COVID LONGA: QUANTO MAIS VEZES UMA PESSOA FOR INFECTADA PELO VÍRUS, MAIOR É O RISCO DE TER COMPLICAÇÕES DE LONGO PRAZO DO CORONAVÍRUS

 

David Nabarro, enviado especial da OMS (Foto: Bundesministerium für Europa/Wikimedia Commons)

David Nabarro, enviado especial da OMS (Foto: Bundesministerium für Europa/Wikimedia Commons)

Quanto mais infecções, maior o risco de Covid longa, alerta OMS

“Nenhum de nós quer os efeitos da Covid longa, pois eles podem ser muito sérios e derrubar as pessoas por vários meses”, afirmou David Nabarro

  • MATTHEUS GOTO
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O enviado especial da Organização Mundial da Saúde (OMS) para Covid-19, David Nabarro, afirmou nesta segunda-feira (27) que quanto mais vezes uma pessoa for infectada pelo vírus, maior é o risco de ela ter o “azar” de contrair efeitos de longo prazo do coronavírus.

“Nenhum de nós quer os efeitos da Covid longa, pois eles podem ser muito sérios e derrubar as pessoas por vários meses”, afirmou o médico, à Sky News.

De acordo com o Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a Covid longa acontece quando um indivíduo infectado com o novo coronavírus desenvolve sintomas por um longo período de tempo – semanas ou até meses, de forma contínua ou intermitente.

O CDC afirma que a propensão a experimentar sintomas a longo prazo é maior em pessoas com uma infecção inicial mais grave, com problemas de saúde subjacentes, não vacinadas ou que tiveram síndrome inflamatória multissistêmica durante ou após a doença.

Um relatório do governo dos Estados Unidos, publicado em março, estimou que mais de 23 milhões de norte-americanos foram afetados com a Covid longa. Alguns dos sintomas são: fadiga, dificuldade para respirar, palpitações cardíacas, neblina cerebral, tontura, dor de estômago e senso de paladar ou olfato alterado.

Essas manifestações podem mudar de pessoa para pessoa, podendo atingir, inclusive, quem estava assintomático ou não soube que teve Covid.

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Fonte:https://epocanegocios.globo.com/Mundo/noticia/2022/06/covid-longa-quanto-mais-infeccoes-maior-o-risco-de-ter-efeitos-prolongados-alerta-oms.html

  • WESLEY SANTANA
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 (Foto: Pexels)

Um relatório do governo dos Estados Unidos, publicado em março, estimou que mais de 23 milhões de norte-americanos foram afetados com a Covid longa. Esse termo se refere às condições físicas que continuam a impactar a saúde do paciente muito tempo depois da infecção pelo coronavírus - semanas ou até meses.

Alguns dos sintomas de covid longa são: fadiga, dificuldade para respirar, palpitações cardíacas, neblina cerebral, tontura, dor de estômago e senso de paladar ou olfato alterado. Essas manifestações podem mudar de pessoa para pessoa, podendo atingir, inclusive, quem estava assintomático ou não soube que teve covid, afirmam os especialistas.


Para quem está com cansaço, por exemplo, o especialista aconselha evitar atividades pesadas que desencadeiam exaustão. Outra dica é incluir momentos de descanso na rotina diária, além de exercícios de respiração - como yoga -, que ajudam a fortalecer os músculos respiratórios.

Além disso, a vacinação contra Covid-19 é uma importante ferramenta para evitar um quadro deste. Isso porque um estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, publicado na última semana, mostrou que pessoas não vacinadas são mais propensas a adquirir um caso de covid longa.

"A melhor maneira de prevenir condições pós-Covid é proteger a si mesmo e aos outros de se infectar. Para as pessoas que são elegíveis, vacinar-se e manter-se atualizado com vacinas pode ajudar a prevenir a infecção e proteger contra doenças graves”, alerta o órgão.

https://epocanegocios.globo.com/Vida/noticia/2022/05/covid-longa-quais-os-sintomas-e-o-que-fazer-se-tiver.html

  • MATTHEUS GOTO
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Covid pode aumentar a chance de miocardite (Foto: unsplash)

Novos estudos têm lançado luz sobre a covid longa, capaz de causar danos contínuos a órgãos do corpo, como coraçãopulmões e rins. No período posterior à infecção, uma a cada oito pessoas relataram inflamação no coração. É o que aponta um estudo realizado pela Universidade de Glasgow e publicado no periódico Nature Medicine.

Segundo os pesquisadores, a gravidade dos sintomas contínuos parece estar ligada à gravidade da própria infecção. “Nosso estudo fornece evidências objetivas de anormalidades de um a dois meses pós-Covid e essas descobertas estão relacionadas aos sintomas persistentes naquele momento e à probabilidade de tratamentos de saúde contínuos um ano depois”, disse o professor Colin Berry, que liderou o estudo, ao The Guardian.

Para chegar aos resultados, sua equipe analisou de perto os casos de 159 pessoas hospitalizadas com Covid entre maio de 2020 e março de 2021. Uma série de exames e questionários foi realizada de 28 a 60 dias após a alta dos pacientes. Os resultados foram comparados com os dados de um grupo de 29 pessoas com condições de saúde semelhantes, mas que não tiveram a doença.

Na comparação, segundo os autores, aqueles que foram hospitalizados mostraram várias anormalidades, principalmente nos resultados de imagens do coração, pulmões e rins. Cerca de 13% dos casos graves foram considerados por especialistas como muito propensos a ter miocardite, ou inflamação do coração. No grupo não infectado, apenas um participante recebeu a mesma classificação.

A probabilidade de miocardite também foi maior entre os profissionais de saúde e aqueles com lesão renal aguda, assim como aqueles com doenças mais graves que necessitam de ventilação invasiva.

Os resultados ainda revelaram que pessoas hospitalizadas tinham mais chance de precisar de cuidados secundários de saúde por sintomas de Covid longa, com mortes e reinternações também maiores nesse grupo.

Isso levou a uma “menor qualidade de vida relacionada à saúde, níveis mais altos de ansiedade e depressão e níveis mais baixos de atividade física”, explicou Andrew Morrow, também da Universidade de Glasgow. “Essas descobertas reforçam a importância da vacinação e dos novos tratamentos, que reduziram bastante o número de casos graves de Covid-19.”

Fonte:https://epocanegocios.globo.com/Vida/noticia/2022/05/covid-longa-pode-causar-danos-continuos-ao-coracao-pulmoes-e-rins-diz-estudo.html


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