Aromaterapia no
tratamento do Alzheimer
June
20, 2017
A aromaterapia é uma prática milenar que utiliza óleos
naturais, extraídos de flores, raízes, folhas, sementes, ervas, madeiras e
resinas, para a prevenção e tratamento de doenças físicas e psicológicas.
O
médico egípcio Imhotep recomendava o uso de óleos com fragrâncias no banho, nas
massagens e no embalsamento dos mortos. O pai da medicina moderna, Hipócrates,
seguiu os mesmos princípios. Contudo, com o declínio do Império Romano estes
conhecimentos foram, em grande parte, perdidos.
Foi
apenas no século XIX que cientistas europeus decidiram dedicar-se ao estudo dos
efeitos destes óleos essenciais no homem. A palavra “aromaterapia”
é uma invenção do químico francês René Maurice Gattefosse que, em 1910,
descobriu os poderes curativos do óleo de lavanda quando se queimou no seu
laboratório de perfumes e, procurando um alívio imediato, mergulhou a mão num
recipiente com óleo de lavanda. O alívio da dor foi imediata e o processo de
cicatrização rápido, indolor e sem marcas posteriores.
Quando inalamos óleos essenciais, as
células olfativas são estimuladas e esse impulso é encaminhado para o sistema
límbico – o centro emocional do cérebro – ligado à memória, à respiração, à
circulação sanguínea e aos hormônios.
Outro estudo utilizou o óleo essencial de melissa em pacientes
com declínio cognitivo grave. O óleo foi misturado a uma loção corporal e aplicado nos braços e rostos dos pacientes.
Após 4 semanas de uso foi verificado redução de agitação e agressividade.
Também houve melhoria da socialização (Ballard et al., 2002). Os achados são importantes pois o
tratamento com medicamentos reduzem a agitação sem melhorar a socialização.
Por falar em aromas, um estudo mostrou
que a dificuldade em sentir os aromas pode ser um dos primeiros sinais do
Alzheimer (Kesslak
et al., 1988;
Morgan, Nordin e Murphy, 1995). Parece que pacientes com Alzheimer
possuem menor função na narina esquerda do que na direita. Doty e colaboradores
(2014) tentaram replicar o estudo sem sucesso. Por isto, mais
pesquisas sobre os testes olfatórios fazem-se necessárias nesta área.
Fonte:
http://andreiatorres.com/blog/2017/6/16/aromaterapia-no-tratamento-do-alzheimer
Óleos Essenciais e Alzheimer
Um dos caminhos promissores para o tratamento de Alzheimer é focar no aumento dos níveis de acetilcolina, um neurotransmissor envolvido aprendizagem, cognição e memória. Para tal, utiliza-se de inibidores da enzima que degrada (por hidrólise catabólica) a acetilcolina, que é a acetilcolinesterase (AchE), pois pacientes com Alzheimer possuem deficiência deste neurotransmissor. Muitos Óleos Essenciais têm sido estudados com esta finalidade e algumas pesquisas têm identificado alguns deles capazes de inibir a AchE.
Por outro lado, alguns Óleos Essenciais atuam como neuroprotetores, como é o caso do Gerânio, da Palmarosa e da Copaíba, que por seu conteúdo de geraniol e betacariofileno, respectivamente, protegem os neurônios dopaminérgicos, impedindo sua perda gradual. Além da prevenção, atuam também promovendo o aumento destes neurônios, favorecendo a formação de dopamina, que é um neurotransmissor responsável pela cognição, sono, humor, aprendizagem e pelos movimentos voluntários. Portanto são de grande auxílio também em outras doenças como Parkinson e Huntington.
Fonte: www.phytoterapica.com.br
A doença de Alzheimer é uma enfermidade caracterizada pela perda das funções cognitivas, memória, atenção e linguagem, apresenta sintomas de depressão, ansiedade, desorientação, que se agravam com o tempo causando progressiva dependência. Acomete sobretudo pessoas idosas e ainda se desconhece a cura. No Brasil, estima-se que mais de 1,2 milhões de pessoas estejam sofrendo com essa doença e no mundo são 35,6 milhões. Com isso, muitos pesquisadores têm investigado novas possibilidades de tratamento e cura.
Uma estratégia promissora para o tratamento de doenças neurológicas como Alzheimer, é a inibição das enzimas AChE e BChE, pois estas degradam a acetilcolina, neurotransmissor envolvido na cognição, memória e aprendizagem.
Um estudo verificou a atividade inibitória in vitro destas enzimas, utilizando-se de alguns óleos essenciais, e concluiu que os óleos essenciais, e concluiu que os óleos essenciais foram muito mais eficazes do que seus ativos majoritários isolados. Os óleos testados e suas respectivas porcentagens de inibição da AChe foram:
Endro – 100% de inibição, Erva doce – 94,3% , Hortelã-pimenta 81,5%, Manjerona – 94,6%, Lavanda-62,3%. Outra pesquisa revelou que o óleo da Alecrim também inibe essas enzimas, e o 1,8 cineol, substância presente nos óleos de Alecrim e Eucalipto, melhora a cognição e memória través da inalação.
Outro estudo avaliou 28 idosos com quadro de demência, estando 17 deles com Alzheimer. Durante 28 dias foram expostos ao aroma de Alecrim e Limão pela manhã e Lavanda e Laranja pela noite, com aproximadamente 1-2 horas de duração. Ao final, verificou-se que todos os pacientes apresentaram melhora significativa na orientação e função cognitiva, sem efeitos colaterais.
O beta-cariofileno, substância presente em alguns óleos essenciais, como o óleo de Copaíba e Cravo, possui atividade neuroprotetora contra as neurotoxinas responsáveis por provocar sintomas de doenças neurodegenerativas. Além disso, o próprio óleo de Copaíba demonstrou experimentalmente possuir capacidade neuroprotetora e anti-inflamatória em lesões agudas do sistema nervoso central.
Outra pesquisa revelou que o linalol, presente em diversos óleos essenciais como Lavanda, Sálvia Esclareia e Petigrain, reverte as características histopatológicas da doença de Alzheimer restaurando funções cognitivas e emocionais através de efeito anti-inflamatório, sendo portanto um candidato a prevenção desta doença.
Com isso, pode-se concluir que a terapia com óleos essenciais serve de suporte e auxílio ao paciente com Alzheimer, contribuindo para uma melhor qualidade de vida.
Sugestões de Uso:
- Aromatização de ambientes – 5 a 10 gotas
- Banhos – 1 a 3 gotas na bucha
- Escalda-pés – 8 a 12 gotas em 3 a 4 litros de água morna
- Massagem – 30 a 40 gotas em 60ml de Óleo vegetal
Uso Diurno: Alecrim, Hotelã-pimenta, Limão
Uso Noturno: Erva doce, Manjerona, Lavanda, Laranja, Petitgrain e Sálvia Esclareia.
Fonte: Phytoterápica
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