Mundo conhece o
primeiro robô “vivo”
Na
corrida pelo desenvolvimento da robótica,
uma nova fronteira foi alcançada nesses primeiros dias de 2020. A Universidade
de Vermont, dos Estados Unidos, apresentou um robô confeccionado em células
vivas. O chamado Xenobot, de apenas um milímetro de largura, seria o mais
próximo de um organismo animal que uma peça de automação teria chegado.
O anúncio, postado na
página da instituição, transcreveu o entusiasmo de quem
esteve à frente do projeto. “Essas são novas máquinas vivas”, diz Joshua
Bongard, um dos especialistas. “Eles não são um robô tradicional nem uma
espécie conhecida de animal. É uma nova classe de artefato: um organismo vivo e
programável”.
O batismo da pequena
máquina remete ao anfíbio que serviu de base para a criação, que é a
rã-de-unhas-africanas, cujo nome científico é Xenopus laevis. Com uma pinça e
um eletrodo, as células-tronco colhidas em embriões da rã foram montadas a
partir de um protótipo criado em computador.
Os
Xenobots possuem um algoritmo que permite programar as máquinas para se
locomoverem e transportarem substâncias. São funções simples, mas muito úteis
em situações onde há risco à vida humana. Na medicina, por exemplo. Os robôs
podem trafegar pelas artérias e desopilar camadas de gordura, eliminando riscos
cardíacos.
A vantagem desse tecido
celular, de acordo com os pesquisadores, é que ele não se transforma em
resíduo, como o aço ou o metal. “Esses Xenobots são totalmente biodegradáveis”,
diz Bongard. “Quando terminam o trabalho após sete dias, são apenas células
mortas da pele”.
Os pequenos robôs também
são capazes de se regenerar. Quando partidos, eles conseguem se reorganizar e
continuar funcionado, como se fossem células mesmo. “Isso é algo que você não
pode fazer com máquinas típicas”, afirmou Bongard.
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