Foto: Pixabay.com/ Reprodução / Sport Life
Aromaterapia funciona?
Já
ouviu falar de aromaterapia? É uma abordagem alternativa de medicina em que
óleos altamente concentrados de plantas aromáticas são usados em pequenas
quantidades na esperança de melhorar a saúde física ou emocional de alguém.
Esses
óleos – tais como de lavanda, hortelã-pimenta, eucalipto, laranja e árvore do
chá – são vendidos geralmente online e em lojas de alimentos naturais, e
extraídos de folhas, flores, raízes, cascas ou sementes de uma planta.
Apesar
de terem cheiros agradáveis e alguns de seus ingredientes ativos supostamente
serem benefícios, há poucas provas científicas de que eles realmente melhoram a
saúde ou o humor das pessoas.
Segurança
De
acordo com Gerhard Buchbauer, professor de química farmacêutica da Universidade
de Viena, na Áustria, os óleos essenciais são misturas, às vezes contendo quase
300 substâncias. Eles possuem ambos produtos químicos simples e complexos.
Os
óleos essenciais puros são livres de compostos aromáticos chamados
hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, que podem estar ligados ao câncer, mas
contêm compostos orgânicos voláteis (COV) – caso contrário, não poderiam ser
cheirados.
Ainda
assim, os compostos ativos dos óleos essenciais, em baixas concentrações, e os
vapores desses óleos são normalmente seguros para a maioria das pessoas.
Por
fim, a pesquisa sugere que, como alguns dos óleos imitam o hormônio feminino
estrogênio, podem ter efeitos indesejáveis sobre os homens. Por exemplo, óleo
de lavanda e óleo da árvore do chá podem causar tecido mamário alargado em
meninos pré-púberes, conforme descobriu um estudo de 2007 publicado no New
England Journal of Medicine.
Como usar
Aromaterapeutas
recomendam que os óleos sejam diretamente inalados a partir de um frasco, pano
ou na palma da mão, ou massageados na pele depois de serem diluídos em coisas
como óleo de oliva ou óleo de amêndoa.
Quando
inalados, “a absorção de óleos essenciais pelo nariz é tão rápida quanto uma
injeção intravenosa”, explica Buchbauer.
Em
comparação, a absorção dos óleos através da pele é mais lenta, porque alguns
dos seus compostos químicos precisam passar através das camadas de gordura sob
a pele e podem até mesmo ser armazenados ali.
Alertas da Aromaterapia
Por
causa de sua potência, é importante usar apenas algumas gotas de uma forma
diluída de óleos essenciais quando eles forem aplicados na pele, ou podem
irritá-la.
Alguns
óleos podem causar reações alérgicas, razão pela qual as pessoas devem testar a
sua sensibilidade em um pequeno pedaço de pele antes de começar a usá-lo mais
amplamente, adverte o Dr. Wolfgang Steflitsch, médico no Hospital Otto Wagner
em Viena, e vice-presidente da Associação Austríaca de Aromaterapia.
Ele
também disse que certos óleos cítricos, quando aplicados na pele, podem
aumentar a sensibilidade ao sol. Por fim, algumas substâncias presentes em
óleos essenciais podem ser arriscadas para mulheres grávidas.
E a ciência?
Embora
alguns vejam a aromaterapia como parte de um SPA ou tratamento de beleza,
aromaterapia médica é popular na Europa, onde alguns profissionais prescrevem
cerca de 100 diferentes óleos como parte de cuidados médicos complementares.
Por
exemplo, o hortelã-pimenta é promovido para estimular o estado de alerta, e
lavanda é frequentemente listado como uma forma de promover a calma.
O
problema é que não existem estudos rigorosos para sustentar tais alegações.
Geralmente, os dados são poucos, ou então derivados de estudos que não atendem
ao “padrão de ouro” da pesquisa científica.
O
que sabemos
Cheiro
desempenha um grande papel na forma como os óleos essenciais podem afetar o
corpo: quando respirados, eles estimulam os receptores de cheiro no nariz, que
enviam mensagens químicas através dos nervos para o sistema límbico do cérebro.
Isso, por sua vez, afeta humores e emoções e pode ter algum efeito fisiológico
sobre o corpo.
Um
exemplo de óleo que mostra alguma evidência de eficácia é o da árvore do chá
(também chamado de óleo de melaleuca), que pode ser um tratamento bom para a
acne. Em um ensaio clínico americano, os pesquisadores compararam gel contendo
óleo da árvore do chá a um produto de peróxido de benzoílo, e descobriram que o
peróxido de benzoílo funcionou ligeiramente melhor, mas o óleo teve menos
efeitos secundários.
Também,
alguns estudos preliminares sugerem que o óleo de hortelã-pimenta pode ajudar a
melhorar a síndrome do intestino irritável. Embora seja elogiado como
descongestionante e como remédio para dores de cabeça e dores musculares, “não
há nenhuma evidência clara para apoiar seu uso para outras condições de saúde”,
diz o site dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA. Há ainda um aviso de que
cápsulas de óleo de hortelã-pimenta podem causar azia.
Ainda
de acordo com informações dos Institutos Nacionais de Saúde, apesar do óleo de
lavanda ser reivindicado como bom para a ansiedade, agitação, insônia,
depressão, dor de cabeça, dor de estômago e perda de cabelo, há poucas provas
de que realmente funciona. Alguns pequenos estudos sobre seus efeitos na
ansiedade tiveram resultados contraditórios, e pesquisas sugerem que pode
funcionar em combinação com outros óleos para combater uma condição de perda de
cabelo chamada alopecia areata.
No
geral, se você decidir que vale a pena tentar um óleo essencial como parte de
algum tratamento, é melhor procurar informação médica sobre possíveis reações
adversas e melhores formas de usá-lo. [LiveScience]
Fonte:
https://hypescience.com/aromaterapia-funciona/
AROMATERAPIA FUNCIONA? Aromaterapia e suas pesquisas
Aqui estamos com uma questão da
série: “A pergunta que não quer calar”. Vamos direto ao assunto? Pois bem, será
mesmo que essa tal de Aromaterapia funciona?
Antes de tudo, vale dizer que
há uma verdadeira “legião” de estudiosos e interessados pelo tema Aromaterapia
e óleos essenciais. Mas, será que tantas pesquisas e estudos conseguiram provas
efetivas de que a Aromaterapia funciona?
Se você faz parte do grupo de
pessoas céticas quanto aos efeitos terapêuticos da Aromaterapia, te convido a
me acompanhar no decorrer deste artigo, onde traremos a resposta. Confira!
Aromaterapia e suas
vertentes
Os mais antigos relatos acerca
da Aromaterapia, datam dos sânscrito dos Ayurvedas, isso quer dizer algo como
aproximadamente 2.000 A.C. Nestes textos, temos as primeiras descrições de
técnicas bem toscas, que indicam a forma com a qual os hindus obtinham produtos
destilados.
¹Esses produtos muito
provavelmente se tratavam de álcoois aromáticos extraídos de espécies de capins
do gênero Cymbopogon, ou seja, capim limão e citronela.
Quando falamos sobre
Aromaterapia, é importante pensarmos que ela possui duas linhas.
²Temos a Aromaterapia inglesa,
baseada no uso dos óleos essenciais para promover o bem-estar, que para tal
finalidade, lança mão de massagens, inalações e até mesmo tratamentos estéticos.
Por outro lado, temos ainda a
Aromaterapia francesa, que, embora lance mão destes mesmos artifícios
mencionados acima, amplia o foco de suas abordagens, adotando ainda o emprego
clínico dos óleos essenciais e seu uso como fitoterápico, por exemplo.
Aromaterapia e suas
pesquisas
Sabemos que há muitos relatos,
a cada dia surgindo novos depoimentos, de pessoas que garantem se beneficiarem
com o uso dos óleos essenciais para amenizar sintomas, quadros de estresse e
até de depressão.
No entanto, a busca de
comprovações científicas, para garantir a credibilidade da Aromaterapia também
demonstra ser incessante.
Segundo matéria de ³Carolina
Cotta, para o portal Uai- Saúde Plena, na Alemanha, por exemplo, o “óleo
essencial de lavanda foi aprovado como medicamento para tratar ansiedade e tem
comprovado, efeito superior à medicação alopática tradicional para
transtorno de ansiedade”.
No Brasil, durante o 2º
Congresso Internacional de Aromatologia, a Doutora em ciências farmacêuticas,
Adriana Nunes Wolffenbünteel, lançou um livro denominado “Base da química dos
óleos essenciais e aromaterapia (abordagem técnica e científica)”, pela Editora
Lazslo.
Neste estudo, fruto de uma
parceria entre a Universidade Federal do Rio Grande do Sul e a Universidad
Complutense de Madrid, a pesquisadora comprova como os óleos essenciais de
citrus contribuem com os sistemas neurológico e hormonal, pelo fato de
possuírem propriedades ansiolíticas e antiestresse.
A Universidade de São Paulo
(USP), também realizou uma pesquisa onde avaliou a eficácia da aromaterapia na
diminuição dos níveis de estresse.
Tendo como material humano, 36
estudantes de cursos da área da saúde, o estudo contou com pessoas da faixa
etária entre 18 a 29 anos.
4O primeiro grupo de18 indivíduos foi submetido ao tratamento de
sete sessões de dez minutos, onde os participantes inalaram uma mistura de
óleos essenciais. O outro grupo composto por 18 voluntários, não. No primeiro
que realizou a Aromaterapia, observou-se a redução de 24% no nível de estresse
e de 19% na ansiedade. No segundo, houve redução apenas no nível de estresse (11%).
Temos ainda as pesquisas do
médico Edzard Ernst, da Universidade de Exeter, Reino Unido. Ele encontrou
cerca de seis estudos clínicos, realizados entre 1993 e 2000.
5Tais estudos afirmam de maneira categórica, a eficácia dos
efeitos relaxantes da Aromaterapia, por meio de massagens com óleos de lavanda,
de laranja e de camomila. De acordo com a pesquisa, a prática pode minimizar a
sensação de stress, mesmo que maioria dos casos, o tempo de ação não seja
extremamente prolongado.
Em vista de tudo o que foi dito
neste post, podemos enfatizar alguns pontos para elucidar as dúvidas de nossos
(as) leitores (as):
1- A Aromaterapia se trata de
uma terapia holística que hoje está amplamente embasada cientificamente. Há
quase 20 mil artigos científicos na maior plataforma de pesquisas de saúde no
mundo, o PubMed6, mostrando a eficácia da
utilização dos óleos essenciais para tratar as mais variadas enfermidades;
2- A Aromaterapia funciona, mas
não deve ser sua única fonte de tratamento, ou seja, ela não dispensa o acompanhamento
do seu médico!
3- Consulte um profissional de
Aromaterapia. Apenas um (a) profissional poderá lhe indicar de maneira
coerente, a melhor forma de utilizar os óleos essenciais, bem como quantidade
ideal e possíveis restrições. Sabemos, por exemplo, que mulheres gestantes, via
de regra, são aconselhadas a evitarem determinados óleos.
E então, quando alguém te
perguntar da próxima vez, se a Aromaterapia funciona, que tal mostrar este
artigo?
¹O USO DE ÓLEOS ESSENCIAIS NA
TERAPÊUTICA – Mari Gema Fontelles De La Cruz (http://laszlo.ind.br/admin/artigos/arquivos/oleosnaterapeutica.pdf)
²Aromaterapia ganha cada vez
mais adeptos com a comprovação de seus benefícios (https://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2016/03/23/noticias-saude,190450/aromaterapia-ganha-cada-vez-mais-adeptos-com-a-comprovacao-de-seus-ben.shtml)
5 http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/essencias_que_curam.html
6 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=essential+oil
Fonte: https://aromahelp.com.br/aromaterapia-funciona/
Óleos essenciais e a Pesquisa científica
O uso dos óleos essenciais tem sido difundido de uma maneira
crescente no mundo todo. E junto a isso, as pesquisas científicas também
crescem, nas mais diversas linhas de pesquisa: utilização
em alimentos e em produtos cosméticos, uso terapêutico e inclusive na
produção animal e vegetal. Vale ressaltar que no nível nacional, só a
FAPESP, Fundação de Amparo a Pesquisa do estado de São Paulo, fomenta 413 pesquisas nos
últimos dois anos ligadas aos óleos essenciais, entre pesquisas de iniciação científica, mestrado,
doutorado, pós-doutorado, pesquisa inovativa em pequenas empresas.
A lista é longa das
faculdades que abrigam tais pesquisas, dentre elas: Faculdade de Medicina
de São José do Rio Preto (FAMERP), Universidade Estadual de Campinas
(UNICAMP), Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da
Universidade de São Paulo (USP), Faculdade de Odontologia (FOAr) da
Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Medicina Veterinária
e Zootecnia (FMVZ) da Universidade de São
Paulo (USP), Instituto de Ciências Ambientais, Químicas e Farmacêuticas
(ICAQF) da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Escola Superior de
Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ) da Universidade de São Paulo
(USP), Escola Paulista de Medicina (EPM). Universidade Federal de São
Paulo (UNIFESP), e essa lista se prolonga por várias páginas.
No exterior, quando se
faz uma busca no site Science Direct (Elsevier), um dos principais sites de
busca no mundo científico, encontramos nada menos que 272.912 artigos
científicos relacionados a óleos essenciais, nos mais diversos
assuntos: qualidade, uso na produção animal, agrícola, de alimentos,
propriedades anti-oxidantes, antibióticas, anti-fúngicas, essa lista
também se prolonga… Existem também federações internacionais, universidades,
escolas especializadas, jornais profissionais somente voltados à pesquisa
e ensino.
Vendo tantas pesquisas
ligadas ao tema, não é de duvidar dos efeitos notáveis dos óleos essenciais.
Mas ai vem a questão para quem quer utilizar os óleos essenciais: qual escolher
e como usá-lo? E para resolver essa questão somente a orientação profissional e
a informação correta podem iluminar esse caminho.
Fonte: https://essencialuz.wordpress.com/2015/01/30/oleos-essenciais-e-a-pesquisa-cientifica/
Comentários
Postar um comentário