessoa pressiona, coage, intimida e outra, com o objetivo de ter relações sexuais.
  • Abuso sexual. Corresponde a qualquer situação na qual a pessoa se vê obrigada a realizar um comportamento sexual contra a sua vontade. É a forma mais nociva de violência sexual.
  • Agressão sexual. Inclui qualquer forma de contato com o corpo de outra pessoa, não consentido e com propósitos sexuais. Também compreende toques e práticas similares.

As agressões sexuais do tipo verbal também fazem parte da violência sexual. Incluem também alusões abusivas ao corpo de outra pessoa ou expressões que possam invadir simbolicamente sua sexualidade.

As sequelas da violência sexual

As sequelas da violência sexual dependem da gravidade das ações, das características da vítima e do contexto em que o problema se dá. Independentemente disso, sempre se trata de uma situação grave, que gera a necessidade de tomar ações legais, médicas e psicológicas.

As sequelas da violência sexual mais comuns são as listadas a seguir:

  • Transtorno por estresse pós-traumático. É um quadro no qual há ansiedade e rememoração frequente e constante do ocorrido, com sintomas de angústia e depressão. A raiva é latente ou manifesta.
  • Fortes sentimentos de vergonha e culpa. As vítimas da violência sexual costumam se sentir pessoalmente responsáveis pelo ocorrido. Surgem autocríticas infundadas que conduzem facilmente a um transtorno depressivo.
  • Depressão. A depressão é uma sequela muito frequente nesse tipo de situação. Nos casos mais graves, conduz ao isolamento progressivo ou a quadros graves que podem inclusive levar a tentativas de suicídio.
  • Abuso de substâncias. Muitos optam por começar a utilizar psicoativos para moderar ou melhorar os sentimentos de angústia, culpa, raiva e depressão que surgem após uma violência sexual.

As pessoas que são vítimas de violência sexual muitas vezes não conseguem reagir assumindo comportamentos de defesa. Isso se deve ao fato de que a descarga de adrenalina pode ser tão forte que anula as zonas do cérebro associadas com o raciocínio e a tomada de decisões. Quem já foi vítima e sofre com as sequelas da violência sexual precisa de apoio psicológico profissional.

Fonte: https://amenteemaravilhosa.com.br/

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