Muito se fala de aromaterapia para humanos, mas você sabia que a técnia também existe para animais de estimação?
“Eles sofrem com problemas parecidos aos dos humanos, como estresse, ansiedade, medo, tristeza e, por isso, também podem se beneficiar da aromaterapia”, diz a farmacêutica Renata Piazera, CEO de uma rede de manipulação de produtos e medicamentos veterinários.
O que é e quando aplicar
Segundo Renata, a aromaterapia é um tratamento natural que utiliza partículas e aromas presentes em diferentes óleos essenciais extraídos de plantas, frutas e vegetais, para estimular diferentes partes do cérebro, ajudando a aliviar sintomas que causam ansiedade, insônia, depressão, agitação, problemas respiratórios, estresse, entre outros.
A profissional lembra que a técnica também pode trazer benefícios como relaxamento, bem-estar, fortalecimento de defesas do corpo e melhora na concentração.
Para os pets, a aromaterapia é indicada quando se quer alterar algum quadro comportamental.
“Os animais também desenvolvem enfermidades por conviverem em ambientes urbanos e serem submetidos a situações de estresse. Música alta, a visita ao veterinário ou o primeiro banho no pet shop, por exemplo, podem gerar traumas. A técnica pode atuar como um modulador de comportamento, também sendo indicada em casos de ansiedade, medo, latidos em excesso e agitação”, diz a zootecnista Regina Herculano Pinto, fundadora de uma marca especializada em brinquedos para animais.
Cuidados
As profissionais lembram que, assim como acontece com os humanos, a aromaterapia é um auxiliar à terapia alopática e não deve ser adotada sem o conhecimento e orientação do médico-veterinário do bicho.
Além disso, não é indicado que o tutor aplique a técnica por conta própria, visto que as concentrações para humanos e animais são diferentes.
“O olfato dos animais é muito mais aguçado e sensível que o dos humanos, por isso, é necessário que esse tratamento seja orientado por um médico-veterinário, que saberá utilizar a dosagem certa, com o intuito de preservar o bicho em relação a um exagero de aromas. É necessário verificar ainda se o óleo essencial é indicado para pets e a diluição precisa ser feita em baixa concentração, de acordo com as necessidades de cada animal”, alerta Renata.
A farmacêutica lembra ainda que há recomendações de não utilizar o produto no rosto, olhos e nariz, ou em filhotes com menos de 10 semanas de idade, além de evitar óleo rico em fenol, como orégano, manjericão, canela, tomilho, gaultéria, cravo e sábio.
“Se a substância for preparada da forma correta, não há malefícios. Inclusive, alguns tratamentos de aromaterapia são indicados para uso contínuo, dependendo do animal. Caso o produto não seja corretamente manipulado e diluído, é possível causar intoxicação ou até alergias”, finaliza Renata.
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