O CISMA DO ORIENTE: A MANEIRA COMO O CRISTIANISMO SE DESENVOLVEU NO IMPÉRIO BIZANTINO

 

Mosaico da Virgem Maria na Basílica de Santa Sofia, Istambul. Foto: Vlada Photo / Shutterstock.com

O CISMA DO ORIENTE: A MANEIRA CRISTIANISMO SE DESENVOLVEU NO IMPÉRIO BIZANTINO

 O cristianismo, religião fundada pelos apóstolos de Jesus Cristo, foi inicialmente muito reprimido e recusado como crença, até que em 313 o imperador romano Constantino I concedeu aos seus fiéis a liberdade religiosa.

A partir desse momento, essa religião começava sua caminhada para se tornar uma das mais seguidas atualmente. Durante toda sua existência, essa crença serviu para unir diversos povos, mas também sofreu algumas transformações que acabaram por alterar alguns de seus fundamentos e até dividir seus fiéis.

Essas transformações e dissensões se acentuaram principalmente durante a Idade Média, devido ao desentendimento entre o Papa, autoridade religiosa da parte ocidental da Europa, e os imperadores do ainda remanescente Império Romano do Oriente ou Império Bizantino. Algumas dessas discussões acabaram culminando com a divisão do cristianismo em 1054, num episódio conhecido como Cisma do Oriente, o qual deu origem à Igreja Católica Apostólica Romana, com sede em Roma, e à Igreja Ortodoxa Oriental, em Constantinopla.

O Cisma do Oriente, embora tenha uma data factual, tem origens mais remotas que estão ligadas principalmente à maneira como o cristianismo se desenvolveu no Império Bizantino. Em primeiro lugar, é preciso deixar bem claro que a religião desempenhou um papel muito importante nesses domínios, uma vez que ela conseguiu aproximar diferentes povos, substituindo crenças anteriores e formando um sentimento de união entre seus habitantes.

Outras características do desenvolvimento do cristianismo, observáveis no Império Romano do Oriente, são:

- cesaropapismo: doutrina segundo a qual o chefe de Estado (o imperador) também cuidava da organização e da administração da sociedade cristã. Não reconhecia a autoridade papal. Assim, a Igreja ficava submetida ao Estado.

Justiniano. Foto: Wikimedia Commons

Justiniano. Foto: Wikimedia Commons

- monasticismo: a vida monástica se intensificou no Império, e os monges acabaram se tornando pessoas influentes, devido ao conhecimento que detinham. Esses religiosos desfrutavam certa autonomia e comercializavam os ícones (pinturas de santos) que produziam.

Entrada do Mosteiro Kykko, construído durante o Império Bizantino . Crédito: Son of Groucho. Licenciado por Creative Commons. Atribuição 2.0 Genérica.

Entrada do Mosteiro Kykko, construído durante o Império Bizantino . Crédito: Son of Groucho. Licenciado por Creative Commons. Atribuição 2.0 Genérica.

- iconoclastia ou iconoclasmo: movimento que proibiu a produção e determinou a destruição dos ícones existentes, sob a alegação de idolatria a imagens (iconolatria). Instituída por Leão III, em 726, a iconoclastia perseguiu, prendeu e assassinou quaisquer pessoas que estivessem envolvidas com a veneração ou a criação desses materiais, práticas estas consideradas heresias.

Ícone bizantino . Crédito: Rick Gutebler. Licenciado por Creative Commons. Atribuição 2.0 Genérica.

Ícone bizantino . Crédito: Rick Gutebler. Licenciado por Creative Commons. Atribuição 2.0 Genérica.

Por Fábio Voitechen

- monofisismo: surgida na Antioquia, essa doutrina não reconhece a natureza humana de Jesus Cristo. Também foi considerada heresia.

Fonte:http://especialistas.aprendebrasil.com.br/igreja-bizantina/

Ruptura entre as Igrejas Católicas do Oriente e do Ocidente


Cisma do Oriente foi um período em que houve a divisão da Igreja Católica. O episódio que aconteceu em 1054 d.C marcou a separação entre a Igreja chefiada pelo papa, em Roma, e a igreja dirigida pelo patriarca, em Constantinopla (atualmente no território de Istambul).


O Cisma do Oriente ou Grande Cisma ocorreu por conta de inúmeros fatores como, por exemplo, as divergências praticadas pelos grupos cristãos, que já se dividiam entre duas linhas do catolicismo e também por conta da disputa política e econômica presente na região do mediterrâneo. 


Fatores que resultaram no Cisma do Oriente


Antes da divisão das Igrejas, havia uma unificação. Isto porque, o Império Romano tinha uma estrutura que permitia a unidade entre elas. Mesmo subdividido em dois e mantendo sua capital em Roma, as duas sedes da igreja continuaram a existir. O papa, autoridade máxima da Igreja Católica, ficava em Roma tendo o controle do continente europeu e em Alexandria, no Egito, e Constantinopla, outros patriarcas exerciam autoridade. Porém, com a anexação do Egito ao Império Muçulmano, o responsável pela sede de Alexandria perdeu sua importância.


Não demorou muito para que as invasões bárbaras alcançassem o Império Romano do Ocidente. Com sua queda em 476, restava apenas o Império Romano do Oriente, que depois ficou conhecido como Império Bizantino. Após tantas influências externas e também por conta das divisões que afetaram as estruturas internas, as doutrinas praticadas pelas das igrejas, aos poucos foram divergindo. Os conflitos doutrinários tornaram-se tão constantes, que acabou resultando no que ficou conhecido como Cisma do Oriente.


devotos

O Cisma do Oriente resultou na separação entre ortodoxos e católicos, em 1054, d.C (Imagem: Wikipedia)


Divergências religiosas


Um dos elementos responsáveis pelo Cisma do Oriente foi o surgimento de algumas práticas religiosas da Igreja de Constantinopla, que eram consideradas heréticas pela igreja do ocidente. Durante o período de ruptura, a existência de heresias no Império Bizantino foi motivo de grande incômodo, as principais foram a iconoclastia e o monofisismo.


Monofisismo


O monofisismo foi uma doutrina que surgiu no século V, na escola Teológica de Alexandria, que na verdade, era um movimento e não um local. Na perspectiva monofisista, Jesus Cristo, o filho de Deus, tinha uma natureza unicamente divisa. A visão pregada por essa vertente era completamente contrária à considerada pela Igreja do ocidente, que considerava as naturezas humana e divina de Cristo. 


O monofisismo também era contra o dogma católico da Santíssima Trindade (composto por Pai, Filho e Espírito Santo). Dentro desse próprio movimento, surgiram outras vertentes, a exemplo do nestorianismo, e também doutrinas que se opuseram ao monofisismo. A doutrina monofisita não teve apoio no Concílio de Calcedônia, muito pelo contrário, foi condenada por ela, mas foi aceita nas sedes de Roma, Constantinopla e Antioquia. Já em Alexandria e em todo o Egito, a doutrina foi completamente rejeitada.


Iconoclastia


O movimento dos Iconoclastas preocupava-se com outra pauta. A iconoclastia ou iconoclasmo, como também é chamado, era caracterizada por se opor à adoração de imagens, pregando a destruição dos ídolos religiosos. Mas esse posicionamento não estava de acordo com os fundamentos cristãos que eram pregados pelo papa em Roma. O aumento de adeptos à iconoclastia surgiu em maior número nas áreas, onde o império fazia fronteira com os territórios do povo árabe. Os árabes, que professavam o islamismo, eram completamente opostos ao culto à imagens. 


Por conta dessa mistura de povos, várias formas de sincretismo surgiram, além do cultural, o religioso, produzindo outras heresias cristãs, a exemplo do marcionismo (rejeitava o antigo testamento) e montanismo (caracterizados pelo asceticismo). 


O iconoclastia se tornou forte naquele período porque os imperadores bizantinos buscavam conviver pacificamente com os muçulmanos que habitavam a região. Já que os adeptos ao Islã consideravam a adoração de imagens uma prática ilegal, foram feitas várias concessões que beneficiavam os iconoclastas, até que em 713 o imperador Filípico aprovou uma lei que não permitia a adoração de ícones. 


Mapa do Império Bizantino.

A localização geográfica também contribuiu com o Cisma do Oriente. (Imagem:Wikipedia)


Crises de autoridade   

 

As heresias só aumentavam a distância que havia entre as autoridades cristãs das Igrejas do Oriente e Ocidente. Somado a isso estavam as desigualdades políticas, sociais e culturais. O Império Bizantino, por exemplo, já assimilava algumas características de outras religiões, como a dos povos asiáticos. 



As novas doutrinas que se estabeleciam geravam instabilidade em todos os setores. Além disso, havia seus divulgadores e fiéis, que influenciavam o comportamento da população. A pressão causada por esses movimentos foi tão grande que os imperadores tiveram que intervir na área administrativa da Igreja de Constantinopla, prática que foi denominada como cesaropapismo. 


cesaropapismo proclamava a supremacia do Imperador, considerado eleito de Deus, sobre a Igreja. Na prática, esses líderes deveriam controlar os conflitos causados pelas heresias e buscar a unidade entre o Império e a Igreja. Mas o que aconteceu foi justamente o contrário. Com o passar dos séculos, as divergências se tornaram cada vez mais significativas. Uma crise de autoridade havia se instalado nas instituições e a crença cristã estava ameaçada. Em 867 d.C, a Igreja de Constantinopla, que estava sob a liderança do imperador bizantino, não reconhecia mais a soberania da Igreja de Roma. 


A soma de todos esses fatores resultou no Cisma do Oriente, que ocorreria em 1054, quando Miguel Cerulário foi excomungado pelo papa de Roma. Por conta desse episódio, Cerulário optou pela separação oficial entre as duas igrejas. De acordo com aqueles que seguiam as doutrinas do oriente, os ensinamentos de Roma se afastavam das pregações originais ensinadas por Jesus Cristo. 

  
Igreja Ortodoxa e Igreja Católica Apostólica Romana


O Cisma do Oriente resultou em duas vertentes. A Igreja Católica do Oriente, ou Igreja Ortodoxa, com a sede em Constantinopla, e a Igreja Católica Apostólica Romana, ou somente Igreja Católica Romana, com sede em Roma. Ambas conservam algumas tradições litúrgicas de cada doutrina. Mesmo após inúmeras tentativas em busca da união, até então, as duas instituições continuam separadas após o Cisma do Oriente.

Fonte:https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/cisma-do-oriente


Império Bizantino


Graduada em História (Udesc, 2010)
Mestre em História (Udesc, 2013)
Doutora em História (USP, 2018)


Durante um longo período o Império Romano agonizou. Invasões bárbaras, saques e má gestão levaram o Império ao colapso. Por outro lado, é neste período também que, na tentativa de minimizar os efeitos da crise e manter o Império, propõe-se a separação do Império em dois: o do Oriente e o do Ocidente. É este contexto que se dá início ao processo de declínio do Império Romano, que se desintegrou em 476, marcando não apenas o fim do Império do Romano do Ocidente, mas também o período histórico que chamamos costumeiramente de Idade Antiga. No entanto, o Império Romano do Oriente sobreviveu (atualmente chamado de Império Bizantino), até o ano de 1453, ano de sua queda. O período situado entre a queda do Império Romano do Ocidente e a queda do Império Romano do Oriente é o que conhecemos por Idade Média. Foi também neste período que ocorreu uma difusão e maior adesão ao cristianismo, inicialmente entre os componentes das classes mais pobres da população, mas chegando também às elites romanas.

Mapa mostra a extensão do Império Bizantino no ano 1025. Ilustração: Cplakidas / Wikimedia Commons / CC-BY 3.0

A palavra medieval carrega consigo um conjunto de representações e estereótipos negativos, usualmente associando o período a uma “idade das trevas”. O termo idade média também pode passar uma interpretação equivocada, parecendo ser o período localizado no meio de acontecimentos importantes. Como se pode perceber, a história da Idade Medieval está diretamente relacionada ao Império Romano e seu declínio, no ocidente e no oriente. O intervalo de tempo entre os dois acontecimentos, de 476 a 1453, também é bastante significativo: são mil anos de experiências partilhadas entre homens e mulheres comuns. Não é possível, portanto, negligenciar os estereotipar este período da História da humanidade. Essa visão que temos sobre a divisão dos períodos da história faz parte de uma visão clássica sobre a própria constituição da história, fomentada pelos estudiosos europeus. Muitas vezes, e em muitos casos, essas divisões temporais fazem pouco sentido em outros países, como o Brasil.

Assim, ainda que a queda do Império Romano do Ocidente tenha sido fatal para eles, a sobrevivência do Império Romano do Oriente foi expressiva. Isso se deu porque havia outra configuração e outros jogos políticos no oriente, diferentes das despesas e necessidades do Império Romano do Ocidente. O povo do oriente enfrentou poucas ameaças de bárbaros, passando a viver um período de estabilidade e prosperidade. Formado na tentativa de salvar o Império Romano do Ocidente, em plena divisão do Império Romano no século IV, o Império Romano do Oriente manteve a continuidade da cultura romana cristã e boa parte da cultura grega. Tendo a capital localizada em Bizâncio, que mais tarde teria sido batizada de Constantinopla, a cidade de Constantino, esta cidade protagonizou inúmeros encontros entre povos e culturas. Entre os povos que ali se encontravam estavam os gregos, os egípcios, os sírios, os semitas e os eslavos. Um dos pontos principais eram as rotas comerciais que por ali passavam trazendo produtos dos mais variados tipos, tais como ouro, marfim, trigo, mel, pimenta, porcelanas, canela entre outros. Por volta do ano 1000 a cidade chegou a ter uma população de quase 1 milhão de habitantes e chegou a ser a cidade mais rica de toda a Europa. Nos dias de hoje ocupa o território de Constantinopla a cidade de Istambul, na Turquia.

Estátua do Imperador Constantino I, o primeiro imperador bizantino. Foto: Angelina Dimitrova / Shutterstock.com

A cidade repleta de edificações majestosas, como a Basílica de Santa Sofia, era cercada por uma muralha dupla que desempenhava muito bem o papel de proteção para aqueles que ali viviam. O cristianismo ali teve grande aceitação, e a cidade foi palco de atrações religiosas, como as relíquias que os cristãos da época acreditavam ter pertencido aos protagonistas da religião, tais como o sangue sagrado, os cravos da coroa de cristo e até mesmo as suas sandálias estavam na cidade para a apreciação dos devotos.

Trecho da muralha que protegia Constantinopla, restaurada. Foto: Viacheslav Lopatin / Shutterstock.com

Religião e governo

Representados como santos, os imperadores bizantinos tinham o poder sobre o Estado, o exército e a Igreja, e eram tratados com os próprios representantes de Deus na Terra. Como haviam várias culturas que compunham o Estado havia necessidade de se respeitar as várias nacionalidades e para isso era necessário um modelo administrativo bem estabelecido. Desta forma escolheram a religião para dar unidade, pois acreditavam ser Deus aquele que dava unidade divina, e ao imperador caberia dar a unidade terrestre. Um dos imperadores de maior sucesso foi Justiniano, que governo o Império Bizantino ao longo do século VI ao lado de Teodora, sua esposa que era muito atuante na política. Como medidas de Teodora, ocorreram as recuperações de territórios antes ocupados pelos povos bárbaros, a construção de estradas e a retomada do comércio no mar Mediterrâneo. O território bizantino neste período retomou boa parte do Império Romano do Ocidente, dominando a península Itálica, o norte da África, o sul da península Ibérica, além do seu território no oriente. A expansão territorial foi um dos principais objetivos do governo de Justiniano. O marco desse período foi a construção da basílica de Santa Sofia e o Código Justiniano, que ampliou novas leis baseadas no antigo direito romano substituindo o latim pelo grego como língua oficial.

Sociedade no Império Bizantino

Os bizantinos eram divididos socialmente em grandes proprietários de terras, altos funcionários públicos, comerciantes, artesãos e um pequeno grupo de escravizados. Havia ainda camponeses que cultivavam plantações no interior e pagavam tributos ao Estado em forma de produtos. No século IX, era comum ver em Constantinopla a sua população tendo como entretenimento os teatros, hipódromos, onde ocorriam os espetáculos mais populares entre os bizantinos, as corridas de cavalos. Os mais ricos e as camadas médias valorizavam a educação, e boa parte dessa parte da população eram alfabetizados, inclusive as mulheres. As mulheres se dedicavam a cosmetologia e a tecelagem. Como vimos acima, haviam imperatrizes como Teodora que participavam da política em destaque, no século VIII outra imperatriz atuante no mundo da política foi Irene.

Arte bizantina

Os mosaicos, obras de arte que já eram conhecidos pelos gregos e pelos romanos, fizeram parte do cotidiano das igrejas bizantinas. As obras geralmente retratavam para os fiéis as histórias da bíblia e tinham funções de ensinar a religião. Vale ressaltar que a maior parte da população não era alfabetizada como abordamos anteriormente, e os aprendizados deveriam ser feitos por meio de imagens, passando de forma facilitada a doutrina cristã. Nos mosaicos os ensinamentos eram contados de forma objetiva e o mais simples possível.

Mosaico da Virgem Maria na Basílica de Santa Sofia, Istambul. Foto: Vlada Photo / Shutterstock.com

Cisma do Oriente: divisão da Igreja Católica

A religião cristã em Constantinopla seguia os moldes do Império Romano do Ocidente. Ao longo do tempo tendo os imperadores o controle da religião, passaram se efetivar várias mudanças. Os patriarcas da Igreja, líderes religiosos, eram nomeados diretamente pelo Imperador. Na hierarquia clerical, abaixo dos patriarcas se encontravam aproximadamente seiscentos bispos e arcebispos que controlavam milhares de padres e párocos. As missas antes rezadas em latim, passam a ser celebradas em grego, os padres começam a adotar barbas e tiveram autorização para contraírem o matrimônio. Essas diferenças geraram desentendimentos entre os chefes de cada Igreja o Patriarca e o Papa levando a uma ruptura em definitivo no ano de 1054, fato que ficou conhecido como A cisma do Oriente. A separação entre as igrejas fez com que os bizantinos adotassem uma liturgia própria, não tendo mais relações com a Igreja Católica, e assim passaram a se chamar de Igreja Ortodoxa. Uma das principais diferenças entre as religiões católicas e bizantinas é a adoração de imagens, que na Igreja Ortodoxa passou a ser proibida, pois eram acusados de idolatria. Segundo a interpretação bíblica dos ortodoxos o culto às imagens era condenado pelas escrituras sagradas. Essa discussão dividia a sociedade bizantina desde o século VIII, quando o imperador proibiu esta prática, porém ocorreram diversas revoltas da população, muitas delas tinham como incitadores os próprios monges que eram contrários a ordem do imperador. A questão iconoclasta, como ficou conhecida durou até meados do século IX, quando o culto as imagens foram liberadas, exceto as estátuas e esculturas.

Queda de Constantinopla e o fim do Império Bizantino

A localização de Constantinopla, próximo à Ásia Menor, fez com que a cidade fosse alvo de tentativas de conquistas e de ameaças frequentes. Diversos foram os povos que tentaram invadir Constantinopla, assim como fizeram com Roma no século V. Esses constantes ataques e ameaças foram responsáveis pelo enfraquecimento da defesa de Constantinopla e pela diminuição gradativa de seu território. Disputando o poder, Mehmed II, do império otomano, avançou sobre Constantinopla, que, já fragilizada não conseguiu se sustentar. Os símbolos aqui são importantes para marcar o fim do Império Romano do Oriente: no dia em que Constantinopla foi tomada pelos otomanos, a principal referência do cristianismo na região, a Basílica de Hagia Sofia, sofreu duros ataques, sendo transformada em uma mesquita imediatamente. Em 1453 o Império Romano do Oriente chegava ao fim, dando início a novos tempos.

Como foi possível conhecer a história do Império Bizantino é de fundamental importância para que se compreenda as marcas deixadas pela queda dos dois impérios, com aproximadamente mil anos de distância entre os dois acontecimentos.

Referências:

FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2002.

GIBBON, Edward. Declínio e queda do Império Romano. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.


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